O ano de 2019 foi intenso na área da saúde da Universidade. Reconhecimentos, parcerias e projetos foram alguns dos acontecimentos marcantes, como o lançamento do BioHub, que tem como objetivo gerar inovação em saúde. Confira esse e outros destaques:
O HSL começou 2019 recebendo o certificado de acreditado em nível diamante pela QMentum IQG International. A metodologia orienta e monitora os padrões de alta performance em qualidade, segurança, governança e boas práticas assistenciais, utilizando critérios internacionais com validação mundial. No Brasil, apenas 100 unidades hospitalares possuem este reconhecimento, e o HSL foi o pioneiro nessa certificação no Sul do Brasil.
O Hospital também recebeu, pela terceira vez, a Certificação Internacional do Centro de Excelência Internacional em Tratamento Cirúrgico da Obesidade Grave e Síndrome Metabólica pela Surgical Review Corporation (SRC). O serviço de cirurgia bariátrica e metabólica é certificado desde 2012 e é conduzido por Cláudio Cora Mottin há mais de 40 anos. A equipe é formada por 60 profissionais de diferentes especialidades.
Outra premiação recebida foi o Top Ser Humano, com o case Pit Stop das ROP’S: Circuito do conhecimento – uma nova abordagem de capacitação, trabalho educativo que preparou profissionais para a Acreditação Internacional – QMentum. O projeto inclui treinamentos e ações de engajamento das equipes no intuito de promover a cultura de segurança e cuidado do paciente.
O ano ainda foi marcado pelo lançamento da campanha Meu Legado Salva, que destacou a importância da doação de órgãos. O HSL é o hospital privado de Porto Alegre com o maior número de notificações e doações de órgãos. A iniciativa mobilizou vários setores da sociedade. Ao longo do mês de setembro, vídeos com depoimentos foram contando as histórias de familiares dos doadores, dos receptores e de pessoas que aguardam na fila da doação.
Em novembro, o HSL fechou uma parceria inédita com o Grupo Oncoclínicas para o lançamento do Novo Centro de Oncologia. A novidade marcou o início do atendimento quimioterápico do HSL a pacientes que não estão internados. A estrutura dispõe de equipe multidisciplinar para o atendimento integrado do paciente, atuando desde o diagnóstico até o cuidado continuado. A intenção é que a parceria se amplie cada vez mais, gerando novos avanços e entregas para a sociedade.
A PUCRS também assinou um convênio de cooperação entre a com o Xiangya Hospital, da China, filiado à Central South University, visando o desenvolvimento de um Centro de Cirurgia Metabólica no país asiático.
O HSL apresentou seu novo diretor-geral, Leandro Firme, no mês de novembro. O gestor iniciou a trajetória no HSL agregando experiência em gestão hospitalar, conquistada ao longo de 20 anos em hospitais públicos e privados, de baixa, média e alta complexidade. Firme substituiu o cargo de superintendente, com o escopo de liderança nas áreas assistencial, técnica e administrativa do HSL, subordinado à Reitoria da PUCRS.
O diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; a vice-diretora, Magda Lahorgue Nunes; e a pesquisadora Graciane Radaelli estiveram em Maceió para o evento de encerramento do projeto Zika Vírus. Durante quatro anos, cerca de 50 crianças com microcefalia pelo zika vírus foram avaliadas por profissionais de diferentes áreas da saúde no InsCer, em uma parceria com o Hospital Universitário Alberto Antunes, de Maceió, e com a DiRad – Diagnóstico por Imagem. Os resultados avaliados vão servir como base para políticas públicas governamentais.
O InsCer recebeu a visita dos ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; e da Cidadania, Osmar Terra. O único brasileiro que esteve em uma missão espacial, o astronauta Pontes demonstrou muito interesse nas pesquisas realizadas no InsCer e se disse impressionado com a atual estrutura, ao conhecer o Centro de Produção de Radiofármacos (CPR), onde está instalado o cíclotron, equipamento acelerador de partículas.
