Exposição Nosso Corpo EstranhoNo ano passado, no 12º andar da Biblioteca Central, estava acontecendo a Exposição “Nosso Corpo Estranho”, que foi a primeira das cinco exposições realizadas pelo Instituto de Cultura em 2019. A proposta foi um desdobramento da tese de doutorado em Escrita Criativa do escritor Reginaldo Pujol Filho, unindo artes visuais, criação literária e pesquisa acadêmica. Essa exposição contou com obras desenvolvidas pelos artistas Guilherme DableLetícia Lopes e Munir Klamt.

Por enquanto, tivemos que dar uma pausa em nossa agenda cultural, mas o Instituto de Cultura separou algumas dicas de museus com coleções ou visitas virtuais: já que você não pode ir até a exposição, a exposição vai até você. Confira:

Pinacoteca de São Paulo – É o Museu de arte mais antigo da cidade de São Paulo, realizando exposições temporárias de artistas nacionais e internacionais, além de mostras de sua renomada coleção de arte brasileira, que conta com artistas como Tarsila do Amaral e Lygia Clark.

MAM-RJ – Museu de Arte Moderna – Possui mais de 6 mil obras de arte de artistas como Brancusi, Keith Haring, Rodin, Andy Warhol, Portinari, Hélio Oiticica, Tunga, Regina Silveira, entre tantos outros. Dedicado à vanguarda e ao experimentalismo, tem um dos acervos mais importantes da América Latina e abriga parte considerável dos movimentos artísticos brasileiros, como o Neoconcretismo e o Cinema Novo, e internacionais.

MAM – BA – Museu de Arte Moderna – É considerado o principal espaço de arte contemporânea da Bahia. O atual acervo conta com obras de diversas linguagens e lugares do mundo. A coleção conta com obras de artistas como Volpi, Di Cavalcanti, Fayga Ostrower, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake, entre outros.

Museu Nacional de Belas Artes de Argentina – Conta com uma coleção de mais de doze mil peças de diferentes períodos artísticos, sendo considerada uma das instituições culturais mais relevantes do continente. Possui obras de vanguarda desde o início do século, artistas como Klee, Kandinsky, Modigliani, Torres García, Rothko e Pollock. Seu espaço Virtual é composto por imagens, textos, áudios e passeios sugeridos.

Museu do Louvre  Abriu suas portas em 1793 e é hoje o museu mais visitado do mundo, com coleções que abrangem milhares de anos de uma história que se estende desde a América até a Ásia.  São 8 departamentos com obras conhecidas no mundo todo, como as famosas Mona Lisa e Vitória de Samotrácia, da Grécia Antiga.

Quer mais?

No Google Arts and Culture você acessa coleções de museus do mundo inteiro, como o MASP (Museu de Arte de São Paulo), o MoMA (Museu de Arte Moderna de Nova Iorque) ou o Musée D’Orsay, em Paris. Em alguns, é possível realizar tours em 360º e caminhar como se estivesse dentro dos prédios, fazendo uma visita guiada.

Exposição Nosso Corpo Estranho

Exposição Nosso Corpo Estranho / Foto: Bruno Todeschini

Nesta quarta-feira, 20 de março, a partir das 19h30min, o bate-papo Artistas, atores ou ficcionistas reúne os artistas Guilherme Dable, Letícia Lopes e o escritor Reginaldo Pujol Filho. O encontro ocorre no 12º andar da Biblioteca Central, prédio 16 do Campus (Av. Ipiranga, 6.681), onde está ocorrendo até 29 de março a exposição Nosso Corpo Estranho. O evento é gratuito e aberto ao público.

A exposição, fruto do trabalho de doutorado em Escrita Criativa de Reginaldo Pujol Filho e do trabalho em colaboração com Guilherme Dable e Letícia Lopes, mistura literatura, ficção, narrativa e artes visuais. Na ocasião, Pujol Filho vai conversar com Guilherme e Letícia sobre o trabalho dos artistas que criaram obras entre a realidade e a ficção, que incorporaram a personalidade de um outro criador para fazer os trabalhos em exposição. A conversa também permitirá falar mais sobre encontros entre literatura e artes, narração nas artes, as artes na literatura, além de conhecer curiosidades sobre os bastidores da exposição.

