Dois dias após a data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, Martinho da Vila lotou o Salão de Atos da PUCRS com o concerto do seu novo álbum Negra Ópera. A voz intensa do artista carioca deu vida ao drama, à luta e à resistência incessante do povo negro contra o racismo e as injustiças sociais, abordando questões como a negritude, os conflitos da vida na favela, as rodas de capoeira e os pontos de umbanda e candomblé.
A apresentação fez parte da cerimônia de entrega do Mérito Cultural, honraria que simboliza o reconhecimento da Instituição a uma personalidade do meio artístico. Com discurso emocionante, o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, descreveu a importância da obra de Martinho para a cultura brasileira e para o contexto da música mundial, citando inclusive a sua recente conquista do Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode.
“Martinho, siga nos brindando com a sua criatividade e energia, cantando forte e cantando alto que a vida vai melhorar. Anunciando que a cultura brasileira é rica, diversa e que desperta elementos próprios de uma cidadania que não pode prescindir de estética – de emoções e sensações que descortinam a beleza da vida”, pontuou o reitor.
O evento, que fez parte das celebrações de Aniversário dos 75 anos da PUCRS, trouxe para Porto Alegre um espetáculo que se assemelha a uma ópera: apresenta abertura instrumental e divisão em três atos. O tom combativo das composições e a performance dramática da dançarina Allenkr garantiram um show emocionante e inesquecível ao público. Ao receber o prêmio, Martinho agradeceu à Universidade e encerrou o concerto com a música Kizomba, Festa da Raça.
“Receber uma homenagem como esta, desta Universidade conceituada, me sensibiliza de uma maneira especial. Eu dedico este prêmio a todas as pessoas que me ajudaram a chegar até aqui”, agradeceu Martinho, que também inaugurou a Galeria Mérito Cultural, espaço reservado para destacar todos os artistas reconhecidos com a honraria.
Fernanda Souza chamava atenção na plateia carregando consigo uma pilha com 11 discos de Martinho da Vila. Legado do seu pai Francisco, que faleceu no ano passado, os discos representam uma conexão entre a filha, o pai e o artista. Fã do Martinho, o pai passou para Fernanda a paixão pelo artista que, segundo ela, é muito mais do que um cantor e compositor: é um marco da cultura e importante representante das causas sociais.
“Quando eu estava na barriga da minha mãe, ele cantava para mim uma música muito antiga do Martinho, chamada Tom Maior, dedicada a todas as mães que sonham com um Brasil melhor”, conta.
Antes de falecer, Francisco e a filha Fernanda conseguiram assistir a um show de Martinho em Porto Alegre. Agora, concertos como este serão momentos de conexão e memória para ela.
Martinho da Vila nasceu em Duas Barras, no Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. A partir de 1965, passou a se dedicar inteiramente à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel: compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando apresentou o partido alto Menina Moça. No ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançou seu primeiro sucesso, o clássico Casa de Bamba, seguido de O Pequeno Burguês.
Nacionalmente conhecido como sambista, o artista é um legítimo representante da Música Popular Brasileira (MPB), com várias composições gravadas por cantores e cantoras de diversas vertentes musicais. Ao longo de sua trajetória, lançou mais de 20 livros, ultrapassou o marco de 50 álbuns e acumulou inúmeros prêmios e títulos, entre os quais figura agora o Mérito Cultural PUCRS 2023.
Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação.
Nos últimos quatro anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos. Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira.
Em 2021, Alcione recebeu o reconhecimento em cerimônia transmitida ao vivo pelo YouTube em que relembrou momentos marcantes de sua carreira artística. E em 2022, o pernambucano Alceu Valença subiu ao palco do Salão de Atos para apresentar o show Anunciação – Tu vens, eu já escuto os teus sinais.
Martinho da Vila atua há mais de 50 anos no fortalecimento da cultura nacional, abraçando causas e temáticas sociais e fazendo música para todo mundo cantar, dançar e sambar. O reconhecimento Mérito Cultural, honraria que simboliza o reconhecimento da instituição à uma personalidade do meio artístico, será entregue em um show especial realizado em meio às comemorações de 75 anos da PUCRS, no dia 22 de novembro (quarta-feira), às 21h, no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch.
