Julián Fuks, literatura, Instituto da Cultura, Delfos, Biblioteca Central,

O autor abordou o impacto das redes sociais na literatura. Foto: Carol Vicari

O escritor paulista Julián Fuks lotou, na última sexta-feira, 12 de abril, o saguão da Biblioteca Central Ir. José Otão, quando defendeu, por mais de uma vez, o papel da literatura como um espaço de resistência e reflexão. O bate-papo, que estreou a primeira parceria entre a TAG – Experiências Literárias e o Instituto de Cultura da PUCRS, contou com a presença da escritora e colunista do jornal Zero Hora Julia Dantas e do escritor Reginaldo Pujol Filho.

Ao iniciar a conversa, respondendo sobre seu processo de escrita, Fuks contou que tende por dois caminhos em seus livros, o primeiro foca mais nas questões literárias de teoria e construção de romance. E, no segundo, o escritor gosta de dar destaque a questões políticas e como as reflexões de suas obras podem conversar com outros autores. “A literatura de distração não me interessa muito, o que me interessa é a literatura de reflexão. É possível tentar capturar um tempo sem datar os acontecimentos nem criar algo muito permanente”, argumentou. Mas, para as reflexões ganharem importância, ele acredita que a literatura precisa falar sobre sentimentos contemporâneos. Para ele, é preciso que o escritor esteja mais disposto a narrar sobre o tempo presente do que se propor a escrever sobre um futuro ou passado. “O que permanece na literatura? O que nós quereremos deixar para ser refletido? ”, perguntou o autor ao público presente.

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Julia Dantas, Julián Fuks e Reginaldo Pujol Filho. Foto: Carol Vicari

A travessia entre a ficção e a autobiografia

Para Fuks, o grande problema da literatura contemporânea de resistência é o narcisismo que certos escritores tendem a fazer, não conseguindo separar ficção de autobiografia. Para ele, as pessoas se importam tanto em escrever sobre si que esquecem de criar o outro. “É preciso entender que não só em nós mesmos conseguimos encontrar uma história persistente e interessante”, avalia.

Além disso, lembrou que tem sido cada vez mais comum os autores darem menos importância para os seus personagens. Alguns indícios dessa tendência é a criação de personagens com nomes em forma de siglas ou sem sobrenome. Mesmo destacando livros como Dom Quixote, em que o nome do protagonista está no título, acredita que essa prática tem sido cada vez menos comum.

A literatura de exposição

Quando questionado sobre o impacto das redes sociais na literatura, Fuks lembrou que as pessoas tendem a não mostrar tudo online. “Algo está sendo continuamente escondido quando a gente se expõem. A gente faz uma realidade e uma ‘persona’ online. A literatura tem o papel de expor o lado que ninguém vê“, ressaltou. “O que me incomoda é quando as pessoas falam do Eu, mas contando da tragédia alheia. Elas acabam precisando diminuir a voz do outro para falar sobre si mesmas”, comentou o escritor. Ele destacou que é preciso se aproximar das pessoas, mas sem deixar que o outro desapareça. Com isso, o escritor deu uma prévia sobre o seu próximo livro, em que pretende escrever sobre uma ocupação que conheceu em São Paulo.

 

 

 

Julian fuks, instituto de cultura

Foto: Tomas Bertelsen

O escritor Julián Fuks, destaque na literatura contemporânea brasileira, vem à PUCRS nessa sexta-feira,12 abril. O Instituto de Cultura recebe o autor dos livros A resistência (vencedor do Prêmio Jabuti de 2016) e Procura do romance para um bate-papo com o tema A resistência da literatura. A conversa será mediada pelo também escritor Reginaldo Pujol Filho e conta com a presença de Julia Dantas, escritora e colunista do jornal Zero Hora. O encontro tem entrada gratuita, é aberto ao público e acontece das 19h30min às 22h, no saguão da Bibilioteca Central Ir. José Otão (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Inscrições podem ser feitas através deste link. Mais informações pelo telefone (51) 3320-3582.

