Pesquisa, troca de ideias, planejamento, adaptação de temas científicos para uma linguagem simples e acessível, produção de materiais, desenvolvimento de layout e ambientes criativos, recursos tecnológicos, concepção visual e de comunicação. Há muita dedicação de tempo e esforço profissional por trás das exposições do Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da PUCRS.
Dez experiências geniais que você encontra no Museu
As exposições são resultado de um trabalho de conservação, pesquisa e divulgação do conhecimento científico de forma compreensível. “Somos um museu de ciências e tecnologia, que também é universitário e conta com um acervo considerado o sexto maior do País. Temos um compromisso grande com a sociedade em levar esse patrimônio para o público por meio da exposição”, explica a coordenadora de Projetos Museológicos, Simone Flores.
Saiba mais na reportagem da edição 190 da Revista PUCRS.
A Amazônia Brasileira, pauta de mobilizações nacionais e internacionais sobre a preservação ambiental, continua apresentando novidades para o mundo científico, demonstrando o quanto o respeito à biodiversidade se faz necessário. Em 2018, pesquisadores e estudantes vinculados ao Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS) identificaram o diminuto sapo de Juamí (Phyzelaphryne nimio) com machos adultos de apenas 1 cm de comprimento, e o sapo cuidador de Juamí (Allobates juami), cujos machos carregam os girinos nas costas. Essas foram apenas duas das 29 espécies descritas para a ciência ao longo do ano anterior, por equipes da Universidade e visitantes, com base no acervo mantido da Instituição. Esse e outros resultados constam no Relatório Social PUCRS, HSL e InsCer.
De acordo com o diretor do Museu, professor Carlos Alberto Lucena, essas 29 espécies novas eram desconhecidas para a ciência, pois ainda não tinham nome. “Elas são obtidas por expedições científicas em diversas áreas do continente sul-americano ou por empréstimo de outras coleções científicas. Geralmente, as expedições exploram áreas pouco conhecidas e trazem espécimes para as nossas coleções. Ao estudá-las, especialistas descobrem essa parte da biodiversidade que ainda é desconhecida e a descrevem através de artigos científicos”, esclarece o gestor.
Os mini-sapos da Amazônia
O professor Santiago Fisher foi responsável pela descrição dos anfíbios. Segundo ele, a descoberta de duas novas espécies de sapos na Amazônia brasileira traz avanços na compreensão da biodiversidade. “O sapinho Juamí é uma das menores espécies de tetrápodes conhecidas no mundo, com machos adultos de 1 cm. Isso pode nos ajudar a entender como a complexidade de um animal pode se reduzir a tamanhos minúsculos. Já o sapo cuidador de Juamí parece ter um cuidado parental complexo, pelo fato de os machos levarem nas costas os girinos. Até onde sabemos, as duas espécies são endémicas da Estação Ecológica Juami-Japurá o que demostra a importância das áreas de preservação nacionais”, explica o pesquisador.
Risco de extinção
Ainda conforme Fischer, existem pelo menos 41 espécies de anfíbios ameaçados de extinção no Brasil. “Dentre as causas principais estão as alterações ambientais e a infecção pelo fungo Batrachochytrium dendrobatidis. Este fungo age na pele porosa dos anfíbios, que os animais utilizam para respirar e absorver água. Ele quebra as proteínas da pele e se alimenta dos aminoácidos. Em decorrência, os animais infectados ficam apáticos, perdendo sua pele e sofrendo de insuficiência cardíaca em poucas semanas”, complementa investigador.
Descobertas incluem peixes
Especialista em ictiologia com reconhecimento no meio acadêmico nacional e internacional, Roberto Esser dos Reis conduziu os trabalhos que permitiram conhecer 25 novas espécies de peixes. De acordo com o pesquisador, a diversidade de peixes de água doce da América do Sul supera a de todos os continentes e também de outros hotspots de diversidade, como as grandes barreiras de corais marinhas. Nos últimos 30 anos, os pesquisadores do Museu de Ciências e Tecnologia e seus estudantes descreveram mais 300 dessas espécies, contribuindo para o conhecimento da fauna e entendimento da biodiversidade”, revela o professor. Embora sejam conhecidas mais de 6 mil espécies de peixes de água doce no continente, estima-se que existam entre 8 e 9 mil espécies. Essa diferença de espécies ainda por descobrir, segundo Reis, vem diminuindo rapidamente, com uma média de 104 espécies novas descritas a cada ano.
