Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, discursou no lançamento da 19ª edição do Porto Alegre em Cena/ Foto: Giordano Toldo

Prestes a completar 30 anos de existência, o Porto Alegre em Cena assume a vocação da cidade que o sedia. Em sua 29ª edição, que terá parte da programação em dezembro de 2022 e parte em março de 2023, o festival se assume porto de troca. Será palco do que vai e do que vem, de novidades e de memórias compartilhadas. Em cena, corpos, conflitos, estéticas, paixões, espaços, gentes. Observatório e espelho. Empatia humana, alumbramento estético e sentido político, tudo no mesmo porto. Porto Alegre e o Mundo em Cena. 

Passadas as águas turbulentas da pandemia, o festival respira renovado. Nesse novo horizonte, desponta fortalecendo as artes cênicas, propondo inclusão, diversidade, espetáculos descentralizados e arte nas ruas. Numa realização da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em parceria com a PUCRS e o Pacto Alegre, esta edição, produzida em tempo recorde, ganhou direção artística compartilhada para pensar o Em Cena daqui para a frente. Integram a equipe artistas, jornalistas, professores, gestores, que estão responsáveis pela curadoria e montagem da programação: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, e Thiago Pirajira. 

“Tomamos a ideia de porto como um entre-lugar, onde novas histórias começam e terminam, contraem e se dilatam, nascem e morrem, pulsam. Nesse sentido, o Porto Alegre em Cena, nesta edição que inaugura uma formação coletiva em sua direção artística, amplia os traços que compõem sua narrativa, fortalecendo a potência plural e diversa que todo e qualquer festival pode e deve oferecer”, afirma Thiago Pirajira, em nome da equipe curadora. O futuro aponta para diversos olhares, enfoques, pautas, discussões, reflexão e transformação. 

Em evento de lançamento realizado na manhã do dia 8/11, o professor Ricardo Barberena ressaltou a aproximação entre cultura e educação. “Existe uma frase guia para o Instituto de Cultura da PUCRS, que foi proferida pela Fernanda Montenegro quando entregamos o Mérito Cultural. Ela disse que cultura é educação. Nos últimos cinco anos, realizamos mais de 100 eventos culturais, e agora recebemos, dentro dessa parceria, o grande Porto Alegre em Cena. Queremos celebrar a educação e a cultura, e essa união que é fundamental como instrumento de empatia e sensibilização”. 

Na grade de programação desta primeira etapa, em dezembro, estão os espetáculos Palácio do fim, da Cia. Incomode-te; Sambaracotu, do Canoas Coletivo de dança; Maria, seus filhos e suas filhas, espetáculo de rua do grupo Levanta Favela; Terra Adorada, criado a partir da pesquisa de Ana Luiza da Silva; Sísifo, de Gregório Duvivier e Vinícius Calderoni; Ilha, do Coletivo GrupelhoAtravessamentos, do Circo Híbrido; Restinga Crew, com apresentação de rua na orla do Guaíba; Novos velhos corpos 50 + de um grupo de bailarinos de Porto Alegre; Embarque imediato, comemorando os 80 anos de Antônio Pitanga, numa montagem de Márcio Meirelles; Medeia, um solo de Tânia Farias, do Ói Nós Aqui Traveiz; Ítaca – Nossa Odisseia I, um espetáculo híbrido de Christiane Jatahy, em vídeo, na Cinemateca Capitólio; a apresentação da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre e, por fim, o Recital de violoncelo e piano com Romain Garioud e Liliana Michelsenque une Brasil e França numa noite de música erudita, na Igreja Universitária Cristo Mestre, no Campus PUCRS.  

As produções englobam as áreas propostas pela equipe curadora e incluem teatro de sala, teatro de rua, dança, circo, performance de rua, música, em linguagens híbridas e temas que conversam com os anseios da sociedade. Como já é tradição, o Em Cena promoverá atividades formativas oferecendo oficinas e workshops com artistas, coletivos e arte-educadores, bem como atividades de rua e descentralizadas. Essas atividades serão divididas entre a primeira etapa, em dezembro de 2022 e a segunda etapa, em março de 2023, durante as comemorações da Semana de Porto Alegre. Também está previsto um grande encontro de realizadores e incentivadores de festivais cênicos nacionais e internacionais, intitulado Beijo de Língua, numa referência ao recorte geográfico dos países de língua portuguesa. E ainda, para celebrar este novo momento, o Em Cena terá o tradicional Ponto de Encontro, sediado no Centro Municipal de Cultura Lupicínio Rodrigues, onde artistas e público se reunirão para ampliar as histórias, as emoções e a vivência potente de um festival de teatro em nossa cidade. 

