No dia 20 de maio, quinta-feira, às 21h, a PUCRS Cultura promove um bate-papo com a cantora e compositora brasileira Gal Costa. A mediação será realizada pelo professor Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no YouTube – onde fica disponível para acesso posterior.
Além de falar sobre o começo da sua trajetória artística, Gal também abordará os 50 anos do Long Playing Record gravado em 1971, o Gal A todo vapor (Gal Fatal). O LP, que foi o primeiro disco duplo do País, segundo a biografia da cantora, também foi a primeira gravação ao vivo. Com direção do poeta baiano Waly Salomão, o repertório vai desde novos compositores, como Luiz Melodia, aos consagrados, como Luiz Gonzaga.
O LP também foi eleito em uma lista da versão brasileira da revista Rolling Stone como o 20º melhor disco brasileiro de todos os tempos. Entre as interpretações, então Pérola Negra, de Luiz Melodia; Vapor Barato, de Jards Macalé e Waly Salomão; Como Dois e Dois, de Caetano Veloso; e Sua Estupidez, de Roberto e Erasmo Carlos.
A série Ato Criativo tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. Nesse episódio, a conversa será sobre a trajetória da artista ao longo de seus mais de 55 anos de carreira.
Maria da Graça Costa Penna Burgos, conhecida também como Gal Costa, nasceu em Salvador, no ano de 1945. É atriz, compositora e cantora com grande influência no tropicalismo e na MPB. Trabalhou em uma loja de discos em Salvador, onde conheceu o cantor de bossa nova, João Gilberto. Também amiga de Sandra e Dedé Gadelha, em 1963 a cantora é apresentada a Caetano Veloso, então marido de Dedé.
Em 1964, Gal participou da inauguração do Teatro Vila Velha (Salvador) ao lado de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros através do espetáculo Nós, Por Exemplo… Ainda com o grupo, Gal Costa apresentou os espetáculos Arena Canta Bahia e Em Tempo de Guerra (1965), além de gravar Eu Vim da Bahia e Sim, Foi Você.
Uma característica marcante da cantora é a capacidade que sua voz tem de perambular aos diversos gêneros musicais. Gal gravou duas músicas do álbum do Tropicália ou Panis et Circencis (1968), lançado por ela, Caetano, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé. Em 1968, a cantora esteve presente no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música Divino Maravilhoso, a qual lhe concedeu o 3º lugar. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, Gal Costa e Gal, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.
Durante o período de Ditatura Militar no Brasil, Gal Costa virou representante do tropicalismo no país. Com o álbum Fa-Tal: Gal a Todo Vapor gravado ao vivo, a cantora reforça a sua representatividade dentro do Tropicalismo, enquanto os seus parceiros Caetano e Gil estavam exilados. Ao longo de seus mais de 55 anos de carreira, Gal lançou 43 álbuns, tendo 12 DVDs gravados e 16 participações especiais na televisão. Já foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira (2016) na categoria de melhor cantora.
Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui graduação (2000), doutorado (2005) e pós-doutorado (2009) na área de Letras pela UFRGS. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
A 13ª edição da FestiPoa Literária acontece na modalidade online entre os dias 13 e 17 de maio. Ao longo estes dias, o evento receberá nomes como Criolo, Conceição Evaristo, Sérgio Vaz, Antônio Pitanga e Jeferson Tenório. A PUCRS, como apoiadora do festival, promove dois bate-papos que serão transmitidos pelos canais do YouTube da PUCRS e da FestiPoa Literária.
O primeiro, intitulado Personagens no cinema e na literatura, ocorre em 15 de maio, às 20h, e será uma conversa entre o ator Antônio Pitanga e o doutorando da PUCRS, que foi patrono da Feira do Livro de Porto Alegre em sua última edição, Jeferson Tenório. A mediação será de Fernanda Sousa.
O segundo, denominado Literatura, pão e poesia acontece no dia 16 de maio e contará com a presença do homenageado pelo evento Sérgio Vaz e do cantor Criolo, com a mediação de Luna Vitrolira. Os entrevistados se conheceram em eventos como o Sarau da Cooperifa, organizado por Vaz, e nutrem um carinho muito grande um pelo outro, fazendo com que a conversa entre ambos seja espontânea e intimista. Serão abordados temas como o papel da poesia na vida de ambos, suas trajetórias profissionais e a relação entre os dois artistas.
