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Momento é de olhar para os planos e entender se eles ainda fazem sentido / Foto: Andrea Piacquadio/Pexels

A pandemia do coronavírus acabou adiando os planos de muitas pessoas. Eventos tiveram de ser adiados, viagens foram canceladas e mesmo os planejamentos mais simples – como uma saída com amigos no fim de semana -, precisaram ser deixados de lado nesse momento. Se na área pessoal a Covid-19 chegou exigindo adaptações, na profissional não foi muito diferente. E, por mais que o ser humano tenha a capacidade de se adaptar, todo esse processo de elaboração e ajuste é desafiador – ainda mais quando as mudanças precisam ser rápidas e não oferecem o tempo necessário para que tudo aconteça naturalmente.

Diante desse cenário de transformações repentinas, sentimentos como frustração, medo, ansiedade e tristeza são comuns. Segundo a consultora do PUCRS Carreiras Gabriela Techio, eles sinalizam o luto pelo que aspiramos, mas não foi possível alcançar. “Viver esse luto é natural e saudável. Afinal, energia e tempo foram investidos e expectativas de uma melhor qualidade de vida foram criadas”, aponta.

No que diz respeito à carreira e aos planos profissionais para o futuro, Gabriela afirma que é importante se permitir vivenciar esses sentimentos. Entretanto, com o tempo, é preciso voltar a olhar para os planos e procurar identificar se o que estava sendo buscado ainda faz sentido.

O futuro sempre é incerto

A consultora lembra que, quando falamos sobre futuro, sempre estamos lidando com a incerteza. “É uma velha conhecida, mas atualmente estamos precisando ser ainda mais tolerantes a ela”, comenta. Gabriela sugere que uma boa estratégia para esse momento em que o mundo ainda está aprendendo a lidar com as mudanças é reajustar o foco para si: “Investir em autoconhecimento e aprender a reconhecer seus valores e interesses profissionais é importante. O autoconhecimento é uma etapa essencial para pensarmos nossas carreiras. Só através dele poderemos ter mais segurança e confiança na nossa trajetória, mesmo quando o contexto é incerto”.

Para evitar uma cobrança excessiva neste momento que já impõe seus próprios obstáculos, é sempre válido lembrar que essa é uma situação nova, para a qual ninguém estava preparado, e todos estão aprendendo a lidar com ela. Gabriela lembra que todo processo de aprendizagem envolve tentativas, erros e reajustes, e sugere que, mesmo em casa, mantenha-se uma rotina saudável e se invista na carreira. Uma boa opção para se manter em movimento, mesmo em um momento tão atípico, são os cursos a distância. “Não é preciso fazer todos os cursos que nos são oferecidos, mas escolher um que faça sentido e que podemos aproveitar no ritmo que hoje conseguimos dar conta”, indica.

Graduação também é uma fase de experimentação

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Cursos a distância são boas opções para manter a carreira em movimento / Foto: Andrea Piacquadio/Pexels

Segundo a consultora do PUCRS Carreiras, o aprendizado contínuo é um assunto muito comentado quando se fala sobre trajetória profissional. O mercado de trabalho está constantemente em movimento e exige uma capacidade de adaptação. “Uma das formas de se investir nisso é por meio de cursos, conversas com profissionais, entre outras ações que tragam novos conhecimentos, contatos e oportunidades”, destaca. Gabriela ainda lembra que a qualificação por si só não faz sentido: ela precisa estar alinhada à carreira do indivíduo e, por isso, o planejamento é fundamental.

Quem está atualmente cursando uma graduação, deve ter em mente que essa é uma forma de explorar, experimentar e interagir com pessoas a fim de fazer escolhas de carreira mais conscientes. E tudo isso pode ser feito de forma online. “Vejo estudantes em contato com professores e outros profissionais experimentes sobre as áreas de interesse. Quanto mais informações tivermos, mais preparados e seguros estaremos para pensar no nosso futuro profissional”, conclui.

PUCRS Carreiras oferece serviços gratuitos a alunos da PUCRS

Tanto para quem deseja planejar a trajetória profissional quanto para quem quer pensar em como fazer uma exploração do mercado de trabalho, o PUCRS Carreiras oferece orientação. O setor conta com diversos serviços, como consultoria e planejamento de carreira, suporte para elaboração de currículo e preparação para entrevista de processo seletivo. Para alunos da Universidade, o serviço é gratuito.

Além disso, o PUCRS Carreiras tem realizado oficinas online para alunos e alumni, bem como para o público em geral. Confira os próximos eventos:

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Imagem: Freepik

As máscaras são alguns dos acessórios mais utilizados na prevenção e combate à Covid-19 no cotidiano da população. Visando minimizar o aumento de casos confirmados do novo coronavírus, infectologistas alertam para que o seu uso ocorra de forma consciente e segura. Marina Rodrigues da Silva, Infectologista do Hospital São Lucas, preparou cinco dicas para uma utilização eficiente da máscara.