Memórias de uma história com muitos/as protagonistas 

O Porto Alegre em Cena tem o afeto dos gaúchos e visitantes desde os anos 90, quando se iniciou. Muitos carregam em suas memórias as aberturas das bilheterias do festival e suas filas culturais e festivas, a cidade repleta de luzes e cores, as salas lotadas, a rua pulsando. Em quase três décadas, o festival que começou tímido, tateando os espaços, mas já com uma programação apontando para o futuro, consolidou-se e abriu caminhos inimagináveis. Trouxe a Porto Alegre espetáculos de Peter Brook, Ariane Mnouchkine, Pina Bausch, Berliner Ensemble, Eimuntas Nekrosius, Patrice Chereau, Sankai Juku, Marianne Faithfull, Philip Glass, Goran Bregovic, Bob Wilson, entre tantas outras produções internacionais de peso.  

Apresentou ao longo de sua existência as grandes companhias brasileiras, como o Teatro Oficina, a Armazém Companhia de Teatro, Grupo Galpão, Cia de Dança de São Paulo, importantes companhias vizinhas dos países do Prata, novidades cênicas dos quatro cantos do Brasil. O festival foi impulsionador da efervescência nas artes cênicas locais, movimentando a produção das artes na cidade e no Brasil, promovendo debates, conversas, trocas de saberes. Fomentou a produção local em premiações, oficinas, intercâmbios. Hoje, o Porto Alegre em Cena segue seu caminho, fortalecido e plural, desdobrando-se excepcionalmente em dois momentos distintos, encerrando 2022 e abrindo 2023 em grande estilo. 

A Voz Cultural é a produtora responsável pela 29ª edição. A empresa foi selecionada em edital promovido pela Prefeitura em julho deste ano e foi homologada em agosto. Os responsáveis técnicos da empresa, os gestores culturais Vítor Ortiz e Denise Viana Pereira assinam a coordenação geral do festival. 

PROGRAMAÇÃO 

19h – Palácio do fim – Sala Álvaro Moreyra 

21h – Sambaracotu – Teatro Renascença 

18h – Maria, seus filhos, suas filhas – Espetáculo de Rua – Esquina Democrática 

19h – Terra Adorada – Sala Álvaro Moreyra 

21h – Sísifo – Salão de Atos da PUCRS 

18h – Ilha – Pedro Alvim – IAPI 

19h – Sobrevivo – Sala Álvaro Moreyra 

21h – Atravessamentos – Teatro Renascença 

19h – Restinga Crew – Apresentação de dança – Orla do Guaíba, na pista de skate 

19h – Novos velhos corpos – Sala Álvaro Moreyra 

19h – Embarque imediato – Salão de Atos da PUCRS 

20h – Medeia / solo de Tânia Farias – Terreira da Tribo 

16h e 20h – Ítaca – Nossa Odisseia I – Cinemateca Capitólio 

20h – Cia Municipal de Dança – Teatro Renascença 

20h – Recital de violoncelo e piano com Romain Garioud e Liliana Michelsen – Igreja Universitária Cristo Mestre – Campus PUCRS 

PORTO ALEGRE EM CENA – 29ª edição 

De 1 a 7 de dezembro de 2022 (primeira etapa) 

Teatro, dança, circo, música, performances e espetáculos de rua 

Direção artística: Adriane Azevedo, Adriane Mottola, Airton Tomazzoni, Antônio Grassi, Juliano Barros, Renato Mendonça, Ricardo Barberena e Thiago Pirajira 

Coordenação geral: Vítor Ortiz, Denise Viana Pereira e Michel Flores 

Produção: Adriane Azevedo e Bruno Mros 

Comunicação: Bebê Baumgarten, Aline Gonçalves, Luiza Rabello, Cláudia Rodrigues 

Equipe de produção da SMC: José Miguel Ramos Sisto Junior, Claudia Pinto Alves, Ilza Maria Praxedes do Canto, Breno Ketzer Saul, Rosangela Broch Veiga e Adriana Mentz Martins 