Pontes e Terra se reuniram com o vice-reitor da PUCRS e diretor do Instituto do Cérebro do RS, Jaderson Costa da Costa; com o superintendente de Ensino, Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação e professor da Escola de Medicina da PUCRS, Douglas Sato; e o coordenador de Assuntos Internacionais e Interinstitucionais, Augusto Buchweitz. Eles conversaram sobre pesquisas com células-tronco, inteligência artificial e outras desenvolvidas no InsCer relacionadas ao aprendizado infantil.
Em novembro, a PUCRS recebeu a visita de uma comitiva de pesquisadores da Holanda com o objetivo principal de discutir a utilização de dados na área da saúde. A delegação esteve em uma missão a fim de entender como as principais organizações do Brasil estão trabalhando com big data nas ciências da vida e da saúde. Os visitantes participaram de uma mesa-redonda sobre o assunto com professores da Universidade.
Em outubro, foi lançado o BioHub, iniciativa que busca impulsionar soluções e startups originados, estimular a cultura do empreendedorismo entre profissionais da saúde e promover conexões entre diversos atores, como propósito conectar talentos e conhecimento para gerar negócios inovadores nas ciências da vida. O hub é formado por mais de 80 laboratórios, 100 grupos de pesquisa, as Escolas da PUCRS, o Hospital São Lucas, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS – Tecnopuc e o InsCer. A primeira ação do Biohub foi o Health Plus Innovation Center, um espaço de coworking que conecta startups de HealthTech com hospitais, profissionais, empresas e operadoras de saúde. A iniciativa é uma parceria da Grow+ e da PUCRS.
No início de dezembro, o BioHub recebeu o prêmio Destaque em Saúde 2019, na categoria Inovação em Saúde.
Para fechar as ações do ano, o projeto Campus da Saúde já está em andamento e prevê algumas fases com entregas relevantes. A infraestrutura de áreas como Centro Cirúrgico, Emergência, Obstetrícia, Internação, UTI Pediátrica e o Centro Interdisciplinar de Saúde serão modernizadas. Junto às reformas e adequações, serão investidos recursos na aquisição de novos equipamentos.
“O Rio Grande do Sul é um estado de gente empreendedora e aqui, na PUCRS, pode se ver isso a partir do Instituto do Cérebro, com toda essa capacidade empreendedora e de inovação numa área que o estado se destaca, a da saúde. Neste Instituto, temos pesquisas para melhorar a vida das pessoas, principalmente nas questões neurológicas”. Esta foi a mensagem transmitida pelo Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, após visita às obras da fase dois do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), ocorrida na manhã desta sexta-feira, dia 20 de dezembro. A triplicação do Instituto é a primeira obra do Campus da Saúde da PUCRS.
O encontro também contou com as presenças do vice-presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Luiz Corrêa Noronha; além do reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira; o vice-reitor e diretor do InsCer, Jaderson Costa da Costa; pró-reitores, demais representantes da reitoria e do Hospital São Lucas, professores e pesquisadores da PUCRS.
Em relação ao encontro, o diretor do InsCer definiu como muito rico, pois o governador mostra-se atento a assuntos relacionados à inovação e à saúde. Também enfatizou a presença do vice-presidente do BRDE, entidade que contribuiu significativamente na captação de recursos. “Chamou a atenção de ambos que somos um núcleo de excelência, um catalizador para outras ações. A nossa expertise pode se propagar em outras iniciativas no Estado, um efeito multiplicador”, comentou.
Na visita foi apresentado o andar térreo (local aonde ficarão os espaços de acolhimento, bistrô e auditório), no qual estão uma maquete e painéis com projeções da ampliação do prédio. Os visitantes também tiveram acesso ao segundo pavimento, ambiente que, futuramente, abrigará as salas de ressonância, atendimento e administração. Além desses andares, o prédio possui o terceiro pavimento, espaço para pesquisas e laboratórios.
A inauguração da nova estrutura do InsCer está prevista para o início do segundo semestre de 2020. Sobre o andamento das obras, a parte estrutural está em fase final. “Em breve, iniciaremos todas as instalações, que são: hidráulicas, elétricas, alvenaria, entre outras”, complementou o gerente de infraestrutura da PUCRS, Hélio Giaretta.