Menor chance de contágio

Considerando a flexibilização para abertura de estabelecimentos e para a circulação da população, é recomendado o uso de máscaras não profissionais de tecido, segundo a doutora. A especialista também ressalta que, por si só, a máscara não protege a pessoa que a utiliza de ser infectada, porém, impede a disseminação de secreções respiratórias em ambiente e em superfícies.

Segundo pesquisa publicada pela revista The Lancet, no início de junho, o risco de infecção ou transmissão ao usar o acessório é de 3%; sem ele, esse índice sobe para 17%. Confira as recomendações:

  1. As máscaras devem ter um tamanho adequado para cobrir o nariz e boca e devem se ajustar corretamente ao rosto, de forma que não haja folgas entre o tecido e a pele. É importante lembrar que a máscara não pode ser removida para falar, ou usada na testa e pescoço, por exemplo;

2. É fundamental higienizar as mãos antes de colocar ou remover a máscara. O ideal é evitar tocar o tecido durante todo o tempo de uso, a fim de evitar a contaminação através das mãos;

3. O período de uso de cada máscara não deve ser superior a duas horas, pois o tecido fica úmido e perde a sua função de barreira. Após esse período, ou antes, se a máscara estiver úmida, com sujeira aparente ou danificada, é necessário fazer a substituição por um nova. Para removê-la, manuseie o elástico ao redor das orelhas sem tocar a parte frontal e, em seguida, coloque-a em um saco plástico até que possa ser realizada a lavagem;

4. As máscaras de tecido devem ser lavadas com água potável e água sanitária, deixando de molho por 30 minutos em uma solução de 500ml de água potável com 10ml de água sanitária. Em seguida, o ideal é enxaguá-la em água corrente e lavar com água e sabão. Após a lavagem, deixar secar totalmente e passar a ferro;

5. Descarte a máscara de tecido se houver a perda de elasticidade das alças ou deformidades no tecido que possam causar prejuízos à barreira. As máscaras de TNT não podem ser lavadas e devem ser descartadas logo após o uso.

 

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Projeto é um dos estudos focados em encontrar soluções para a pandemia financiado pela Fapergs / Foto: Unsplash

Um projeto realizado dentro do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC), da Escola Politécnica, está trabalhando para compreender o impacto do contágio do coronavírus durante a movimentação de grandes populações. Para isso, a equipe envolvida na pesquisa desenvolve simuladores de dinâmicas populacionais. O primeiro estudo de caso, modelado em Porto Alegre, está em fase de experimentação com dados de teste e os primeiros resultados devem ser apresentados em breve.

Coordenado pela professora do PPGCC Soraia Musse, o projeto Dinâmica populacional e o impacto do contágio é um dos estudos focados em encontrar soluções para a pandemia financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). Além de Soraia, a equipe conta com um aluno de Iniciação Científica, dois alunos de mestrado e dois pós-doutores.

A professora conta que, desde sua tese de doutorado, defendida em 2000, trabalha com simulação de comportamento de pessoas (crowd simulation). “Também já havia orientado um aluno de doutorado que trabalhou com simulação de contágio há alguns anos. Quando começou a pandemia, focamos em simular comportamentos de grandes massas e populações de pessoas e integrar um modelo e contágio”, relata.

Pesquisa está na etapa de organização de dados

Para o desenvolvimento do primeiro estudo de caso do projeto, a equipe conta com dados públicos disponíveis em portais da prefeitura de Porto Alegre. Nesta fase, o objetivo é reunir e organizar essas informações, para que possam ser utilizadas nas simulações.

Segundo Soraia, os mestrandos envolvidos estão conseguindo relacionar o projeto as suas dissertações. André Antonitsch, por exemplo, desenvolveu um simulador de dinâmica populacional parametrizado, no qual as populações são criadas – bem como suas origens, destinos, características e localizações no espaço.

O aluno conta que trabalha com a professora Soraia Laboratório de Simulação de Humanos Virtuais (VHLab) desde 2017 pesquisando simulação de multidões. “Meu TCC foi nesta áream mas desejávamos explorar métodos de simulação de mais alto nível, como a simulação de grandes grupos de pessoas, por exemplo. Vimos no projeto relacionado à Covid-19 a oportunidade de explorar métodos de nível ainda maior”, relata. A partir disso, Antonitsch e a professora alteraram a dissertação do mestrando para a construção de um simulador apropriado para as dinâmicas populacionais de Porto Alegre dentro de um contexto de infecção e quarentena.

Primeiros resultados devem ser conhecidos em breve

Soraia conta que a primeira versão do simulador está em finalização. Atualmente, ele está sendo testado, e a próxima fase será a de definir parâmetros para representar a cidade de Porto Alegre, a partir dos dados de seus bairros.