Estilo contemporâneo

A escrita de Fuks se sobressai por testar os limites do romance, exercitando o relato, a reflexão metanarrativa e fundindo ficção e biografia. Seus textos foram publicados em jornais e revistas no Brasil e no exterior. Foi eleito pela revista Granta, em 2012, como um dos vinte melhores escritores brasileiros e conquistou, em 2018, o prêmio Anna Seghers de literatura, na Alemanha.

A resistência

Em A resistência, seu título de estreia, Fucks narra a história de uma família argentina que vem para o Brasil fugindo da ditadura e da repressão. Os pais são perseguidos políticos e veem a necessidade de deixar o país, mesmo que o Brasil não represente um lugar assim tão seguro. O romance combina o drama das relações familiares com um contexto histórico onde a insegurança e o medo são a única certeza.

Olívia Allessandrini tocando piano

Olívia Allessandrini / Foto: Divulgação

A primeira edição do PUCRS Recitais de 2019 traz a pianista Olinda Allessandrini com o recital pamPiano. A obra mescla imagens da vida no pampa, produzidas pelo cineasta Caio Amon, e o refinamento do piano em uma sala de concerto. O evento acontece nesta sexta-feira, 5 de abril, às 20h, na Igreja Universitária Cristo Mestre (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). A entrada é gratuita e aberta ao público.

Conjuntamente desenhado, o trabalho reúne estilizações do folclore musical pampeano com a textura das imagens locais. Fonte de inspiração para escritores, artistas plásticos, cineastas e músicos populares, a cultura pampeana é a essência deste trabalho. Além de participar do Seminário Internacional sobre Fronteiras Culturais, em Berlim, que privilegiou a fronteira Brasil-Uruguai-Argentina, a pianista lançou o CD e o DVD de mesmo nome, sempre com o aproveitamento dos traços musicais folclóricos, das paisagens, da vida campeira da região.

Olinda Allessandrini

A pianista Olinda Allessandrini é atualmente uma das mais versáteis e conceituadas pianistas brasileiras. Seu repertório abrange uma vasta escolha de obras para piano solo, além de música de câmara e concertos com orquestras. Conheça mais sobre a artista em www.olindaallessandrini.com.br.

Julian fuks, instituto de cultura

Foto: Tomas Bertelsen

O escritor Julián Fuks, destaque na literatura contemporânea brasileira, vem à PUCRS no dia 12 abril. O Instituto de Cultura recebe o autor dos livros A resistência (vencedor do Prêmio Jabuti de 2016) e Procura do romance para um bate-papo com o tema A resistência da literatura. A conversa será mediada pelo também escritor Reginaldo Pujol Filho e conta com a presença de Julia Dantas, escritora e colunista do jornal Zero Hora. O encontro tem entrada gratuita, é aberto ao público e acontece das 19h30min às 22h, no Delfos, no 7º andar da Bibilioteca Central (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Inscrições podem ser feitas através deste link. Mais informações pelo telefone (51) 3320-3582.

Estilo contemporâneo

A escrita de Fuks se sobressai por testar os limites do romance, exercitando o relato, a reflexão metanarrativa e fundindo ficção e biografia. Seus textos foram publicados em jornais e revistas no Brasil e no exterior. Foi eleito pela revista Granta, em 2012, como um dos vinte melhores escritores brasileiros e conquistou, em 2018, o prêmio Anna Seghers de literatura, na Alemanha.

A resistência

Em A resistência, seu título de estreia, Fucks narra a história de uma família argentina que vem para o Brasil fugindo da ditadura e da repressão. Os pais são perseguidos políticos e veem a necessidade de deixar o país, mesmo que o Brasil não represente um lugar assim tão seguro. O romance combina o drama das relações familiares com um contexto histórico onde a insegurança e o medo são a única certeza.

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Reitor da PUCRS e artista no ato da entrega da obra / Foto: Camila Cunha

Com mais de 18 metros de altura e onze de largura, o artista gaúcho Kelvin Koubik é o responsável pelo graffiti desenhado na parte leste do prédio 6, em frente à Rua da Cultura da PUCRS. Com nove dias para a execução deste trabalho, Koubik desenvolveu essa arte em sintonia com a sua linguagem e se inspirou na missão da Universidade que refere: “promover a formação humana e profissional”.

