O Laboratório de Neurociências do Instituto do Cérebro do RS (InsCer) está selecionando um aluno da PUCRS para participar de uma bolsa para a Iniciação Científica com foco em um projeto de pesquisa básica experimental. Para participar, o estudante precisa estar entre o segundo e o sexto semestre dos cursos de Ciências Biológicas, Farmácia, Biomedicina e Medicina da Universidade. As inscrições podem ser realizadas até o dia 8 de fevereiro.
Nesta vaga, o aluno atuará em projetos de pesquisa em modelos in vitro do neurodesenvolvimento e modelos experimentais in vivo de neuropatologias.
Os interessados podem enviar currículo lattes e comprovante de matrícula (grade de horários) para o e-mail [email protected].
O ano de 2018 foi de consolidação de um grande sonho da equipe do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer): o início das obras de ampliação do empreendimento. No dia 9 de novembro, houve o lançamento oficial para a sociedade, em um jantar em comemoração aos 70 anos da PUCRS. Ao final das obras, o InsCer terá três vezes mais espaço para as pesquisas, ensino, assistência e desenvolvimento de radiofármacos. “A união e o comprometimento de todos os colaboradores do Instituto tornou possível o início das obras e a consolidação da sua internacionalização, sem renunciar ao acolhimento, à solidariedade, à empatia e ao cuidado com a pessoa humana”, salientou o diretor do InsCer e vice-reitor da PUCRS, Jaderson Costa da Costa. Esta ampliação já fazia parte do projeto original, e irá consolidar a posição de destaque do empreendimento no País e no mundo.
A projeção internacional se traduziu pelas constantes visitas de pesquisadores e autoridades ao longo do ano. Foram oito visitas de estrangeiros e outras oito de visitantes nacionais. Os profissionais do InsCer também estiveram além das fronteiras, participando de congressos e de seminários internacionais, e contribuíram com eventos científicos no Brasil que discutem a neurologia em diversos aspectos.
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No País, também aconteceram muitas trocas, inclusive em pesquisas, como o projeto Zika Vírus, que trouxe 29 crianças de Alagoas para uma série de avaliações no Instituto, com o objetivo de estudar a doença que afeta o desenvolvimento delas e compartilhar conhecimentos para ajudar a comunidade.
A disseminação de conhecimento é um dos pilares do InsCer. É por isso que desde a sua fundação organiza um evento em que traz pesquisadores para dar palestras à comunidade sobre temas de relevância pública. Intitulada InsCer para a Comunidade, a ação ocorre todos os anos, gratuitamente, e aborda a doença de Alzheimer, o envelhecimento, o desenvolvimento do cérebro infantil, a esclerose múltipla, entre outros. Neste ano, o evento se consolidou, com a participação de mais de quatrocentas pessoas nos dois dias de palestras.
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Entre tantos profissionais de excelência, muitos recebem distinções e premiações em todo o mundo. Um deles está, Ivan Izquierdo, entre os mais importantes neurocientistas em atividade, liderando o Centro de Memória do InsCer. Este ano ele recebeu o Prêmio Internacional Unesco-Guiné Equatorial para Pesquisa em Ciências da Vida 2017, mais um reconhecimento ao trabalho dedicado ao avanço científico e à formação de novos pesquisadores.
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A vice-diretora do Instituto do Cérebro, Magda Lahorgue Nunes, sintetiza 2018 da seguinte forma: “Esse foi um ano de muitos desafios e com muitas metas atingidas”.
O pesquisador do Centro de Memória do Instituto do Cérebro do RS (InsCer), Ivan Izquierdo, foi laureado com o prêmio Cientista do ano, na área de neurociências, na categoria Professor, pelo Instituto Nanocell. Ele divide o reconhecimento com o também pesquisador Fernando Cesar Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP).
Entre a indicação e a votação da Academia e do público leigo, somaram-se 65 mil votos em todo o país em seis diferentes áreas, incluindo a neurociências. O prêmio destinado aos professores deve ser entregue em evento com data ainda a ser definida.
Na área de Neurociências foram avaliados trabalhos técnicos ou científicos que promoveram acesso ao bem-estar por meio de ações sociais, apoio à comunidade, grupos de pacientes e outras atividades focadas na melhora da qualidade de vida da população em geral, ou descobertas que proporcionaram melhora ou tiveram aplicação direta da sociedade.