Sobre os participantes

Exposição Nosso Corpo Estranho

Exposição Nosso Corpo Estranho / Foto: Bruno Todeschini

Guilherme Dable é artista visual e tem mestrado em Poéticas Visuais pelo Instituo de Artes da UFRGS, onde atualmente realiza seu doutorado. É co-fundador do Atelier Subterrânea, espaço independente que atuou baseado em Porto Alegre entre 2006 e 2015. Já realizou exposições individuais em Londres, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Salvador, Recife, entre outras cidades, além de ter participado de diversas coletivas no Brasil e no exterior. Seu trabalho já foi reconhecido com prêmios, bolsas e residências artísticas e integra coleções com as do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Museu de Artes do Rio Grande do Sul, do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul, da Fundação Vera Chaves Barcellos entre outras.

Letícia Lopes é bacharel em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Participou de exposições coletivas, como Faturas (Memorial do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016), Exigências do Desenho (Acervo Independente, Porto Alegre, RS, 2015) e 20º Salão de Artes Plásticas de Praia Grande (Palácio das Artes, Praia Grande, SP, 2013). Foi selecionada pelo Programa RS Contemporâneo (2016), por meio do qual expôs individualmente Presença Sinistra, com curadoria de Marcelo Campos (UFRJ), no Santander Cultural. Foi contemplada com o Edital para Artes Visuais – Edição 2015 da Fundação Galeria Ecarta (Porto Alegre, RS) com a exposição individual Ode a Phobos – Ou como É Bom Não Ter Memória. No mesmo ano, realizou a individual Exagerar Já É um Começo de Invenção, na Casa Paralela (Pelotas, RS) e, em 2014, participou do Concurso 3º Prêmio IEAVI com Em Minha Fome Mando Eu, na Fotogaleria Virgílio Calegari (Casa de Cultura Mário Quintana), exposição que lhe rendeu o Prêmio de Melhor Exposição (por salas). Pinturas delinquentes: revelações noturnas à margem da tolerância estética ocidental (e suas infiltrações bem-sucedidas)”, publicado pela Cactus Edições ano passado foi selecionado pelo Festival de Fotolivros da Revista Zum, e agora faz parte do acervo da biblioteca do Instituto Moreira Salles de São Paulo.

Reginaldo Pujol Filho é escritor com mestrado e doutorado em Escrita Criativa pela PUCRS. Publicou os livros Só faltou o títuloQuero ser Reginaldo Pujol Filho e Azar do personagem. Além da escrita de ficção, também colabora com veículos de imprensa como Zero Hora, O Globo e Suplemento Pernambuco, com crítica literária e ensaio. É curador da Coleção Gira de literaturas de língua portuguesa da editora Dublinense e ministra cursos de criação literária.

 

Capa do Livro Nosso Corpo Estranho

Foto: Divulgação

Uma proposta que une artes visuais, criação literária e pesquisa acadêmica. A exposição Nosso Corpo Estranho, aberta ao público de 1° a 29 de março, no 12° andar da Biblioteca Central Ir. José Otão, faz parte do desdobramento da pesquisa de doutorado em Escrita Criativa do escritor Reginaldo Pujol Filho, que investigava a presença da literatura em exposições de arte e seu potencial narrativo. Todas as visitas são guiadas, e ocorrem de segunda a sexta-feira, com início às 16h e às 18h, partindo do Instituto de Cultura, no 7° andar da Biblioteca. O agendamento é feito através do e-mail: [email protected]. A inauguração ocorre no dia 28 de fevereiro, às 18h. A entrada é franca, sem necessidade de inscrição prévia.

Pesquisa e Literatura

A exposição tem como ponto de partida textos expositivos que permitem ao público acompanhar a história do artista fictício João Pedro Rodrigues, e, através dele, imaginar as obras de arte. Estes textos se complementam com a interpretação visual desenvolvida pelos artistas Guilherme Dable, Letícia Lopes e Munir Klamt, que criaram em conjunto obras específicas para esta mostra, a partir das narrativas da exposição. É considerado multidisciplinar, o que possibilita o contato com obras inéditas, além do exercício da imaginação e reflexão sobre os pontos de contato entre as criações artísticas e literárias.

NOSSO CORPO ESTRANHO

Abertura:
28 de fevereiro – Quinta-feira, às 18h no 12° andar da Biblioteca Central

Exposição:
De 1° a 29 de março – de segunda a sexta – visitas marcadas com saída às 16h e às 18h do Instituto de Cultura – 7º andar da Biblioteca Central Ir. José Otão