Na manhã desta sexta-feira, dia 29 de março, ocorreu o ato de entrega, com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira, que celebrou o encerramento do programa de volta às aulas, com intensa programa cultural.

Neste mês ocorreram eventos como o bate-papo com a atriz Nathalia Timberg, a palestra com a Monja Coen, o show do cantor Armandinho, entre outros.

 

CONFIRA: Programação cultural de volta às aulas tem oficinas, graffiti e Nathalia Timberg

O projeto foi iniciado no final de 2017 e chegou a ter três tipos de layouts até chegar no conceito executado. Koubik explica que o mural teve como grande inspiração o Museu da Ciência e Tecnologia da PUCRS, local que admira desde quando era uma criança. No seu graffiti, o artista optou por uma coruja, que está em primeiro plano, porque simboliza, no reino animal, o conhecimento e a sabedoria. Já as plantas são elementos que compõe a vida na obra, todas são nativas do Rio Grande do Sul, sendo que, entre elas, estão três violetas, símbolo marista que são virtudes relacionadas à humildade, à simplicidade e à modéstia.

As imagens da Lua e do Sol fazem referência ao universo, afinando ainda mais a relação que a Universidade tem com a ciência e tecnologia. “Nas texturas de fundo do desenho inseri os símbolos Alfa e Ômega, representando o princípio e o fim; as marcas de digitais se referem à individualidade, ao respeito ao próximo e às diferenças, e a cadeira molecular reforça a ciência, a conexão de todos os elementos”, explica.

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Artista realiza a assinatura da sua obra / Foto: Camila Cunha

Koubik aproveitou as próprias árvores do Campus da PUCRS para que a coruja, em perspectiva, estivesse em cima das mesmas. “Sobre as cores, boa parte do trabalho é traçado em azul escuro, com fundo em um tom mais claro, fazendo relação direta à identidade visual da Universidade. Já a cor laranja é alusiva ao prédio que é ocupado pelos alunos do curso de Odontologia”, enfatiza.

Com a finalização deste graffiti, o artista reforça a principal proposta desta arte estampada na Universidade. “O mais importante é que cada pessoa tenha a sua interpretação da obra”, destaca o artista.

Segundo o diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Ricardo Barberena, esta é mais uma ação de transformação da Universidade. “Talvez este graffiti na Rua da Cultura possa ser o primeiro passo para transformarmos o Campus da PUCRS em uma galeria a céu aberto, aproximando a arte da vida cotidiana”, reforça.

Oficina sobre a Arte urbana e seus desdobramentos

No dia 5 de abril, às 14h, Kelvin Koubik realizará juntamente com o artista e pesquisador da História da Arte, Santiago Pooter uma conversa sobre a arte urbana e seus desdobramentos. O evento é gratuito, aberto ao público e acontece no auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, prédio 7. As inscrições podem ser feitas por meio deste link http://bit.ly/arteurbanakelvin.

Na conversa, os artistas buscam apresentar um panorama sobre o tema e falam do processo criativo do graffiti, que recentemente passou a integrar a paisagem do Campus da PUCRS. A mediação é feita por Stefan Von der Heyde Fernandes, professor da Famecos.

Estudantes fazem minidocumentário

A convite do Instituto de Cultura, estudantes e professores da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos farão um minidocumentário sobre o trabalho de Koubik no Campus, além de um time lapse (filmagem que reúne imagens captadas passo a passo, que são exibidas de forma acelerada após a edição). “O painel é uma ação que interessa aos alunos de Comunicação e Design. A produção deste minidocumentário envolverá os estagiários do Laboratório de Conteúdo em função da tecnologia aplicada neste audiovisual, além das técnicas de montagem e edição do vídeo. Todas as etapas do projeto fazem parte de uma atividade pedagógica”, explica o professor de fotojornalismo Eduardo Seidl. A equipe conta com seis estagiários acompanhando diariamente o trabalho. Ao final, o vídeo será exibido em atividade do artista visual no auditório da Escola, prevista para a primeira semana de abril. Participam também os professores Stefan Fernandes e FêCris Vasconcellos. 