O Concerto Negra Ópera, inspirado no álbum que Martinho da Vila lançou em maio deste ano, promove a união de música popular e erudita, com referências da cultura afro-brasileira e tratamento orquestral ao repertório. É baseado no livro Ópera Negra, escrito pelo artista a partir da obra Pelléas et Mélisande, de Debussy. Em estrutura, o show se assemelha a uma ópera: apresenta abertura instrumental e divisão em três atos. As músicas abordam questões como a negritude, os conflitos da vida na favela, as rodas de capoeira e os pontos de umbanda e candomblé.
Os ingressos já podem ser adquiridos no site e aplicativo Guichê Web ou no Campus da PUCRS – Saguão do Living 360º, Prédio 15 – Av. Ipiranga, 6681 (de segunda a sexta-feira, das 9h às 13h e das 14h às 19h, em frente à PUCRS Store).
A cada ano, o Mérito Cultural PUCRS é atribuído a uma personalidade do meio artístico cuja carreira seja marcada pela defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. O Mérito já homenageou Fernanda Montenegro (2018), Maria Bethânia (2019), Lima Duarte (2020), Alcione (2021) e Alceu Valença (2022).
Martinho da Vila nasceu em Duas Barras, no Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. A partir de 1965, passou a se dedicar de corpo e alma à Escola de Samba Unidos de Vila Isabel: compôs grande parte dos sambas-enredo consagrados e colaborou para a criação de temas de inúmeros desfiles. Surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando apresentou o partido alto Menina Moça. No ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançou seu primeiro sucesso, o clássico Casa de Bamba, seguido de O Pequeno Burguês.
Nacionalmente conhecido como sambista, o artista é um legítimo representante da Música Popular Brasileira (MPB), com várias composições gravadas por cantores e cantoras de diversas vertentes musicais. Ao longo de sua trajetória, lançou mais de 20 livros, ultrapassou o marco de 50 álbuns e acumulou inúmeros prêmios e títulos, entre os quais figura agora o Mérito Cultural PUCRS 2023.
Com um carisma sem igual, o pernambucano Alceu Valença subiu ao palco do Salão de Atos Ir. Norberto Rauch nesta quinta-feira, dia 18 de novembro, para apresentar o show Anunciação – Tu vens, eu já escuto os teus sinais e receber o Mérito Cultural PUCRS em 2022, honraria que simboliza o reconhecimento da instituição a uma personalidade do meio artístico.
O prêmio foi entregue pelo reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, que não poupou palavras para descrever a importância da obra de Alceu para a cultura brasileira e para o contexto da música mundial. Neste mesmo dia, o artista também foi homenageado com o Grammy de Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa, com o disco Senhora Estrada, lançado em 2021, durante a pandemia de Covid-19.
A apresentação histórica contou com muito xote, baião e histórias sobre a vida do cantor e a origem de cada canção. Do sertão ao litoral, da folia ao pop, Alceu apresentou grandes sucessos, como Belle de Jour, Girassol, Cavalo de Pau, Como Dois Animais, o hino Anunciação e Morena Tropicana, que encerrou a apresentação com o público efervescido.
“Alceu Valença é um artista com 50 anos de carreira e que consegue transformar o cotidiano em poesia. Somente um apaixonado transforma o ordinário em poesia extraordinária, somente um artista pleno de inspiração enxerga os sinais através das brumas que fazem emergir sensações de felicidade, anunciando que a vida precisa de beleza”, disse Ir. Evilázio durante a entrega da honraria.
O evento, que faz parte das celebrações de Aniversário da PUCRS, trouxe para Porto Alegre um panorama das diversas vertentes de sua obra. O artista aliou temas de sua autoria a clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, cantando ao lado de Leo Lira (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo) e Cassio Cunha (bateria).
De acordo com o diretor do Instituto de Cultura, professor Ricardo Barberena, a homenagem a Alceu Valença compõe uma galeria de notáveis da Cultura Brasileira, considerados verdadeiros mestres pela nossa Universidade.
“Ontem a gente teve uma verdadeira aula sobre a música e a cultura nordestina, de um grande artista brasileiro. Foi um momento de celebração de uma Universidade que fez questão de colocar a cultura em seu cerne. Um polo cultural não é apenas feito de grandes eventos, mas tem o objetivo também de ser formador de melhores cidadãos, de promover educação e arte como meios de aprendizagem sobre a vida, a história, sensibilização, de garantir uma formação para a empatia”, destaca Barberena.