Com investimento do programa Inovação Crítica, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Universidade, o anúncio das obras foi realizado em novembro de 2018, durante as comemorações dos 70 anos da PUCRS. Referência em neurociência no Brasil e no exterior, o InsCer receberá mais espaço para pesquisas e projetos na área.
O Instituto vai triplicar de área física, passando dos atuais 2,5 mil metros quadrados para 9,3 mil metros quadrados. Essa obra permite duplicar o número de pacientes atendidos, de 1,2 mil ao mês para 2,5 mil, e aumentar o número atual de 73 funcionários.
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Na última quinta-feira, dia 28 de novembro, a PUCRS recebeu a visita de uma comitiva de pesquisadores da Holanda com o objetivo principal de discutir a utilização de dados na área da saúde. A delegação está em uma missão a fim de entender como as principais organizações do Brasil estão trabalhando com big data nas ciências da vida e da saúde. Os visitantes participaram de uma mesa-redonda sobre o assunto com professores da Universidade.
A recepção e a conversa aconteceram no HealthPlus Innovation Center, no Tecnopuc. Os convidados receberam as boas-vindas do superintendente do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Ir. Lauri Heck. Em seguida, o professor Rodrigo Grassi, da Escola de Medicina, apresentou aos visitantes o Instituto do Cérebro (InsCer) e seus diferentes grupos de pesquisa. Além disso, antecipou sobre a fase 2 do InsCer, que contará com laboratórios dedicados a pesquisas experimentais em neurociências.
O coordenador de projetos do BioHub, Carlos Klein, falou sobre a rede de hospitais de Porto Alegre e apresentou o Tecnopuc, contando um pouco a história do Parque e destacou a presença de empresas de ciências e da saúde no local. Antes de se iniciar a mesa-redonda, o professor Felipe Meneguzzi, da Escola Politécnica, apresentou alguns projetos que envolvem Inteligência Artifical em saúde e como os dados obtidos podem colaborar para a geração de melhores resultados.
Durante a mesa redonda, Grassi apresentou os tipos de dados que estão sendo gerados a partir dos projetos desenvolvidos no InsCer. A fim de explicar a realidade da saúde na Holanda, o consultor em pesquisa e desenvolvimento no setor de ciências da vida e da saúde na Netherlands Enterprise Agency, Niels van Leeuwen, apresentou informações sobre a infraestrutura da área no país – que possui um dos melhores sistemas de saúde da Europa – e as iniciativas público-privada realizadas. Van Leeuwen ainda ressaltou a importância de se conectar com o resto do mundo a fim de compreender o que está sendo feito em outros lugares e, assim, desenvolver cada vez mais os cuidados em saúde.
Encontro foi oportunidade para compartilhar experiências
Ao longo da conversa, os representantes da Holanda e da PUCRS comentaram sobre semelhanças entre o país e a região sul do Brasil, como o aumento da população idosa e a importância de ter um sistema de saúde preparado para atender esse público. O encontro foi uma oportunidade de conhecer pesquisas e projetos que envolvam a utilização de dados e de entender como pode haver uma colaboração entre os dois países futuramente.
A comitiva da Holanda integrou, além de van Leeuwen, o professor da Leiden University Fons Verbeek, o especialista em Tecnologia e Inovação Robert Thijssen, o professor associado da University Medical Center Groningen e coordenador do laboratório de Machine Learning no Data Science Center in Health (DASH) Peter Van Ooiijen, além de Petra Smits e Rick Breugelmans, do Consulado Geral de São Paulo; e de Richard Posma e Lucila Almeida, do Escritório Holandês de Apoio aos Negócios (NBSO) de Porto Alegre. Da PUCRS, também estava presente o professor da Escola Politécnica Marcio Pinho, além da coordenadora executiva do Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS Carla Cassol e da assistente de Assuntos Internacionais, Thais Gonçalves.
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Quando o Brasil enfrentou um surto de microcefalia oriunda do Zika vírus, em 2015, pesquisadores se uniram para tentar elucidar as causas e as consequências dessa doença para os recém-nascidos. O Instituto do Cérebro do RS (InsCer) contribuiu com os estudos e criou uma equipe de pesquisadores encabeçada pelo diretor Jaderson Costa da Costa, em parceria com o Hospital Universitário Alberto Antunes e com a Diagnóstico por Imagem (Dirad), ambos de Maceió.
