Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar, como fazer e experienciar a arquitetura, através da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Entre os eventos mais recentes relacionados a essa temática está o Congresso Internacional: Sustainability the City and Society 2023, promovido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo em conjunto com a Escola Politécnica, Escola de Humanidades, Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA – PUCRS/UFRGS), Departamento Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional (PROPUR/UFRGS). O congresso corre entre 19 a 21 de outubro de 2023, no Campus da PUCRS. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

trilha da descoberta do propósitoA Trilha da Descoberta do Propósito, formação gratuita promovida pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo de Inovação da PUCRS (Idear) foi indicada como finalista ao Reimagine Education Awards, premiação internacional de grande relevância na área da Educação. Nesta edição, a PUCRS está concorrendo na categoria Nurturing Wellbeing and Purpose Award, que contempla projetos que ajudam a promover o bem-estar físico e metal e clareza de propósito entre professores, alunos ou outras partes interessadas na educação. 

O processo de premiação deste ano contou com mais de 1.100 inscrições, em 18 categorias, e somente 198 projetos foram selecionados para a fase final do ranking. O diretor de Graduação da PUCRS, Denizar Melo, pontua que a classificação do projeto entre os finalistas é um marco importante para a Universidade.  

“Para nós, é motivo de satisfação e orgulho, pois temos a certeza de que as ações em prol da inovação pedagógica estão no caminho certo”, ressalta Denizar.  

De acordo com Naira Libermann, coordenadora do Idear, o Reimagine Education Awards recompensa abordagens inovadoras que melhoram os resultados de aprendizagem dos alunos. 

“Ficamos entre os finalistas no mundo e nosso maior prêmio é esse reconhecimento internacional sobre um projeto que entrega valor aos nossos alunos e alunas. A Trilha da Descoberta do Propósito foi criada especialmente para os nossos estudantes: queremos que, a partir das suas descobertas, eles possam ser atores transformadores das suas existências e do contexto em que vivem”, destaca Naira.  

A cerimônia de premiação acontece entre os dias 5 e 8 de dezembro, no Cairo, Egito. Também é possível acompanhar a celebração online, pelo link https://www.reimagine-education.com/ 

Qual o diferencial da Trilha da Descoberta do Propósito? 

Gratuita e aberta a todos os públicos, a Trilha da Descoberta do Propósito foi idealizada para proporcionar uma experiência única, interativa e inovadora. Desenvolvida em parceria com a Coordenadoria de Graduação Online (PROGRAD-EAD), a trilha aconteceu online, em formato de game e contou como 20 horas complementares para alunos/as. 

Quem participa deve criar um personagem (avatar) para ingressar em uma aventura. Nesta história, em que a animação é dividida em capítulos, o personagem acorda misteriosamente em uma ilha deserta sem saber o que aconteceu e com todas as lembranças fragmentadas. Então, o participante deve responder exercícios de reflexão e autoconhecimento, com o objetivo de encontrar a si mesmo, trabalhando em equipe para conseguir desvendar o mistério e descobrir o seu propósito. 

Sobre o Idear  

O Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS fomenta e sensibiliza estudantes, docentes e a comunidade para o empreendedorismo por meio de atividades, eventos, oficinas e maratonas.  

O Idear incentiva a atitude empreendedora interdisciplinar e da inovação com impacto positivo na sociedade. Fazemos isso reunindo todas as áreas do conhecimento em prol da formação de pessoas que proponham soluções que possam mudar o mundo.  

Leia também: Idear promove formação online e gratuita sobre competências empreendedoras 

A Bienal retornou para construir novos olhares. Com a “Dimensão do indizível” – tema da 13ª edição – novas luzes foram trazidas para a união da arte, natureza e tecnologia, promovendo parcerias em uma travessia para propostas ousadas e contemporâneas.  Um dos espaços do evento, que ficou situado no Instituto Caldeira, teve uma mostra muito especial, que nasceu com os artistas passando por um período de vivências e experiências, associando arte aos avanços da tecnologia.

Para tanto, aproveitando a metáfora do futebol em tempos de Copa, uma preparação dedicada e criteriosa, sem deixar de ser flexível iniciou ainda em 2021, contando com equipes interdisciplinares que atuaram em sintonia e cumplicidade com as propostas dos artistas. A intenção da Bienal era também “construir” seu público em um dos ambientes inovador de Porto Alegre, transformando a trilha dos artistas em uma “residência artística”.

Entraram em campo professores, pesquisadores e técnicos da PUCRS, com a ideia de apoiar a conexão da arte com a ciência e a tecnologia, e estabelecer juntos um campo de pesquisa e desenvolvimento. A liderança desta etapa, em sintonia com a curadoria da Bienal, foi exercida pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pelo IdeiaPUCRS – ambientes voltados à criatividade, inovação e prototipagem.

Foram meses de trabalho conjunto, com protótipos, experimentos, e inovações, identificando pesquisadores para consultas sobre aves, massas, som, eletrônica, luz, e muitos outros temas! Os números surpreendem. Foram mais de 800h de impressão 3D, 300h de apoio técnico, sete mil formiguinhas “impressas”, utilização de laboratórios da PUCRS por artistas daqui e mesmo de fora do Rio Grande do Sul, em uma sinergia que engrandece e amadurece o nosso ecossistema como um todo.  

