logo inpiInstituto Nacional de Propriedade Industrial  (INPI) instalou a regional Sul no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em janeiro deste ano. A decisão é fruto de uma estratégia traçada com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) para aproximar as unidades do Instituto dos ecossistemas de inovação e do ambiente acadêmico para que estes públicos tenham conhecimento da importância do registro de uma marca e do depósito de uma patente.

O Instituto também oferece suporte no registro de desenho industrial, indicação geográfica e programa de computador. Segundo a chefe, Julieta Ferreira de Macedo, o papel do INPI é capacitar a academia e oferecer mentoria para as empresas. “Por isso a importância de estar nesse ecossistema de inovação e perto da Universidade”, reforça.

De acordo com o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, o Tecnopuc ter sido escolhido para ser um destes ecossistemas aumenta a responsabilidade do Parque, aproximando os demandantes dos depósitos de patentes e registros de software do Instituto. Audy ainda diz que “o INPI será um componente muito importante para o ambiente de cooperação e compartilhamento entre os ecossistemas de inovação que está sendo construído a partir do Pacto Alegre, iniciativa da Aliança para Inovação”.

O INPI está na sala 212 do prédio 99A, e funciona das 10h às 12h e das 13h às 16h30min para atendimento presencial.

Cenário atual

Nacionalmente, em janeiro e fevereiro de 2019, o número de pedidos de patentes (3,6%), marcas (21,1%), desenhos industriais (2,0%), programas de computador (50,6%) e contratos de tecnologia (4,3%) aumentou em relação ao mesmo período de 2018. Os dados são disponibilizados pela Assessoria de Assuntos Econômicos (AECON). A Assessoria é a unidade do INPI responsável pela produção das principais estatísticas relativas à concessão de direitos de propriedade intelectual no país.

Em fevereiro de 2019 foram concedidas 839 patentes e registradas 17.351 marcas, 940 desenhos industriais e 188 programas de computador. Foram registrados 77 contratos de tecnologia. O período janeiro e fevereiro de 2019 apresentou crescimento nos registros de marcas (38,4%) e nas averbações de contratos de tecnologia (0,5%) em relação ao mesmo período do ano anterior; enquanto foi observada redução nas concessões de patentes (-16,0%), nos registros de desenhos industriais (-4,7%) e nos registros de programas de computador (-47%).

 

Foto: Gilson Oliveira - Arquivo PUCRS

Foto: Gilson Oliveira – Arquivo PUCRS

Recentemente a PUCRS figurou na mais nova edição do Times Higher Education (THE) Emerging Economies University Rankings 2019 como a melhor instituição privada do sul do Brasil e a segunda melhor universidade privada do Brasil entre os países emergentes. Dentre os quesitos em que se destacou estão Citações (citations), ocupando o primeiro lugar entre as instituições de ensino superior privadas brasileiras. Isso demonstra a influência da pesquisa de qualidade realizada na Universidade e o seu papel em disseminar novos conhecimentos e ideias.

“A PUCRS teve um crescimento muito significativo referente às citações. É um importante reconhecimento, pois através deste indicador são identificadas as pesquisas que se destacaram e que foram compartilhadas, demonstrando a contribuição da PUCRS, através de seus pesquisadores, para a disseminação de novos conhecimentos nas diversas áreas”, aponta a diretora de pesquisa, Fernanda Morrone.

Foram mais de 65 milhões de citações examinadas pelo ranking para 14 milhões de artigos de diferentes publicações no período de cinco anos. As citações demonstram o quanto cada universidade contribuiu para a soma do conhecimento humano, informando as pesquisas que se destacaram, que foram utilizadas por outros estudiosos e compartilhadas pela comunidade acadêmica mundial.

Transferência de Conhecimento

Outro ponto em que a PUCRS obteve destaque é referente à Transferência de Conhecimento (industry income), ocupando a segunda posição entre instituições privadas e federais do Brasil. A categoria se baseia na capacidade das universidades em ajudar a indústria com inovações, invenções e consultoria. O ranking observa o incentivo que as instituições recebem de indústrias para realizar suas pesquisas e a capacidade de atrair financiamento no mercado comercial.

