saúde, bem-estar

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Em parceria com o Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), a startup Dieta Vida realizou recentemente a etapa final do seu projeto-piloto. A atividade contou com um grupo de 30 pessoas, entre 65 e 83 anos, e integra o programa online de reeducação alimentar e qualidade de vida desenvolvido pela startup.  

A plataforma apresenta aulas gravadas, curtas e práticas sobre nutrição funcional, terapia holística e gastronomia. Além disso, os usuários podem tirar dúvidas, baixar e-books em PDF e assistir, ao vivo, mentorias sobre como montar uma dieta de forma individualizada 

Embora a startup já houvesse validado a sua metodologia de um ponto de vista técnico, a usabilidade da plataforma e a efetividade para pessoas que procuram uma melhora da saúde por meio da alimentação, a intenção do projeto é legitimar esse modelo para o público 60+ e outros grupos segmentados, como o público empresarial.  

Resultados na prática 

A nutricionista e empreendedora Ana Júlia Canfild conta que o projeto teve muita participação e engajamento do público. Essa foi a primeira vez que a startup trabalhou com um grupo nessa faixa etária.  

“O piloto foi importantíssimo para provar que mesmo sendo uma solução totalmente online, funciona também para idosos. Outro aprendizado é que tínhamos a impressão de que o engajamento só existia quando a pessoa pagava, mesmo que um valor simbólico, para esse tipo de serviço. Mas vimos que o grupo mobilizou a todos, fazendo com que houvesse um aproveitamento de quase 100%”, pontua.  

Ana Júlia ainda comenta que a startup se mostrou uma oportunidade para empresas que querem oferecer esse tipo de serviço como benefício aos funcionários ou que identificaram a necessidade de melhora da saúde e peso de um grupo específico. 

Nair Mônica do Nascimento, de 67 anos, conta que perdeu dois quilos em uma semana utilizando a plataforma da Dieta Vida. “Foi supertranquilo acessar a plataforma, aprendi muito com a nutricionista e senti muita segurança. A integração com o grupo também me ajudou nesse processo” 

Irany Salete Coelho, de 66 anos, exalta sua participação no projeto Dieta Vida.  

A startup 

A Dieta Vida é uma healthtech investida e acelerada no HealthPlus, centro de inovação liderado pela GROW e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A estrutura é conectada ao BioHub, iniciativa que reúne toda a expertise da PUCRS nas áreas de saúde, tecnologia e inovação, envolvendo as Escolas da Universidade, Hospital São Lucas, Tecnopuc e Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).  

A coordenadora do BioHub, Diana Jardim, destaca a importância de viabilizar esse tipo de conexão, que entrega mais saúde para as pessoas e aumenta a autoestima e a longevidade.  

“Este case em especial foi lindo de ver! A melhor idade exaltando energia e felicidade com os resultados alcançados! A Dieta Vida transformou a experiência com a tecnologia em algo acessível e prazeroso, oportunizando escala e inovação em saúde e bem-estar”.

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Um sistema de Inteligência Artificial capaz de ler milhares de exames, prescrições médicas e textos clínicos em segundos. Com essa tecnologia, a NoHarm.ai auxilia profissionais de saúde da área de Farmácia Clínica Hospitalar na tomada de decisão, trazendo maior agilidade nos processos e segurança para os pacientes. Presente em mais de 30 hospitais de todo País, a startup sem fins lucrativos já impactou mais de 90 mil vidas através do cuidado com pacientes. 

A NoHarm.ai ganhou vida a partir da pesquisa do estudante Henrique Dias no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da PUCRS. Orientado pela professora Renata Vieira, o projeto Validação da Identificação de Eventos Adversos por Aprendizado de Máquina em Ambientes Reais foi o impulso para Henrique unir a pesquisa científica e o empreendedorismo. Por meio dos caminhos proporcionados pelo Track Startup, o projeto saiu da sala de aula e ganhou novos espaços. Atualmente, a startup está instalada no ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). 

“Realizar o doutorado na PUCRS foi essencial para a NoHarm se tornar um negócio de impacto social. A Universidade possui diversos programas que possibilitam empreender e permitem que estudantes possam se engajar no ecossistema de inovação”, conta o estudante.