Hospedagem oficial: Rede Master Hotéis 

Apoio: TVE e FM Cultura 107,7 

Patrocínio: Zaffari e Panvel 

O Porto Alegre em Cena é uma realização da Prefeitura Municipal de Porto Alegre – SMCEC, PUCRS e PACTO ALEGRE 

Galeria a Céu aberto: novo site apresenta referências e detalhes das obras - Espaço educativo explora saberes e ideias concebidas por cada artista por trás dos muraisO Instituto de Cultura da PUCRS apresenta o mais novo site Galeria a Céu Aberto, que reúne conteúdos sobre os murais artísticos distribuídos pelo Campus da Universidade. Além de expor imagens e vídeos das obras, foram desenvolvidos textos especialmente para o espaço online, que permite que o público conheça mais sobre os artistas envolvidos no projeto. 

Também é possível encontrar referências e inspirações por trás de cada uma das três obras realizadas até o momento. O site está dividido em seis seções, com uma navegação intuitiva para quem deseja explorar e conhecer mais sobre os conceitos, detalhes dos murais, informações sobre cada profissional e seus trabalhos artísticos. 

Galeria a Céu Aberto é um projeto iniciado em 2017, que teve o primeiro mural finalizado em 2019, pelo artista Kelvin Koubik. Também conta com as obras de Paula Plim e Renan Santos. Os três murais estão localizados na Rua da Cultura e na Escola de Humanidades. 

Segundo o diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, a ideia é que seja criado pelo menos um novo mural a cada ano, com a proposta de inserir ainda mais arte e humanismo na vida diária de quem anda no Campus.  

Para saber mais acesse o site oficial do projeto.

Ato Criativo com Antônio Fagundes acontece no dia 26 de março

Evento online acontece nesta sexta-feira, dia 26 de março / Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira, 26 de março, a série Ato Criativo receberá o ator, autor, diretor, produtor e roteirista Antônio Fagundes para um bate-papo sobre seu primeiro livro, Tem um livro aqui que você vai gostar. Com a mediação do professor e diretor do Instituto de Cultura da PUCRSRicardo Barberenaa conversa será transmitida a partir das 18h pelo Facebook e pelo YouTube – onde também fica disponível para acesso posterior.   

A obra se trata de um guia para leitura e conta com mais de 150 títulos dos mais diversos gêneros indicados pelo autor. Entre os 11 capítulos da obra, Fagundes – que descobriu o mundo da leitura a partir dos gibis na infância -, relata experiências e memórias pessoais em uma conversa informal com o intuito de estimular a leitura. 

Promovida pela PUCRS Cultura, a série Ato Criativo tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. Confira outras edições e agende-se para o evento desta sexta-feira. 

Sobre o autor 

Antônio da Silva Fagundes Filho nasceu no Rio de Janeiro, em 1949. Conhecido apenas como Antônio Fagundes, é ator, autor, diretor, produtor, roteirista e dublador brasileiro. Descobriu seu gosto pela dramaturgia ainda na infância. Seu primeiro papel foi em 1963, aos 14 anos, na peça A ceia dos cardeais. Sua estreia na televisão foi aos 19 anos com uma participação na novela Antônio Maria de 1968, exibida na extinta TV Tupi. Seu primeiro papel na TV Globo foi em 1976, em Saramandaia, e desde então já atuou em mais de 20 novelas. Além dos trabalhos como ator, Fagundes escreveu as peças Pelo telefone (1980) e Sete minutos (2002). Também trabalhou na produção da peça Fragmentos de um discurso amoroso (1988) e atuou em diversos filmes como Bossa Nova (2000) e Deus é brasileiro (2003). 

Sobre o mediador 

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui graduação (2000), doutorado (2005) e pós-doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, coordenador executivo do Delfos/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

Instituto de Cultura e professor da PUCRS recebem Açorianos de Literatura 2020

Troféu do Prêmio Açorianos de Literatura / Foto: Divulgação

Na noite da última quinta-feira, 17 de dezembro, aconteceu o Prêmio Açorianos de Literatura 2020, organizado pela Coordenação do Livro e Literatura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Apresentada por Sergius Gonzaga, a cerimônia premiou e homenageou escritores, obras e iniciativas literárias. O Instituto de Cultura da PUCRS recebeu homenagem especial por suas iniciativas na área da Literatura e o escritor e professor de Letras e Escrita Criativa, Altair Martins, dividiu com o escritor Paulo Scott o prêmio de melhor narrativa longa pelo livro Os donos do inverno. 