Sobre Kelvin Koubik 

Natural de Porto Alegre, onde vive e trabalha, Kelvin Koubik nasceu em 1989. Formado em Artes Visuais pela UFRGS, vem traçando seu percurso entre galerias e a arte urbana. É membro fundador do Atelier D43 – premiado coletivo de pesquisa em desenho, integra o duo artístico com seu irmão no projeto Koubiks e é diretor de arte no Studio Kino 23. Neste local é aplicado a sua criatividade em diversas áreas, tendo já ilustrado livros infantis, realizado projetos de ambientação, de decoração e de cenografia, ainda transitando entre as áreas do design gráfico, ilustração e graffiti comissionado.

Desde 2014, tem seu ateliê localizado no Vila Flores, um centro de cultura, educação e negócios criativos que faz parte do Distrito Criativo de Porto Alegre, na zona norte da Capital.

Confira a galeria de fotos:

nathalia timberg

Nathalia Timberg/Divulgação

A atriz Nathália Timberg estará na PUCRS no dia 21 de março para uma conversa sobre sua trajetória no teatro brasileiro. Com entrada franca, o encontro ocorre às 19h30min no Salão de Atos da PUCRS. As inscrições devem ser realizadas pelo link http://bit.ly/ConversaComNathaliaTimberg. A promoção é do Instituto de Cultura da PUCRS, em parceria com o Theatro São Pedro.

Com a mediação dos atores Sandra Dani e Luiz Paulo Vasconcellos, Nathalia Timberg, que em 2019 completa 90 anos, falará sobre seus mais de 80 anos de carreira, que incluem mais de 40 peças teatrais e 12 filmes. A atriz também está em Porto Alegre para apresentar o espetáculo Através da Iris, no Theatro São Pedro, que retrata a vida da popstar fashionista Iris Apfel.

 

Coral da PUCRS durante apresentação no Centro de Eventos do prédio 41

Foto: Camila Cunha

As inscrições para participar das audições para o Coral da PUCRS foram prorrogadas até esta sexta-feira, 1º de março. Nos testes são avaliados afinação, extensão, volume, ritmo e percepção musical por meio de exercícios vocais. Os interessados devem fazer contato pelo e-mail [email protected] para realizar a inscrição e obter informações sobre o andamento do processo seletivo. Os candidatos aprovados precisam ter disponibilidade para os ensaios que ocorrem nas terças e sextas-feiras, das 19h às 22h, e em eventuais apresentações. A participação no grupo musical é voluntária.

 Sobre o Coral da PUCRS

O Coral da PUCRS realiza concertos com obras importantes do repertório erudito ocidental. MPB, Rock e outros estilos musicais populares, nacionais e internacionais estão na lista de atividades do grupo. O Coral também participa de festivais de coros e concertos com orquestras estão na lista de atividades do grupo. Mais informações por meio deste link ou pelo telefone do Instituto de Cultura da PUCRS: (51) 3320-3582.

Capa do Livro Nosso Corpo Estranho

Foto: Divulgação

Uma proposta que une artes visuais, criação literária e pesquisa acadêmica. A exposição Nosso Corpo Estranho, aberta ao público de 1° a 29 de março, no 12° andar da Biblioteca Central Ir. José Otão, faz parte do desdobramento da pesquisa de doutorado em Escrita Criativa do escritor Reginaldo Pujol Filho, que investigava a presença da literatura em exposições de arte e seu potencial narrativo. Todas as visitas são guiadas, e ocorrem de segunda a sexta-feira, com início às 16h e às 18h, partindo do Instituto de Cultura, no 7° andar da Biblioteca. O agendamento é feito através do e-mail: [email protected]. A inauguração ocorre no dia 28 de fevereiro, às 18h. A entrada é franca, sem necessidade de inscrição prévia.