A solução promovida pela startup foi pensada em conjunto com Ana Helena Ulbrich, farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, e contou com a participação de diversos voluntários para o desenvolvimento do projeto.  

Inovação impulsionada pela pesquisa científica 

A tecnologia com base em IA utilizada pela NoHarm atua a partir de dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. O sistema indica onde estão os potenciais erros de prescrição, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar. 

Durante o doutorado, Henrique publicou 25 artigos científicos com foco no projeto. “Recebi muito incentivo da minha orientadora para realizar as publicações. A pesquisa científica agregou valor não só para a minha trajetória acadêmica, mas também contribuiu para aprimorar e validar a NoHarm, entregando ainda mais valor para a sociedade”, comenta.  

Por três anos consecutivos, a pesquisa realizada por Henrique foi vencedora do Google Latin America Research Awards (Lara). A premiação tem como objetivo impulsionar a inovação e destacar projetos acadêmicos da América Latina que visam identificar e propor soluções tecnológicas para problemas reais do cotidiano das pessoas. 

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“O Henrique chegou para o doutorado com o propósito de fazer uma pesquisa com contribuição social. Ele estudou métodos, adaptou e criou novas soluções, levando em consideração dados reais. O ecossistema da Universidade proporcionou condições para inovação e o Henrique teve habilidade para construir algo novo com contribuição social, como tinha intenção, desde o início”, conta a professora Renata Vieira, orientadora dos estudos. 

Em junho, a NoHarm iniciou a atuação no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), e já atende 500 leitos na instituição. “O HSL sempre foi uma consequência natural do desenvolvimento desse projeto dentro da PUCRS. Nossa expectativa é trazer mais eficiência para o serviço de farmácia, avaliando 100% das prescrições no Hospital, oferecendo mais segurança para os pacientes”, conta Henrique Dias. 

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A startup também participou do Rocket 2021, reality show promovido pela RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Na sua terceira temporada, o programa teve 48 episódios durante seis semanas. Como a única representante gaúcha, das 50 startups do Brasil todo, a NoHarm ficou em 3º Lugar na Órbita Vida.

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Reconhecimento e conexão internacional 

Entre as premiações recebidas pela NoHarm.ai, está o destaque no Innovation Awards, promovido pela Grow+ e divulgado nesta terça-feira, 30 de novembro. A startup conquistou o 2º lugar na categoria Inovação Corporate, em colaboração com o Hospital Mãe de Deus. Com o uso da ferramenta, o HMD alcançou um índice de 93% das prescrições revisadas nas Unidades de Internação na primeira semana da Central de Avaliação de Prescrição.  

Além da parceria com diferentes hospitais brasileiros, a NoHarm também já gerou conexões internacionais. Em novembro deste ano, Henrique representou o Tecnopuc no Web Summit 2021, em Lisboa, um dos maiores eventos de inovação do mundo. Entre os frutos da viagem, estão a aproximação com parques tecnológicos e ambientes de pesquisa de países como Portugal e Estônia.  

“Temos uma tecnologia capaz de impactar vidas no mundo todo. Queremos estar conectados globalmente com a área da saúde, da inteligência artificial, e da economia de propósito. A participação no Web Summit, por meio do Tecnopuc, contribuiu para nos aproximar ainda mais desses tópicos”, conta Henrique.

A startup também está entre os projetos que integram o Navi, hub de inteligência artificial liderado pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e pela aceleradora Wisidea Ventures. 

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Na próxima quarta-feira, dia 17 de novembro, das 9h às 11h, será realizado o encontro online de Inovação e Desenvolvimento nas Instituições de Educação Superior Marista. O quarto encontro da Rede Marista Internacional de instituições de Ensino Superior (IES) acontece pelo Zoom e terá como temática A inovação e o empreendedorismo no contexto da Terceira Missão nas IES Maristas: As IES como vetores no processo de Desenvolvimento Social e Econômico da sociedade na qual atuam. 

Encontro para refletir sobre o futuro pós-pandemia  

O encontro aberto voltado para lideranças das Universidades, representantes Provinciais e do Governo-Geral, tem como objetivo refletir sobre o cenário pós-pandemia na perspectiva da inovação e do desenvolvimento para a Educação Superior. Também tem como proposta elaborar caminhos para o planejamento das IES, considerando as mudanças em curso frente a novos modelos de ensino, pesquisa e o impacto das mídias, da tecnologia e da interatividade na sociedade do conhecimento.  