Arte e periferia
Tanto Sérgio Vaz quanto Criolo viveram na periferia, o que está representado em seus trabalhos. Como escreve o primeiro, chamando atenção para a importância de pensar no aspecto social:
“Não confunda briga com luta. Briga tem hora pra acabar e luta é para uma vida inteira”
O trecho é um dos preferidos de Criolo, que também tenta abordar a “luta” em sua arte – afinal, rap é pura luta. Na música Convoque seu Buda, o cantor apresenta trechos marcantes como “mudar o mundo do sofá da sala e postar no insta”, “ao trabalhador que corre atrás do pão, é humilhação demais que não cabe nesse refrão” e “como assim, bala perdida? O corpo caiu no chão”.
Além disso, é visível que ambos os artistas desejam ser reconhecidos entre os seus, pois não escrevem apenas para uma elite, mas sim para se comunicarem com o povo. Para eles, a literatura deve ser popular, e a música, também. É por isso que os dois criaram projetos que visam levar arte à periferia: o já citado Sarau da Cooperifa, de Vaz e Rinha de MC’s, de Criolo. Eles querem não apenas que a arte seja consumida pela periferia, mas que a periferia também produza sua própria arte.
“Enquanto eles capitalizam a realidade, eu socializo os meus sonhos”, escreve Vaz. Em um bate-papo entre dois artistas que não brigam, mas lutam e socializam suas ideias por meio da arte, certamente importantes reflexões serão compartilhadas.
Para saber mais sobre o evento, confira em nossa agenda: Bate-papos | FestiPoa Literária
Entre os dias 5 e 20 dezembro, o Coral da PUCRS participa de diferentes eventos, inclusive internacionais. Confira cada uma das atividades e programe-se para curtir o mês com muita música, arte e atrações especiais:
Com o lema Desde casa para el mundo, a 8ª edição do Patagônia Canta reuniu 12 grupos de diferentes países da América Latina. O encerramento do evento, com participação do Coral da PUCRS, acontece no dia 5 de dezembro, a partir das 18h. A transmissão ocorre por meio do Canal do Festival no YouTube.
Promovido pela Prefeitura Municipal do Natal e coordenado pelo Coral Municipal Sons da Terra, o Enconat acontece nos dias 5, 8, 10 e 12 de dezembro. Com participação de grupos corais do Brasil e do exterior, a transmissão é feita pelo Canal da Prefeitura do Natal no YouTube. A participação do Coral da PUCRS ocorre no dia 12 de dezembro, a partir das 20h.
No dia 8 de dezembro, o Coral da PUCRS participa do evento Celebrar em Comunidade, com a execução gravada da música Anunciação, de Alceu Valença. Além disso, o evento, que integra a programação de Natal da Universidade, conta com a presença da coralista Camila Keppler e do maestro Marcio Buzatto. A transmissão acontece por meio do Canal da PUCRS no YouTube.
Promovido pela Prefeitura de Santo André e pelo Coro da Cidade de Santo André, o evento acontece entre os dias 18 e 20 de dezembro, com transmissão pelo Canal do Coro Municipal de Santo André no YouTube.
O evento, promovido pela Universidade Potiguar (Natal/RN), acontece nos dias 19 e 20 de dezembro, com objetivo de celebrar o Natal em duas noites de concertos com grupos corais de alto nível do Brasil e do exterior. A transmissão ocorre por meio do Canal da UnP no YouTube.
Com 64 anos de trajetória, o Coral da PUCRS realiza concertos com obras relevantes do repertório erudito ocidental, além de atividades relacionadas à MPB, ao Rock e a outros estilos musicais populares, nacionais e internacionais. Já protagonizou importantes shows e concertos em Porto Alegre, estando ao lado de grandes expoentes da música, como o grupo inglês Rolling Stones e os artistas Milton Nascimento, Fafá de Belém, Kleiton e Kledir, entre outros.
