No início do mês de abril, a empresa norte-americana Impinj (NASDAQ:PI), inaugurou a sua operação no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A multinacional com sede em Seattle, no estado de Washington, Estados-Unidos, está entre as principais empresas mundiais de projeto de semicondutores e escolheu a estrutura do Tecnopuc para sediar sua operação no Brasil. A operação da Impinj no Brasil conta com a mão de obra qualificada de profissionais que trabalharam no Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (CEITEC). 

Durante a inauguração da sede da empresa, o Vice-presidente da divisão de circuitos integrados da Impinj, Jim Guzzo, comentou que Tecnopuc foi escolhido pois proporciona um ambiente único de fomento à inovação, que facilita a colaboração com as universidades locais na região. “A paixão e o entusiasmo pela inovação e pela tecnologia combinam perfeitamente com a mentalidade e a cultura corporativa da Impinj”. A sede da Impinj no Brasil, contará com um time de engenharia atuando em uma série de projetos, incluindo projetos de circuitos integrados, projeto de antenas, teste de produtos, suporte a aplicação de campo e desenvolvimento de software.

Para a gestora de Operações e Empreendedorismo do Tecnopuc, Flávia Fiorin, a chegada de uma nova empresa no Parque é motivo de expectativas para novas oportunidades de negócios e ampliação do ecossistema. “Isso representa uma oportunidade única para o nosso Estado continuar avançando na área de semicondutores como polo relevante na formação e atração de profissionais de alto nível. Temos muito orgulho de sediar a operação de uma empresa global estratégica na cadeia de semicondutores”, ressalta. 

O Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira acompanhou o momento de inauguração da empresa no Tecnopuc e destacou a importância para o Rio Grande do Sul em sediar uma operação global ligada à indústria de semicondutores.”Este movimento representa um importante reconhecimento da capacidade do nosso Estado de se desenvolver e ser atrativo para os profissionais do mais alto nível nesta cadeia estratégica. Em nome da nossa comunidade universitária, temos hoje a grande honra de receber a Impinj”. 

Sobre a Impinj 

A empresa desenvolve chips de identificação por rádio frequência (RFID) para tags e leitores, bem como soluções de software e vende a escala de bilhões de chips por ano. A plataforma RAIN RFID, líder de mercado da Impinj, serve como base para o desenvolvimento da solução de IoT que conecta itens físicos à nuvem, fornecendo dados que ajudam os clientes a analisar, otimizar e virtualizar todas as coisas. 

 

Lançamento do EduX acontece nesta semana, no TecnopucAtualmente os hubs de inovação têm ganhado cada vez mais espaço. São esses os ambientes destinados àqueles que querem discutir e colocar em prática novas ideias. Hoje, o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) já conta com seis hubs de diferentes áreas e se prepara para o lançamento de mais um.  Nesta quinta-feira, dia 24, às 17h, junto com o Parque, a PUCRS e os Colégios e Unidades Sociais da Rede Marista lançam o Hub EduX. O evento acontece no auditório Bill Hewlett – David Packard, no prédio 97A do Tecnopuc, e também poderá ser acompanhado pelo Youtube da PUCRS.  

O hub, que conta com a realização da Wisidea Ventures e Marcha S.A e o apoio da Uol Edtech, visa fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras e que qualifiquem o processo de ensino e aprendizagem. A proposta é que isso aconteça por meio da conexão dessas ideias com o mercado, com a pesquisa e com instituições de ensino de todos os níveis de educação. 

O EduX nasce a partir do esforço dessas três unidades. O Tecnopuc, caracterizando a frente empreendedora; a Rede Marista, que inclui colégios e unidades sociais; e a Universidade, que contempla o ensino superior. A agente de Inovação do Tecnopuc Crialab Carolina Eichenberg, o instrutor de Aprendizagem Guilherme Bilhalva e o assessor de Planejamento e Avaliação Silvio Langer, são os representantes de cada uma das unidades, respectivamente.  