Segundo Antonitsch, essas técnicas de simulação permitem testar hipóteses de relaxamento ou acirramento na quarentena e analisar o impacto dessas medidas nas taxas de transmissão de doenças e do fluxo populacional. “O simulador servirá, por exemplo, como uma ferramenta de planejamento. No caso específico que estamos vivendo, nossa ideia é poder simular a cidade com regiões fechadas ou abertas, com diferentes níveis de distanciamento”, conclui Soraia.

Pesquisa de doutorando dá origem a startup de IA

Outro projeto desenvolvido por um aluno do PPGCC também está contribuindo para o enfrentamento da pandemia da Covid-19. A Noharm.ai, startup de Inteligência Artificial capaz de ler 800 medicamentos e analisar 500 mil prescrições em segundos, nasceu da pesquisa do doutorando Henrique Dias.

Parceira da Navi, hub de inteligência artificial localizado no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), a startup fechou uma parceria com o Centro de Inovação da Santa Casa e com o Hospital Mãe de Deus. Segundo a professora Renata Vieira, orientadora de Dias, o aluno sempre procurou associar sua pesquisa aos problemas reais enfrentados nos hospitais, procurando soluções que pudessem trazer diferenças positivas na área da gestão de eventos adversos. Saiba mais sobre essa iniciativa.

PPG em Ciência da Computação recebe inscrições

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação está com inscrições abertas para mestrado e doutorado. O PPG abrange seis linhas de pesquisa e prepara os estudantes para atuar tanto na academia, quanto no desenvolvimento de aplicações de alta complexidade e de conteúdo tecnológico relevante para grandes organizações. Interessados em ingressar ainda neste ano podem se inscrever até o dia 19 de junho. Neste edital, a entrega da documentação será feita online.

Clique aqui para saber mais

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Objetivo é manter as pessoas atualizadas sobre assuntos importantes na atualidade / Foto: Pexels

Logo que a quarentena teve início por aqui, a Universidade passou a oferecer aulas online gratuitas e ao vivo com professores do PUCRS Online. Com o objetivo de informar e atualizar as pessoas sobre negócios, carreira e futuro durante a pandemia da Covid-19, as lives, que tratam de assuntos relacionados a diversas áreas do conhecimento, permanecem disponíveis no YouTube.

Selecionamos cinco delas para você entender algumas questões relacionadas aos impactos do coronavírus, que também podem auxiliar a enfrentar desafios impostos pelo atual contexto. Confira:

1. Covid-19 e o futuro do trabalho: a aula foi ministrada por Tiago Mattos, professor da Singularity University e cofundador da Perestroika. Impactos do coronavírus no futuro do trabalho; inovação, tecnologia e crise; e home office são alguns dos tópicos abordados na live, que faz uma reflexão sobre o que está por vir, a partir das alterações impostas pela pandemia. Clique aqui para assistir.

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Christian Barbosa é um dos professores que participa das aulas gratuitas / Foto: Divulgação

2. Gestão do tempo em 2020: produtividade e gerenciamento do tempo são o foco da aula de Christian Barbosa, empresário e palestrante conhecido como “senhor do tempo”. O professor fala sobre a importância de gerenciar o tempo para ser produtivo tanto profissionalmente quanto na vida pessoal. Clique aqui para assistir.

3. Covid-19 e a ciência de dados: Ricardo Cappra, cientista-chefe do Cappra Institute, que cria métodos para simplificar a ciência de dados, apresenta uma live explicando o que significa cultura de dados e por que essa ciência é tão relevante. O professor fala sobre como os dados e a tecnologia da informação podem atuar em contextos de pandemia. Clique aqui para assistir.

4. Como administrar emoções em tempos de isolamento social: o tema da aula são as emoções humanas e como administrá-las neste período de distanciamento social. A live é ministrada por Carla Tieppo, conhecida por ser um dos maiores nomes brasileiros em neurociência aplicada à educação. Clique aqui para assistir.

5. O impacto da Covid-19 na segurança do paciente: a live contou com a participação de Aline Chibana, médica e diretoria da Fundação de Segurança do Paciente; e Cristiano Englert, médico, investidor-anjo, mentor de startups e cofundador da Grow. A aula fala sobre a segurança do paciente neste período de pandemia, considerando também os possíveis impactos causados pelos fatores humanos. Clique aqui para assistir.

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Modelos matemáticos têm sido muito utilizados para determinar a disseminação do vírus / Foto: Pexels

Nos últimos meses, os noticiários têm sido invadidos por gráficos relacionados à pandemia da Covid-19. Um, em especial, tornou-se extremamente conhecido: o que mostra a curva de transmissão, que se fala tanto em “achatar”. E, para a elaboração e compreensão desses gráficos, além dos profissionais da saúde envolvidos, é necessária também a atuação de profissionais de uma área que não lida diretamente com pessoas, mas com números: a matemática.