A programação do encontro contará com a participação do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, professor Jorge Audy, que conduzirá o painel sobre a Perspectiva conceitual da inovação e a Inovação como vetor de desenvolvimento na Universidade. O evento ainda terá a fala de representantes de outras IES. 

O presidente da Marista Internacional de Instituições de Educação Superior e vice-reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, comenta que o conteúdo que será abordado no evento introduz a temática para a próxima Assembleia da Rede, que será realizada em abril de 2022. “O encontro tratará do tema da inovação e desenvolvimento, na perspectiva dos desafios acadêmicos e na perspectiva do viés da relação da Universidade com essa sociedade em que está inserida”, destaca.

Participe do encontro 

Saiba mais sobre a Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior

A edição 2022 do South Summit, um dos maiores eventos de inovação do mundo, será realizada em Porto Alegre. O anúncio oficial ocorreu nesta quarta-feira, 6 de outubro, em Madri, na Espanha, onde acontece a edição deste ano da tradicional feira negócios e inovação, que reúne empreendedores, investidores, startups e corporações do mundo todo. 

Uma comitiva com representantes da prefeitura de Porto Alegre, do governo do Estado, da Assembleia Legislativa e universidades está participando do evento. A PUCRS está representada pelo Superintendente de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Audy. 

“Levar este evento para Porto Alegre é uma grande conquista. O South Summit oportunizará a aproximação com uma grande rede voltada para a inovação, que amplia ainda mais o protagonismo e a importância do ecossistema presente na nossa cidade. A feira também abre portas para atrairmos novos negócios e investimentos em setores essenciais para o desenvolvimento da sociedade”, destaca Audy. 

Conforme a organização do South Summit, a escolha de Porto Alegre se deu porque a cidade possui um ecossistema de inovação que conta grandes parques tecnológicos e mais de mil startups. 

Somente no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), estão reunidas mais de 170 empresas, com 6,2 mil pessoas envolvidas, que consolidam a PUCRS como um vetor da inovação e um ecossistema de empreendedorismo único no Sul do Brasil, solidamente conectado com empresas, governo e a sociedade. 

Sobre o South Summit 

O South Summit é reconhecido como uma plataforma global para inovação e conexões entre os principais participantes do ecossistema global, startups, corporações e investidores para gerar resultados e negócios. A iniciativa, criada pela Espanha Startup em 2014, está sediada em Madrid e estende sua rede de conexão para o resto do mundo. A edição do evento de 2020, realizada de forma digital, reuniu mais de 52 mil espectadores. 

Inscrições para o Moving the Cities vão até o dia 3 de outubroPor meio da Aliança da Inovação, articulação entre UFRGS, PUCRS e Unisinos, alunos da Universidade poderão participar do projeto Moving the Cities, iniciativa em parceria com a UAS7 e a FH-Münster, da Alemanha. O projeto tem o objetivo de promover o desenvolvimento de soluções através da cooperação internacional e intercultural entre ciência, empreendedorismo, inovação, tecnologia e sociedade. As inscrições vão até este domingo, dia 3 de outubro, e podem ser realizadas por meio deste formulário.

Em sua quarta edição, o evento acontecerá entre os dias 22 e 31 de outubro de 2021, é gratuito, voltado a alunos de graduação e será em formato remoto. Serão 10 vagas para alunos da Escola Politécnica e 10 para alunos das demais Escolas da PUCRS. A atividade valerá horas complementares.

Participantes do Moving the Cities receberão mentorias de profissionais internacionais

Nos encontros são propostos desafios regionais enfrentados pelas cidades por meio de uma perspectiva internacional. Durante sua realização, os times recebem mentorias sobre modelagem de negócios, inovação, mercado e tecnologia de profissionais de diferentes países.

Para participar do Moving the Cities, os alunos interessados devem preencher o formulário de pré-inscrição. Posteriormente, os estudantes serão contatados para etapa de avaliação de competências linguísticas e comportamentais. Na PUCRS, a professora da Escola Politécnica Patrícia Flores Magnago ([email protected]) é o ponto de referência para dúvidas e mais informações.