Júlia Medeiros cresceu ouvindo o avô cantar os sucessos de Alceu Valença. O gosto pela obra do artista se intensificou quando, aos oito anos, ela precisou se despedir do avô. A partir deste dia, a música do pernambucano passou a ser um elo de conexão entre a jovem de 26 anos e a memória do avô.
“O Alceu é meu ídolo e desde pequena eu coleciono show e vinis. Meu avô cantava Anunciação pra mim e me ensinou a admirar o Alceu como artista. Agora, ele é como um ponto de contato meu com meu avô. Hoje, inclusive, seria aniversário dele e esse show é o melhor presente que eu poderia ter”, conta emocionada.
Apenas nesse ano, Júlia já assistiu a três shows do músico, tem todos os discos lançados e coleciona shows desde os 12 anos. “Ele é uma pessoa que eu admiro muito na educação, na saúde, nas opiniões e na música. É definitivamente muito importante pra mim”.
Alceu Valença nasceu em São Bento do Una, interior de Pernambuco, em 1946. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, surgiu como expoente da geração da música nordestina nos anos 70 e foi um dos primeiros a promover a união do som do agreste nordestino com a guitarra elétrica. Com Geraldo Azevedo, em 1972, lançou o disco Quadrafônico.
Iniciou sua carreira solo em 1974 com o disco Molhado no Suor e já lançou mais de 30 álbuns. Em 2014, dirigiu o filme musical Luneta do Tempo, que ganhou prêmios de trilha sonora e direção de arte no 42º Festival de Cinema de Gramado. Em 2021, lançou seu último álbum, intitulado Saudade.
A honraria Mérito Cultural PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação.
Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural. Nos últimos quatro anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch.
Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira. Em 2021, Alcione recebeu o reconhecimento em cerimônia transmitida ao vivo pelo YouTube em que relembrou momentos marcantes de sua carreira artística.
Alceu Valença será o homenageado com o Mérito Cultural PUCRS em 2022, honraria que simboliza o reconhecimento da instituição à uma personalidade do meio artístico. Em meio às comemorações de 74 anos da Universidade, a celebração acontece no dia 17 de novembro, às 21h, no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch, com Alceu Valença e banda apresentando o show Anunciação – Tu vens eu já escuto os teus sinais. Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Guichê Web ou na PUCRS Store, no térreo Living 360º (prédio 15).
Nesta noite especial, Alceu Valença traz para Porto Alegre um panorama das diversas vertentes de sua obra, com sons do Brasil profundo, como forrós, baiões, xotes, toadas e emboladas. O artista alia temas de sua autoria a clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, cantando ao lado de Leo Lira (guitarra), Tovinho (teclados), André Julião (sanfona), Nando Barreto (baixo) e Cassio Cunha (bateria). Do sertão ao litoral, da folia ao pop, o show inclui grandes sucessos da música brasileira, como Belle de Jour, Cavalo de Pau, Pelas Ruas que Andei, Como Dois Animais, Tropicana e o hino Anunciação.
A cada ano, o Mérito Cultural PUCRS é atribuído a uma personalidade do meio artístico que tenha uma trajetória marcada pela defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. O Mérito já homenageou a atriz Fernanda Montenegro (2018), a cantora Maria Bethânia (2019), o ator Lima Duarte (2020) e a cantora Alcione (2021).
Alceu Valença nasceu em São Bento do Una, interior de Pernambuco, em 1946. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, surgiu como expoente da geração da música nordestina nos anos 70 e foi um dos primeiros a promover a união do som do agreste nordestino com a guitarra elétrica. Com Geraldo Azevedo, em 1972, lançou o disco Quadrafônico. Iniciou sua carreira solo em 1974 com o disco Molhado no Suor e já lançou mais de 30 álbuns. Em 2014, dirigiu o filme musical Luneta do Tempo, que ganhou prêmios de trilha sonora e direção de arte no 42º Festival de Cinema de Gramado. Em 2021, lançou seu último álbum, intitulado Saudade.
A honraria Mérito Cultural PUCRS simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. A pessoa homenageada é alguém que tenha transformado a sua vida artística numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação.
Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS integra o Estatuto e Regimento Geral da Universidade e está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Instituição em um polo cultural. Nos últimos quatro anos, homenageou a atriz Fernanda Montenegro que apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo e a cantora Maria Bethânia que, na ocasião, apresentou seu espetáculo Claros Breus, ambas cerimônias aconteceram no Salão de Atos Ir. Norberto Rauch. Em 2020, Lima Duarte foi homenageado em cerimônia online, na qual relembrou sua história e fez a leitura de excertos de João Guimarães Rosa e Padre Antônio Vieira. Em 2021, Alcione recebeu o reconhecimento em cerimônia transmitida ao vivo pelo YouTube em que relembrou momentos marcantes de sua carreira artística.
Nesta terça-feira, 9 de novembro, a PUCRS completa 73 anos. E a certeza que temos neste dia é que, após dois anos de desafios nada planejados, o mundo não continua o mesmo – nem a gente. Mas seguimos firmes, prontos para o que vier pela frente.
Mesmo em um cenário incerto, tivemos muitos avanços e conquistas: inauguramos os novos laboratórios de Medicina e de Odontologia, implantamos um modelo de aula customizado para um momento delicado, levando em conta as particularidades de cada Escola e respeitando todos os protocolos de segurança. Sempre colocando a segurança e a saúde de nossos/as colaboradores/as e estudantes em primeiro lugar.
Também reformulamos o Parque Esportivo, que ganhou uma nova identidade e mais destaque em toda a comunidade. Lançamos novos cursos, mantendo a tradição de inovar e levar o conhecimento adiante. E ainda tivemos um Open Campus muito especial, que nos encheu de esperança para os próximos dias que se aproximam.
É com essa esperança e gratidão que comemoramos nosso aniversário com todos/as que fazem parte da nossa comunidade acadêmica, e que são os/as grandes responsáveis por manter a PUCRS resiliente, perseverante, confiante e pronta para novos desafios.
Para comemorar os 73 anos da Universidade, será celebrada uma missa nesta terça-feira, às 18h30, na Igreja Universitária Cristo Mestre. Todos/as estão convidados a acompanhar a atividade, que terá transmissão ao vivo pelo YouTube. Saiba mais e programe-se!
Ainda dentro das comemorações pelos 73 anos da PUCRS, a Universidade anuncia o nome do Mérito Cultural 2021: o ícone da música brasileira Alcione. A artista é uma das grandes referências da nossa cultura, especialmente por sua história com o samba. É cantora, compositora, multi-instrumentista e lançou mais de 30 álbuns de estúdio e nove ao vivo ao longo de sua trajetória artística. A Marrom, como é conhecida, acumula incontáveis feitos ao longo de seus quase 50 anos de carreira, e é considerada uma das maiores intérpretes da música popular brasileira.
A entrega do prêmio será no dia 14/12, com transmissão pelo canal da PUCRS no YouTube. Ative o lembrete e acompanhe este grande momento!
Lima Duarte sonhava em trabalhar em rádios. Entretanto, seu sotaque mineiro foi ridicularizado quando ele tentou emprego na Rádio Tupi, fazendo com que fosse trabalhar como sonoplasta, imitando sons de animais. Com o tempo, tornou-se rádio-ator, interpretando grandes papéis pela emissora.
Sua preferência era por personagens sertanejos, jagunços e homens do interior de Minas. Era encantado por Guimarães Rosa, mestre em representar tais personagens. Por isso, começou a trazer diálogos coloquiais em seus trabalhos como diretor, trazendo aos telespectadores a possibilidade de identificação com os personagens.
Com isso, foi trabalhar na Globo, representando papéis como Zeca Diabo e Sinhozinho Malta. Ele trouxe à teledramaturgia o brasileiro comum. Inclusive, orgulhava-se em representar gente como ele: caboclos e personagens do interior.
A televisão brasileira completou 70 anos em 2020, e Lima Duarte foi um de seus desbravadores, apesar de não ter realizado apenas trabalhos de TV.
Para conhecer melhor o trabalho de Lima Duarte, leia a matéria completa na Revista PUCRS (páginas 38 e 39).
Transmitida pelo canal da Universidade no YouTube, a cerimônia, ao vivo e online, foi acompanhada por cerca de 2 mil pessoas na noite da última quarta-feira, 19.
A entrega da honraria foi conduzida pelo diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Ricardo Barberena e contou com a presença, ao vivo, do reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira.