O Nanocell é um instituto de ensino, ciências e tecnologia, cuja missão é a de promover as ciências e a educação por meio de muitas atividades, entre elas o Prêmio Cientistas e Empreendedor do Ano, que tem como objetivo valorizar, incentivar e divulgar trabalhos de Inovação em ciências, educação e saúde pública, com foco em prevenção e educação.
Para comemorar seus 70 anos de história, a PUCRS anunciou importantes iniciativas nas áreas de educação, saúde, mobilidade urbana e inovação. A divulgação ocorreu durante jantar comemorativo, na noite desta sexta-feira, 9 de novembro. O reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, apresentou os projetos para as cerca de 400 pessoas que prestigiaram o evento no Restaurante Panorama Gastronômico.
Na saúde, foi divulgada a expansão do Instituto do Cérebro do RS (InsCer), que consolida o centro como referência na área da neurociência no Brasil e no exterior. Na mobilidade urbana, haverá a construção de uma ponte sobre o Arroio Dilúvio, em Porto Alegre, para facilitar o acesso ao Hospital São Lucas, e também melhorar o fluxo do trânsito na região leste da Capital. Com relação ao ensino, a Universidade apresentou um novo prédio, no coração do Campus, totalmente voltado a metodologias inovadoras de ensino, além de espaços de convivência e estudo para os estudantes.
“Somos uma Universidade em permanente transformação. O sentido da mudança encontra o seu verdadeiro significado na procura incessante de novos caminhos, de novas ideias e de novas soluções, na ambição permanente de uma universidade que se interpela todos os dias. Sólida nos princípios, mas aberta à inovação, tão consistente e capaz de assumir opções de continuidade quanto leve e eficaz quando chega a hora de mudar”, frisou o reitor, na cerimônia.
Ir. Evilázio Teixeira recordou o papel e o compromisso da PUCRS com as pessoas, o desenvolvimento e o aprendizado permanente. “A universidade é, por sua natureza, uma organização humana de natureza social e comunitária. Mais do que um lugar de ensino, é um local de aprendizagem para todos: estudantes, professores, corpo administrativo, pesquisadores e todas as pessoas de algum modo beneficiadas por nossas ações e serviços”, destacou.
Durante a exposição das entregas do 70º aniversário, Teixeira também agradeceu aos mais de 170 mil diplomados, estudantes e a toda comunidade PUCRS, que “com seu trabalho e dedicação diária fazem da Universidade uma instituição de referência em educação, pesquisa e inovação, como também um lugar de realização pessoal e profissional”, enalteceu.
Iniciativa voltada ao ensino, à assistência e à promoção da saúde, de maneira integrada e multidisciplinar, a ampliação do InsCer é a primeira obra prevista do Campus da Saúde da PUCRS. Este ambiente congrega as Escolas de Ciências da Saúde e Medicina da PUCRS, com seis empreendimentos dedicados a essa área: além do InsCer, o Hospital São Lucas, o Parque Esportivo, o Centro de Reabilitação, o Centro Clínico e o futuro Healthcenter Care, um centro com serviços diferenciados voltados à saúde e ao bem-estar, que está em fase de desenvolvimento. “Com o Campus da Saúde, o paciente vai ter um atendimento completo. É uma mudança de modelo, de paradigma, com integração entre todas as unidades e circulação facilitada”, destaca o vice-reitor da PUCRS e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa.
Serão investidos em torno de R$ 60 milhões na obra que conta com financiamento da FINEP. A expansão do InsCer é o primeiro projeto a ser enquadrado na linha de financiamento Inovação Crítica da Finep em 2018. A linha é destinada a propostas que expressem a necessidade de desenvolvimento tecnológico para atendimento a prioridades nacionais de interesse estratégico.
Já iniciadas, as obras têm previsão de conclusão para abril de 2020 e irão triplicar o tamanho do Instituto. Durante este período, o InsCer terá uma nova entrada para o acesso de colaboradores e clientes, e todas as atividades atuais serão mantidas: os exames feitos no Centro de Imagem, as pesquisas clínicas e pré-clínicas e a produção de radiofármacos. Os clientes não terão nenhum prejuízo em relação aos atendimentos realizados.