“Esta posição é de extrema relevância, pois mostra o resultado de mais de duas décadas de trabalho contínuo da PUCRS em estabelecer um ecossistema de inovação de classe mundial na Universidade. Diversas ações contribuem para este resultado que muito nos orgulha, fruto da cooperação com diversas empresas e entidades empresarias, muitas delas localizadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc)”, avalia o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy .

Audy destaca o Parque como a ação mais visível junto à sociedade e o trabalho desenvolvido durante mais de uma década na área de transferência de tecnologia, além do Tecnopuc Startups, laboratórios de apoio, como Fablab, Usalab e Crialab, bem como áreas de cooperação estratégicas na dimensão acadêmica. “Também são muito importantes as ações e projetos que a Universidade é parceira junto ao poder público e as entidades empresariais, como a Aliança e o Pacto da Inovação de Porto Alegre mais recentemente. Devemos reconhecer de forma especial a competência dos nossos pesquisadores e técnicos-administrativos, que geram as pesquisas e o conhecimento que é transferido para a sociedade por meio dos projetos de PD&I e startups geradas no nosso ecossistema de inovação”, finaliza.

No ranking, 442 universidades de 43 países figuram na lista. O Brasil é o país latino-americano mais representado – e o terceiro mais representado na tabela – com 36 instituições.

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Jorge Audy, à direita, recebe o troféu Magis / Foto: Marcelo Bertani/Agência ALRS

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, foi um dos 15 premiados na 24ª edição do Prêmio Líderes & Vencedores, na categoria Referência Educacional. A entrega do troféu Magis ocorreu na noite desta quinta-feira, 8 de novembro, no Teatro Dante Barone. Promovida pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), em parceria com a Assembleia Legislativa do RS, a distinção reconhece o êxito de personalidades, empresas e projetos sociais e culturais edificadores para o Rio Grande do Sul.

Para cada categoria do prêmio há um patrono. No caso de Audy, o patrono da categoria Referência Educacional é o Ir. José Otão, reitor da PUCRS no período de 1954 a 1978. “Fiquei muito feliz em saber que a primeira pessoa a receber esse prêmio, que é o patrono da categoria, foi o Ir. José Otão. Sinto-me honrado. Além disso, estou grato, porque minha indicação para receber a honraria partiu dos colegas da PUCRS. Meus sinceros agradecimentos a todos que acreditam no meu trabalho”, agradeceu o superintendente.

Breve currículo

Jorge Audy coordena a Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011-2020), na Capes/MEC; é membro dos Conselhos Deliberativos Nacionais da Embrapii e do Sebrae e membro dos Conselhos Superiores de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Sul e da Anprotec. Foi presidente do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Brasil (Foprop), da Anprotec, da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos e Áreas de Inovação (IASP– América Latina) e pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS. Em outubro, recebeu a Medalha Nacional do Mérito Cientifico, na classe Comendador, como Personalidade Nacional da área de Ciência e Tecnologia.

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Foto: Divulgação

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, recebeu nesta quinta-feira, dia 17 de outubro, a Medalha Nacional do Mérito Científico, na classe Comendador, como Personalidade Nacional da área de Ciência e Tecnologia. A cerimônia foi realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com participação do ministro da Educação, Rossieli Soares, e do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

Concedido pela Ordem Nacional do Mérito Científico (ONMC), o reconhecimento é conferido a personalidades brasileiras e estrangeiras que contribuíram de forma relevante nas áreas científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no Brasil. A Medalha Nacional do Mérito Científico é a maior honraria da área no País. Para o reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, é motivo de alegria e honra para a PUCRS um reconhecimento dessa magnitude: “o professor Jorge Audy possui uma exitosa trajetória na Universidade e em importantes fóruns nacionais e internacionais, com significativas contribuições na pesquisa, pós-graduação e inovação”, destaca.