Conectando instituições de ensino para propor soluções 

De acordo com o trio, as discussões sobre a criação da proposta do hub se iniciaram por meio de um workshop no final de 2020. “Nos reunimos em um grupo de 15 pessoas do Tecnopuc, da PUCRS e da Rede Marista. Entendemos que esse grupo poderia montar o escopo do hub que está intrinsecamente ligado à nossa vocação, a educação”, comenta Silvio.  

O objetivo é que o EduX atenda às necessidades da PUCRS e dos Colégios Maristas, mas a iniciativa não deve se restringir a isso. “Em nenhum momento o Hub quer atender, exclusivamente, às questões internas. O EduX é pensado para educação. Então também podemos associar ao ensino público, básico e superior, além de outras instituições privadas”, explica Silvio.  

Com o lançamento, o grupo quer atrair o maior número de edtechs. “Queremos conectar essas startups com as universidades e escolas para propormos soluções.  O ecossistema já nos proporciona isso, mas o hub fortalece. Hoje temos pesquisas sendo desenvolvidas na Universidade, mas são estudos que acabam ficando restritos ao mundo acadêmico e não se tornam negócios. Acreditamos que esse movimento já está acontecendo na PUCRS, mas o hub de educação também pode fomentar isso, podendo colocar esses pesquisadores em contato com as startups”, afirma Carolina.  

PUCRS: um lugar de educação e inovação 

Assim como o trio, a pró-reitora de Graduação e Educação Continuada da PUCRS, Adriana Kampff, reforça que a Universidade é um lugar de educação e de inovação. “Nesse sentido, contar com um hub de educação que favoreça e potencialize soluções criativas para se desenvolver é fundamental. Esse posicionamento vale para todos os níveis de ensino e para educação ao longo da vida, das hard às soft skills, abrange transformação em metodologias, desenvolvimento de tecnologias, conexão de pessoas e necessidades em diferentes áreas do conhecimento e desenhos de experiências significativas”, completa a pró-reitora.  

Para Flavia Fiorin, gestora de operações e empreendedorismo do Tecnopuc, a estruturação de hubs em eixos estratégicos é uma prioridade que se conecta com o propósito do Parque, que é contribuir para o desenvolvimento da região. “Vislumbramos impactar positivamente a competitividade do nosso ecossistema ao conectar nossa vocação para educação ao desenvolvimento de startups. Fazemos isso pela interação com investidores e corporate ventures”, comenta Flavia.

sxsw, jorge audy, evilazio teixeira

Foto: Arquivo pessoal

Nesta semana, na cidade de Austin, Estados Unidos, acontece o South by Southwest EDU (SXSW EDU), maior evento de inovação e criatividade do mundo no setor educacional. A edição deste ano marca o retorno presencial do evento, após dois anos na modalidade remota. A expectativa é de mais de 100 mil participantes ao longo de três semanas.

Entre os temas debatidos no evento estão a construção de um futuro sustentável; as conexões que nos unem globalmente; os cenários das mídias em transformação e o poder da inclusão e respeito à diversidade.

Buscando identificar oportunidades de inovações no ensino e na aprendizagem para aplicação na Universidade, o reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, e o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS e do Tecnopuc, Jorge Audy, estão presentes no SXSW.

Também participam do evento o professor Leandro Pompermaier, que acompanha a comitiva liderada pelo Governador do Rio Grande do Sul, o professor Rafael Prikladnicki, e o doutor Salvador Gullo, empreendedor da startup Safet4me no ecossistema do Tecnopuc.

Inovação voltada para educação

Durante o evento, startups e empresas consolidadas do segmento educacional estão apresentando soluções e plataformas tecnológicas para apoio ao processo de ensino e aprendizagem. Entre os destaques estão novas aplicações utilizando tecnologias como Inteligência Artificial, Realidade Virtual e plataformas de gestão de comunidades virtuais.