Em 2016, o Coral da PUCRS recebeu a Medalha da Legislatura, concedida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, homenageando seus 60 anos de atividades ininterruptas e enaltecendo a ação cultural que desenvolve em sua atuação. Em 2019, foi sancionada, pelo governador, a Lei 169/2016, que estabelece que o Coral da PUCRS é de “Relevante interesse para a arte e cultura do Estado”. Atualmente o grupo faz parte do Instituto de Cultura da PUCRS e conta com a regência do maestro Marcio Buzatto.
A voz de sucessos como Não é céu, Deixando o pago e Estrela, estrela completa 40 anos de carreira dedicados à música em grande estilo. Promovida pela PUCRS Cultura, a série de quatro lives com o cantor e compositor Vitor Ramil estreia nesta segunda-feira, 5 de outubro, às 21h.
O primeiro encontro tem como assunto os primeiros discos e criações do artista nos anos 1980. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no YouTube e conta com a mediação do diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena.
Vitor Ramil lançou seu primeiro LP em 1981, aos 19 anos. Estrela, estrela foi gravado no Rio de Janeiro pela PolyGram e contou com arranjos de Wagner Tiso, Egberto Gismonti, Zé Roberto Bertrami, Azimuth, Jamil Joanes, Ricardo Silveira, Mauro Senise, Djalma Corrêa, Robertinho Silva, Luiz Avellar, Victor Biglione, seu irmão, Kleiton, além de seus próprios arranjos. O disco contou ainda com as participações vocais de Zizi Possi, Tetê Espíndola e do outro irmão, Kledir.
Em 1983, Ramil assinou um novo contrato com a gravadora Som Livre, desta vez para lançamento de seu segundo disco: A paixão de V segundo ele próprio. As gravações ocorreram no Rio de Janeiro e os produtores do disco foram seus irmãos Kleiton e Kledir. Para a gravação do disco, novamente reuniram-se músicos de ponta, alguns que já estavam em Estrela, estrela e outros novos, como Nico Assumpção, Hugo Fattoruso, Arthur Maia e Gilson Peranzzetta. Ramil participou da produção de alguns arranjos, além de tocar violão e teclados eletrônicos.
O LP contou com 20 faixas. Essa quantidade só foi possível no formato LP porque as canções eram alternadas com vinhetas (geralmente de até um minuto), tanto no lado A quando no lado B do álbum. Além da quase totalidade de canções autorais, Ramil musicou pela primeira vez em sua carreira, em versão em português, um poema de Jorge Luis Borges, Milonga de Manuel Flores.
Poucos anos depois, em 1986, Ramil mudou-se para o Rio de Janeiro. Nesse período, participou do projeto Pixinguinha ao lado de Zizi Possi. Conseguiu assinar um novo contrato, agora com gravadora EMI, quando começou a trabalhar no novo disco. Os arranjos do terceiro disco, Tango, contam com a parceria da banda: Nico Assumpção, Paulinho Supekovia, Carlos Bala, Hélio Delmiro, Gilson Peranzzetta, Luiz Avellar, Dudu Tretin, Márcio Montarroyos, Léo Gandelman. Não havia arranjos orquestrais como nos discos anteriores. Havia uma maior coesão na banda.
Ao contrário de A paixão, que possuía 20 faixas, Tango tinha apenas oito canções. Vivia-se um período no qual o rock estava no auge, especialmente com a repercussão do primeiro Rock In Rio, que tinha acontecido no ano anterior. Era o momento do surgimento e da popularização do rock nacional, entre os antecedentes musicais estava o tropicalismo. Entretanto, o disco Tango não tinha nada de rock, além disso, trazia algumas canções experimentais, como Virda, a instrumental Nino Rota no sobrado, e as longuíssimas Joquim, versão da canção Joey, de Bob Dylan, e Loucos de cara, parceria com o irmão Kleiton Ramil.
As duas últimas tinham estrutura narrativa: a primeira com oito e a segunda com seis minutos. Ainda assim, Joquim, ao contrário do que ocorria com as músicas comerciais executadas nas rádios, geralmente com duração de três a quatro minutos, foi uma das canções mais pedidas nas rádios de Porto Alegre.
Nas próximas lives com o cantor as conversas serão em torno de suas criações e discos dos anos 1990, 2000 e 2010, e ocorrem respectivamente nos dias 27 de outubro (adiado), 17 de novembro e 8 dezembro.
Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
No dia 24 de agosto, segunda-feira, às 21h, o Instituto de Cultura promove um bate-papo com o cantor e compositor Vitor Ramil sobre a obra de Jorge Luis Borges (1899-1986), escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta. A conversa é transmitida no perfil PUCRS Cultura no Facebook e no Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.
O evento faz parte da série Ato Criativo. Nessa edição a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, que conversa com Vitor Ramil sobre sua relação criativa com a obra do escritor argentino. Além disso, Vitor vai cantar poemas de Jorge Luis Borges e conversar sobre o processo de musicar sua obra.
O quê? Ato Criativo com Vitor Ramil e a poesia de Jorge Luis Borges
Quando? 24 de agosto
Que horas? às 21h
Onde? Canal da PUCRS no YouTube e perfil PUCRS Cultura no Facebook
No próximo domingo, 16 de agosto, às 17h, o Instituto de Cultura da PUCRS promove um bate-papo dentro da série Ato Criativo sobre o projeto Ensaios de Morar. Participam da conversa a curadora do projeto, Alice Castiel, e as artistas Kaya Rodrigues, Thays Prado e Thayan Martins, com mediação de Luiza Rabello. O evento é transmitido através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.
Ao final da conversa que fala sobre o processo criativo do projeto, Juliana Perdigão faz um pocket show apresentando algumas de suas canções criadas a partir de poemas. Nesse dia, ocorre o lançamento do site Ensaios de Morar, que reúne os poemas de Ana Martins Marques com as criações em música e vídeo concebidas pelas 14 artistas participantes e ensaios escritos por Alice Castiel e Moema Vilela.
Da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha, surgiu o Ensaios de Morar, projeto que procurou reunir diversas artes e artistas em torno da poesia de Ana Martins Marques. De maio a julho deste ano tão atípico, foram publicados poemas de Ana Martins que foram transformados em músicas e vídeos por 14 artistas do Rio Grande do Sul. A curadoria foi de Alice Castiel, que observou na poesia de Ana Martins diversas imagens relacionadas ao universo da casa, espaço em que passamos a ficar mais tempo em função do isolamento social. Com isso, a curadora convidou as artistas Aline Araújo, Bel_Medula, B.art, Carina Levitan, Clarissa Ferreira, Dessa Ferreira, Gutcha Ramil, Kaya Rodrigues, Nina Nicolaiewsky, Paula Posada, Rita Zart, Saskia, Thayan Martins e Thays Prado para criarem músicas e vídeos a partir de poemas.
O resultado das criações das artistas pode ser conferido no site que, além de reunir os poemas escritos com os vídeos das artistas, tem identidade visual desenvolvida pela artista Clara Trevisan e ensaios escritos pela escritora e professora da PUCRS Moema Vilela e por Alice Castiel.
Saiba mais sobre as convidadas do evento
A série de lives musicais No Meu Canto, que apresentou diversos artistas do Rio Grande do Sul e do Brasil todas as quintas-feiras do primeiro semestre do ano, retorna no segundo semestre com mais uma edição especial para estudantes da Universidade. O evento ocorre no dia 27 de agosto, às 18h, pelo Instagram @pucrscultura e as inscrições para participar dessa live vão até o dia 21 de agosto.
Nesta semana, o projeto Ensaios de Morar, promovido pelo Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha, apresenta as criações em música e vídeo de poemas de Ana Martins Marques concebidas pelas artistas Paula Posada e Clarissa Ferreira. Publicados, respectivamente, nos dias 30 de junho e 2 de julho pelos canais dos realizadores do projeto, os vídeos dão continuidade à série de publicações semanais que ocorre até o dia 7 de julho. Com dez produções já disponibilizadas, o projeto explora artisticamente a experiência de “morar”, trazendo novos olhares sobre a relação entre indivíduo e casa – intensificada em razão do contexto de isolamento social.