A homenagem especial destinada ao Instituto de Cultura se deve às suas diversas iniciativas na área de Literatura, por meio de seus projetos culturais e do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural. Em mensagem de agradecimento, o Irmão Marcelo Bonhemberger, pró-reitor de Identidade Institucional, agradeceu à sua equipe e destacou a realização de 197 ações culturais que valorizaram diferentes artes e vozes, impactando mais de 164 mil pessoas. Somente na área da Literatura, projetos realizados em 2020, como Ensaios de Morar, Live de Cabeceira, Livros Para Salvar do fogo, Cem Anos de Clarice e Ato Criativo, contaram com a participação de 36 escritores e escritoras do Brasil e de outros lugares do mundo. 

Por decisão do juri, o prêmio de melhor narrativa longa foi entregue a dois escritores: Altair Martins, escritor e professor da Escola de Humanidades, pelo romance Os donos do inverno, e Paulo Scott, pelo romance Marrom e amarelo. Os donos do inverno conta a história de Elias e Fernando, dois irmãos que, apesar de viverem perto um do outro, se evitam há vinte e quatro anos. Em razão de um acontecimento inesperado, o professor Elias pedirá a ajuda de Fernando, taxista, para realizar o antigo sonho de seu falecido irmão mais velho. Lado a lado num táxi, eles terão que cruzar Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina com o objetivo de levar os ossos do jóquei C. Martins até a grande noite do turfe em Buenos Aires. 

Conheça o autor 

Professor Altair Martins / Foto: Davi Boaventura

Altair Martins nasceu em Porto Alegre, em 1975. É bacharel em Letras, além de mestre e doutor pela UFRGS. Atualmente, é professor dos cursos de Escrita Criativa e Letras da PUCRS. Entre outros prêmios, ganhou o São Paulo de Literatura (2009), com o romance A parede no escuro, o Moacyr Scliar (2012), com os contos de Enquanto água, e duas vezes o Guimarães Rosa (1994 e 1999), organizado pela Radio France Internationale, com os contos Como se moesse ferro e Humano. Tem textos publicados em Portugal, Itália, França, EUA, Argentina, Uruguai e Espanha. Em 2018, estreou na dramaturgia com o livro Guerra de Urina, lançado pela ediPUCRS. 

Confira todos premiados/as 

Os donos do inverno, de Altair Martins  

Marrom e amarelo, de Paulo Scott  

Apenas por nós choramos, de Anna Mariano  

Como se mata uma ilha, de Priscila Pasko  

Comigo no cinema, de Martha Medeiros  

Histórias de (não) era uma vez, de Maria Luiza Puglia, ilustrações de Martina Schreiner  

Rabiscos, de Luís Dill, desenhos de Fernando Vilela  

Tudo tem a ver, de Arthur Nestrovski  

Cem poemas de cem poetas: a mais querida antologia poética do Japão / por Andrei Cunha (tradutor)  

Instituto de Cultura da PUCRS  

Editora Figura de Linguagem 

Escritor Rossyr Berny 

Professora Regina Zilberman 

Professor Voltaire Schilling 

Professor Flávio Loureiro Chaves 

Tudo tem a ver, de Arthur Nestrovski 

Confira o novo site do Delfos, Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS

Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS / Foto: Camila Cunha

O novo site do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural está no ar.  Inaugurado em 4 de dezembro de 2008, o acervo da PUCRS recebeu o nome Delfos, em referência ao Oráculo de Delfos da Grécia antiga, exatamente por abrigar diversos tesouros. Entre seus itens, é possível encontrar documentos referentes às áreas de Letras, Artes, Jornalismo, Cinema, História e Arquitetura. 

O Espaço abriga raridades, como originais de livros, correspondências de autores escritas de próprio punho, fotografias, documentos pessoais, como óculos e vestimentas, livros com anotações particulares, plantas de arquitetura, jornais antigos, documentos a respeito da imigração alemã no Rio Grande do Sul, quadros, entre outros. E a atualização do site facilita o acesso a esse conteúdo. 