De 2016 a 2019, 30 crianças, de dois a quatro anos, viajaram 3.513 km de avião de Maceió a Porto Alegre para realizarem diferentes testes tanto da parte estrutural quanto funcional do cérebro. Outros 17 pequenos passaram pelos mesmos testes em Alagoas.
Observou-se que as crianças com microcefalia pelo Zika vírus apresentaram comprometimento severo na aquisição e no desenvolvimento das habilidades cognitivas, linguísticas e motoras. O momento da gestação em que ocorreu a infecção pelo Zika se mostrou importante na gravidade dos casos e ao impacto no desenvolvimento.
Leia a reportagem completa na Revista PUCRS.
Eleita uma das cem mulheres que mais mudaram nosso mundo, de acordo com a Time Magazine, a psiquiatra Nora Volkow ministrou uma videoconferência ao vivo, direto do Estados Unidos, ao estudantes e professores da PUCRS, na tarde desta quarta-feira, 2 de outubro. A especialista lidera uma das mais importantes estruturas de estudo sobre a dependência química do mundo, o Instituto Nacional em Abuso de Drogas dos Estados Unidos (conhecido pela sigla Nida), e palestrou a convite do professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do RS, Rodrigo Grassi.
Em sua fala de cerca de uma hora, expôs a complexidade por trás da dependência química, que extrapola as barreiras da biologia para entrar no imenso e subjetivo campo comportamental. “Nos cinco primeiros anos de vida, o ambiente em que a criança vive é mais relevante do que a própria genética em si”, afirmou. Volkow disse que a dependência química envolve múltiplos fatores e geralmente acontece no período da adolescência, quando os jovens estão mais vulneráveis a iniciar o uso de drogas. Conforme a especialista, isso ocorre porque o cérebro dos adolescentes é diferente do de adultos.
De forma geral, quando nasce, o indivíduo tem mais neurônios, mas menos conectividade entre eles. Com o passar dos anos, diminui-se o número de neurônios, mas aumentam-se as conectividades. Se essas conexões forem sadias, o cérebro entra na fase adulta sem estar comprometido. Porém, caso se dê cedo a iniciação ao uso de drogas, por exemplo, o cérebro perde as conexões, pode sofrer modificações químicas e diminuir suas funções.
Ela também tocou no controverso tema sobre o uso da maconha e, sem entrar no mérito de ser contra ou a favor da liberação da droga, afirmou existirem diversos estudos que apontam para um impacto no desenvolvimento do cérebro de pessoas dependentes, contrariando a ideia de que a maconha seja inofensiva. “Os efeitos adversos ainda não são claros, mas temos muitos estudos que apontam problemas de saúde oriundos do uso crônico da maconha”, comenta.
Ainda de acordo com a especialista, autora de mais de 500 artigos e três livros sobre o uso da neuroimagem no estudo dos transtornos psiquiátricos e aditivos, o tratamento medicamentoso só existe para dependentes de nicotina, álcool e opióides (remédio para dor). Para todas as demais drogas não existe um tratamento que cure a dependência. É necessária uma rede de apoio e suporte da família, dos amigos, do ambiente em que o indivíduo transita, que iniba também aspectos comportamentais, não apenas biológicos.
Sobre o Nida
O National Institute on Drug Abuse (Nida) tem por missão promover a ciência sobre as causas e consequências do uso e dependência de drogas e aplicar esse conhecimento para melhorar a saúde individual e pública. Isso envolve apoiar e conduzir estrategicamente pesquisas básicas e clínicas sobre o uso de drogas (incluindo nicotina), suas consequências e os mecanismos neurobiológicos, comportamentais e sociais subjacentes envolvidos; garantir a tradução, implementação e disseminação eficazes de descobertas de pesquisas científicas para melhorar a prevenção e o tratamento de transtornos por uso de substâncias; e aumentar a conscientização pública sobre o vício como um distúrbio cerebral.