O evento tem apoio do DWIH São Paulo e é uma correalização entre Escola Politécnica da Unisinos, FH Münster, UAS7, Tecnosinos, SAP, INACAP, Escola de Engenharia da UFRGS, Escola Politécnica da PUCRS, Tecnopuc, Universidad de Santiago de Chile (USACH), Universidad Pontifícia Bolivariana, Coventry University e University of Pittsburgh.

Sobre a Aliança da Inovação

Aliança para Inovação é uma articulação entre UFRGS, PUCRS e Unisinos. A união das três universidades tem o objetivo de potencializar ações de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento. A Aliança quer transformar a região em referência internacional no ambiente de inovação, conhecimento e empreendedorismo.

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Você já teve vontade de empreender e não soube como começar? Ou, então, possui uma grande ideia, mas não sabe qual o próximo passo para transformá-la em um negócio? Se a resposta foi sim para alguma das questões, então a primeira dica é realizar a inscrição para não perder o próximo Tecnopuc Talks, que terá como convidado o criador do Business Model Canvas, Alex Osterwalder. O evento, gratuito e transmitido pelo YouTube, marca o aniversário de 18 anos do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e integra a programação da Maratona de Inovação (MIP). 

Mas, enquanto a palestra não chega, Alex preparou algumas dicas para quem já quer se preparar e colocar em prática. Confira: 

1 – Crie conexões 

Uma das principais características de quem empreende é a capacidade de ver padrões onde ninguém mais vê, criando conexões entre coisas que nem sempre são vistas em conjunto. Quando conectamos diferentes pontos para criar algo, passamos a ver oportunidades em todos os lugares, onde outros veem desafios ou problemas. 

2 – Defina um modelo de negócio para a sua ideia

O que você realmente precisa fazer para começar é mapear um modelo de negócio para a sua ideia: tirá-lo da sua cabeça, visualizá-la e definir qual a proposta de valor que essa solução entregará para os seus clientes.  

A proposta de valor é aquilo que você entrega, o problema que resolve. A partir disso, poderá entender qual o modelo adotar para que a ideia se transforme em um negócio.

3 – Faça testes para validar suas hipóteses

Algo em comum entre empreendedores/as de sucesso é testar e adaptar as ideias. Depois de mapear a proposta de valor é preciso validar as hipóteses e suposições criadas em torno da ideia. E isso só pode ser feito a partir dos testes!  

Por isso, é preciso ter uma maior tolerância e capacidade de gerenciar os riscos. Além disso, é essencial adaptar o que se mostrar necessário a partir de cada teste, não apenas perseguir cegamente uma visão. 

4. Tenha uma visão de longo prazo, mas adapte-se rapidamente

Seu horizonte deve ser muito curto em termos de sua primeira ideia, já que é muito provável que algo esteja errado. O que é fundamental é ir imediatamente testar a ideia e adaptá-la. No entanto, enquanto você está fazendo isso, você ainda pode manter sua visão de longo prazo.  

Um bom exemplo disso é a Netflix: quando os fundadores começaram, eles já tinham a visão de streaming de vídeo, mas naquela época a infraestrutura não estava pronta. Então, eles começaram com DVD por correio, testaram esse modelo e adotaram, mas nunca deixaram de lado a ideia de streaming. Quando o ambiente online estava pronto, eles partiram para o modelo que já haviam imaginado. 

Então, você sempre pode ter uma visão de longo prazo. Essa é a parte fácil. O que é difícil é a adaptação a curto prazo de sua visão de encontrar os passos para transformar sua visão em realidade. 

5 – Combine teoria e prática 

Gosto de comparar empreendedorismo e educação em inovação com a Medicina. Você não se torna médico/a apenas lendo livros, mas também não se torna apenas praticando medicina sem nunca ter lido livros. Algumas coisas você só pode aplicar em projetos para testar ideias, mas entender modelos de negócios pode ser facilmente feito lendo um artigo e, em seguida, mapeando o modelo de negócio. 

Ou seja, é realmente teoria e prática que você precisa combinar. Você precisa entender a anatomia e fisiologia dos negócios, mas só por entender, você não vai se tornar empreendedor/a. Você precisa aprender como isso é feito. Então, eu realmente encorajaria os alunos e alunas a entender profundamente os modelos de negócios, as propostas de valor, mas então realmente tentar, tentar e tentar, aplicando isso. 