Conforme o professor da Escola Politécnica da PUCRS Filipe Zabala, a relação entre saúde e matemática não é algo novo. Segundo o artigo The first epidemic model, a primeira contribuição da área para a epidemiologia é atribuída ao médico e matemático Daniel Bernoulli. Em de abril de 1760, Bernoulli fez uma palestra na Academia Real de Ciências de Paris, na qual demonstrou as vantagens da inoculação contra a varíola – prática muito debatida na época.

Desde então, outros estudos foram surgindo, mostrando informações relevantes para a área da saúde, como identificar qual o risco de contaminação por uma doença a partir do número de casos registrados na população. Em relação a epidemias, percebeu-se que a transmissão avança constantemente em diminuição da velocidade, até atingir seu ponto mais alto – o chamado “pico” da curva. Quando isso acontece, ela começa a cair.

Atualmente, existe uma área da matemática, chamada biomatemática, que estuda, entre outras questões, o crescimento de populações de seres vivos perante o convívio com outros seres vivos. Ao mesmo tempo, a estatística vem trabalhando constantemente junto à área da saúde, colaborando, por exemplo, em estudos de efeitos de tratamentos em populações de controle e em problemas de epidemiologia. “Quando se trada de uma pandemia, as duas ciências também contribuem muito no que diz respeito à economia – que, em período de quarentena mundial, está intimamente ligada à saúde”, destaca o coordenador dos cursos de Matemática da Escola Politécnica, professor Augusto Vieira Cardona.

Modelos auxiliam a entender o comportamento da pandemia

Mas, afinal, como matemática e estatística ajudam a enfrentar a Covid-19? Conforme conteúdo produzido pelo Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT), disponível aqui, modelos matemáticos têm sido muito utilizados para determinar a disseminação do vírus, bem como os números de infectados, de mortes e de hospitalizações. Todos esses modelos, conforme explica Zabala, são simplificações e idealizações da realidade: “A ideia de que complexos sistemas físicos, biológicos ou sociais possam ser precisamente descritos por um modelo é pouco verossímil”. Ainda assim, essas representações são fundamentais para análises científicas e de mercado, pois podem direcionar decisões em situações de incerteza.

“Os modelos são baseados nos dados disponíveis e no conhecimento técnico do profissional de modelagem. O confronto entre os valores preditos e realizados é a forma mais eficiente para comparar a capacidade preditiva dos modelos e fornecer ideias para a calibragem dos mesmos”, aponta Cardona. Assim, matemática e estatística ajudam a simular o comportamento futuro da pandemia, levando em consideração os dados colhidos e possíveis ações de controle do crescimento da enfermidade.

Segundo Zabala, o modelo Susceptible-Infected-Recovered (SIR) é um dos mais simples que se tem para explicar a propagação de um vírus em uma população. E, quanto mais preciso for o modelo, melhores são as decisões que podem ser antecipadas. “Como a situação que estamos vivendo é totalmente nova, não temos informações que nos apresentem uma ideia do que vai acontecer. Dessa forma, qualquer modelo que nos dê uma noção de como a disseminação do vírus acontece entre a população mundial é importante para garantir que não haja uma sobrecarga no sistema de saúde e que o governo possa retomar a economia com segurança”, aponta.

Outra área que pode auxiliar em contextos de pandemia, principalmente no que diz respeito à orientação de governantes, é a análise de riscos. Através dela, é possível ter uma ideia de possíveis cenários mediante ações de controle do crescimento do contágio. Isso é importante para estabelecer de que forma o movimento da população poderá ser liberado, sem perder o controle da situação – o que levaria a uma incapacidade de atendimento aos infectados.

Leia também: Ciências Biológicas auxiliam a entender a evolução dos vírus

Hora de encarar a matemática com outros olhos

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Entender o quanto a matemática é relevante para a sociedade pode mostrar outro lado dos números / Foto: Pixabay

Muitas pessoas torcem o nariz para a matemática por considerarem algo difícil e, talvez por isso, não se interessam pelo assunto. Conforme Cardona, é o “patinho feio das ciências”. Por isso, entender o quanto ela é relevante para a sociedade pode mostrar outro lado dos números. Para o professor, este pode ser um momento de mostrar a importância da matemática e da estatística para a simulação de um mundo melhor. “Os modelos propostos podem indicar o caminho mais eficiente para a humanidade alcançar a sustentabilidade e o melhor convívio com a natureza”, conclui.

Há uma subárea da matemática e da estatística aplicadas que se dedica ao estudo e à análise da distribuição, de padrões e de determinantes das condições de saúde e doença. Trata-se da Epidemiologia, uma modelagem multidisciplinar, que também pode envolver profissionais de áreas como Biologia, Economia e Física. Um bom exemplo de que como trabalhar com números tem impactos práticos na sociedade.

Graduação em Matemática oferece diferentes possibilidades de trajetória

A PUCRS oferece dois cursos de graduação em Matemática: Licenciatura e Bacharelado (Empresarial), permitindo que o aluno vivencie experiências pedagógicas ou empresariais.