Durante a entrevista que concedeu a Barberena, Lima retomou a sua história de vida, e célebres atuações que trouxeram à teledramaturgia nacional um grande personagem: o brasileiro comum.
Do alto dos seus 90 anos, Lima Duarte recordou ainda os 70 anos da televisão brasileira, a impetuosidade de Assis Chateaubriand, e a histórica primeira transmissão da TV Tupi, em 18 de setembro de 1950. “Ninguém me contou, eu não li em lugar nenhum, eu estava lá”.
Na sequência, uma interpretação emocionante de Lima de um texto de Chico de Assis levou a inúmeros comentários emocionados, via o chat do canal, passando a integrar a cerimônia. “Vocês irão ver o que eu penso, eu e Chico de Assis, de um ator. Zeca Diabo está lá e o Sinhozinho Malta também”, disse o ator ao introduzir a interpretação e ao mencionar saudosos personagens.
O fechamento da honraria contou com as homenagens de duas grandes personalidades artísticas que, assim como Lima Duarte, transformaram as suas vidas numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. Maria Bethânia e Fernanda Montenegro dedicaram honrosas e comoventes palavras ao ator. “O Brasil lhe reverencia, assim como eu. E agradeço, e sempre quero sua voz, sua inteligência, suas interpretações. Bravo, Lima. Receba meus aplausos”, manifestou Bethânia. “Lima Duarte você é o ator mais porta-voz do homem brasileiro em suas criações, tens uma visão transcendente da nossa carnificação… Esta importante cerimônia, que o homenageia, está ansiosa por aplaudi-lo. Parabéns por esta justa homenagem”, declarou Fernanda.
Encerrando as homenagens, o reitor, Ir Evilázio, fez uma breve reverência ao valor da arte e à importância não só do ator, mas do ser humano e cidadão, Ariclenes Martins, que passa a integrar a galeria dos agraciados com o Mérito Cultural da Universidade. “A arte é a forma privilegiada de educação para o belo, é o patrimônio de se estar vivo. Por que a Universidade criou o Mérito Cultural? Trata-se da nossa crença na dimensão criativa e inerente ao sujeito e ao ambiente universitário, aos espaços educacionais. Obrigado pelo seu ofício, pela sua história e por estar aqui conosco hoje”.
Após, o Coral da PUCRS apresentou a canção Tocando em frente, indicada pela filha do ator como uma das suas favoritas. E, para finalizar, foi exibido o curta-metragem A volta pra Casa.
A honraria Mérito Cultural simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade em um polo cultural e já premiou, em 2018, a atriz Fernanda Montenegro que, na oportunidade, apresentou a leitura dramática Nelson Rodrigues por ele mesmo, e, em 2019, a cantora Maria Bethânia, que marcou sua volta aos palcos no espetáculo Claros Breus, que teve apresentação única no Rio Grande do Sul, no Salão de Atos Irmão Norberto Rauch, na PUCRS.
A PUCRS vai reabrir nesta terça-feira (5 de novembro) o Salão de Atos com o show Claros Breus, de Maria Bethânia, e a entrega do Mérito Cultural à cantora. O evento começará às 21h, mas é bom se adiantar. O local abrirá às 20h.
Os ingressos para o show estão esgotados. O local tem capacidade para 1,6 mil pessoas. A bilheteria estará aberta para complementação de valor, no caso, por exemplo, de idosos ou funcionários que não irão ao show e cederam o ingresso para outra pessoa. Também será possível imprimir ingressos de quem se esqueceu de levar o QR Code. Os funcionários devem portar também o crachá da PUCRS.
A empresa Pare Bem irá oferecer um valor especial na tarifa antecipada do estacionamento descoberto do prédio 50, com acesso pela Rua Cristiano Fischer, de R$ 25,00, independentemente do tempo de permanência. Os visitantes podem pagar a tarifa nos guichês assim que chegarem à Universidade, evitando filas no final do evento.
Como haverá o fluxo normal de estudantes, outra dica para evitar atrasos é a utilização dos aplicativos de mobilidade urbana.
Além dos bares e restaurantes espalhados pelo Campus, haverá um serviço de café e lanches no saguão do Salão de Atos.