Alex Osterwalder

Evento é parte da programação da Maratona de Inovação PUCRS 2021 (MIP) / Foto: Divulgação

Uma das principais referências sobre modelagem e desenvolvimento de negócios, o escritor e empreendedor Alex Osterwalder é o convidado do próximo Tecnopuc Talks, que acontece no dia 25 de agosto, às 11h, com transmissão pelo canal da PUCRS no YouTube. O evento marca a comemoração de 18 anos do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e conta com o apoio do Sebrae RS. A palestra ocorre em inglês, com tradução simultânea para o português e interpretação em libras, e para receber um lembrete no dia do evento é necessário realizar a inscrição. 

O evento é parte da programação da Maratona de Inovação PUCRS 2021 (MIP), que acontece entre os dias 23 de agosto e 2 de setembro, de forma online, e é promovida pelas sete Escolas da Universidade, Tecnopuc e pelo Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear)Alunos e alunas da PUCRS podem realizar a inscrição na MIP até o dia 18 de agosto para participar da programação completa e criar soluções para diferentes desafios da sociedade. 

Leia também: Inscreva-se na Maratona de Inovação e seja protagonista da nova era 

Para Flávia Fiorin, Gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, oportunizar a vivência empreendedora durante toda a trajetória acadêmica em um ecossistema global de inovação é um dos diferenciais de uma formação voltada a conectar o conhecimento teórico a experiências práticas de mercado. “Aproximar os participantes da Maratona de Inovação da principal referência em modelagem de negócios global é um marco importante nessa trajetória. Alex Osterwalder representa o novo olhar sobre a dinâmica de negócios, sob uma perspectiva clara e dinâmica”, explica Flavia. 

Uma linguagem visual para modelos de negócios 

Tirar uma ideia do papel e transformá-la em negócio nem sempre é um caminho fácil, mas existem algumas ferramentas que podem contribuir com essa rota. Desenvolvido a partir da pesquisa de doutorado de Alex Osterwalder, orientada pelo professor Yves Pigneur, o best-seller Business Model Generation: Inovação em Modelos de Negócios, publicado em 2010 e traduzido para mais de 30 idiomas, aborda de forma prática os desafios e as estratégias para a criação de empresas. O livro destaca a ferramenta de modelagem de negócios Business Model Canvas, que auxilia a realizar o mapeamento de ideias com linguagem visual. 

O Canvas é uma das principais metodologias utilizadas no mundo para o desenvolvimento de projetos e representa os nove pontos encontrados pelos pesquisadores como fundamentais para qualquer negócio: proposta de valor, segmento de clientes, canais, relacionamento, receitas, recursos, atividades, parcerias e estrutura de custos. 

“Mapeie rapidamente sua ideia, leve no máximo algumas horas para fazer isso e pergunte imediatamente: quais são as suposições subjacentes? Quais são as hipóteses, os riscos, as coisas que precisam ser verdadeiras para que sua ideia funcione? E, então, realize testes! Você aprenderá com esses testes, adaptando e repetindo até encontrar evidências suficientes para dimensionar sua ideia”, orienta Alex. 

Em 1999, aos 25 anos, Alex fundou sua primeira startup, voltada para a educação financeira, e em 2010, cofundou uma empresa de consultoria que atendeu mais de cinco milhões de empreendedores utilizando a metodologia desenvolvida por ele. Durante a palestra, o especialista dará dicas para quem deseja começar a empreender e sobre como aplicar o Canvas para aprimorar os negócios. 

Um ecossistema de pessoas, criatividade, inovação e impacto 

O talk marca os 18 anos do Tecnopuc, um ecossistema de inovação cada vez mais conectado e global. Hoje, o Parque conta com mais de 178 organizações e 150 conexões com ambientes de inovação em todos os cantos do mundo. Transformando conhecimento em desenvolvimento social e econômico desde o início dos anos 2000, o time do Parque atua de forma colaborativa, promovendo um ambiente de negócios de classe mundial que envolve pessoas, criatividade, inovação e impacto 

Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, lembra da inauguração oficial do Parque e da Incubadora RAIAR (hoje Tecnopuc Startups), quando o sonho era criar um ecossistema de inovação que aproximasse a área de pesquisa das demandas da sociedade, gerando novas oportunidades de formação e desenvolvimento acadêmico e profissional para estudantes e pesquisadores.  