O reitor da PUCRS ressalta que participar do SXSW EDU é uma nova e estimulante experiência pessoal que abre uma série de reflexões sobre o potencial de novas tecnologias aplicadas na área de Educação Superior.

“Nestes primeiros dias de evento fica claro que não estamos mais abordando somente a questão do futuro da educação e da aprendizagem, mas sim a convicção de que a educação é o futuro”, ressalta.

Para ele, as mudanças vividas nas últimas décadas também fazem emergir a necessidade de reflexão sobre temas como a responsabilidade social, a colaboração com base na solidariedade, a internacionalização, a regionalização e o papel da pesquisa e da inovação.

Para Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, a dinâmica e a energia presente no evento mostram que o futuro da educação está sendo cocriado por jovens educadores e empreendedores. “Eles aplicam as novas tecnologias no contexto da aprendizagem de forma transformadora, construindo uma nova educação para uma nova sociedade, em sintonia com seu tempo”, comenta Audy.

banritech; inovaçãoUm programa de aceleração gratuito e aberto para startups de todo o Brasil. Esse é o BanriTech, iniciativa do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), que visa impulsionar o ecossistema de inovação do estado e que, pelo segundo ano consecutivo, conta com o apoio do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).  

O projeto é destinado a startups que possuam soluções ou atuem nos segmentos de serviços financeiros, agronegócios, relacionamento com clientes e empresas, eficiência operacional, segurança da informação e governos. O segundo ciclo do programa está com inscrições abertas até o dia 13 de março, no site do BanriTech. 

Em 2021, o programa impactou 30 empresas, gerando conexões com as mais diversas áreas do Banrisul e do ecossistema de inovação. Leandro Pompermaier, gestor de Relacionamentos e Negócios do Tecnopuc e integrante da banca avaliadora do primeiro ciclo do projeto, destaca a qualidade elevada dos participantes. “Isso evidencia que todos os negócios, inclusive as fintechs, devem se preocupar cada vez mais com o impacto que geram na sociedade”.  

Pompermaier participa do programa desde a sua concepção e, com a equipe do Tecnopuc, se orgulha da criação do BanriTech.  

“Com o time do Banrisul, criamos um programa diferenciado e robusto com o foco na aceleração de negócios inovadores. Podemos mostrar como a experiência e o protagonismo na área de inovação do Tecnopuc, aliada ao profundo conhecimento de negócio do Banrisul, podem proporcionar algo de elevado valor para os empreendedores no início das suas jornadas”, destaca. 

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nanotecnologia

A nanotecnologia garante camadas de proteção antivirais e antimicrobianas às máscaras./Foto: Lucas Villela

A rotina intensa de um hospital pede proteção extra para os/as funcionários/as, principalmente em um contexto de pandemia. Para contribuir com a segurança sanitária do Hospital São Lucas (HSL) da PUCRS, a Nanowear, startup que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), realizou a doação de mil máscaras com nanotecnologia aos colaboradores.  

Conhecida como uma pequena solução para grandes problemas, a nanotecnologia consiste em comprimir, controlar e utilizar as propriedades da matéria em nanoescala. Desenvolvidas em 2021, a produção das máscaras contou com o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em programa de combate à Covid-19.  

Os itens são fabricados com material 100% algodão e a nanotecnologia garante camadas de proteção antivirais e antimicrobianas sem interferir nas características do tecido. As máscaras ainda possuem propriedade de hidrorrepelência, ou seja, não molham nem sujam com facilidade. É importante lembrar que elas não substituem os EPIs, mas são uma excelente alternativa para o dia a dia.

Diana Jardim, coordenadora de inovação do HSL e do BioHub PUCRS, destaca que a Nanowear realiza diversas ações de responsabilidade social, inclusive oferecendo jalecos hospitalares a preços similares à roupa sem a tecnologia, levando todos os benefícios a muito mais pessoas. “É com muito orgulho que contamos com esse empreendimento no nosso ecossistema de saúde, Universidade, laboratórios, hospitais e empresas parceiras”

Atuação próxima e responsável 

Além da doação das máscaras, a Nanowear está planejando um teste com a área de controle de infecções hospitalares e com os laboratórios da Universidade para comprovar que mesmo as bactérias mais resistentes são repelidas pela nanotecnologia.  