Os estudantes podem participar de projetos de pesquisa de mercado, políticas ou mesmo voltadas para a saúde, dentro da área da estatística. Há ainda a possibilidade de se dedicar mais especificamente a pesquisas sobre o ensino da disciplina. Na Matemática Aplicada, por exemplo, os estudantes têm contato com as áreas de estudos dos professores do curso.

Ficou interessado? Confira mais sobre os cursos de Matemática da Universidade no site Estude na PUCRS.

Leia também: Sabão e álcool gel: como a química auxilia na luta contra a Covid-19

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Nós sonhamos todas as noites, e não há nada de errado nisso / Foto: Pexels

Desde que a pandemia do novo coronavírus se iniciou e, especialmente, quando o distanciamento social causado pela quarentena se tornou uma realidade, muitas pessoas têm observado mudanças no sono. Sonhar e lembrar dos sonhos – muitas vezes mais perturbadores do que de costume – com uma frequência maior do que a normal é uma delas. Outra questão bastante comentada é a dificuldade para dormir. Se você se enquadra em um desses casos, pode ter certeza de que não está só. E há explicações para isso.

Primeiramente, é importante dizer que todos nós sonhamos todas as noites – e não há nada de errado nisso. Pelo contrário. Segundo a professora da Escola de Medicina e vice-diretora do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) Magda Lahorgue Nunes, sonhar é uma atividade benéfica para o cérebro, demonstrando que sua função está normal. “Existem várias teorias em relação à função dos sonhos, entre elas a de que ajudam a consolidar memórias, a regular o humor e a treinar comportamentos não apresentados quando estamos acordados”, explica.

O motivo de nem sempre lembrarmos do que sonhamos é que essa recordação depende da transferência de conteúdo da memória recente para a remota, e isso só é possível quando existe algum grau de despertar (chamado de microdespertar) após o sonho ter acontecido.

Do ponto de vista da psicanálise, sonhar também é algo positivo e até mesmo importante – principalmente em um contexto de pandemia. Conforme a professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Carolina de Barros Falcão, trata-se de uma atividade elaborativa, uma via por meio da qual podemos significar o que estamos vivendo.

Mas o que é o sonho, afinal?

O sonho é uma atividade mental que acontece enquanto estamos dormindo. Ele é consequência da ativação cortical que ocorre na fase REM (rapid eye movement, ou movimento rápido de olhos) do sono. Esse estágio chega após três outras fases: N1 (transição da vigília para um sono mais profundo, mas ainda leve), N2 (desconexão do cérebro com os estímulos do mundo real) e N3 (sono profundo, com descanso da atividade cerebral).

No estágio REM, o cérebro volta a ficar ativo, tanto quanto o de uma pessoa acordada. Por isso, conforme Magda, a atividade fásica que ocorre nessa fase se relaciona com a imagética visual dos sonhos, permitindo que tenhamos sonhos complexos, semelhantes a histórias. Em uma noite, podemos ter entre quatro e seis ciclos de sono, incluindo os estágios não-REM e REM, sendo que cada um deles dura cerca de 90 minutos.

Conforme a professora Carolina, a psicologia tem muitas teorias diferentes para o sonho – algumas que coincidem mais com o olhar médico, outras que se afastam um pouco. “A psicanálise vai trabalhar com uma leitura e com um modelo de psiquismo que não descarta o corpo e o orgânico, mas que pensa que os processos psíquicos não estão apenas relacionados com os processos biológicos”, ressalta.

Para a leitura psicanalítica, o sonho é uma produção psíquica muito importante. “Temos, no sonhar, uma atividade muito privilegiada de trabalho psíquico, porque estamos ‘protegidos’ da realidade. E é por isso que podemos sonhar as coisas mais malucas que existem”, destaca Carolina.

Por que estamos sonhando mais?

Segundo a vice-diretora do InsCer, os sonhos são construídos com base em experiências remotas e em preocupações atuais. E a vivência intensa do tema coronavírus e de tudo o que essa pandemia implica pode ser uma explicação para estarmos nos lembrando mais dos sonhos. “As restrições de convívio social, a quebra de rotina, questões financeiras, o medo e a ansiedade sobre a gravidade do que está acontecendo já são motivos fortes o suficiente para sonharmos mais”, aponta Magda.

Carolina complementa dizendo que a pandemia da Covid-19 fez com que todos precisassem mobilizar suas vidas de forma muito rápida, fazendo adaptações no modo de viver e tolerando perdas muito contundentes na rotina. “Um motivo para que tantas pessoas estejam sonhando mais pode ser porque estão recorrendo a todas as possibilidades de trabalhar psiquicamente. O sonho tem sido uma forma muito importante de descarga dessas intensidades que estamos vivendo, do psiquismo encontrar uma forma de dar conta e de elaborar tudo isso”, diz.