“Ao longo deste período recebemos algumas das maiores autoridades mundiais da área de inovação, como Henry Etzkovitz, Burton Clark, Regis Mckenna, Steve Blank e, agora, para a maioridade do Parque, Alex Osterwalder”, celebra Audy. 

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Confira os critérios de participação e se inscreva quarta-feira/Foto: Bruno Todeschini

Dados do Female Founders Reportda comunidade de startups brasileira, Distrito, mostram que apenas 9,8% das startups são fundadas ou cofundadas por mulheres, e muitos destes negócios não ultrapassam o estágio inicial por encontrarem dificuldades no processo de validação. Para auxiliar na transformação dessa realidade, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), com apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), desenvolveu o programa Women on the Road, que acontecerá no segundo semestre de 2021. 

O propósito da iniciativa é promover o desenvolvimento de startups em estágio inicial que sejam fundadas ou cofundadas por mulheres, além de sensibilizar futuras empreendedoras. Women on the Road deve provocar conexões que poderão gerar oportunidades de negócio entre empreendedoras do ecossistema.  

Para o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, iniciativas como esta são um investimento no futuro da região: A capacitação de profissionais nas áreas de tecnologia e de empreendedorismo para mulheres é uma ação estratégica para o desenvolvimento de nosso estado”.  

Já Leandro Pompermaierlíder do Tecnopuc Startups, explica o propósito do Tecnopuc com o programa:   

“Explorar o potencial de liderança, trabalho em equipe, inovação e solução de problemas. O Women on the Road nasce conhecendo o potencial de executivas e empreendedoras mulheres pois acreditamos que a diversidade nos negócios traduz em negócios melhores, mais robustos e é um ativo com potencial de gerar impactos socioeconômicos positivos” 

Saiba como funcionará o programa para startups fundadas por mulheres 

Women on the Road será dividido em três momentos: awarenesswomen warm-up e women on the road 

PUCRS conta com seviços que potencializam competências empreendedoras

Foto: Bruno Todeschini

Para participar, as equipes devem ser formadas por, no mínimo, duas empreendedoras, 75% da equipe precisa ser composta por mulheres e a solução inovadora proposta deve ter base tecnológica. A startup deve ser fundada ou cofundada por mulheres. 

Interessadas em participar do programa podem se inscrever pelo site Sympla.

Outras iniciativas do Tecnopuc para mulheres 

Flávia Fiorin, Gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, relembra algumas das ações recentes do Parque: o Women in Tech, em parceria com a HP, e o Conexão Rio-POA [Delas], em parceria com a UFRJ, mostram a responsabilidade e o compromisso que o Tecnopuc tem com a formação e com a conexão de mulheres empreendedoras. Tudo isso demonstra o compromisso em auxiliar startups que tem mulheres como fundadoras a concretizar seus negócios e, dessa forma, transformar a realidade em que pessoas do gênero feminino são minorias na liderança de empresas. 

Estamos muito felizes em contar com o BRDE para impactar a trajetória profissional de muitas mulheres. Além de auxiliar na formação, o ecossistema cria e fortalece uma rede de apoio e de crescimento para que o impacto no mercado seja real. É um movimento que busca auxiliar na transformação do dado que revela o baixo número de startups lideradas por mulheres. Queremos mudar isso através da ação, da conexão e da formação”, sintetiza Flavia.  

Pesquisadores da PUCRS desenvolvem novo teste para coronavírus - Alternativa de exame possibilita diminuir custos e ter resultados mais rápidos

Novo teste identifica pessoas negativas para Covid-19/Foto: Divulgação/InsCer

Os institutos da PUCRS geram impacto e beneficiam diferentes setores da sociedade com ações, projetos e serviços. Entre eles estão o Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), que durante a pandemia ocasionada pela Covid-19 tiveram uma atuação marcante. Mais uma vez, a Universidade mostra sua relevância em momentos de crise, buscando soluções para problemas complexos. Conheça algumas iniciativas dos Institutos da PUCRS no combate à pandemia. 