No dia 30 de junho, terça-feira, o vídeo lançado foi de Paula Posada, musicista e graduanda em Música Popular pela UFRGS. Como DJ e produtora, a artista apresenta uma pesquisa que valoriza o minimalismo e utiliza-se da linguagem da música eletrônica como expressão máxima de sua identidade artística. É produtora e residente da festa Base, co-criadora do coletivo Arruaça e integrante da crew da label Goma rec. Em 2019, participou da residência artística do Projeto Concha. No dia 02 de julho, quinta-feira, o vídeo foi de Clarissa Ferreira, violinista xucra ciborgue, compositora, bacharela em violino pela UFPEL, mestra pela UFRGS e doutora em Etnomusicologia pela UNIRIO. Integra o grupo As Tubas, como musicista e diretora musical, realiza masterclasses e atua como professora de violino popular e criação musical. Em 2019, atuou como diretora musical dos espetáculos Pago Revisitado, Unimúsica/UFRGS, e Líricas Sulinas, Sonora Brasil/SESC. Também foi uma das residentes do Projeto Concha/Natura Musical.
Os poemas dessa semana são do livro Como Se Fosse a Casa. Lançada em 2017, a obra surgiu de e-mail trocados entre Ana Martins Marques e o poeta Eduardo Jorge, durante o período em que ela alugou o apartamento dele. Se no início as correspondências versavam sobre questões práticas da casa, depois tornaram-se poesia – passando por temas como o partir e o morar. Confira os textos selecionados para o projeto:
Em Como Se Fosse a Casa (Relicário Edições)
Por Paula Posada
Um caramujo
como uma caixa de fósforos
que levasse nas costas
o incêndio da casa
Em Como Se Fosse a Casa (Relicário Edições)
Por Clarissa Ferreira
A cura está no tempo, dizem,
mas, ela pensa, por que não
no espaço?
ou antes não há cura
a vontade de partir antecede sempre
a casa
estamos para ir
prestes, mas não prontos
só vigor e vontade
lar, ela pensa, é sempre lá
(talvez, lançar-se)
Ao final da publicação dos 14 poemas audiovisuais, no início de julho, ocorre o lançamento de um site desenvolvido especialmente para o projeto, com artes criadas por Clara Trevisan. A plataforma vai reunir os poemas escritos por Ana Martins Marques com os vídeos produzidos pelas artistas, acrescidos de um ensaio da escritora, poeta e professora de Escrita Criativa na PUCRS Moema Vilela. A construção do site vem da intenção de montar uma espécie de livro virtual que reúna todas as artes e artistas envolvidas.
Devido à disseminação do coronavírus, seguindo as recomendações dos órgãos oficiais de saúde e do poder público, em comum acordo com a produção do artista, o show do cantor Arnaldo Antunes foi transferido para o dia 18 de março de 2021, quinta-feira, às 21h, no Salão de Atos da PUCRS. A realização é do Instituto de Cultura da PUCRS, com produção local de Kauidea Produções Artísticas, com apoio de Piperita Sabores Selecionados e Bar do Beto.
Os ingressos comprados para as apresentações marcadas para 26 de março e 18 de agosto de 2020 valerão para a nova data. Caso o cliente decida pela devolução dos ingressos, essa se dará da seguinte forma:
Ingressos adquiridos na PUCRS Store
Ingressos adquiridos pelos canais Uhuu
Prazos de Reembolso:
*Conforme regras da sua administradora de cartão, para compras realizadas acima de 90 dias, a Uhuu poderá, em alguns casos, solicitar os seus dados bancários para depósito.
O cantor e compositor Arnaldo Antunes mostra o seu novo disco em uma nova configuração, com a qual nunca se apresentou. Acompanhado ao piano por André Lima, com cenário e projeções de Marcia Xavier, no show, Arnaldo vai intercalar canções de seu novo disco, O Real Resiste, com outras de várias fases de sua carreira, como Debaixo Dágua, Lua Vermelha, Socorro, Vilarejo, O Seu Olhar, Contato Imediato, entre outras, com poemas falados, entoados, sussurrados, filtrados por efeitos.
“Resolvi trazer um pouco do trabalho que apresento em minhas performances de poesia para o show, intercalando canções e poemas; fazendo uma ponte mais explícita entre essas duas frentes de minha produção, nessa formação mínima (voz e piano)”, destaca o cantor. O show terá interpretação simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Os ingressos podem ser adquiridos pelo site uhuu.com.