“Claros Breus” vem com muitas canções novas, outras inéditas na voz da cantora, músicos que tocam com ela pela primeira vez, e também nova direção musical e arranjos. Neste novo show, Bethânia quis fazer diferente, mostrar as músicas inéditas ao público antes de registrá-las em disco. Dentre as músicas inéditas estão canções de artistas como Adriana Calcanhoto (“A Flor Encarnada”), Chico César (“Luminosidade” e “Águia Nordestina”) e Roque Ferreira (“Música, Música”). Bethânia apresenta também canções inéditas na sua voz como “O Universo na Cabeça do Alfinete” (Lenine/ Lula Queiroga), “Sinhá” (Chico Buarque/João Bosco), entre outras, além de incluir o samba-enredo da Mangueira, campeão do carnaval deste ano, “História pra Ninar Gente Grande” (Tomaz Miranda, Deivid Domênico, Mama, Márcio Bola, Ronie Oliveira, Danilo Firmino e Manu da Cuíca,), mesclados com versos de Mario de Andrade dedicados a Carlos Drummond de Andrade (“O Poeta Come Amendoim”), um excerto de “Poema Sujo”, de Ferreira Gullar, e o poema “Quero Ser Tambor” do moçambicano José Craveirinha.
A honraria Mérito Cultural, prevista no Estatuto e Regimento Geral da PUCRS, simboliza o reconhecimento institucional de uma personalidade do meio cultural. O homenageado é alguém que tenha transformado a sua vida numa trajetória de defesa da cultura, enquanto instrumento de humanização e educação. Com entrega anual, o Mérito Cultural PUCRS está inserido nas diversas ações que buscam transformar a Universidade num polo cultural.
Para a atriz Fernanda Montenegro pisar no palco do Salão de Atos da PUCRS, fazer a leitura dramática de Nelson Rodrigues por ele mesmo e receber o Mérito Cultural da Universidade foram meses de negociações, dezenas de e-mails e telefonemas. Pesou na demora a idade – 89 anos, sem contar que ficou afônica pouco tempo antes da sua vinda. A equipe do Instituto de Cultura precisou transportar de caminhão do Rio de Janeiro uma mesa e uma cadeira (cenários do espetáculo). Todo esse trabalho de bastidores contribuiu para que o evento de outubro de 2018 tivesse tanta repercussão, com 1,3 mil expectadores, e ocorresse ainda na PUCRS o lançamento do Itinerário autobiográfico de Fernanda, publicado pelo Sesc.
No ano passado, foram promovidas mais de 80 atividades, trazendo para a Universidade 243 artistas da música e do teatro, 47 escritores e 184 pesquisadores e alunos, dirigidas a um público acima de 15 mil pessoas.
“O Instituto é mediador entre o público docente e discente no contato com a cultura”, enfatiza o diretor, Ricardo Barberena, professor da Escola de Humanidades. Uma aluna revelou que Caio do céu foi a primeira peça a que assistiu na vida. Um funcionário se encantou com a presença da atriz e escritora Fernanda Torres. Um gestor relatou que se sentiu bem com as notas do piano no Living 360°. “Como professor, me encanto quando vejo quem não estava habituado a determinados eventos se emocionar e ter um fascínio despertado. A cultura é um instrumento de humanização e sensibilização diante do mundo”, festeja Barberena.
Confira a reportagem completa sobre os bastidores do Instituto na Revista PUCRS.
Na noite da entrega do Troféu Mérito Cultural à atriz Fernanda Montenegro, em plenos festejos pelos 70 anos da PUCRS, a Universidade dava mais um largo passo para se firmar como um polo cultural, reconhecendo o legado de um ícone para a dramaturgia brasileira e atraindo a comunidade para o Campus. Na ocasião, a atriz fez a leitura dramática de Nelson Rodrigues por ele mesmo. Em entrevista à Revista PUCRS, Fernanda traduziu a importância do momento, destacando que “sem educação, a cultura não se fixa”. A reportagem completa está no link.
“O encontro com a cultura é fundamental na partilha do sensível e no combate ao analfabetismo afetivo. A partir de um vasto repertório cultural, tona-se possível viver os descolamentos do eu: viver outras alegrias, outras dores, outras angústias. Em última instância, entender melhor os traumas e tramas do outro. Assim, a arte é uma força de humanização e compartilhamento”, destaca o diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena.