Um olhar para a terceira idade 

Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) se dedica a ações interdisciplinares relacionadas ao envelhecimento humano. Para isso, são realizadas pesquisas que contam com laboratórios e com um corpo docente altamente qualificado A Universidade Aberta para Terceira Idade (Unati), que busca promover o envelhecimento saudável e com autonomia, também faz parte do IGGFoi nessas duas frentes que esse instituto atuou diante os desafios pandêmicos. 

Visando acompanhar, durante o período de um ano, idosos em idade avançada e com saúde vulnerável provenientes do SUS, o IGG está desenvolvendo a pesquisa Marcadores sociodemográficos, comportamentais, clínicos e moleculares para a identificação de idosos com risco de infecções graves pela Covid-19. Coordenada pelo diretor da instituição, Douglas Kazutoshi Sato, ela foi contemplada pelo edital PPSUS da Fapergs e é realizada em parceria com o Hospital São Lucas.  

Leia também: Projetos de Pesquisa da PUCRS vão contribuir com o SUS no Rio Grande do Sul 

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Foto: Camila Cunha/PUCRS

Com esse estudo, a instituição espera compreender de que forma esses idosos são afetados pela Covid-19, como o sistema imunológico deles responde às vacinas e à infecção pelo vírus e identificar marcadores para outras infecçõesA partir dos resultados dessas análises poderão ser realizadas ações de combate ao coronavírus, como a criação de protocolos clínicos específicos para o manejo da doença nessa população, o incentivo para a criação de políticas públicas de saúde voltadas à proteção do idoso no SUS, especialmente os que estão sujeitos a quadros mais graves da doença, e contribuições com o plano nacional de prevenção de infecções e vacinação em idosos 

Outra pesquisa de destaque também foi realizada pelo professor Sato, em parceria com a Universidade de Keio, em Tóquio. Denominado Hábitos comportamentais de japoneses, descendentes e não descendentes de japoneses diante da pandemia pela Covid-19o projeto está tendo seus dados analisados, mas indica que diferenças comportamentais e culturais podem ter contribuído para a discrepância no número de contaminações ao comparar ambas as populações. O estudo foi realizado por meio de um levantamento de dados pela plataforma Qualtrics e participaram dele 4.704 indivíduos, 2.685 do Brasil e 2.019 do Japão. O objetivo é de que essa pesquisa possa auxiliar na revisão das medidas profiláticas adotadas em pandemias, identificando hábitos comportamentais preventivos que contribuem para a preservar a saúde. 

Além disso, através da Unati, o IGG promoveu conteúdos, lives e cursos voltados aos idososincluindo eventos gratuitos. Essa é uma maneira de fornecer conhecimento a esse público, além de facilitar a interação com outras pessoas da mesma faixa etária, o que é de extrema importância durante a pandemia para auxiliar no cuidado à saúde mental do idoso. 

Ações que impactam no cotidiano 

Já o InsCer atua em duas frentes: na pesquisa e na assistência. Para oferecer o melhor resultado à população em cada uma delas, conta com um time de neurocientistas renomados internacionalmente e oferece exames de imagem com tecnologia de alto nível. Suas ações durante a pandemia foram voltadas, principalmente, a problemas cotidianos, como as dificuldades de aprendizado de crianças em idade de alfabetização sem atividades presenciais nas escolas, diagnósticos de casos suspeitos de Covid-19 e alterações neurológicas e psicológicas causadas tanto pelo isolamento social quanto pela contaminação pelo coronavírus. 

Já no começo da pandemia no Brasil, em abril de 2020 o Laboratório de Biologia Molecular e Imunologia do InsCer passou a oferecer exames RT-PCR – responsáveis por detectar a infecção pela Covid-19 durante o período sintomático da doença – com resultado em 24h para empresas, escolas e pessoas físicas. Mais tarde, disponibilizou o teste RT-PCR Fast, com resultados que saem em 4h, de acordo com janelas específicas durante o dia. Todos os laudos são emitidos em português, inglês e espanhol. Além disso, também foi oferecida a coleta domiciliar do exame, no intuito de auxiliar no diagnóstico de quem não tem a possibilidade de sair de casa, como idosos acamados, por exemplo.  