Reconhecimento no meio científico

Um dos nomes que integram essa lista é o do neurocientista e diretor do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS (InsCer), Ivan Izquierdo. Reconhecido internacionalmente pelo pioneirismo nos estudos da neurobiologia, da memória e do aprendizado, ele foi um dos primeiros contemplados. “Faz mais de 15 anos que carrego com muito orgulho a minha Medalha Nacional do Mérito Cientifico, na categoria Grã-Cruz. É uma distinção muito grande, um mérito que poucas pessoas no Brasil têm. Meus mais sinceros parabéns ao Jorge Audy por ser agraciado com esta honraria. Que ele leve o meu abraço e o meu desejo de que desfrute desta distinção”, destaca o pesquisador.

Quem também saúda Audy é o presidente da Associação Internacional de Parques Tecnológicos e Áreas de Inovação (IASP), Jose Piqué. Segundo ele, o superitendente combina com excelência os eixos de inovação e internacionalização no mundo dos parques e tecnológicos e contribui com o Brasil para a construção do ecossistema global de inovação. “Seu papel na Presidência da Divisão Latino-Americana da IASP e sua contribuição para a Diretoria Internacional da entidade, bem como suas estadias internacionais na Europa, Ásia e América do Norte, fazem dele uma pessoa do hub global, conectando ecossistemas de inovação em todo o mundo. É um grande merecedor desse reconhecimento por ser referência em conhecimento e generosidade para toda a comunidade científica e tecnológica”, ressalta Piqué.

O presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), José Aranha, afirma que Audy é um benemérito na área da ciência, da tecnologia e da inovação. “Ele foi presidente da Anprotec, pró-reitor de pesquisa, inovação e desenvolvimento da PUCRS, teve grande contribuição na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e em outros setores importantes para o desenvolvimento do País. Além disso, é um ser humano fora de série. É grande merecedor dessa homenagem”, enaltece.

Indicação pela comunidade científica

Todos os agraciados com a Ordem Nacional do Mérito Cientifico são indicados pela comunidade científica nacional e escolhidos por uma comissão técnica formada por membros da Academia Brasileira da Ciências (ABC), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTIC). A Ordem foi instituída pelo Decreto nº 772/1993 e se tornou a mais importante condecoração da área científica e tecnológica do país.

Breve currículo

Jorge Audy coordena a Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2011-2020), na Capes/MEC, é membro dos Conselhos Deliberativos Nacionais da Embrapii e do Sebrae e membro dos Conselhos Superiores de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Sul e da Anprotec. Foi presidente do Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação do Brasil (Foprop), da Anprotec, da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos e Áreas de Inovação (IASP– América Latina) e pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS.

Health Tech, Medicina

Foto: Camila Cunha

Médicos, gestores e lideranças ligadas à área da inovação, entre outros especialistas, apresentaram suas contribuições sobre as novidades tecnológicas que impactam o cenário da saúde durante o Primeiro Health Tech Conference da Escola de Medicina da PUCRS e Instituto do Cérebro do RS. O vice-reitor e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa, fez a abertura do evento nesta sexta-feira, 5 de outubro, no teatro do prédio 40 da Universidade. Acompanhado do decano da Escola de Medicina, Jefferson Braga Silva, Costa salientou a importância de quem trabalha no setor de estar a par das inovações em tecnologia.

A palestra inicial foi do chief executive officer da GestãoDS – Software para clínicas e consultórios médicos, David Sena. Ele traçou um panorama dos dispositivos utilizados na medicina e ressaltou que os processos regulatórios representam os maiores entraves ao desenvolvimento se novas tecnologias na área médica. O diretor de Inovação do Hospital Albert Einstein, Claudio Terra, também trouxe seu conhecimento e experiências para o evento.