Mais do que um acervo 

O Delfos tem como objetivo a promoção da cultura e a preservação da memória no que diz respeito aos documentos doados e é composto por documentos ligados à cultura gaúcha ou a escritores e escritoras, entidades ou autoridades representativas para o Estado do Rio Grande do Sul. 

Além de preservar, acondicionar e disponibilizar os materiais para pesquisaodres e pesquisadoras, frequentemente o espaço do Instituto de Cultura/Delfos acolhe lançamentos de livros, cursos, debates, sessões de autógrafos, entre outras atividades relacionadas à cultura. A divulgação de tais eventos ocorre pelos canais da PUCRS Cultura. 

No próximo domingo, 16 de agosto, às 17h, o Instituto de Cultura da PUCRS promove um bate-papo dentro da série Ato Criativo sobre o projeto Ensaios de Morar. Participam da conversa a curadora do projeto, Alice Castiel, e as artistas Kaya Rodrigues, Thays Prado e Thayan Martins, com mediação de Luiza Rabello. O evento é transmitido através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.

Ao final da conversa que fala sobre o processo criativo do projeto, Juliana Perdigão faz um pocket show apresentando algumas de suas canções criadas a partir de poemas. Nesse dia, ocorre o lançamento do site Ensaios de Morar, que reúne os poemas de Ana Martins Marques com as criações em música e vídeo concebidas pelas 14 artistas participantes e ensaios escritos por Alice Castiel e Moema Vilela.

 Sobre o projeto Ensaios de Morar

Da parceria entre o Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha, surgiu o Ensaios de Morar, projeto que procurou reunir diversas artes e artistas em torno da poesia de Ana Martins Marques. De maio a julho deste ano tão atípico, foram publicados poemas de Ana Martins que foram transformados em músicas e vídeos por 14 artistas do Rio Grande do Sul. A curadorifoi de Alice Castiel, que observou na poesia de Ana Martins diversas imagens relacionadas ao universo da casa, espaço em que passamos a ficar mais tempo em função do isolamento social. Com isso, a curadora convidou as artistas Aline AraújoBel_MedulaB.artCarina LevitanClarissa FerreiraDessa FerreiraGutcha RamilKaya RodriguesNina NicolaiewskyPaula PosadaRita ZartSaskiaThayan Martins Thays Prado para criarem músicas e vídeos a partir de poemas.  

O resultado das criações das artistas pode ser conferido no site que, além de reunir os poemas escritos com os vídeos das artistas, tem identidade visual desenvolvida pela artista Clara Trevisan e ensaios escritos pela escritora e professora da PUCRS Moema Vilela e por Alice Castiel.

Saiba mais sobre as convidadas do evento

denise fraga. série ato criativo

Atriz Denise Fraga / Crédito: João Caldas Filho

Nesta sexta-feira, 14 de agosto, às 21h, o Instituto de Cultura promove um bate-papo com a atriz Denise Fraga em homenagem a Bertolt Brecht (1898-1956), destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão, cuja obra contribuiu profundamente para o teatro contemporâneo, revolucionando a teoria e a prática dramatúrgica. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde fica disponível para acesso posterior.

O evento faz parte da série Ato Criativo, que tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. Nessa edição, a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, que conversa com Denise Fraga acerca de sua relação com a obra de Bertolt Brecht. Na conversa, a atriz faz a leitura de textos do autor e aborda sua experiência de montagem de peças do dramaturgo alemão, como Alma Boa de Setsuan Galileu Galilei. 

Sobre a artista

Denise Fraga é atriz, autora de dois livros e produtora de teatro, televisão e cinema. Entre os espetáculos teatrais em que atuou, destacam-se A Visita da Velha SenhoraGalileu GalileiChorinho, Sem PensarA Alma Boa de SetsuanA Quarta Estação e Trair e Coçar é só Começar. Na televisão, desenvolveu diversos programas para o Fantástico na TV Globo, entre eles o quadro Retrato Falado, no ar por 8 anos. Além disso, atuou em novelas, programas humorísticos e minisséries. Seus últimos trabalhos nessa linguagem foram os seriados Teresas, no GNT, A Mulher do Prefeito, na TV Globo, e uma participação especial na novela A Lei do Amor, na TV Globo. No cinema, atuou em mais de 12 longas-metragens, entre eles: Por Trás do PanoAs Melhores Coisas do Mundo e Hoje. Em todas as linguagens, conquistou importantes prêmios nacionais e internacionais, como Grande Prêmio Brasil, Festival de Cinema de Gramado, Prêmio APCA, Festival Internacional de Cinema Latino Americano de Havana e o Kandango no Festival de Cinema de Brasília. Com sua NIA Teatro, têm construído uma trajetória reconhecida nas artes cênicas, especialmente em montagens populares de textos clássicos. Seus espetáculos, desde 2008, já foram vistos por quase 1 milhão de pessoas em todas as regiões do país. Atualmente, é colunista da Revista Crescer e vive seu primeiro espetáculo solo, Eu de Você.