Atualmente, o Instituto ocupa uma área de 2.549 metros quadrados, correspondendo a aproximadamente 40% da área originalmente projetada. A ideia da ampliação é completar a área correspondente ao projeto original, chegando a área total de 9.335 metros quadrados.
Com a nova estrutura, o Centro de Produção de Radiofármacos vai ter sua capacidade de desenvolvimento ampliada e todo o processo de produção destes novos produtos vai ocorrer dentro do InsCer, desde a pesquisa básica para descobrir novos biomarcadores, até a aplicação em pacientes. Denominado de Pesquisa Translacional, este ciclo de início, meio e fim vai ser dar em uma nova e ampla estrutura, totalmente focada nas pesquisas e no atendimento ao paciente. Estes novos produtos são voltados às doenças neurodegenerativas e oncológicas, que têm despertado grande interesse no mundo inteiro em função da expressiva ocorrência na população.
Também estão previstos sete laboratórios altamente equipados que vão ser construídos e representam um avanço para as pesquisas translacionais, com espaços que favorecem a interação entre os pesquisadores. Os ambientes serão dedicados exclusivamente às pesquisas experimentais em neurociências, incluindo o Centro de Memória, onde atua o renomado pesquisador Ivan Izquierdo.
O ambulatório de pesquisa aplicada terá nove espaços dedicados a pacientes das pesquisas desenvolvidas no InsCer; duas suítes de polissonografia e uma sala para o simulador de ressonância, equipamento usado em pacientes que tem fobias. O Centro de Imagem, onde são realizados os exames, vai ser expandido, com a aquisição de um novo equipamento de ressonância magnética de ponta e outro equipamento de tomografia, duplicando os exames oferecidos à comunidade.
A recepção vai ser renovada, oferecendo maior conforto aos clientes, que também vão contar com um bistrô para alimentação e um moderno auditório com 240 lugares para uso da comunidade científica, acadêmica e da população.
Por meio de um termo de compromisso firmado com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, a PUCRS vai construir uma ponte no entorno das instalações da Universidade na avenida Ipiranga. A proposta é melhorar o fluxo de veículos, ciclistas e pedestres. Com previsão de término no primeiro semestre de 2019, a obra será edificada em frente ao Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT-PUCRS), dando acesso direto ao estacionamento do Hospital São Lucas, evitando que seja necessário o retorno junto à avenida Cristiano Fischer.
A ponte terá a extensão de 26,5 metros, com a largura de 13,6 metros. Serão três faixas de rolamento, uma de ciclovia e uma de passeio. Esse acesso será edificado em concreto armado por meio do sistema de pré-moldagem das peças. A ponte terá sinalização viária, sendo implantadas sinaleiras, placas e pintura de faixas.
Além das iniciativas voltadas à saúde e à mobilidade, a Universidade dá sequência às entregas do movimento PUCRS 360°, inseridas nos eixos Campus Repensado e Aprender Diferente, com um ambiente totalmente pensado para implementar metodologias inovadoras de ensino e que inclui também áreas de convivência localizadas no Prédio 15. Ao todo, são 16 salas de aula, sete grandes áreas de convivência/lazer e alimentação, uma arena, um auditório, centrais de informações e relacionamento e setores com serviços aos estudantes. Este complexo vai proporcionar novas metodologias de ensino-aprendizagem, bem como oferecer ambientes de lazer e descanso.
Também dentro das celebrações dos 70 anos, a Universidade anunciou a ousada meta de criar mil novas startups nos próximos 10 anos. O compromisso foi firmado na comemoração dos 15 anos do Tecnopuc, completados neste ano. Essa iniciativa reflete uma tendência dos principais ecossistemas de inovação do mundo, que têm direcionado seus esforços para a geração de startups de alto desempenho e impacto social.
No dia em que completa 70 anos, a PUCRS anuncia projetos importantes com impacto nas áreas de saúde, mobilidade urbana e ensino para a comunidade universitária e para a sociedade. Todos os detalhes serão apresentados pelo reitor, Ir. Evilázio Teixeira, durante jantar comemorativo na noite desta sexta-feira, 9 de novembro, no Restaurante Panorama Gastronômico, no Campus da PUCRS.
“A PUCRS celebra 70 anos de importantes contribuições nas áreas de ensino, pesquisa, inovação e extensão. Renovamos o compromisso que temos com o desenvolvimento do Estado, anunciando novos e representativos legados à comunidade”, destaca o reitor.