 “No propósito de levar nanotecnologia de forma acessível para as pessoas, a Nanowear tem trabalhado no pilar social e desenvolvendo ações constantes que possam levar os produtos com nanotecnologia para as pessoas”, explica Andrè Flôrès, chefe de inovação da Nanowar.  

A startup já atua com nanotecnologia no segmento de alimentos e calçadista. Atualmente, produz todo tipo de enxoval hospitalar e consegue oferecer em torno de 30% de economia com redução no consumo de água, insumos e energia. Além disso, a tecnologia ajuda na diminuição da contaminação por bactérias e vírus, reduzindo desgastes, sujeiras e danos nos tecidos.  

Leia também: Covid-19: o impacto das medidas de prevenção na transmissão de infecções respiratórias

Mercado dos carros elétricos tem crescido no Brasil

Principal fator que incentiva a utilização de carros elétricos é a diminuição da poluição do ar / Foto: Pexels

No Brasil, os carros elétricos ainda têm um mercado pequeno, mas que cresce rapidamente com iniciativas de empresas e entidades de fomento à tecnologia. De acordo com dados da NeoCharge (2021), empresa que oferece soluções de recarga para veículos elétricos, atualmente existem mais de 65 mil carros deste tipo no País, sendo São Paulo, Minas Gerais e Santa Catarina, os estados com mais presença destes automóveis.  

O professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Eduardo Campos Pellanda é responsável por realizar diversas pesquisas sobre tecnologias que impactam a sociedade e foi o primeiro comprador de um veículo elétrico no Rio Grande do Sul. Atualmente, o docente se dedica a investigar as transformações decorrentes da transição deste importante setor.  

Pesquisas sobre mobilidade urbana e novas tecnologias 

O principal projeto que está sendo desenvolvido é em parceria com o Grupo IESA, referência no mercado automotivo no Rio Grande do Sul. A iniciativa propõe criar uma estação de carregamentos de carros elétricos com energia solar que terá sempre veículos das marcas que a empresa representa como demonstração da tecnologia, para que a comunidade acadêmica possa entender o funcionamento desta nova tecnologia. “As universidades têm um papel fundamental neste processo pesquisando soluções e capacitando pessoas para esta nova realidade”, pontua o pesquisador. 

Além das produções individuais, Pellanda também atua com o PLUG: Future Mobily, hub que nasceu da ideia de agregar pesquisa e ensino da PUCRS a startups, empresas, governo e associações que estão trabalhando nestes desafios da nova mobilidade urbana. O grupo surgiu por iniciativa de professores das escolas Politécnica, de Negócios e da Famecos. Por isso, apresentam uma proposta de abordagem multidisciplinar do assunto.  

Vamos produzir conteúdos relevantes com os estudantes do curso de Jornalismo e vamos agregar grupos de pesquisa que estão alinhados com o tema. Com esta convergência de forças, temos certeza de que seremos um espaço relevante nacionalmente e internacionalmente sobre mobilidade e tecnologia”, complementa.   

Carros elétricos e seus impactos  

A adesão dos carros elétricos, assim como bicicletas ou patinetes elétricos, pode transformar as cidades profundamente. De acordo com Pellanda, o principal fator que incentiva a mudança é a não poluição do ar:  

“Cidades com ar mais puro não só ajudam globalmente no controle do aquecimento, mas também permitem uma menor incidência de doenças respiratórias na população. Além disso, carros, ônibus e caminhões elétricos podem fomentar o exercício ao ar livre e também o uso das bicicletas convencionais, já que a poluição é um dos fatores que impede as pessoas de pedalarem em vários centros urbanos”. 