A professora de Psicologia ainda aponta que, além dos acontecimentos atuais, na hora de se analisar um sonho e tentar entendê-lo, é preciso levar em consideração todo o contexto da pessoa que o sonhou: “Não sonhamos só por causa do coronavírus, da pandemia ou das restrições que estão impostas. Sonhamos porque essas situações de hoje tocam naquelas que já eram as nossas questões, nossos conflitos. Quando sonhamos, resolvemos essa dupla mobilização: a interna, do nosso mundo psíquico; e a externa, daquilo que nos invade – nesse caso, o tema da morte, do adoecimento”. Carolina conclui reforçando que o fato de as pessoas estarem sonhando significa que estão metabolizando as situações traumáticas que estão vivendo nesse momento de pandemia, e que isso é algo muito positivo.

Insônia pode ser consequência da quebra da rotina

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Seguir uma rotina ajuda a manter um sono saudável / Foto: Pexels

Em relação à dificuldade para dormir, Magda destaca que as mudanças na rotina podem ser um dos causadores. “Queixas de insônia estão sendo muito frequentes durante a quarentena. Isso certamente é decorrente de quebras nas rotinas, da falta de necessidade de cumprir horários, além do relaxamento nos aspectos de higiene do sono, como variações no horário de dormir e de acordar e o uso excessivo de telas”, afirma.

Para manter a saúde do sono, apesar de todas mudanças e das preocupações causadas pela pandemia, é importante tentar seguir uma rotina. “Ter um horário para dormir e acordar, evitar o uso de telas pelo menos 30 minutos antes de dormir, não fazer uso excessivo de álcool, optar por refeições leves à noite e evitar bebidas com cafeína podem ajudar”, sugere Magda.

Pesquisa vai avaliar sono da população durante a quarentena

O InsCer desenvolveu uma pesquisa para avaliar como está o sono da população brasileira durante a quarentena. O participante, de acordo com sua idade e/ou a idade de seus filhos, é direcionado a um questionário específico para fazer essa avaliação. Ao fim, será redirecionado a uma página com informações sobre como é o sono normal nas diferentes faixas etárias e receberá dicas, conforme a idade, de como dormir bem. A pesquisa está disponível neste link.

Leia mais: Estudo investiga impactos do confinamento domiciliar no sono de adultos e de seus filhos

covid,covid-19,covid 19,novo coronavírus,coronavírus,pesquisa,inscer,Instituto do Cérebro,Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul,estresse,ansiedade,depressão,traumaEntender o impacto traumático da pandemia do novo coronavírus é o objetivo principal de uma pesquisa desenvolvida por profissionais da PUCRS. A iniciativa surgiu a partir de integrantes da força-tarefa multidisciplinar criada pela Universidade para buscar soluções para as diferentes questões que envolvem a Covid-19. O professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) Rodrigo Grassi de Oliveira é um dos nomes que compõem o grupo de saúde mental da força-tarefa e que está por trás desse estudo. Segundo ele, a ideia é fazer um mapeamento e um monitoramento das questões relacionadas a estresse e trauma na população brasileira durante e após a pandemia.

Grassi explica que o grupo percebeu a necessidade de se realizar uma pesquisa nesse sentido em função das preocupações que o contexto atual pode gerar, como medo da morte, incerteza sobre o futuro e distanciamento social. Conforme o professor, essas questões podem ser muito estressantes e contribuir para o aparecimento ou piora de transtornos metais, principalmente ansiedade e depressão.

Uma das possíveis explicações para um aumento do estresse nesse período pode ser justamente a rápida disseminação das informações associadas à pandemia. Número de casos confirmados, óbitos, modo e taxa de transmissão podem ser facilmente monitorados por todas as pessoas com acesso à televisão ou à internet – além dos problemas socioeconômicos consequentes do distanciamento social. “Essa ampla cobertura da mídia pode influenciar a percepção cognitiva da população em relação à ameaça da doença, levando a uma maior ou menor proliferação de medo. A partir disso, começam a emergir questões importantes acerca dos impactos que a pandemia pode ter na saúde mental”, aponta.

Leia também: Força-tarefa multidisciplinar da PUCRS é formada contra a Covid-19

Pesquisa é respondida de forma online e não exige identificação

Para que a pesquisa possa atingir o maior número possível de pessoas em todo o Brasil, ela foi desenvolvida para que pudesse ser respondida de forma online e anônima – o que exige uma série de cuidados metodológicos. Ao longo de toda a entrevista, são coletadas informações relacionadas a sintomas de estresse, ansiedade e depressão, além de outros dados que, de alguma forma, possam estar afetando as pessoas, como o uso de mídias sociais e o quanto seu uso influencia ou não no estresse.

A ideia é que o questionário permaneça aberto ao longo de todo o período da pandemia e também no pós-pandêmico. Outro ponto relevante é que a mesma pessoa pode responder a pesquisa quantas vezes quiser, ao longo dos diferentes meses – lembrando sempre de sinalizar, no começo, que já respondeu às perguntas antes. Para se ter esse controle, cada pessoa tem um identificador (CEP e últimos quatro dígitos do celular, únicas informações solicitadas aos participantes).”Assim, teremos como saber quantas vezes alguém respondeu a pesquisa. Além de fazer esse mapeamento transversal, conseguiremos ter diferentes fotografias da população brasileira ao longo do ano”, pontua Grassi.