História da PUCRS mostra o legado para a educação e os desafios do futuro
A escolha de celebrar as sete décadas de história presenteando a sociedade com iniciativas que geram transformações em áreas tão relevantes responde ao posicionamento da Universidade de buscar constantemente gerar inovação e desenvolvimento para a cidade, o Estado e o País.
O evento contará com a presença de cerca de 400 pessoas, entre autoridades, empresários, formadores de opinião e comunidade acadêmica. Informações detalhadas sobre as obras estarão disponíveis a partir das 21h, no Portal da Universidade.
Nesta sexta-feira, 9 de novembro, a programação alusiva ao 70º aniversário tem atrações culturais gratuitas e abertas ao público, no Campus e na 64ª Feira do Livro. Confira:
A programação completa das celebrações pode ser acessada em www.pucrs.br/70anos.
Métodos ágeis na área da saúde, Big Data e a relação do Blockchain com o futuro da medicina. Esses são alguns dos temas destacados em apresentações de 20 minutos com diversos especialistas reconhecidos nacional e internacionalmente durante o Primeiro Health Tech – Conference da Escola de Medicina da PUCRS e Instituto do Cérebro do RS. O evento, voltado a estudantes e profissionais, ocorre no dia 5 de outubro e será realizado teatro do prédio 40 do Campus (Av. Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre). A parceria envolve a Escola de Medicina, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), o InsCer e o GestãoDS – Software para clínicas e consultórios médicos. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas neste link. Alunos, professores ou técnicos administrativos da PUCRS devem entrar em contato com a organização para receber um código promocional. O valor dos ingressos será repassado para Casa do Menino Jesus de Praga. Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].
O setor de health tech é um dos que mais cresce nos últimos anos. As iniciativas para a área da saúde vão desde o uso de prontuários eletrônicos, robótica até inteligência artificial. O futuro apresenta um cenário desafiador para profissionais da saúde. Para debater essa realidade estão entre os convidados referências no setor, como o diretor de Inovação do Hospital Albert Einstein, Claudio Terra, e o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy. A proposta é fornecer aos participantes um ambiente inovador e propício para discussões sobre as novidades tecnológicas no universo da medicina. Os tópicos abordados incluem ainda ambientes de inovação, integração entre Academia e setor privado, o perfil do médico empreendedor e marketing digital na medicina, entre outros.
Um dos mais importantes neurocirurgiões do mundo, o iraniano-alemão Majid Samii, esteve visitando o campus da PUCRS e no Instituto do Cérebro do RS (InsCer). Majid Samii nasceu no Irã e desenvolveu seus estudos e pesquisas na Alemanha. É o atual presidente do Instituto Internacional de Neurociências, com sede em Hanover, na Alemanha, e filial em Pequim, na China, e em Teerã, no Irã, sua cidade natal.
Ao longo de sua carreira, acumulou diversos prêmios, como o Physician e o Leibniz Ring, dois dos mais prestigiados do mundo, além de ter recebido título Doctor Honoris Causa em universidades espalhadas pelo mundo. Na PUCRS, recebeu essa titulação em 1994, pela Escola de Medicina da universidade. Nesta atual visita, que tem como objetivo estreitar laços entre a PUCRS, o InsCer e o Instituto Internacional de Neurociências, o renomado neurocirurgião passou por alguns dos lugares que já conhecia e outros que nem estavam projetados, como o Instituto do Cérebro do RS, que tem seis anos de história.
No prédio da reitoria da Universidade foi recepcionado pelo reitor Ir. Evilázio Teixeira, vice-reitor Jaderson Costa da Costa e o decano da Escola de Humanidades, Draiton Gonzaga de Souza. Pelo Hospital São Lucas (HSL) estiveram presentes o superintendente Sérgio Baldisserotto e os neurocirurgiões Eduardo e Eliseu Paglioli.
Já no InsCer, Samii conversou com residentes e médicos, trocou experiências e ouviu o superintendente de Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento, Douglas Sato, explicar o projeto de ampliação do InsCer. O médico iraniano-alemão conheceu a área assistencial onde estão alocados os equipamentos de ressonância magnética e tomografia computadorizada. Também visitou o Centro de Produção de Radiofármacos, local aonde é realizado todo o processo de produção dos radiofármacos que são posteriormente aplicados aos pacientes.