Sobre o mediador:

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade” e é membro do “Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).

Coral da PUCRS

Foto: divulgação

No dia 1º de agosto, o Coral da PUCRS participa do 3º Festival Internacional de Música Coral Voces en la Selva, promovido pelo Parque del Conocimiento – um dos maiores projetos culturais da Argentina, com sede localizada em Posadas, capital da província de Misiones. O evento acontece do dia 31 de julho a 2 de agosto e será transmitido através dos canais oficiais do Parque (Facebook e Youtube) a partir das 17h de cada dia.

Promovendo a cultura

Com objetivo de promover o canto, a cultura coral e a alfabetização musical, além de oferecer um espaço de capacitação para maestros e coristas, o Festival Internacional conta com a participação de maestros, cantores solistas e grupos corais da Argentina, da Espanha, do Canadá, do Brasil, da França e do Paraguai. Apesar de estar apenas em sua terceira edição, já possui reconhecimento local e nacional: em 2018 e 2019, foi declarado um evento de Interesse Provicial pela Câmara de Representantes da Província de Misiones e de Interesse Nacional pela Câmara de Deputados da Nação Argentina. Além disso, é apoiado pela Associação de Diretores de Coral da República da Argentina (ADICORA) e por prestigiosos Maestros e Coros de trajetória internacional.

Para mais informações, confira a programação do evento.

Sobre o Coral da PUCRS

Com 64 anos de trajetória, o Coral da PUCRS realiza concertos com obras relevantes do repertório erudito ocidental, além de atividades relacionadas à MPB, ao Rock e a outros estilos musicais populares, nacionais e internacionais. Já protagonizou importantes shows e concertos em Porto Alegre, estando ao lado de grandes expoentes da música, como o grupo inglês Rolling Stones e os artistas Milton Nascimento, Fafá de Belém, Kleiton e Kledir, entre outros.

Em 2016, o Coral da PUCRS recebeu a Medalha da Legislatura, concedida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, homenageando seus 60 anos de atividades ininterruptas e enaltecendo a ação cultural que desenvolve em sua atuação. Em 2019, foi sancionada pelo governador a Lei 169/2016, que estabelece que o Coral da PUCRS é de “Relevante interesse para a arte e cultura do Estado”. Atualmente, o grupo faz parte do Instituto de Cultura e conta com a regência do maestro Marcio Buzatto.

vitor ramil, no meu canto, instituto de cultura da pucrs

Foto: Marcelo Soares

A série de lives No Meu Canto, criada pelo Instituto de Cultura da PUCRS, fruto da readequação das ações culturais da instituição perante o distanciamento social imposto pelo Coronavírus, recebe nesta semana Vitor Ramil. O artista gaúcho conversa sobre sua trajetória na música a canta algumas de suas canções em live mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, na próxima quinta-feira, dia 4 de junho, às 21h, no perfil @pucrscultura, no Instagram.

Desde março, muitos artistas gaúchos e alguns de outros cantos do Brasil já se apresentaram na série que, na maior parte de suas edições, recebe apenas o artista apresentando um pouco de seu trabalho pelo perfil da rede social. Em outras edições, como a que aconteceu com Chico César, o artista convidado, além de apresentar suas canções, faz um bate-papo com o diretor do Instituto de Cultura da Universidade. 