Outro benefício é em relação à poluição sonora. Com os veículos elétricos, as cidades ficariam com menos ruídos, permitindo uma melhor qualidade de vida e pessoas menos estressadas. Além disso, Pellanda também destaca que os prédios históricos sofreriam menos com a fuligem oriunda dos canos de descarga de veículos tradicionais. 

Leia também: PUCRS integra primeiro laboratório para testes de baterias de carros elétricos do País

saúde, bem-estar

Foto: iStock

Em parceria com o Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG), a startup Dieta Vida realizou recentemente a etapa final do seu projeto-piloto. A atividade contou com um grupo de 30 pessoas, entre 65 e 83 anos, e integra o programa online de reeducação alimentar e qualidade de vida desenvolvido pela startup.  

A plataforma apresenta aulas gravadas, curtas e práticas sobre nutrição funcional, terapia holística e gastronomia. Além disso, os usuários podem tirar dúvidas, baixar e-books em PDF e assistir, ao vivo, mentorias sobre como montar uma dieta de forma individualizada 

Embora a startup já houvesse validado a sua metodologia de um ponto de vista técnico, a usabilidade da plataforma e a efetividade para pessoas que procuram uma melhora da saúde por meio da alimentação, a intenção do projeto é legitimar esse modelo para o público 60+ e outros grupos segmentados, como o público empresarial.  

Resultados na prática 

A nutricionista e empreendedora Ana Júlia Canfild conta que o projeto teve muita participação e engajamento do público. Essa foi a primeira vez que a startup trabalhou com um grupo nessa faixa etária.  

“O piloto foi importantíssimo para provar que mesmo sendo uma solução totalmente online, funciona também para idosos. Outro aprendizado é que tínhamos a impressão de que o engajamento só existia quando a pessoa pagava, mesmo que um valor simbólico, para esse tipo de serviço. Mas vimos que o grupo mobilizou a todos, fazendo com que houvesse um aproveitamento de quase 100%”, pontua.  

Ana Júlia ainda comenta que a startup se mostrou uma oportunidade para empresas que querem oferecer esse tipo de serviço como benefício aos funcionários ou que identificaram a necessidade de melhora da saúde e peso de um grupo específico. 

Nair Mônica do Nascimento, de 67 anos, conta que perdeu dois quilos em uma semana utilizando a plataforma da Dieta Vida. “Foi supertranquilo acessar a plataforma, aprendi muito com a nutricionista e senti muita segurança. A integração com o grupo também me ajudou nesse processo” 

Irany Salete Coelho, de 66 anos, exalta sua participação no projeto Dieta Vida.  

A startup 

A Dieta Vida é uma healthtech investida e acelerada no HealthPlus, centro de inovação liderado pela GROW e pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A estrutura é conectada ao BioHub, iniciativa que reúne toda a expertise da PUCRS nas áreas de saúde, tecnologia e inovação, envolvendo as Escolas da Universidade, Hospital São Lucas, Tecnopuc e Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).  

A coordenadora do BioHub, Diana Jardim, destaca a importância de viabilizar esse tipo de conexão, que entrega mais saúde para as pessoas e aumenta a autoestima e a longevidade.  

“Este case em especial foi lindo de ver! A melhor idade exaltando energia e felicidade com os resultados alcançados! A Dieta Vida transformou a experiência com a tecnologia em algo acessível e prazeroso, oportunizando escala e inovação em saúde e bem-estar”.

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Um sistema de Inteligência Artificial capaz de ler milhares de exames, prescrições médicas e textos clínicos em segundos. Com essa tecnologia, a NoHarm.ai auxilia profissionais de saúde da área de Farmácia Clínica Hospitalar na tomada de decisão, trazendo maior agilidade nos processos e segurança para os pacientes. Presente em mais de 30 hospitais de todo País, a startup sem fins lucrativos já impactou mais de 90 mil vidas através do cuidado com pacientes. 