Assim como o anterior, o RSTUVXZ (2018), o seu novo álbum, O Real Resiste (2020), foi gravado no sítio-estúdio Canto da Coruja, no interior de São Paulo, entre árvores, banhos de lago, cavalos, cachorros, crianças e galinhas. Arranjado com a mesma formação em todas as suas dez faixas (Cézar Mendes, no violão de nylon; Daniel Jobim no piano; Dadi, na guitarra, baixo, violões de 12 cordas e de nylon, slides e bandolim; Chico Salem, na guitarra, banjo e violões de aço e nylon), o disco apresenta uma sonoridade mais uniforme, tecida apenas com piano e instrumentos de cordas (sem bateria, percussão ou programações).
Gravado com os músicos tocando quase sempre juntos, buscando uma identidade original a partir desses poucos elementos, O Real Resiste se diferencia dos últimos trabalhos de Arnaldo, que variavam diferentes gêneros e formações instrumentais em suas faixas. A sonoridade do disco remete a sua fase mais intimista e concentrada nas canções, que resultou em Qualquer (2006) e na turnê registrada em Ao Vivo no Estúdio (2007). Nas palavras de Arnaldo: “Depois de um álbum (RSTUVXZ) em que alternava rocks e sambas, com seus pesos rítmicos característicos, tive vontade de me voltar mais para as canções, num registro sereno, com poucos elementos, mais próximo da maneira como foram compostas ao violão, acentuando as relações entre letra e melodia, saboreando mais as sílabas”.
Novos talentos surgindo em uma Universidade. No dia 25 de junho, às 18h, uma live exclusiva terá alunos da PUCRS que se inscreveram no projeto No Meu Canto para apresentar o seu trabalho musical pelo Instagram @pucrscultura. O evento conta com a apresentação de seis estudantes e mediação de Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da Universidade.
Desde a sua primeira edição, a série No Meu Canto vem apresentando artistas do Rio Grande do Sul e do Brasil para apresentarem seus trabalhos na música através do perfil PUCRS Cultura no Instagram todas as quintas-feiras. Foi a partir da sugestão de alunos que a equipe do Instituto de Cultura decidiu criar uma edição especial com apresentações de alunos que tenham um trabalho musical ou que apenas cantem ou toquem um instrumento como passatempo. Foi aberto período de inscrições e seis alunos foram selecionados.
Os estudantes artistas que se apresentam nessa edição são Isadhora Coutinho de Lima, Lorenzo Generoso, Nayara Lemos, Raquel Wazlawoscky e Wagner Yamada. O encerramento da live será com o aluno diplomado Todt. Cada artista se apresenta por dez minutos, falando de sua relação com a música e mostrando algumas de suas canções.
Perguntamos aos alunos selecionados o que os levou a estudar na Universidade e como é a relação que eles têm com a música.
Nayara Lemos @nayescrita
“Minha relação com a música começou desde criança, quando meus pais se reuniam na garagem do prédio, pra fazer um churrasco e escutar samba. Eles não resistiam. Meu pai pegava um balde e fazia de tambor. Minha mãe dançava e começava a cantar com uma panela na mão servindo a comida. A relação com a música acho que vem desde a barriga, com minha mãe saculejando no carnaval de Rio Pardo. Mas a relação de agora vai além de samba e carnaval. Gosto de praticamente tudo que seja bom. Aquilo que toca na alma sabe? Mesmo que doa. Como as músicas da Bia Ferreira, uma das cantoras da atualidade, falando de política em suas composições, misturando ritmos totalmente diferentes. Ou a poesia de Vinícius de Moraes, Cazuza e Bethânia. Acho isso bonito na música, sabe? Poder ter liberdade de soltar a voz seja pra onde queira atingir.
Estudo Escrita Criativa porque eu componho desde criança (acho que toda criança faz isso). Umas tentam se desprender da arte, outras levam para o lado pessoal. Eu sou o tipo de pessoa que até hoje gosta de histórias em quadrinhos! Quando eu não tinha amigos ou brinquedos pra brincar, eu brincava com as histórias. E aos meus 8 anos comecei a escrever poesias de amor pra minha mãe. O primeiro poeta que eu me apaixonei foi o Mário Quintana. Levei isso tão a sério, o fato de ser passarinho, que criei um blog em 2005 (hoje não mais ativo). Meus colegas gostavam de ler meu blog (papo de criança). Tive outros depois desse. Eu era o que hoje chamam de “blogueirinha” e nem sabia! Blogao, Msn, Fotolog, MySpace, Flickr, Twitter… acompanhei tudo isso. E a escrita sempre foi um meio de eu me aliviar do peso do mundo, de todo preconceito que já vivi.