Sobre Vitor Ramil

Nascido em Pelotas no ano de 1962, Vitor Ramail começou sua carreira artística ainda na adolescência. Seu primeiro disco, Estrela, Estrela (1981), contou com a presença de músicos, cantoras e arranjadores com os quais voltaria a trabalhar, como Egberto Gismonti, Wagner Tiso, Luis Avellar, Zizi Possi e Tetê Espíndola. Ao lançar A paixão de V segundo ele próprio (1984), proporcionou ao público uma antevisão dos muitos caminhos que percorreria no futuro, com canções com sonoridades diversas e letras que misturavam regionalismo, poesia provençal, surrealismo e piadas.  Com o disco Ramilonga – A estética do frio (1997)estabeleceu em termos musicais aquilo que já havia explorado no ensaio A estética do frio (1992), refletindo sobre a construção identitária da produção cultural do Rio Grande do Sul. 

Outros discos do músico são Tango (1987), À Beça (1995), Tambong (2000), Longes (2004), Satolep Sambatown (com Marcos Suzano, 2007), Délibab (2010), Foi no Mês que Vem (2013) e Campos Neutrais (2017). Suas canções já foram interpretadas por artistas como Mercedes Sosa e Gal Costa. Ramil é também autor dos livros PequodSatolepA primavera da pontuação A estética do frio. Recentemente apresentava na música seu projeto Avenida Angélica, trabalho realizado a partir dos poemas de Angélica Freitas. 

O projeto Ensaios de Morar, promovido pelo Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha apresentam as duas primeiras criações em música e vídeo, concebidas pelas artistas Kaya Rodrigues e Nina Nicolaiewsky a partir de poemas de Ana Martins Marques. Os vídeos marcam o início de uma série de publicações semanais que ocorrem até o dia 9 de julho.

O vídeo de estreia do projeto é de Kaya Rodrigues, artista que há dez anos desenvolve pesquisa voltada à cultura popular, atuando como intérprete e cantora. Foi fundadora e atua nos coletivos artísticos Bloco da Laje, Criadoras Negras-RS e Bloco Não mexe comigo que eu não ando só. Kaya musicou poema de Ana Martins do livro A vida submarina. A criação, publicada nesta terça-feira, dia 26 de maio, pode ser conferido pelos canais @pucrscultura e @projetoconcha, além do canal oficial da PUCRS no YouTube.

A segunda artista apresentada pelo projeto é Nina Nicolaiewsky, que musicou poema do livro Como se fosse a casa, escrito por Ana Martins Marques em parceria com Eduardo Jorge. Nina é cantora, compositora e educadora musical, já participou de diversos grupos artísticos, entre eles, o UPA e a Orquestra de Brinquedos, e atualmente dedica-se ao seu trabalho autoral e à banda Enxame. Seu vídeo poderá ser conferido nesta quinta-feira, dia 28 de maio.

Confira os poemas que foram musicados e gravados em vídeo pelas artistas:

Em A Vida Submarina (Editora Scriptum) – Interpretado por Kaya Rodrigues

a porta
como toda fronteira
é apenas para se atravessar
rapidamente ela já não serve mais
um corpo a corpo
e já se está do outro lado
dela nascem o fora e o dentro
ela que é seu vazio.

Em Como Se Fosse a Casa (Relicário Edições) – Interpretado por Nina Nicolaiewsky

Aqui se está
o mais longe do cavalo
o mais longe da árvore
saber que o concreto enlouquece
que as pessoas se desgastam
racham, acumulam
sombra que o cimento sonha, as pessoas
trincam
por solidão
saber que nem sempre se pode
puxar pelos cabelos o pensamento

Ao final da publicação dos 14 poemas audiovisuais, no início de julho, ocorre o lançamento de um site desenvolvido especialmente para o projeto, com artes criadas por Clara Trevisan. A plataforma vai reunir os poemas escritos por Ana Martins Marques com os vídeos produzidos pelas artistas, acrescidos de um ensaio da escritora, poeta e professora de Escrita Criativa na PUCRS Moema Vilela.

A construção do site vem da intenção de montar uma espécie de livro virtual que reúna todas as artes e artistas envolvidas. Num momento em que todas participantes que colaboram com o projeto trabalham individualmente em suas casas, o site também é uma forma de aproximar todas as pessoas que participam dessa criação coletiva.

As demais artistas participantes do projeto que em breve terão suas participações publicadas são: Aline Araujo, Bel Medula, B.art, Carina Levitan, Clarissa Ferreira, Dessa Ferreira, Gutcha Ramil, Posada, Rita Zart, Saskia, Thayan Martins e Thays Prado