“Acredito que seja o futuro o que vi aqui, a filosofia de tratar o paciente no centro do foco de tudo. Uma filosofia muito inteligente para ter muito sucesso em um curto espaço de tempo, com uma equipe multidisciplinar de colaboração. Eu desejo a todos que trabalham aqui um enorme sucesso para os próximos anos para se tornar talvez um dos melhores centros em todo o mundo”, afirmou Majid Samii.
As conexões interinstitucionais são essenciais para o contínuo trabalho de internacionalização da Universidade. Em 2018, uma nova parceria foi oficializada com a Universidade de Milão (Itália) por meio de convênio de cooperação internacional. Os movimentos de aproximação existiam desde 2014, quando o diretor do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), Newton Luiz Terra, esteve na metrópole europeia e posteriormente recebeu o docente italiano Maurizio Popoli para o Simpósio Internacional de Geriatria.
Com pesquisas com temas relacionados ao envelhecimento humano, o interesse em trabalhos em conjunto só aumentou. A visita da professora da Escola de Medicina e coordenadora de pesquisa experimental do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Denise Cantarelli Machado, em especial, marcou o fim da tramitação do convênio, oficializando as intenções de trabalho em conjunto das duas instituições.
Entre as pesquisas em curso na parceria entre PUCRS e Universidade de Milão está o projeto MicroRNAs in frailty-associated cognitive impairment (MATCH-In), coordenado por Popoli. Os pesquisadores envolvidos acreditam que a detecção de possíveis marcadores de fragilidade em indivíduos idosos com déficit cognitivo permitirá uma intervenção precoce, pois a presença de comprometimento cognitivo em pessoas com fragilidade está, de fato, entre os mais importantes contribuintes para a transição para demência e mortalidade. A PUCRS é a única universidade fora da Europa a compor o grupo de instituições participantes.
Além de projetos de pesquisa, o convênio também visa intensificar a mobilidade discente e docente, oportunizando que doutorandos façam seu período sanduíche na universidade italiana. Carina Zuppa, doutora em Gerontologia Biomédica e orientanda de Denise, foi uma das estudantes que teve a oportunidade de atuar um ano nos laboratórios da instituição milanesa entre 2017 e 2018.
Além disso, o projeto em cooperação com a universidade italiana deve compor o Programa Institucional de Internacionalização da Capes (Capes/PrInt), intensificando essa iniciativa na PUCRS. “Esperamos que este contrato inédito possa colaborar para que os idosos dos nossos países consigam um envelhecimento autônomo, independente, saudável, participativo, seguro e produtivo”, comenta Terra.
A data de 30 de agosto marca o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, uma das doenças neurológicas mais comuns em adultos jovens, de 20 a 50 anos de idade. Dados do Atlas da Federação Internacional da Esclerose Múltipla (MSIF) mostram que ela atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são 30 mil casos diagnosticados. Para contribuir com soluções no tratamento, o Instituto do Cérebro do RS (InsCer) integrou a audiência pública com o tema Debater a importância da inovação nos tratamentos da Esclerose Múltipla, promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, no início de agosto. A discussão significa um primeiro passo na busca por uma solução que traga benefícios macros à população.
Durante a audiência, o superintendente de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do do InsCer e professor da Escola de Medicina, Douglas Sato, apresentou a palestra Inovação nos tratamentos da Esclerose Múltipla para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes. De acordo com o neurologista “a esclerose múltipla precisa ser diagnosticada o quanto antes, pois temos tratamentos para controlar a doença. Para isso, um dos grandes desafios é o acesso à informação de qualidade. Precisamos aumentar a disseminação de conhecimento para a população em geral”, salienta.
Soluções atuais
Atualmente, dos oito medicamentos liberados pela Anvisa, seis estão disponíveis. Porém, o protocolo exige que o paciente seja tratado primeiro com os medicamentos de primeira linha, mesmo que não sejam os mais adequados para o seu caso. “Engessar o acesso a tratamentos que ele deveria ou poderia receber no momento certo leva a um risco muito grande de incapacidade permanente ou de sequelas importantes. E tudo isso num jovem, que é geralmente o portador da esclerose múltipla”, disse Sato, em entrevista para a Agência Câmara Notícias.