A NoHarm.ai ganhou vida a partir da pesquisa do estudante Henrique Dias no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica da PUCRS. Orientado pela professora Renata Vieira, o projeto Validação da Identificação de Eventos Adversos por Aprendizado de Máquina em Ambientes Reais foi o impulso para Henrique unir a pesquisa científica e o empreendedorismo. Por meio dos caminhos proporcionados pelo Track Startup, o projeto saiu da sala de aula e ganhou novos espaços. Atualmente, a startup está instalada no ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). 

“Realizar o doutorado na PUCRS foi essencial para a NoHarm se tornar um negócio de impacto social. A Universidade possui diversos programas que possibilitam empreender e permitem que estudantes possam se engajar no ecossistema de inovação”, conta o estudante.

A solução promovida pela startup foi pensada em conjunto com Ana Helena Ulbrich, farmacêutica do Grupo Hospitalar Conceição, e contou com a participação de diversos voluntários para o desenvolvimento do projeto.  

Inovação impulsionada pela pesquisa científica 

A tecnologia com base em IA utilizada pela NoHarm atua a partir de dois algoritmos para automação da triagem farmacêutica. Enquanto um faz a priorização das prescrições fora do padrão, o outro trabalha na identificação de pacientes críticos. O sistema indica onde estão os potenciais erros de prescrição, aumentando a qualidade assistencial e a eficiência hospitalar. 

Durante o doutorado, Henrique publicou 25 artigos científicos com foco no projeto. “Recebi muito incentivo da minha orientadora para realizar as publicações. A pesquisa científica agregou valor não só para a minha trajetória acadêmica, mas também contribuiu para aprimorar e validar a NoHarm, entregando ainda mais valor para a sociedade”, comenta.  

Por três anos consecutivos, a pesquisa realizada por Henrique foi vencedora do Google Latin America Research Awards (Lara). A premiação tem como objetivo impulsionar a inovação e destacar projetos acadêmicos da América Latina que visam identificar e propor soluções tecnológicas para problemas reais do cotidiano das pessoas. 

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“O Henrique chegou para o doutorado com o propósito de fazer uma pesquisa com contribuição social. Ele estudou métodos, adaptou e criou novas soluções, levando em consideração dados reais. O ecossistema da Universidade proporcionou condições para inovação e o Henrique teve habilidade para construir algo novo com contribuição social, como tinha intenção, desde o início”, conta a professora Renata Vieira, orientadora dos estudos. 

Em junho, a NoHarm iniciou a atuação no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), e já atende 500 leitos na instituição. “O HSL sempre foi uma consequência natural do desenvolvimento desse projeto dentro da PUCRS. Nossa expectativa é trazer mais eficiência para o serviço de farmácia, avaliando 100% das prescrições no Hospital, oferecendo mais segurança para os pacientes”, conta Henrique Dias. 

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A startup também participou do Rocket 2021, reality show promovido pela RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná. Na sua terceira temporada, o programa teve 48 episódios durante seis semanas. Como a única representante gaúcha, das 50 startups do Brasil todo, a NoHarm ficou em 3º Lugar na Órbita Vida.

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Reconhecimento e conexão internacional 

Entre as premiações recebidas pela NoHarm.ai, está o destaque no Innovation Awards, promovido pela Grow+ e divulgado nesta terça-feira, 30 de novembro. A startup conquistou o 2º lugar na categoria Inovação Corporate, em colaboração com o Hospital Mãe de Deus. Com o uso da ferramenta, o HMD alcançou um índice de 93% das prescrições revisadas nas Unidades de Internação na primeira semana da Central de Avaliação de Prescrição.  

Além da parceria com diferentes hospitais brasileiros, a NoHarm também já gerou conexões internacionais. Em novembro deste ano, Henrique representou o Tecnopuc no Web Summit 2021, em Lisboa, um dos maiores eventos de inovação do mundo. Entre os frutos da viagem, estão a aproximação com parques tecnológicos e ambientes de pesquisa de países como Portugal e Estônia.  