Health Tech, Medicina

Foto: Camila Cunha

O superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, contextualizou as inovações que estão acontecendo em todos os setores, incluindo o da saúde. “Precisamos transformar conhecimento em desenvolvimento econômico e social, que é o que os países desenvolvidos estão fazendo há décadas”. O superintendente de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do InsCer, Douglas Sato, fez a associação entre a área acadêmica e a indústria para criar novos produtos, e afirmou que a tecnologia utilizada na medicina não é algo do futuro, mas do presente. “Já se trabalha na identificação de pessoas com alto risco de desenvolver alguma doença para que comecem a ser tratadas antes mesmo de apresentarem o primeiro sintoma”, afirmou.

Organizado pela Escola de Medicina e GestãoDS, o evento teve o apoio do InsCer e do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). O objetivo foi proporcionar debates e atualizações sobre o setor de health tech, um dos que mais cresce nos últimos anos. As iniciativas para a área da saúde vão desde o uso de prontuários eletrônicos, robótica até inteligência artificial. O futuro apresenta um cenário desafiador na área da saúde.

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Foto: Camila Cunha

Na tarde desta segunda-feira, dia 24 de setembro, a Aliança para Inovação de Porto Alegre, reunindo UFRGS, PUCRS e Unisinos, realizou o Smart Cities Workshop, no auditório do Global Tecnopuc. Integrantes da Global Federation Competitiveness Councils (GFCC) falaram a representantes de universidades, empresas e poder público sobre os desafios globais e as oportunidades locais de negócios que podem significar uma vida melhor para a população. Cidades que formam e mantêm os talentos e, além disso, atraem pessoas de outras partes do mundo para criarem soluções.

O evento teve as boas vindas do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e representante da Universidade no comitê estratégico da Aliança, Jorge Audy. Na abertura, o prefeito Nelson Marchezan Júnior parabenizou as universidades pela parceria em prol da cidade. “Onde Porto Alegre está e aonde quer chegar? Buscar consensos é o papel de debates como esses.”

 

Tendências globais que moldam o futuro

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Foto: Camila Cunha

Integrante sênior da GFCC e professor da Singularity University, Banning Garrett fez uma lista de tendências globais que desafiam o futuro: crescimento populacional, expansão da classe média, urbanização em massa, aumento da demanda por alimento, água e energia, volatilidade da economia global, mudanças geopolíticas e a aceleração das mudanças tecnológicas. Ao informar que de 65 milhões a 70 milhões de pessoas se mudam para as cidades a cada ano, lembrou que hoje a população urbana soma 55% do total de 7,7 bilhões e a projeção para 2050 são de 70% de 9,7 bi.

“Nas cidades estão as oportunidades”, exaltou Garrett. Citou que as áreas urbanas são a chave para o futuro, pois concentram os recursos e fornecem educação, saúde e outros serviços.

Pobreza, doenças, violência e terrorismo, crescimento das favelas (de 1 para 2 bilhões até 2030), desastres ambientais e aumento do desemprego são alguns dos problemas a serem enfrentados. Para Garrett, as cidades têm um papel a desempenhar compartilhando suas melhores práticas e colaborando para amenizar o impacto das mudanças climáticas. As smart cities podem ser a chave para otimizar os sistemas de saúde, educação e transportes, aposta. Vê também a tecnologia como uma forma de ampliar a transparência dos governos e a participação dos cidadãos.

 

Talentos e lideranças

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Foto: Camila Cunha

Jerry Hultin, organizador do Smart Cities Nova York e membro da GFCC, começou sua fala citando uma frase da presidente da federação, Deborah Wince-Smith: “O talento é o combustível do século 21”. O desenvolvimento de um ecossistema de inovação – e não apenas de uma agenda – depende, em primeiro lugar, para Hultin, de como atrair, educar e manter talentos.

Com sua experiência em Nova York, chamada por ele de high tech, disse que a criação de cidades inteligentes requer ainda um comitê líder reunindo universidades, governos e empresas. Como grandes elementos elencou criatividade (e competitividade), concentração (e praticidade) e capital (e curiosidade). Em NY, citou o Cornell Tech, construído em cinco anos, e um laboratório que serve de incubadora para cem novas companhias, atraindo pessoas de todo o mundo.