Sempre diziam que eu devia fazer facul de Letras pelo motivo de gostar de escrever (mas de alguma forma sentia que isso não se encaixava comigo) e sempre tentei achar sonorização para as minhas palavras. Mesmo que não fizesse sentido. Assim foi meu processo criativo e iniciático para começar a compor música/poesia porque na minha visão, as duas coisas são complementares. Estudo Escrita Criativa por isso. Finalmente encontrei um curso que pode dar voz a tudo que eu gosto que é arte. Sendo poesia ou não.”
Wagner Yamada @wagner_yamada
“Decide fazer o meu mestrado na PUCRS devido à ótima experiência que tive durante a minha graduação na universidade, seja pelos profissionais os quais eu tive contato e/ou pela infraestrutura que a instituição disponibiliza para o aluno. A música foi um meio que eu encontrei para fazer com que a minha rotina ficasse mais leve e agradável, por mais que ela não seja tão fácil as vezes.”
Isadhora Coutinho de Lima @isavitaeoficial
“Faço Jornalismo, porque amo a área da comunicação e ter o poder de levar a informação as pessoas. Também amo escrever, o que colaborou muito com a decisão do curso. Minha relação com a música é intensa! Desde pequena só me via seguindo carreira de cantora e nunca sonhei fazer outra coisa, então sempre mantenho esse sonho ativo, mesmo cursando jornalismo atualmente. Meu maior sonho é fazer a diferença com a música que eu produzo.”
Lorenzo Generoso @lorenzogneroso
“Faço Engenharia de Controle e Automação, porque gosto de entender como as coisas funcionam, gosto de entender eletricidade e mecânica ao mesmo tempo. Sempre fui apaixonado por física e gosto da ideia da aplicação dos conhecimentos aprendidos. Faço na PUCRS, pois meu pai se formou na PUCRS e meu irmão, então é algo como tradição de família já. Sempre me interessei por música, comecei no ramo Gospel, mas no último ano venho tomando atitudes para criar e investir em uma carreira fora desse ramo, mais focado em Rock, Reggae e MPB.”
Raquel Wazlawoscky @wazlaofficial
“Filosofia e arte são as duas coisas mais importantes para mim. Faço na PUCRS, porque Filosofia não poderia ser em outro lugar, ao meu ver. Confio muito nos professores e no curriculo do curso. Quanto à música fiz este pequeno texto (não consigo expressar de forma mais objetiva):
Os sentires transbordam e surge a necessidade da expressão, de colocar em escrito, em sons, em imagens o que não é possível passar em um discurso habitual. Nem mesmo numa conversa interior é possível revelar a profundidade da existência. Comunicar ao outro é um revelar a si mesmo o que se mostra nebuloso: no próprio processo de criação se encontrar, desdobrando-se. Transformar a experiência em arte, principalmente a dor – se não for este, qual será seu lugar? – é o que se impõe como sentido. E quando surge daquele não-lugar, daquele (quase) silêncio – raras vezes – ocorre um ultrapassar-se, o indivíduo que se percebe mais do que ele mesmo e as palavras e gestos falam então por si mesmos.”
Victor Todt @victortodt
“Eu fiz o meu pós em Produção Musical na PUCRS, porque queria muito me inserir mais no meio musical e, quando fiquei sabendo do curso, o nome me despertou muito a atenção. No curso fiz muitos amigos músicos com os quais já fiz parceria e também aprendi mais sobre outras áreas que o curso aborda como: entretenimento e comunicação. Sou cantautor, desde 2016, onde lancei meu primeiro single que se chama “Sem Direção”. Hoje em dia, tenho seis músicas disponíveis em todas plataformas de streaming. O meu objetivo é fazer com que as minhas músicas cheguem nas pessoas com uma energia boa!”