“Temos uma tecnologia capaz de impactar vidas no mundo todo. Queremos estar conectados globalmente com a área da saúde, da inteligência artificial, e da economia de propósito. A participação no Web Summit, por meio do Tecnopuc, contribuiu para nos aproximar ainda mais desses tópicos”, conta Henrique.

A startup também está entre os projetos que integram o Navi, hub de inteligência artificial liderado pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS e pela aceleradora Wisidea Ventures. 

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Foto: Pixabay

Na próxima quarta-feira, dia 17 de novembro, das 9h às 11h, será realizado o encontro online de Inovação e Desenvolvimento nas Instituições de Educação Superior Marista. O quarto encontro da Rede Marista Internacional de instituições de Ensino Superior (IES) acontece pelo Zoom e terá como temática A inovação e o empreendedorismo no contexto da Terceira Missão nas IES Maristas: As IES como vetores no processo de Desenvolvimento Social e Econômico da sociedade na qual atuam. 

Encontro para refletir sobre o futuro pós-pandemia  

O encontro aberto voltado para lideranças das Universidades, representantes Provinciais e do Governo-Geral, tem como objetivo refletir sobre o cenário pós-pandemia na perspectiva da inovação e do desenvolvimento para a Educação Superior. Também tem como proposta elaborar caminhos para o planejamento das IES, considerando as mudanças em curso frente a novos modelos de ensino, pesquisa e o impacto das mídias, da tecnologia e da interatividade na sociedade do conhecimento.  

A programação do encontro contará com a participação do superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, professor Jorge Audy, que conduzirá o painel sobre a Perspectiva conceitual da inovação e a Inovação como vetor de desenvolvimento na Universidade. O evento ainda terá a fala de representantes de outras IES. 

O presidente da Marista Internacional de Instituições de Educação Superior e vice-reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges, comenta que o conteúdo que será abordado no evento introduz a temática para a próxima Assembleia da Rede, que será realizada em abril de 2022. “O encontro tratará do tema da inovação e desenvolvimento, na perspectiva dos desafios acadêmicos e na perspectiva do viés da relação da Universidade com essa sociedade em que está inserida”, destaca.

Participe do encontro 

Saiba mais sobre a Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior

A edição 2022 do South Summit, um dos maiores eventos de inovação do mundo, será realizada em Porto Alegre. O anúncio oficial ocorreu nesta quarta-feira, 6 de outubro, em Madri, na Espanha, onde acontece a edição deste ano da tradicional feira negócios e inovação, que reúne empreendedores, investidores, startups e corporações do mundo todo. 

Uma comitiva com representantes da prefeitura de Porto Alegre, do governo do Estado, da Assembleia Legislativa e universidades está participando do evento. A PUCRS está representada pelo Superintendente de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Audy. 

“Levar este evento para Porto Alegre é uma grande conquista. O South Summit oportunizará a aproximação com uma grande rede voltada para a inovação, que amplia ainda mais o protagonismo e a importância do ecossistema presente na nossa cidade. A feira também abre portas para atrairmos novos negócios e investimentos em setores essenciais para o desenvolvimento da sociedade”, destaca Audy. 

Conforme a organização do South Summit, a escolha de Porto Alegre se deu porque a cidade possui um ecossistema de inovação que conta grandes parques tecnológicos e mais de mil startups. 

Somente no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), estão reunidas mais de 170 empresas, com 6,2 mil pessoas envolvidas, que consolidam a PUCRS como um vetor da inovação e um ecossistema de empreendedorismo único no Sul do Brasil, solidamente conectado com empresas, governo e a sociedade. 

Sobre o South Summit 

O South Summit é reconhecido como uma plataforma global para inovação e conexões entre os principais participantes do ecossistema global, startups, corporações e investidores para gerar resultados e negócios. A iniciativa, criada pela Espanha Startup em 2014, está sediada em Madrid e estende sua rede de conexão para o resto do mundo. A edição do evento de 2020, realizada de forma digital, reuniu mais de 52 mil espectadores.