 

Grandes oportunidades e o papel das universidades

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Foto: Camila Cunha

Diretor executivo da GFCC e professor da Singularity University, o gaúcho Roberto Alvarez falou um pouco sobre a federação, que reúne 35 países, combinando agências governamentais, empresas, organizações privadas e 45 universidades de 25 nações diferentes. Comentou que os problemas que emergem nas cidades são enormes oportunidades de negócios, especialmente em 35 metrópoles, como São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires, gerando efeitos também em cidades de médio porte, a exemplo de Porto Alegre. Citou a evolução em termos de arquitetura e incorporação de energias sustentáveis a partir da regulamentação do poder público e do incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias. Outra preocupação, para ele, devem ser as ações voltadas para o bem-estar a partir do crescimento de doenças associadas ao estilo de vida (obesidade e diabetes), o que pode levar a mudanças que vão do design ao saneamento.

Alvarez tratou ainda do conceito de inovação, lembrando que nos Estados Unidos a importância do desenvolvimento de tecnologias é uma ideia presente desde sua fundação, enquanto no Brasil ainda não há a clareza de sua relevância. Aproveitou para ressaltar a importância da Aliança para Inovação de Porto Alegre trazer esse tema para a agenda. “As universidades são fundamentais para a inovação.” Destacou a necessidade de convergência e circulação, ou seja, que a linguagem das empresas e instituições de ensino se mescle. Defendeu ainda novos modelos para imprimir mais velocidade às universidades e líderes capazes de alterar alguns padrões. As mais inovadoras, apontou Alvarez, são aquelas que usam recursos externos, se misturam com a sociedade e tem o “empreender” como modo de pensar e agir.

Com moderação do professor Luiz Carlos Pinto Silva, da UFRGS, os convidados do workshop integraram uma mesa-redonda sobre como fazer de Porto Alegre uma smart city. Além deles, participaram Fabiano Hessel, professor da Escola Politécnica e coordenador do Centro de Inovação em Cidades Inteligentes da PUCRS, e a empreendedora Anielle Guedes.

Ir Evilázio Teixeira, Jorge Audy, Ir Norberto Rauch

Ir. Evilázio Teixeira (E) e Jorge Audy (D) ao lado do busto do Ir. Norberto Rauch, em frente ao Tecnopuc / Foto: Bruno Todeschini

No final do século passado, o Ir. Norberto Rauch, Reitor da PUCRS de 1978 a 2004, inquietava-se com a preocupação sobre como manter e qualificar a infraestrutura de pesquisa e Pós-Graduação Stricto Sensu da Universidade. Na busca de entender esse desafio, desenhou, auxiliado pelos seus mais próximos assessores, os seguintes cenários: a) uma incapacidade crescente dos governos, federal e estaduais, de manter um volume de repasses para infraestrutura de pesquisa e bolsas às Universidades comunitárias; b) a importância da diferenciação da PUCRS pela qualidade de suas pesquisa, frente a uma perspectiva da entrada de novas instituições de ensino particulares do centro do país em Porto Alegre, com forte foco no ensino de graduação; (c) o sucesso do plano de capacitação docente desenvolvido na década de 90: Mil Mestres e Doutores para o Ano 2000; (d) a perspectiva de uma demanda social por mais protagonismo das Universidades no desenvolvimento social, cultural, ambiental e econômico.

Para solucionar para tais questões, desenvolveu uma poderosa visão de futuro, onde traçou estratégias para: (a) a descoberta de novas formas de financiar as infraestruturas de pesquisa e as bolsas de pós-graduação; (b) a necessidade de maior aproximação com as empresas, públicas e privadas por meio de projetos cooperados; (c) a construção de um espaço físico que permitisse que parte destas empresas estivesse instaladas no Campus da Universidade; (d) a abertura da Universidade à sociedade, tornando-se mais protagonista do processo de desenvolvimento local.