Sobre a doença
A esclerose múltipla é uma doença autoimune e ataca a mielina (proteína que reveste os neurônios e facilita a condução dos impulsos nervosos), provoca inflamações no cérebro e na medula. Os sintomas podem variar dependendo da região afetada, e incluem dificuldade para andar, fadiga crônica, falta de coordenação motora, perda do equilíbrio, comprometimento da memória, da visão, da fala e do funcionamento do corpo, e problemas no sistema urinário, entre outros. Essas manifestações neurológicas agudas e bem definidas são intercaladas com períodos de estabilidade. É uma doença crônica e sem cura.
O Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) é um centro de referência de exames de imagem, que busca associar tecnologia de ponta e pesquisa aplicada em benefício do paciente. A instituição constitui uma proposta inovadora, interdisciplinar e multi-institucional que permite aos pesquisadores de diferentes áreas e domínios se reunirem em torno de um objetivo comum: promover o cuidado com a vida, por meio da inovação, ensino, pesquisa e assistência, em prol da saúde e do bem-estar das pessoas.
O Instituto é dividido em três importantes frentes que constituem a sua base: a pesquisa; o Centro de Imagem e o Centro de Produção de Radiofármacos. Nesse último, são feitos radiofármacos utilizados nos exames de imagem, o que é muito raro no mundo, já que o Instituto engloba, em um mesmo prédio, tanto a produção do elemento, quanto a sua utilização nos pacientes que fazem exames. Também no InsCer está o Centro de Pesquisa Pré-Clínica, uma unidade de vanguarda que abriga um aparelho de microPET/CT, que permite estudos experimentais.
Ressonância Magnética, Tomografia Computadorizada, SPECT e PET/CT são os exames feitos no InsCer que abrangem todas as partes do organismo, e não apenas o cérebro. Com equipamentos de tecnologia avançada, a qualidade na imagem dos exames é altíssima, o que facilita a produção de laudos mais precisos.
O InsCer é conduzido por um time de neurocientistas renomados e está comprometido com o desafio de prestar serviços de diagnóstico de imagem de alta qualidade, mediante o desenvolvimento e o emprego de tecnologias inovadoras. Conta com a participação dos pesquisadores e professores da PUCRS, a fim de estabelecer um elo forte entre pesquisa e assistência médica. “O Instituto do Cérebro é referência internacional com produção acumulada de conhecimentos fundamentada na pesquisa translacional de ponta”, afirma o diretor da Instituição e vice-reitor da PUCRS, Jaderson Costa da Costa.
Na área de pesquisa, são muitos os projetos desenvolvidos. “Um que podemos destacar é o Superidosos, o primeiro estudo no Brasil com o objetivo de entender o funcionamento cerebral de idosos que parecem ser imunes aos efeitos do envelhecimento”, destaca o coordenador Costa da Costa. O estudo pretende revelar características anatômicas e funcionais únicas desse grupo da população e deve auxiliar no diagnóstico precoce e em estratégias de prevenção e tratamento da Doença de Alzheimer.
Entre os voluntários que participaram do projeto Superidosos, está Loyde de Carvalho Fagundes, professora aposentada de 83 anos, ativa e lúcida. “Acho importante participar desse tipo de pesquisa para podermos atingir ainda mais pessoas com mudanças nos hábitos de vida. Eu, por exemplo, estou sempre conversando e incentivando todo mundo a ser mais ativo. O movimento é a base do meu universo. Se eu fico quieta, adoeço. O importante é se exercitar, ler, aprender e ensinar”, afirma.
Além das pesquisas, da fabricação de fármacos e dos exames, o Instituto promove outras formas de interação com o público. A principal é o evento InsCer para a Comunidade, organizado anualmente em junho, mês de aniversário da Instituição. A programação é composta por um ciclo de palestras gratuitas com os pesquisadores da casa, com apresentações didáticas e esclarecedoras sobre temas importantes, como preservação da memória, bullying e implicações na saúde mental, transtornos de aprendizagem, esclerose múltipla e a importância de dormir bem, entre outros. Em 2018, a atividade ocorreu entre os dias 31 de maio de 2 de junho.
Inspirado no carisma e nos valores maristas, o InsCer tem como missão o cuidado com a vida, por meio da inovação, ensino, pesquisa e assistência, em prol da saúde e do bem-estar das pessoas. O objetivo é continuar sendo uma referência à população.