Apaixonada por moda desde criança, aos 24 anos Emily Müller foi selecionada para representar o Fashion Revolution, como embaixadora do movimento global que atua em mais de 100 países. Aluna do 8º semestre do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, ela contou com o apoio da Universidade para elaborar uma série de eventos online que acontecem de 19 a 25 de abril, com transmissão pela plataforma Zoom.
Para a embaixadora, que decidiu transformar o seu propósito de vida em carreira após trabalhar em uma agência de comunicação de Porto Alegre, onde conheceu o mercado de moda na prática, é necessário pensar para além da indústria fashion. “Sempre me preocupei com questões sociais e ambientais. Aos 17 anos me tornei vegetariana por entender que as escolhas que eu fazia refletiam em grandes questões da sociedade”, conta.
Emily também acredita que sair da zona de conforto pode ser o primeiro passo para começar mudanças de impacto real:
“Todos nós consumimos roupas, sapatos, acessórios e fazemos escolhas que se conectam com a nossa identidade. Mas como tomamos essas decisões? Questionar e agir são formas potentes de transformação. Não só na moda, mas em diversos aspectos”.
O tema também acompanha a estudante na sua trajetória acadêmica. Em 2020, quando resolveu adiantar o seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), se dedicou a pesquisar sobre A influência do período de distanciamento social na moda sustentável e no consumo, com orientação de Paula Puhl, que também é professora na Certificação de Conteúdo e Divulgação de Moda.
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Construída em parceria com os/as colegas de diferentes cursos, a programação conta com temas e convidados/as especiais. A ideia é debater como tornar a indústria da moda mais consciente e sustentável. Agende-se:
No dia 19 abril, às 18h30min, com Paula Puhl e Cláudia Trindade
Acesse com o link do Zoom ou com ID 942 9120 1222 e senha 105080.
No dia 20 de abril, às 17h30min, com Emily Müller e Victória Camargo
Acesse com o link do Zoom ou com ID 971 9874 2103 e senha 516180.
No dia 20 de abril, às 19h, com Pedro Menini
Acesse com o link do Zoom ou com ID 929 3744 8286 e senha 432382.
No dia 22 de abril, às 18h, com Sadine Corrêa e Cláudia Rosa
Acesse com o link do Zoom ou com ID 990 1460 7963 e senha 567278.
No dia 22 de abril, às 19h, com Daniel Gontijo
Acesse com o link do Zoom ou com ID 932 8547 5658 e senha 295442.
No dia 23 de abril, às 18h, com Carol Anchieta
Acesse com o link do Zoom ou com o ID 858 552 0294 e senha 123456.
No dia 23 de abril, às 19h, com André Carvalhal
Acesse com o link do Zoom ou com ID 955 0866 7393 e senha 307976.
Para ficar por dentro dessas e de outras atividades, acompanhe a Famecos no Instagram e no Facebook e fique de olho na Agenda da PUCRS.
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Busca por roupas mais confortáveis, aumento das compras online e valorização de produtores locais. Esses são alguns dos impactos que a pandemia da Covid-19 e o consequente distanciamento social tiveram no consumo de moda, principalmente entre os jovens. Conforme a pesquisa Moda e pandemia, realizada por estudantes da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos, os hábitos de consumo vêm passando por mudanças neste período, fazendo com que as marcas também se reinventem para sobreviver no mercado.
O estudo teve como foco jovens de 18 a 34 anos de Porto Alegre, com o objetivo de entender os hábitos de consumo desse público no momento que estamos vivendo. Orientados pelo professor Ilton Teitelbaum, os alunos e alunas ainda buscaram identificar tendências para o período que virá após o isolamento.
Alguns dos resultados da pesquisa mostram que a forma de comprar mudou durante a pandemia, com o crescimento das vendas online e queda no consumo offline. Por esse motivo, uma das possibilidades de recuperação dos negócios no pós-pandemia será o atendimento por aplicativos, como o próprio WhatsApp, além de provadores virtuais.
Teitelbaum acredita que o online veio para ficar e que é preciso aceitar que não há mais fronteira que o separe do offline:
“O virtual faz parte do mundo real e vice-versa. Para as marcas, a adaptação terá que passar por entender que isso não tem volta. Faz parte do presente e fará parte do futuro”.