A participação entusiasta do Ir. Norberto resultou em iniciativas importantes para a cidade de Porto Alegre na segunda metade da década de 1990, junto a outras Universidades, ao poder público municipal, estadual, entidades empresariais e da sociedade civil foram determinantes na construção da solução para os desafios identificados na época. A sua indução à participação da Universidade no Porto Alegre Tecnópole (PAT), no Consórcio Ibero-americano para a Educação em Ciência e Tecnologia (ISTEC) e na Associação Nacional dos Parques Científicos e Tecnológicos e Incubadoras de Empresas (Anprotec) foram fatores determinantes para os rumos desta área nas duas décadas seguintes. Fruto desse esforço emerge o Tecnopuc, que ocupou a área adquirida em 2001 ao Exército Brasileiro (antigo 18º Regimento de Infantaria).

“…o Tecnopuc é uma das referências latino-americanas em ecossistemas de inovação, sendo o Parque Científico e Tecnológico mais premiado e reconhecido do País.”

Ao completar 15 anos da sua inauguração oficial, em setembro de 2003, o Tecnopuc é uma das referências latino-americanas em ecossistemas de inovação, sendo o Parque Científico e Tecnológico mais premiado e reconhecido do País. Ao longo destes 15 anos, a visão de futuro do Ir. Norberto Rauch concretizou-se. Esse ecossistema de inovação e empreendedorismo de classe mundial possui mais de 150 organizações e 6,5 mil pessoas trabalhando em seus mais de 90 mil metros quadrados de área construída. Grandes empresas multinacionais, nacionais e gaúchas, institutos e centros de pesquisa da Universidade, as principais entidades empresarias e profissionais ligadas à área de tecnologia, todos interagem em um ambiente moderno e colaborativo. Ao longo desse tempo, milhares de jovens encontraram sua entrada no mercado de trabalho, estudantes da PUCRS, bolsistas e pesquisadores realizaram parte de sua formação profissional, centenas de estudantes viabilizaram seus estudos de graduação, outras centenas criaram suas empresas, startups e spin-offs, transformando o conhecimento que adquiriram em riqueza para a sociedade.

Durante esse período, decorrente daquela visão de futuro construída no final do século passado, a PUCRS se transformou em uma referência nacional pela relevância de sua pesquisa e pela excelência de sua Pós-Graduação Stricto Sensu. Nesse percurso, tratando-se apenas da área de pesquisa e inovação, emergiram e se consolidaram neste ambiente iniciativas diferenciadas, fruto do trabalho de grandes pesquisadores, como o NT Solar –  Centro de Referência Nacional em Energia Solar Fotovoltaica do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC); o INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia) de Tecnologia em Tuberculose do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); o Inscer (Instituto do Cérebro do RS);o IPR (Instituto do Petróleo e Recursos Naturais), em parceria com a Petrobras, dentre muitas outras.

Entre os anos de 2005 e 2016, o Ir. Joaquim Clotet seguiu acreditando naquele projeto delineado no final do século passado, o qual acompanhou enquanto vice-reitor do Ir. Norberto desde sua concepção. A sua formação na área de inovação, desenvolvida em períodos de formação nas Universidades de Oxford e Warwick, além de diversas missões internacionais visitando alguns dos melhores Parques Científicos e Tecnológicos do mundo, foram determinantes para o crescimento e consolidação do Tecnopuc.

“…gerar mil novas startups e spin-offs nos próximos dez anos.”

Hoje, a Universidade está em uma terceira fase, liderada pelo Ir. Evilázio Teixeira, a qual resulta no desenvolvimento de um novo plano estratégico para a área de inovação e desenvolvimento da PUCRS. Do novo plano surgiu a SID (Superintendência de Inovação e Desenvolvimento) e a nova intenção estratégica da área: gerar mil novas startups e spin-offs nos próximos dez anos. Um belo desafio a nos guiar, mantendo a tradição e implementando a renovação necessária para fazer frente aos desafios institucionais e do país, ampliando a contribuição para a sustentabilidade institucional e a contribuição para o desenvolvimento social e econômico da região onde atuamos.