A meta é que pelo menos 9 mil pessoas respondam à pesquisa nessa primeira onda de coletas e, se possível, que voltem a responder nos próximos meses. “É um desafio a gente conseguir isso. Estamos pedindo para todo participante que nos siga nas redes sociais, pois será lá que faremos o anúncio público da segunda onda de coletas. Mesmo que essas pessoas não voltem a responder, tendo 9 mil respondendo agora, 9 mil daqui a três meses e mais 9 mil daqui a seis meses, a gente consegue generalizar estatisticamente esse diagnóstico do mapeamento de sintomas estressantes e traumáticos”, destaca.

Participantes recebem feedback e orientações em caso de estresse

Ao fim da pesquisa, os participantes têm acesso a um feedback baseado nas suas respostas. Aqueles que manifestaram estar sofrendo com a pandemia recebem orientações sobre como podem buscar ajuda. Se alguém expressar algum tipo de pensamento relacionado à morte ou a suicídio, automaticamente a pesquisa abre uma tela, instrui essa pessoa a ligar para o Centro e Valorização da Vida (CVV) e explica que há como essa pessoa ser ajudada, que o serviço não tem custo. “Tivemos uma preocupação com a pessoa que está respondendo a pesquisa, de forma que ela também seja psicoeducada por onde buscar ajuda”, completa Grassi.

O professor destaca que qualquer intervenção de saúde precisa ter base científica e que, como essa pandemia se desenvolveu de forma veloz, é preciso ser igualmente rápido para gerar bases de dados científicos e, a partir deles, estruturar políticas de intervenção, principalmente de saúde pública. “Investigar trauma ou estresse é importante porque a gente sabe que quanto mais cedo for a intervenção, melhor do ponto de vista de não deixar um adoecimento efetivamente se estabelecer”, reforça.

Outro ponto importante em relação a esse mapeamento é o fato de um aumento do adoecimento mental, em especial da depressão, gerar também questões econômicas importantes: “Uma das maiores causas de afastamento do trabalho é doença mental. Se a gente espera que, após esse período de recessão, o número de doenças mentais aumente, também tem que ficar preparado para tentar prevenir ou contornar essa situação, porque esse eco pós pandemia continuará corroendo a estrutura econômica”.

Ciência que é feita por todos

Grassi relata que o momento atual também é difícil para a ciência, uma vez que cada um está em sua casa e que uma série de materiais de pesquisa não estão podendo ser utilizados nesse momento. Por isso, chama a atenção para a importância de que as pessoas entendam que a ciência não é feita só pelo cientista: “Quem se voluntariar e dedicar de 10 a 15 minutos do seu dia respondendo essa pesquisa, vai estar ajudando a produzir ciência de qualidade no País. E isso é importante para mostrar como está sendo essa experiência de pandemia para o Brasil. A gente precisa medir, mensurar, registrar. É isso que um cientista faz”.

Além de Grassi, integram a equipe de desenvolvimento da pesquisa o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Carla Bonan; os professores da Escola de Ciências da Saúde e da VidaChristian Kristensen e Thiago Viola (também professor da Escola de Medicina); e o professor da Escola Politécnica Felipe Meneguzzi, além do pós-doutorando Bruno Kluwe-Schiavon, bolsista do Projeto Institucional de Internacionalização (PUCRS-PrInt) na modalidade Jovem Talento com Experiência no Exterior, e do aluno de Doutorado em Psicologia Lucas Bandinelli.

A pesquisa está disponível neste link.

Arte: PsiCOVIDa

Arte: PsiCOVIDa

Situações de pandemia, como a que estamos vivendo atualmente causada pelo novo coronavírus, geram impactos na vida de todos. Em um contexto de mudança de rotina, distanciamento físico, excesso de notícias e consequências econômicas e sociais, é comum que surjam sentimentos como emoções negativas, como medo, tristeza, raiva, solidão, estresse e ansiedade. Pensando nessa realidade, pesquisadores e estudantes de Pós-Graduação em Psicologia da PUCRS e da PUC-Campinas se uniram com o objetivo de ajudar as pessoas a lidarem com esse desconforto emocional, dando origem à Força-Tarefa PsiCOVIDa.

O grupo surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. Para isso, os integrantes desenvolvem produtos de comunicação e orientação, como cartilhas, folhetos, minicursos e vídeos, baseados na ciência da psicologia e de áreas afins.