Histórico das coleções
A coleção de peixes do MCT-PUCRS foi iniciada em 1967. A partir de 1985, teve início uma fase de expedições científicas, que continua nos dias de hoje, tornando está a segunda maior coleção de peixes do Brasil. Em 1997, iniciou- se coleta de tecidos e a formação de uma coleção para uso em estudos moleculares. A coleção de peixes possui mais de 54.000 lotes provenientes de cerca de 10.000 localidades, sendo a grande maioria localizada no Brasil.
No caso dos anfíbios e répteis, o princípio da coleção remonta ao ano de 1969. Em 1983 a coleção passou a ser sistematicamente organizada e catalogada. Desde então, o número Anfíbios e Répteis tem crescimento ininterrupto, atingindo mais de 35.000 exemplares (cerca de 20 mil répteis e 15 mil anfíbios). A digitalização, desde os anos 1990, tornou disponível o conteúdo de forma online.
Acervo do MCT-PUCRS: articulação internacional
O Museu de Ciências e Tecnologia possui 17 coleções científicas que abrigam representantes da fauna atual e do passado (fósseis), flora e peças/resquícios arqueológicos. Ao todo ultrapassam os dois milhões de exemplares/peças. Estes acervos são utilizados por pesquisadores em várias situações, uma delas – no caso das coleções biológicas – no auxílio à descoberta de novas espécies para a ciência. No ano de 2018, pesquisadores, alunos de Graduação e do Pós-Graduação em Ecologia e Evolução da Biodiversidade (Escola de Ciências) e curadores do MCT-PUCRS propuseram nove novas espécies para o Brasil (seis de peixes, duas de sapos e uma de aranha). As coleções científicas do Museu, junto com as de outras instituições brasileiras e do exterior, tiveram uma participação fundamental nestas descobertas, pois seus acervos são mantidos justamente para este fim – conhecer a biodiversidade e, a partir disso, auxiliar no estabelecimento de áreas prioritárias para a preservação e ampliação do conhecimento da história de vida das espécies.
Um fóssil de 220 milhões de anos, que faz parte do acervo do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS desde a década de 70, é objeto de pesquisa do doutorando Daniel de Simão Oliveira, da Universidade Federal de Santa Maria. O crânio de cerca de 44cm é de um Proterochampsa nodosa, primo distante do crocodilo e do dinossauro, que devia medir ao todo cerca de 2,30 metros de comprimento. Este mês, a peça passou por uma tomografia computadorizada no Instituto do Cérebro do RS (InsCer), para que fosse melhor estudada.
“A tomografia nos permite ver a estrutura do fóssil por dentro, sendo possível avaliar os dentes, a mandíbula e a caixa craniana”, explica Oliveira. Ele estuda no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal do Centro de Ciências Naturais e Exatas da Universidade Federal de Santa Maria, e vai trabalhar em colaboração com a PUCRS, que cedeu o material para estudo. Marco Brandalise, professor da Escola de Ciências da PUCRS e responsável pela Coleção de Fósseis do MCT-PUCRS, faz a intermediação entre as duas instituições para o andamento do projeto de pesquisa do doutorando.