A energia e a determinação do Ir. Norberto Rauch foram, sem dúvidas, os fatores do sucesso nos anos iniciais desse empreendimento, em especial, nas fases de concepção e criação, as mais difíceis, o qual o mais importante é o papel de um líder visionário, como ele foi. Seu busto posicionado de frente para o Tecnopuc é um tributo ao seu papel nesse processo, sendo um modelo de inovação e empreendedorismo para todos nós da PUCRS.

A atuação do Ir. Clotet avançou nessa trajetória de realizações, traçando as bases de uma grande Universidade de pesquisa, sendo que a inovação e a transformação do conhecimento gerado em desenvolvimento social e econômico, define hoje, 20 anos depois, o posicionamento estratégico da PUCRS: a área de inovação e desenvolvimento.

“… nos preparamos para vencer os novos desafios e aproveitar as oportunidades que irão se apresentar.”

Agora, sob a liderança do Ir. Evilázio, tendo por base para os próximos 15 anos o plano estratégico da área de inovação e desenvolvimento desenvolvido no seu primeiro ano de gestão, nos preparamos para vencer os novos desafios e aproveitar as oportunidades que irão se apresentar. Este plano está alicerçado na fortaleza dos nossos valores institucionais, na aprendizagem acumulada nos primeiros 15 anos e na construção de uma visão de futuro poderosa e otimista que nos conduzirá pelos próximos 15 anos.

Ao completar 15 anos de Tecnopuc, o que nos motiva neste momento, ao descrever essa trajetória marcada pela liderança de três grandes Reitores, é lembrar o pioneirismo e reverenciar a memória de um grande líder, Ir. Norberto Rauch, uma pessoa muito à frente do seu tempo.

2018_08_14-conexoes_internacionais(907x550)Quer descobrir as possibilidades e vantagens de estar inserido em uma rede internacional de pesquisa? Com o objetivo de discutir a internacionalização na pós-graduação e a cooperação internacional na pesquisa, a PUCRS promove a primeira edição do Conexões Internacionais. O evento ocorre no dia 27 de setembro, no prédio 50 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). As inscrições, disponíveis neste link, são gratuitas e as vagas, limitadas.

Realizado pela Assessoria de Cooperação Internacional, com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), a atividade tem como propósito fazer uma reflexão sobre o papel multifacetado da internacionalização no século 21 e seu impacto na construção do conhecimento. A programação completa e outras informações estão disponíveis no site oficial.

A iniciativa conta com palestras, cases de sucesso e troca de experiências sobre o que é a pesquisa internacional, como ela é feita e quais os impactos e desafios da internacionalização no meio acadêmico. Durante o credenciamento, haverá a entrada solidária, com coleta de doações de alimentos não perecíveis e materiais de higiene pessoal para o Centro ítalo Brasileiro de Assistência e Instrução as Migrações (Cibai Migrações), instituição que acolhe migrantes e refugiados que chegam a Porto Alegre.

Internacionalização na pesquisa

Holly Cowman, diretora de Relações Internacionais da Mary Immaculate College, na Irlanda, vem à PUCRS apresentar a conferência internacional Ireland and Brasil: Initiatives to consolidate internationalization of higher education. A pesquisadora abordará oportunidades e desafios que a internacionalização enfrente no ensino superior atualmente e suas experiências na Irlanda.

Marcelo Távora, responsável pelos movimentos de internacionalização da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) falará sobre o cenário da pesquisa internacional na atualidade e a relação entre qualidade/impacto da pesquisa e seu grau de internacionalização. Já a importância da cooperação internacional para pesquisas de excelência será apresentada pelo superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, um dos responsáveis pela elaboração do Programa de Excelência Internacional das Universidades da Capes/MEC.