A busca por peças de roupas mais confortáveis também está entre os impactos da pandemia na moda. O fato de muitas pessoas passarem a trabalhar e estudar de casa incentiva que elas queiram se sentir mais à vontade. Ao mesmo tempo, isso não anula o desejo de se vestir bem. Além do conforto, os consumidores buscam peças estilosas com as quais se identificam – principalmente para vestirem da cintura para cima, parte do corpo que acaba ficando em evidência nas frequentes videochamadas de estudo, trabalho ou mesmo com familiares e amigos.
Em relação às marcas, muitas precisaram mudar sua forma de atendimento para driblar as dificuldades impostas pela pandemia. Com isso, a conexão com o público tornou a comunicação mais humanizada.
Em relação à valorização dos produtos locais, Teitelbaum considera uma questão complexa. Apesar de as compras de estabelecimentos regionais terem crescido, as soluções globalizadas e baratas, como o fast fashion, seguirão fortes – principalmente em um contexto de pessoas com finanças abaladas. “A oportunidade está em nichos, focados em pessoas que aceitam pagar um pouco mais por algo que lhes pareça especial, com um propósito, seja por ser customizado, seja por ser orgânico ou vegano, por exemplo”.
A pesquisa Moda e pandemia ainda comparou as percepções de comportamento entre as gerações Y (nascidos entre os anos 1980 e meados de 1990, também conhecidos como millenials) e Z (nascidos após esse período, até o início dos anos 2000). Segundo o estudo, enquanto os primeiros são mais conectados com o status conferidos pelas peças de roupa, os jovens da geração Z estão se tornando mais conscientes em relação à moda, o que também impacta no mercado.
A geração Z tende a querer expressar seus posicionamentos pessoais no vestuário. Por buscar um consumo com propósito, acaba abrindo espaço no guarda-roupa para marcas com mais responsabilidade ambiental e social.
Algumas mudanças de hábito no consumo de moda devem permanecer mesmo após o fim da pandemia. O conforto que uma roupa proporciona, por exemplo, é algo com grandes chances de continuar sendo uma prioridade na hora de escolher uma peça.
A busca por marcas com propósito também deve aumentar. “Vai crescer o consumo de marcas com propósito, que defendam causas não apenas na comunicação, mas em seu dia a dia. O espaço para a hipocrisia ou para mensagens vazias tende a se reduzir e, talvez, acabar”, aposta o professor.
Comprar online é uma tendência que provavelmente será mantida pelos consumidores. Fatores como a facilidade de encontrar tudo o que se procura pela internet e o prazer em receber os produtos na porta de casa são decisivos para o aumento dessa modalidade de compra.
O estudo Moda e pandemia contou com pesquisa de dados, pesquisa qualitativa e pesquisa quantitativa com mais de 200 respostas.
A partir da pesquisa de dados, foi possível compreender as principais diferenças entre os jovens das gerações Y e Z, além de identificar três perfis de consumidores: consciente pragmático, que busca uma vida estável; conectado, que passa a maior parte do tempo na internet; e equilibrista, que busca fazer escolhas inteligentes para fazer tudo o que quer.
A pesquisa qualitativa foi realizada com nove pessoas, sendo quatro especialistas (designer de moda, economista, psicólogo e professor) e cinco consumidores. Em relação à etapa quantitativa, realizada entre os dias 15 e 23 de novembro de 2020, o perfil dos consumidores foi majoritariamente jovens mulheres de 18 a 24 anos de Porto Alegre com renda de até R$ 5.525.
Coordenado pelo professor Ilton Teitelbaum, o estudo foi realizado pelos estudantes Amanda Arrage, Douglas Rosa, Emily Müller, Ketlen Hoenes, Júlia Fay, Rachel Fernandes e Natália Pompeu. O relatório da pesquisa pode ser conferido neste link.
A PUCRS Store agora conta com capas de chuva sustentáveis. Confeccionados pelo grupo de artesãs Misturando Arte, os produtos são feitos a partir de material reaproveitado de guarda-chuvas inutilizados. A iniciativa foi idealizada pelas estudantes do 6º semestre de Design Bárbara Pinto, 20 anos, e Laura Soares, 22, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos.
A proposta surgiu a partir da tomada de consciência das alunas sobre quantidade excessiva de materiais que a indústria da moda descarta, em função da produção em larga escala. As questões sociais, que envolvem pagamento justo a quem trabalha na fabricação de peças de vestuário e a geração de oportunidades também são valores agregados ao conceito de moda sustentável. Daí a ideia de uma cooperativa produzir as capas de chuva. “A gente tinha que pensar para que todo o processo fosse sustentável, não apenas o material utilizado”, explica Bárbara.