A espécie foi encontrada na cidade de Candelária (RS), mas esse grupo de répteis pré-históricos existia também na Argentina. Durante o Triássico, época em que os crocodilos ainda eram terrestres, o Proterochampsa e seus parentes eram os principais predadores aquáticos, dominando os rios e lagos. O fóssil do Proterochampsa vai ser um dos focos do doutorado de Oliveira, que pretende comparar as características da espécie atual com a antiga, além de redescrever o animal para apresentar um conjunto mais completo sobre o fóssil e, inclusive, definir o nome correto, pois posteriormente foi renomeado como Barberenachampsa. “Irá fazer parte do projeto de doutorado de Daniel Oliveira até mesmo se certificar qual o nome correto a ser mantido para esta espécie”, afirma Brandalise. Para encontrar essas e outras respostas, o estudante dedicará os próximos quatro anos do doutorado, recém iniciado.
O Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, tem incentivos extras do Museu de Ciências e Tecnologia para a interação com os filhos. Nesta quarta e quinta-feira, dias 8 e 9 de maio, às 15h30min, ocorrem edições especial do Minuto da Ciência, com o tema Mães Geniais. A atração propõe uma reflexão sobre a relação entre genitoras e filhotes no mundo animal. Durante o passeio, os monitores explicam, em meio à área de exposições, que o cuidado com os filhos e filhas não é exclusivo da espécie humana. Para garantir a sobrevivência e o sucesso reprodutivo de suas espécies, diversos animais cuidam de seus filhotes, desde antes do nascimento até a idade adulta. Informações sobre ingressos podem ser acessadas neste link.
Também em comemoração ao Dia das Mães, dia 12, o MCT-PUCRS oferece meia-entrada para todos os visitantes. O local fica aberto das 10h às 18h. Além dessas atividades, o mês de maio tem uma agenda intensa, incluindo o evento Uma Noite no Museu. Confira aqui a programação completa.
Pessoas de 60 anos ou mais podem ter uma tarde de muito conhecimento, aprendendo sobre os vírus de maneira lúdica no Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS. Na próxima terça-feira, 30 de abril, a atividade Genial Idade vai mostrar os diversos vírus existentes, como eles agem no organismo e como fazer a prevenção. Durante a oficina os participantes poderão interagir com modelos didáticos que simulam diversos tipos de vírus. A ação será conduzida pela professora da Escola de Ciências da PUCRS e especialista em microbiologia Renata Medina e ocorre das 14h30min às 17h. As vagas são limitadas. As inscrições têm o valor de R$ 20 e podem ser realizadas pelo e-mail [email protected]. Informações pelo telefone (51) 3320-3521.
Nos dias 18, 19 e 20 não haverá aulas na Universidade, devido ao feriado de Páscoa. A Biblioteca Central Ir. José Otão, o Parque Esportivo, o Museu de Ciências e Tecnologia, o Living 360°, a Central de Atendimento ao Aluno e demais serviços da PUCRS estarão fechados. Na quinta-feira, dia 18 de abril, estará funcionando apenas o Parque Esportivo. Na segunda-feira, dia 22 de abril, as atividades retomam normalmente.
18, 19 e 20 de abril – Feriado da Semana Santa
Não haverá aulas
Biblioteca Central Ir. José Otão
Fechada nos dias: 18, 19, 20 e 21 de abril
Parque Esportivo
Aberto na quinta-feira, 18 de abril das 6h30min às 22h45min
Fechado: 19, 20 e 21 de abril
Museu de Ciências e Tecnologia
Fechado nos dias: 18, 19, 20 e 21 de abril
Living 360°
Fechado nos dias: 18, 19, 20 e 21 de abril
Central de Atendimento ao Aluno
Fechado nos dias: 18, 19, 20 e 21 de abril
Durante o período de Páscoa, a PUCRS promove uma programação especial. No dia 22 de abril, ocorrerá a Missa de Páscoa, e, no dia 25, a Via Lucis. Ambas celebradas na Igreja Universitária Cristo Mestre, localizada no prédio 23 do Campus (Avenida Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre). As cerimônias são abertas à comunidade.