Experiências internacionais

Com o objetivo de apresentar experiências bem-sucedidas de pesquisas internacionais na PUCRS, o evento também reservará espaço para doutorandos relatarem suas vivências no exterior e contará com três painéis temáticos simultâneos. Neles, pesquisadores de áreas distintas debaterão sobre suas pesquisas de caráter internacional, trazendo aprendizados, avanços e conquistas.

Painéis temáticos

Feira gastronômica internacional

O fechamento da programação contará com uma degustação de pratos que representam os cinco continentes em parceria com o curso de Gastronomia, da Escola de Ciências da Saúde. Sabores, aromas e composições serão apresentadas pelos acadêmicos do curso, sob supervisão da docente Marianna Pozzatti e da coordenadora do curso Rochele de Quadros.

Para mais informações, acesse www.pucrs.br/conexoesinternacionais.

 

Jorge Audy, Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

Foto: Bruno Todeschini/PUCRS

O Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, será admitido como membro da Ordem Nacional do Mérito Cientifico (ONMC), na classe comendador, como Personalidade Nacional da área de ciência e tecnologia. O título foi anunciado durante reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), realizada em Brasília, no dia 1 de agosto. A cerimônia oficial será realizada em outubro.

A Ordem Nacional do Mérito Científico é uma ordem honorífica concedida a personalidades brasileiras e estrangeiras como forma de reconhecimento das suas contribuições científicas e técnicas para o desenvolvimento da ciência no Brasil. É a maior honraria da área de ciência do Brasil, sendo os agraciados indicados pela própria comunidade científica nacional e escolhidos por uma comissão técnica formada por membros da ABC (Academia Brasileira da Ciência) e SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) e pelo MCTIC (Ministerio de Ciência, Tecnologia e Inovação).

Jorge Audy é Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, coordena a Comissão Nacional de Acompanhamento do PNPG 2011-2020 (Plano Nacional de Pós-Graduação) na CAPES/MEC, é membro dos Conselhos Deliberativos Nacionais da EMBRAPII e do SEBRAE e membro dos Conselhos Superiores de CT&I do RS e da ANPROTEC. Foi Presidente do FOPROP (Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e PG do Brasil), da ANPROTEC, da IASP (Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos e Áreas de Inovação) da América Latina e Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS.

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A partir da esquerda: Audy, Costa da Costa, Trepte e Ir. Evilázio / Foto: Camila Cunha

O líder do Instituto Max Planck para a América Latina, sediado em Buenos Aires (Argentina), Andrea Trepte, foi recebido no Salão Nobre da Reitoria nesta segunda-feira, 2 de julho, pelo reitor Ir. Evilázio Teixeira, o vice-reitor Jaderson Costa da Costa e o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS Jorge Audy. A agenda de sua primeira vinda à Universidade, ao longo de dois dias, contempla visitas ao Instituto do Cérebro do RS (InsCer), a laboratórios da Escola de Ciências da Saúde e ao Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). Também inclui reunião com o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) Abílio Baeta Neves e a diretora de Cooperação Internacional da Capes, Concepta Pimentel. A visita pode reverter acordos de cooperação científica, conforme as áreas de interesse do Instituto.

Sobre a Sociedade Max Planck

A Sociedade Max Planck conduz pesquisas básicas nas ciências naturais, ciências da vida e humanidades. Desde a sua fundação em 1948, dezoito vencedores do Prêmio Nobel surgiram de suas fileiras. A Sociedade Max Planck, com seus 84 Institutos e instalações, é o carro chefe internacional da ciência alemã: além de cinco instituições estrangeiras, opera outros 17 Centros Max Planck com instituições de pesquisa como a Universidade de Princeton nos EUA, a Universidade da Universidade de Paris. Financiada pelos governos federal, a Sociedade Max Planck teve um orçamento anual de 1,6 bilhão de euros em 2016.