Para a professora de Moda, Identidade e Mercado da PUCRS, Paula Puhl, esse conceito é essencial e precisa ser considerado como um movimento mais definitivo, e não apenas uma simples tendência. “A sustentabilidade é uma condição fundamental para que os projetos sejam bem-sucedidos, já que deve estar atrelada a questões econômicas, sociais e ambientais”, destaca. Uma das fundadoras da cooperativa, Katiúcia Gonçalves, comprova: “O Misturando Arte é uma iniciativa para fazer a nossa sustentabilidade e a luta social junto”.
As capas de chuva sustentáveis fizeram sucesso na PUCRS Store e sua primeira edição já está esgotada. Em breve, novos itens do produto serão repostos. Acompanhe a loja no Instagram em @pucrsstore e confira a disponibilidade.
Sobre o grupo Misturando Arte
Responsável por transformar os materiais inutilizados em capas de chuva, o grupo Misturando Arte trabalha em parceria com a Rede Ideia, assessorada pela Associação do Voluntariado e da Solidariedade (Avesol) – entidade social que recebe auxílio da rede Marista. Sua atuação vai além do artesanato: um projeto sobre territorialidade, iniciado em 2015, tem o intuito de implementar o banco comunitário. Atualmente, a moeda do grupo pode ser utilizada em uma feira bimestral, que ocorre dentro da comunidade. Nesses encontros, ainda há um banco de trocas, no qual é possível trocar produtos e serviços sem envolver transações monetárias.
Com informações de Débora Ercolani, aluna do 7º semestre de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos
Mais autonomia na formação universitária dos estudantes. Com essa visão, a PUCRS lançou as suas três primeiras Certificações de Estudos, implementadas pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos. São ênfases da área, alinhadas às tendências de comunicação digital e produção de conteúdo, que podem complementar a formação de alunos da Famecos e das outras sete Escolas da Universidade. A novidade está entre as ações do movimento PUCRS 360°, lançado em 2017.
Uma das opções é a certificação Produção em YouTube, na qual o estudante conhecerá os processos e técnicas de conteúdo, linguagem, produção, mensuração e administração de vídeos em plataformas digitais. Nesta qualificação, os alunos estarão preparados para dar o primeiro passo em direção à produção de conteúdo em vídeo e explorar novas possibilidades profissionais.
Outra alternativa é a certificação Conteúdo e Divulgação de Moda, que vai traçar o perfil de consumidores dos principais mercados e o lugar da moda na sociedade. O estudante aprenderá a aperfeiçoar a produção e a divulgação de conteúdo nos meios online, tendo como base o resultado de pesquisas de comportamento e mercado, utilizando o papel de influenciadores e formadores de opinião nesse contexto.
Já a certificação em Produção para Comunicação Digital Corporativa é voltada aos alunos que desejam conhecer os processos de comunicação das empresas no meio digital. Em atividades teóricas e práticas, serão apresentados os processos de produção de conteúdo para diferentes canais e estratégias de marketing focadas em influenciadores digitais. Além de um conjunto de soluções e alternativas que preparam as organizações para se comunicarem em novos cenários.
Para garantir a certificação, o aluno precisa cursar todas as disciplinas que integram o conjunto. As três lançadas são compostas por 12 créditos educativos cada, o que pode equivaler às disciplinas eletivas presentes nos currículos. Ao cursar todas as disciplinas, o estudante poderá solicitar o certificado de conclusão da certificação.
Caso o estudante já tenha cursado parte ou todos os créditos eletivos em outras disciplinas, poderá se matricular normalmente nas disciplinas que compõem a certificação. Ao ultrapassar o número de créditos eletivos previstos no currículo, as disciplinas possuem custo igual às demais do curso. Assim, o aluno poderá cursar quantas certificações o interessar. Também poderá cursar apenas alguma das disciplinas, mas, neste caso, não receberá a Certificação de Estudos. No sistema de matrículas, os conjuntos de disciplinas que integram as certificações aparecerão agrupados, facilitando a escolha para composição da grade de horário.
Durante o ano, novas certificações serão lançadas em outras Escolas. Em breve, todas as áreas do conhecimento contarão com Certificações de Estudos para que os estudantes possam complementar a sua graduação de forma personalizada, atendendo aos seus interesses pessoais e objetivos profissionais.
Outras informações pelo telefone (51) 3320-3569 ou pelo e-mail [email protected].