Pesquisa e Literatura

A exposição tem como ponto de partida textos expositivos que permitem ao público acompanhar a história do artista fictício João Pedro Rodrigues, e, através dele, imaginar as obras de arte. Estes textos se complementam com a interpretação visual desenvolvida pelos artistas Guilherme Dable, Letícia Lopes e Munir Klamt, que criaram em conjunto obras específicas para esta mostra, a partir das narrativas da exposição. É considerado multidisciplinar, o que possibilita o contato com obras inéditas, além do exercício da imaginação e reflexão sobre os pontos de contato entre as criações artísticas e literárias.

NOSSO CORPO ESTRANHO

Abertura:
28 de fevereiro – Quinta-feira, às 18h no 12° andar da Biblioteca Central

Exposição:
De 1° a 29 de março – de segunda a sexta – visitas marcadas com saída às 16h e às 18h do Instituto de Cultura – 7º andar da Biblioteca Central Ir. José Otão

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Foto: Camila Cunha

Até o dia 28 de fevereiro estão abertas as inscrições para o Coral da PUCRS realizadas por meio de agendamento de audições. Neste teste é avaliado afinação, extensão, volume, ritmo e percepção musical por meio de exercícios vocais. Os interessados devem contatar pelo e-mail [email protected] para inscrição e informações sobre o andamento dos processos seletivos.

Os candidatos aprovados precisam ter disponibilidade para os ensaios que ocorrem nas terças e sextas-feiras, das 19h às 22h, e em eventuais apresentações.

 

Sobre o Coral da PUCRS

O Coral da PUCRS realiza concertos com obras importantes do repertório erudito ocidental. MPB, Rock e outros estilos musicais populares, nacionais e internacionais estão na lista de atividades do grupo. O Coral também participa de festivais de coros e concertos com orquestras estão na lista de atividades do grupo.

Mais informações por meio deste link ou pelo telefone do Instituto de Cultura da PUCRS no (51) 3320-3582.

Obra "Conversas", de Vilma Pasqualini

Obra “Conversas”, de Vilma Pasqualini

O professor da Escola de Humanidades e escritor Altair Martins é o curador da exposição O que vemos, o que nos fala, que está na Pinacoteca Ruben Berta (Rua Duque de Caxias, 973 – Centro Histórico – Porto Alegre), a partir desta quinta-feira, 24 de janeiro.  A abertura ocorre às 18h30min. Martins foi convidado a escolher obras do acervo da Pinacoteca para escrever sobre elas. As 20 pinturas passam por clássicos, desde Pedro Américo, Almeida Júnior e Di Cavalcanti, às revoluções de Mário Gruber, Vilma Pasqualini e Tomie Ohtake.

Segundo o professor, o ponto de partida foi a obra de Didi-Huberman O que vemos, o que nos olha em que buscou estabelecer o diálogo possível entre a imagem e seus ecos linguísticos, ou “linguagéticos”, no dizer do semiólogo Louis Marin: propor diálogo entre o visível e o suscetível, entre os significantes visuais e verbais que se entrelaçam toda vez que olhamos uma imagem e toda vez que lemos um texto. “Não se trata de dizer o que as imagens dizem, mas de dar vazão aos seus possíveis conteúdos linguísticos, buscando, em verso, dar corda às suscitações visuais”, completa.

No dia 27 de fevereiro, Martins participa de uma conversa sobre o processo criativo que teve na exposiçãoO evento tem entrada gratuita e ocorre às 19h30min, no Instituto de Cultura/Delfos (7º Andar da Biblioteca Central). As inscrições podem ser feitas em http://bit.ly/OQueVemos.

Sobre a Exposição

O QUE VEMOS, O QUE NOS FALA 
Pinacoteca Ruben Berta
Rua Duque de Caxias, 973 – Centro Histórico – Porto Alegre
Abertura: 24 de janeiro de 2019, quinta-feira, 18h30min
Visitação: de 25 de janeiro a 11 de março de 2019
Horário: segunda à sexta, das 10h às 18h (último acesso 17h30min)

Contatos: [email protected] / (51) 3289 8292