Saiba mais: InsCer oferece diferentes opções de exame RT-PCR para Covid-19 

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Até dia 30 de junho é possível participar da pesquisa do InsCer sobre o sono na pandemia/Foto: Shutterstock

Enquanto isso, pensando na realidade de ensino remoto, a qual impediu crianças de frequentarem presencialmente instituições de ensino, o Instituto desenvolveu o aplicativo Graphogame, um jogo educacional que tem como objetivo auxiliar crianças de 4 a 9 anos no processo de alfabetização. Ele chegou no Brasil por meio do Ministério de Educação, em iniciativa conduzida pelo pesquisador do InsCer, Augusto Buchweitz 

Por fim, o Instituto do Cérebro, que é referência em pesquisas sobre questões relacionadas à Neurociência, também se destacou na área durante a pandemia, liderando três importantes estudos sobre o assunto:  

Além disso, pesquisas relacionadas ao coronavírus realizadas pela instituição foram publicadas em revistas internacionais. 

Conheça outras ações da PUCRS no combate à PANDEMIA

Essa é a última de uma série de matérias que compilam ações da Universidade no combate à pandemia.  

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Solução, que já impactou mais de 15 mil vidas, atenderá 5 mil leitos no HSL / Foto: Divulgação/Correio de Gravataí

A Noharm.ai, startup que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e o Navi, hub de inteligência artificial liderado pelo Parque e pela Wisidea Ventures, iniciou a sua operação no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL). A iniciativa consiste em uma plataforma que auxilia a Farmácia Clínica nas tomadas de decisões por meio da inteligência artificial. 

A solução, que está presente em 13 hospitais, já impactou cerca de 15 mil vidas. Com a entrada no HSL, atenderá 5 mil leitos. “O Hospital São Lucas sempre foi uma consequência natural do desenvolvimento desse projeto dentro da PUCRS. Nossa expectativa é trazer mais eficiência para o serviço de Farmácia, avaliando 100% das prescrições no hospital, oferecendo mais segurança para os pacientes”, destaca Henrique Dias, idealizador da startup e cientista de dados. 

A plataforma atua a partir de dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. O sistema indica onde estão os potenciais erros de prescrição, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar. 

Plataforma foi desenvolvida a partir de projeto de pesquisa da Escola Politécnica 

A Noharm.ai foi desenvolvida a partir do projeto de pesquisa de Henrique durante o doutorado em Ciência da Computação, da Escola Politécnica da PUCRS. Pensada em conjunto com Ana Helena Ulbrich, farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, a startup apresenta uma inteligência artificial capaz de ler 800 medicamentos e analisar 500 mil prescrições em segundos, trazendo mais agilidade e segurança na tomada de decisões farmacêuticas.  

Quando Henrique e Ana Helena idealizaram a startup, eles se juntaram a mais sete voluntários para terminar o desenvolvimento do sistema e colocar a pesquisa em prática. Os Hospitais Mãe de Deus e Santa Casa, ambos de Porto Alegre, abraçaram o projeto e decidiram implantar o sistema na rotina diária da farmácia clínica.  

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Cuidado com o paciente e resultados positivos 

A coordenadora de farmácia no HSL, Luana Pancotte, explica que o cuidado com o paciente é o foco da farmácia clínica. Para ela, isso garante o sucesso na farmacoterapia para obtenção de resultados clínicos positivos. “O uso de tecnologias na saúde vem crescendo a cada dia, e a parceria da NoHarm.ai, além de trazer diversos recursos, otimiza muito o trabalho do farmacêutico clínico através da inteligência artificial. Todas essas informações já vêm segregadas, o que antes era feito manualmente. Com essa novidade, temos ainda mais segurança e qualidade para o serviço de farmácia clínica do hospital”, afirma.  

Para Diana Jardim, coordenadora de inovação em saúde do HSL, a presença da startup agrega ao portfólio de inovação. “Ao incrementar inteligência artificial na automação de processos assistenciais, o Hospital reforça o reposicionamento em melhorar a experiência dos pacientes e corpo clínico”, destaca. 

Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação recebe inscrições 

Com nota 6 na avaliação quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), os cursos de mestrado e doutorado do PPG em Ciência da Computação estão com inscrições abertas até o dia 18 de junho. O programa prepara os estudantes para atuar tanto na academia quanto no desenvolvimento de aplicações de alta complexidade e de conteúdos tecnológicos relevantes para grandes organizações.

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