A partir de setembro, o Instituto do Cérebro do RS (InsCer) inicia uma nova possibilidade de atendimento: a Avaliação Multidisciplinar de Crianças e Adolescentes. Uma equipe multidisciplinar do Instituto irá avaliar crianças e adolescentes para suspeita de transtornos de neurodesenvolvimento e de aprendizagem, como, por exemplo, o Transtorno do Espectro Autista, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade, a Dislexia do Desenvolvimento. A investigação inclui avaliação neurológica, psiquiátrica, neuropsicológica e fonoaudiológica e os profissionais, em conjunto, elaboram um retorno para as famílias.
Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com o Instituto do Cérebro do RS pelo telefone (51) 3320-5900 ou e-mail [email protected].
Um dos projetos que faz parte do PUCRS PrInt, proposta da Universidade contemplada em edital do Programa Institucional de Internacionalização da Capes, Aspectos biopsicossociais associados à saúde do indivíduo na vida adulta envolve estudos de professores de diversas áreas e associados com pesquisadores de 22 instituições, dos seguintes países: África do Sul, Bélgica, Canadá, China, Espanha, EUA, Finlândia, Itália, Reino Unido e Suíça. Uma delas é com a Mayo Clinic, líder mundial em assistência médica sem fins lucrativos, dos EUA.
Os estudos avaliam aspectos da saúde através de duas grandes ênfases: clínica e experimental. Na primeira, visam a investigar a saúde de uma forma abrangente. Os experimentais buscam compreender impactos de ambientes estressores precoces no comportamento do adulto, rotas de neurotoxicidade e o seu possível envolvimento em transtornos neurológicos e psiquiátricos e mecanismos de resistência bacteriana. Como resultado, o projeto prevê a elaboração de práticas interventivas e de prevenção.
Leia mais na reportagem Saúde do adulto em foco, na edição 190 da Revista PUCRS.
Pelo segundo ano consecutivo, o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), em parceria com o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) e a Escola de Medicina, promove a Health Tech Conference. A Feira de Tecnologia para a área da saúde apresenta o futuro da medicina transmitido pelas startups que diariamente revolucionam o setor, trazendo melhorias à sociedade. O evento acontece entre os dias 25 e 26 de outubro, no Teatro do prédio 40.
Os estudantes das Escolas de Medicina, Politécnica e de Negócios da PUCRS poderão participar do Hackathon, maratona na qual se reunirão a fim de explorar dados, discutir novas ideias e desenvolver projetos.
A Lardeal, uma das principais fabricantes de equipamentos e produtos de treinamento médico, promoverá o curso Mini Sun – projeto de simulação clínica realística. Inscrições e mais informações no email: [email protected]
Confira a programação:
25 de outubro – sexta-feira
26 de outubro – sábado
Um fóssil de 220 milhões de anos, que faz parte do acervo do Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS desde a década de 70, é objeto de pesquisa do doutorando Daniel de Simão Oliveira, da Universidade Federal de Santa Maria. O crânio de cerca de 44cm é de um Proterochampsa nodosa, primo distante do crocodilo e do dinossauro, que devia medir ao todo cerca de 2,30 metros de comprimento. Este mês, a peça passou por uma tomografia computadorizada no Instituto do Cérebro do RS (InsCer), para que fosse melhor estudada.
“A tomografia nos permite ver a estrutura do fóssil por dentro, sendo possível avaliar os dentes, a mandíbula e a caixa craniana”, explica Oliveira. Ele estuda no Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Animal do Centro de Ciências Naturais e Exatas da Universidade Federal de Santa Maria, e vai trabalhar em colaboração com a PUCRS, que cedeu o material para estudo. Marco Brandalise, professor da Escola de Ciências da PUCRS e responsável pela Coleção de Fósseis do MCT-PUCRS, faz a intermediação entre as duas instituições para o andamento do projeto de pesquisa do doutorando.