22 de abril – Missa de Páscoa
Local: Igreja Universitária Cristo Mestre
Horário: 18h30min
24 de abril – Via Lucis | Via Sacra da Ressurreição
Local: Início em frente ao prédio 9 (Humanidades) em direção à Igreja Cristo Mestre
Horário: Das 17h às 18h
As obras de melhorias do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) serão concluídas até o dia 11 de março. Entre as novidades estão a remodelada exposição Matéria e Energia, que contará com experimentos interativos e peças da coleção de Mineralogia do Museu, e as melhorias estruturais que vão ampliar o conforto ao público e a visibilidade às atrações do Museu.
As atividades retornam a partir do dia 12 de março e os agendamentos das visitas de grupos podem ser realizados por meio deste link. Já para agendar pelo Programa Escola-Ciência (Proesc), desenvolvido especialmente para crianças e jovens em idade escolar que fazem parte de famílias de baixa renda, pode ser efetuado neste link. Mais informações pelo telefone (51) 3320.3521 ou pelo e-mail [email protected].
Até o dia 21 de fevereiro, o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) estará fechado para obras de melhorias e vai apresentar novidades. Uma delas será a exposição Matéria e Energia, que contará com experimentos interativos e peças da coleção de Mineralogia do Museu. A nova mostra é alusiva ao Ano Internacional da Tabela Periódica, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) para estimular a difusão de informações sobre o tema. Além disso, ocorrerão melhorias estruturais para trazer mais conforto ao público e visibilidade às atrações do Museu.
Os agendamentos das visitas de grupos, após o dia 21 de fevereiro, podem ser realizados por meio deste link. Já para agendar pelo Programa Escola-Ciência (Proesc), desenvolvido especialmente para crianças e jovens em idade escolar que fazem parte de famílias de baixa renda, pode ser efetuado neste link. Mais informações pelo telefone (51) 3320.3521 ou pelo e-mail [email protected].
O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS entra na segunda quinzena de setembro com agenda repleta de atrações para diferentes públicos e interesses. O calendário traz programações para crianças, jovens e adultos. O destaque do roteiro é a participação na Primavera dos Museus, temporada cultural coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus – Ibram, com o objetivo de estimular a valorização destes espaços. As oficinas e visitações são interrompidas apenas na quinta-feira, dia 20, devido ao feriado comemorativo da Semana Farroupilha. Mais informações sobre datas, horários e inscrições podem ser obtidas pelo fone (51) 3320-3521 ou pelo site.
De 17 a 23 de setembro, o MCT recebe a Primavera dos Museus, atividade cultural com exposições em todo o país. Para a ocasião, foram preparadas ações educativas relacionadas à temática Celebrando a Educação em Museus.
Será lançado o e-book Ciência e Cuidado, da Coleção Museum, em parceria coma Escola de Ciências da Saúde. A obra é fruto da exposição de mesmo nome que divulga o legado de Florence Nightingale, considerada a fundadora da Enfermagem Científica. A exposição pode ser visitada no segundo pavimento.
O Roteiro de Atividades Educativas Marcas da Evolução também será distribuído para professores e alunos. O material auxilia na compreensão e análise da exposição Marcas da Evolução, e permite o desenvolvimento de exercícios a partir de seu conteúdo. O propósito é estimular o trabalho conjunto entre mestres e estudantes.
No dia 19, quarta-feira, a PUCRS sedia o Open Campus 360º, a maior experimentação universitária do Sul do Brasil. Participantes do evento identificados podem explorar as instalações do Museu gratuitamente e embarcar em visitar guiadas, com foco em conteúdos de vestibular.
Voltado para o público infantil, o programa Uma Noite no Museu ocorre no dia 28, sexta-feira. Crianças de 9 a 12 anos poderão acompanhar, por meio de brincadeiras lúdicas, investigações e descobertas científicas. O objetivo é proporcionar aos pequenos uma primeira imersão no mundo da Ciência. Mais informações sobre valores e horários podem ser obtidas pelo site.
A última atividade do mês acontece no sábado, dia 29. A comunicação entre anfíbios será o tema de estudo. Curiosidades e características da vida e comunicação dos anuros (sapos, rãs e pererecas) serão abordadas em uma breve palestra, das 15h às 15h30min.