Ideia surgiu a partir de matéria para o site da PUCRS

Conforme conta Wagner de Lara Machado, professor da graduação e do PPG em Psicologia e um dos coordenadores gerais da FT-PsiCOVIDa, tudo teve início com uma matéria para o site da PUCRS sobre sugestões de cuidados com a saúde mental neste período de pandemia, para a qual foi convidado a ser fonte. Ele e a mestranda Juliana Weide começaram a traduzir conhecimentos teóricos em práticas, fundamentadas na Psicologia Clínica, que poderiam ser acessíveis às pessoas em situação de quarentena/distanciamento social. “Essas sugestões tinham por objetivo a regulação emocional e o controle do estresse. Pedimos uma revisão do material para a professora Sônia Enumo, do PPG de Psicologia e Ciências da Saúde da PUC-Campinas, e, como não conseguimos incorporar todas as sugestões na matéria, decidimos por dar continuidade ao projeto”, conta Machado.

Sônia incorporou mais dois alunos à equipe: Eliana Vicentini e Murilo Araújo, ambos doutorandos em Psicologia na Puc-Campinas. A equipe começou a se reunir de forma online e a conversar para alinhar a proposta. “Reconduzimos a revisão da literatura e localizamos estudos indicando estressores e estratégias de enfrentamento específicos para situações de crise, especialmente a pandemia da Covid-19. Assim, deu-se início à redação da Cartilha para enfrentamento do estresse em tempos de pandemia”, pontua o professor.

Cartilha pode ser utilizada por toda a comunidade

Arte: PsiCOVIDa

Arte: PsiCOVIDa

O material é dividido em três grandes seções. A primeira apresenta informações sobre estresse e seu enfrentamento; a segunda aborda a identificação de sinais que indicam que a capacidade de lidar com o estresse pode não estar sendo suficiente; e, a última, fala sobre a identificação de estressores e estratégias de enfrentamento específicas para o contexto da epidemia da Covid-19. Segundo Machado, a ideia do grupo é que, por ser um material acessível, a Cartilha seja compartilhada e utilizada não apenas por profissionais, mas por toda a comunidade neste momento de desafio.

Para o professor, o grande diferencial do material é o embasamento teórico atual, enfatizando o bem-estar psicológico e a saúde mental em tempos de calamidade. “As sugestões de enfrentamento presentes na Cartilha podem prevenir o agravamento de dificuldades no manejo do estresse e promover qualidade de vida neste contexto de pandemia”, conclui.

Material será traduzido e distribuído gratuitamente

A força-tarefa originada a partir do grupo que se reuniu para o desenvolvimento da Cartilha já conta com mais de 100 integrantes de 12 universidades, entre pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, profissionais de diversas áreas e professores. Dividida em times de trabalho, a equipe está desenvolvendo cerca de 20 novos produtos. A Cartilha para enfrentamento do estresse em tempos de pandemia está sendo traduzida para o inglês e para o espanhol e, posteriormente, será distribuída gratuitamente por meio de universidades e entidades científicas.

Clique aqui para acessar e baixar a Cartilha

 

 

máscaras tecnopuc

Máscaras de proteção para os profissionais da saúde que foram produzidas no Tecnopuc FabLab. Crédito: banco Tecnopuc

O Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e o Centro de Apoio do Desenvolvimento Científico e Tecnológico da PUCRS (Ideia) abrem as portas do Tecnopuc Crialab, Tecnopuc FabLab e Tecnopuc Usalab para apoiar soluções relacionadas ao novo coronavírus (COVID-19). O objetivo é que iniciativas da comunidade possam ser testadas e desenvolvidas nestes ambientes, como estão sendo as máscaras de proteção para os profissionais da saúde.

As propostas recebidas serão avaliadas tecnicamente, visando identificar a viabilidade de atendimento. Para participar, é necessário preencher o formulário disponível neste link: bit.ly/labs_tecnopuc.

Sobre os laboratórios do Tecnopuc

Tecnopuc FabLab: é um laboratório de criatividade e prototipagem, conta com equipamentos variados de pequeno e médio porte, nas áreas de mecânica, computação e maquetaria, contando, ainda, com impressoras 3D e computadores com softwares para modelagem bidimensional e tridimensional de projetos mecânicos, design e softwares para testes. Um exemplo são máscaras de proteção para os profissionais da saúde que foram produzidas no aqui. O produto passou por testes no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), foi aprovado e está em produção. No Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre segue em teste no momento. O primeiro lote para o HSL está previsto em 200 modelos.

Tecnopuc UsaLab: laboratório de Engenharia de Usabilidade de Produtos para a Saúde. Entre os equipamentos disponíveis estão uma plataforma de simulação em saúde – Sim Man; equipamento monitorizado, controlado, conectado à plataforma digital; aparelhos de anestesia; monitores multiparamétricos; desfibriladores, entre outros.  

Tecnopuc Crialab: é um laboratório de criatividade, é um espaço de experiências em processo criativo em permanente transformação, dedicado a interações construtivas. Conta com estrutura propensa para a realização de pesquisa, desenho de produtos, prototipações rápidas, testes e simulações.