Em novembro, serão vários eventos, entre recitais, Feira PUCRS Cultura e lançamento do livro O que resta das coisas, organizado pelo professor Barberena, com textos inspirados nos objetos de Caio F. Abreu, que estão no Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS. Em 2018, o público acadêmico e em geral pôde conferir diferentes atividades envolvendo literatura, teatro e música. O festival Primavera Literária Brasileira, criado na França, ocorreu pela primeira vez no País, trazendo nomes como o chileno Alejandro Zambra, o marroquino Abdellah Taïa e o brasileiro professor da Sorbonne Leonardo Tonus.
O ano foi marcado pela inauguração da Rua da Cultura, um espaço que une arte e entretenimento. Em uma área estratégica do Campus, com palco multiuso e cinema de rua, passou a ser um ponto de referência para espetáculos, feiras e ações ao ar livre. Nos seus 84 metros de extensão, tem arquibancada de dez andares e capacidade para 250 pessoas, restaurantes e bicicletário. Em um ambiente com árvores frutíferas e canteiro de plantas e temperos, a Rua da Cultura é um lugar também para descansar, tomar chimarrão, sentar na rede e estudar. A HTL House, um hub de inovação da Rádio Atlântida, integra o local.
Estão sendo resgatadas iniciativas como o Palco PUCRS, dando a oportunidade de se apresentarem bandas de integrantes da comunidade acadêmica.
Em 2018, foi firmada uma parceria da PUCRS com a Fundação Theatro São Pedro. A Universidade leva atrações ao Multipalco e artistas que se apresentam no Theatro São Pedro vêm para eventos na academia. Dentro desse intercâmbio, a partir de outubro, grupos teatrais estão ministrando oficinas gratuitas na PUCRS para a comunidade.
Ao longo dos seus 70 anos, a PUCRS tem tradição em apoiar e promover eventos culturais, com grande presença na música. O Coral da Universidade existe há mais de seis décadas. Fez sua primeira apresentação no dia 30 de outubro de 1956, no Colégio Marista Rosário, que na época sediava a Universidade, sob a regência de Dinah Nery Pereira. Hoje, o Coral tem 49 integrantes entre 20 e 60 anos. Comunitário, é aberto à participação não só dos colaboradores da PUCRS, mas também da comunidade de Porto Alegre disponível para ensaios, apresentações e eventuais viagens. A regência é do maestro Marcio Buzatto, com preparação vocal da cantora lírica Cíntia de los Santos. As aulas de teoria musical e os reforços para aprender linhas melódicas são com a pianista Mariane Kerber.
Em média, são duas apresentações por mês. O coral também se apresenta fora da PUCRS. Neste ano, marcará presença em três festivais de coros (Santa Maria, Rolante e Nova Petrópolis) e em dois concertos no final do primeiro e segundo semestres: na Igreja das Dores e na Igreja Cristo Mestre.
Fez história na PUCRS o maestro Frederico Gerling Jr., que, a partir de 1978, idealizou e apresentou cantatas, recitais e oratórios. Sob o comando do Instituto de Cultura Musical, regeu montagens de ópera, como O Guarani, Carmen, La Traviata, A Flauta Mágica, La Gioconda e Viúva Alegre, sempre com a participação do Coral e Orquestra. Nesse período também foram marcantes as apresentações de concertos à comunidade.
Na década de 90, o PUCRS em Cena trouxe para a Universidade Paulo Autran, com Quadrante, Paulo Goulart, com O carteiro e o poeta, André Guedes e Lydia Troian, com As novas comédias da vida privada, de L. F. Verissimo, José Vitor Castiel, estrelando O marido do Dr. Pompeu, e Deborah Finocchiaro, com Pois é, vizinha.
Criado em 2008, o Delfos reúne acervos de escritores como Cyro Martins, Caio Fernando Abreu, Dyonélio Machado, Patrícia Bins, Carlos Urbim, Moacyr Scliar e Luiz Antonio de Assis Brasil, seu coordenador-geral. No Espaço, há documentos referentes às áreas de Letras, Artes, Jornalismo, Cinema, História e Arquitetura. Podem ser encontradas raridades, a exemplo de originais de livros, correspondências de autores, fotos, documentos pessoais, anotações particulares, jornais antigos e documentos a respeito da imigração alemã no Rio Grande do Sul.