A espécie foi encontrada na cidade de Candelária (RS), mas esse grupo de répteis pré-históricos existia também na Argentina. Durante o Triássico, época em que os crocodilos ainda eram terrestres, o Proterochampsa e seus parentes eram os principais predadores aquáticos, dominando os rios e lagos. O fóssil do Proterochampsa vai ser um dos focos do doutorado de Oliveira, que pretende comparar as características da espécie atual com a antiga, além de redescrever o animal para apresentar um conjunto mais completo sobre o fóssil e, inclusive, definir o nome correto, pois posteriormente foi renomeado como Barberenachampsa. “Irá fazer parte do projeto de doutorado de Daniel Oliveira até mesmo se certificar qual o nome correto a ser mantido para esta espécie”, afirma Brandalise. Para encontrar essas e outras respostas, o estudante dedicará os próximos quatro anos do doutorado, recém iniciado.
O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, esteve na PUCRS nesta quinta-feira, 4 de julho. A visita é parte de um itinerário por três dos principais parques tecnológicos do País: Tecnopuc, Porto Digital (Recife) e o Parque Tecnológico da UFRJ (Rio de Janeiro). As viagens integram a etapa de criação do plano de inovação do Governo Federal. Em sua primeira passagem pela Universidade, Pontes esteve acompanhado do ministro da Cidadania, Osmar Terra, e foi recepcionado pelo reitor Ir. Evilázio Teixeira juntamente com o vice-reitor Jaderson Costa da Costa e os pró-reitores de Graduação e Educação Continuada, Ir. Manuir Metges, e de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan. Além de conhecer a estrutura do Tecnopuc, o Ministro do MCTIC também visitou o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
No salão nobre da Reitoria, os ministros conversaram com os gestores sobre planos da instituição e do Governo à luz dos temas educação e inovação. “Estamos empenhados em tornar a PUCRS uma Universidade global. A estrutura que temos hoje e o nível das nossas pesquisas é o que sonhamos para todas as universidades brasileiras. Sabemos que os senhores são grandes incentivadores da ciência e, nesse sentido, nossas ações estão muito alinhadas com os ministérios”, destacou o reitor, que agradeceu a Terra o apoio às iniciativas da instituição e do InsCer.
Durante o encontro, o ministro Marcos Pontes compartilhou metas para o Brasil no cenário internacional. “Acredito no poder de transformação da educação. Sou um exemplo disso. Vim de uma realidade onde meu pai era faxineiro. O incentivo à pesquisa e à ciência precisam estar presentes desde o colégio até a graduação. Atualmente, estamos na 13ª posição em produção acadêmica no mundo, mas apenas na 64ª em inovação. Nos próximos anos, queremos estar entre os 20 melhores”, afirmou. Para Costa da Costa, esse é um dos diferenciais da PUCRS. “Em tudo o que realizamos, especialmente no InsCer e no Tecnopuc, damos foco aos resultados. Nossas pesquisas representam entregas e soluções efetivas para a sociedade”.
Pontes e Terra também visitaram o Instituto do Cérebro e o Parque Tecnológico. Na companhia do vice-reitor e diretor do InsCer, conheceram o Centro de Produção de Radiofármacos, ligado à medicina nuclear onde está instalado o Cíclotron, um acelerador de partículas responsável por produzir reações nucleares. Curioso, Pontes fez vários apontamentos e perguntas sobre o equipamento e a produção de radiofármacos para a responsável pelo CPR, Louise Hartmann, e o físico João Alfredo Borges. O grupo também conversou sobre pesquisas com células-tronco, inteligência artificial e outras desenvolvidas no InsCer relacionadas ao aprendizado infantil.
No Tecnopuc, foram recebidos pelo superintendente de inovação e desenvolvimento Jorge Audy e pelo diretor Rafael Prikladnicki para uma visita guiada pelas empresas e outros espaços do ecossistema. Os ministros assistiram a apresentações do grupo Pedra Circular sobre prevenção de desastres naturais e reconstrução de áreas abaladas, como Brumadinho. Ainda, estiveram presentes na sede da HP e da HPE, empresa de eletrônicos. Segundo Pontes, a operação de um ambiente tão complexo e a conexão com os estudantes impressionam. “É bom que os jovens participem e visualizem todas essas possibilidades futuras. Estamos construindo um plano de inovação muito amplo, que irá abraçar diversos campos. Esperamos que os resultados sejam tão positivos quanto estes”, completou.