Aprendizagem muito rica, também, para um centro de saber e conhecimento como a Universidade, oferecendo uma visão maior e melhor da vida assim como ela é: sistêmica, complexa e interdisciplinar. Arte e tecnologia. Sim, estamos voltando a respirar, com esperança no futuro! 

Act in Space

O grupo vencedor IntOrbit agora leva seu projeto para ser apresentado na etapa internacional em Cannes, na França

Durante 24 horas, entre os dias 18 e 19, o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (IDEAR) recebeu pessoas com um interesse em comum: encontrar respostas para as necessidades do futuro, inventando novos usos e serviços da tecnologia espacial para resolver problemas sociais e enfrentar os desafios do mundo atual. O grupo Team IntOrbit, formado pelos/as estudantes Maria Eduarda D’avila Dlugokinski, João Paulo Camargos Carneiro, Gian Schmidt Azambuja e João Cairuga, levou o primeiro lugar na etapa nacional do Act in Space e agora vai para Cannes, na França, concorrer com pessoas de todo o mundo por prêmios que vão desde uma experiência antigravidade até a mentoria de agências espaciais.

Maria Eduarda, aluna do primeiro semestre de Ciências da Computação, bolsista pelo PoaTek e integrante da equipe vencedora conta que este foi seu primeiro hackaton e que não esperava a vitória, considerando que seu grupo escolheu um assunto complexo.

“O nome do nosso grupo é IntOrbit (Int de inteiro e Orbit de órbita) e o nosso nome de projeto é Orbital Quantum Computer. Nosso projeto é colocar um computador quântico em órbita através de um satélite e assim conseguir usar 100% de um computador quântico – algo que ainda não é possível e o objetivo é justamente usar a capacidade máxima dele”, explica a estudante.

Incentivo ao uso de tecnologias e dados espaciais

O Act in Space foi pensando para incentivar a consciência do empreendedorismo, entendendo que o espaço pode contribuir para o crescimento social e econômico para além do seu ecossistema. Assim, os desafios propostos no evento orbitavam em torno do desenvolvimento do uso e aplicação de tecnologias e dados espaciais, além, é claro, do uso do espaço para benefício da Terra e da humanidade.

Act in Space

Participantes do evento passaram 24 horas dentro da PUCRS

“O evento estimulou a interdisciplinaridade e integrou participantes de diversas áreas, como Design, Psicologia, Jornalismo, Educação Física, Computação, Engenharia Agrônoma, entre outros. Durante as 24h de evento interruptas, os participantes puderam planejar, criar e desenvolver seus projetos, com o auxílio de mentores qualificados, com bases nos desafios estipulados pela organização mundial do evento. Novas amizades foram criadas e muitas ideias inovadoras nasceram durante os dias 18 e 19 de novembro”, pontuou a professora da Escola Politécnica da PUCRS Cristina Nunes.

A diversidade presente entre os/as participantes chamou atenção, inclusive para quem frequenta hackatons há mais tempo, como Natália Dal Pizzol, estudante do terceiro semestre de Ciência da Computação.

“Eu adoro participar de hackatons e gostei muito que esse foi dentro da PUCRS, pois tive bastante contato com os colegas que eu já conheci na faculdade, mas também com pessoas de outros cursos. Este foi o evento mais diverso que eu participei, em questão de cursos mesmo – design, física, psicologia – e isso refletiu muito nas soluções que foram bem diferentes e divertidas”, conta.

Para quem participou pela primeira vez, como a estudante Júlia Mendes Ribeiro, o Act in Space foi uma oportunidade de aprendizado em diferentes áreas. Mesmo sendo estudante de negócios e não de tecnologia, que é o público predominante em hackatons como essa, a participante sentiu confiança.

Os desafios

Act in Space

Cada equipe escolheu um desafio para desenvolver ao longo do Act in Space e, ao final, apresentar para uma banca

Cada um dos nove grupos participantes escolheu um desafio para desenvolver seu projeto no momento da inscrição. Os desafios estavam divididos em quatro blocos principais – seja um jogador newspace #Space4.0; negócios da vida cotidiana; voe até a lua e além; e o espaço para a Terra e para a Humanidade – com propostas que iam desde a criação de um satélite reciclável, inteligência artificial para precisão (que busca reduzir erros de GPS), reduzir em 50% o impacto da aviação no clima, criação de painéis solares, entre outros.

Os grupos tiveram acesso à mentoria com professores especialistas em negócios ao longo da competição, a fim de solucionar as dúvidas que surgiram durante o desenvolvimento dos projetos. Os critérios de avaliação foram apresentados durante o evento e, ao final, cada time teve oito minutos para apresentar o seu projeto para uma banca. A estudante Natália pontua que apesar de ficar nervosa com a apresentação para os avaliadores, foi uma oportunidade para treinar e receber feedbacks sobre uma ideia.

“Gostamos muito da experiência, foi muito legal ficar 24 horas trabalhando em um mesmo projeto, um projeto que a gente sabe que realmente vai trazer um benefício para a humanidade e impactar a vida das pessoas, seja aqui na terra ou no espaço. Nós crescemos muito como profissionais, como pessoas e aprendemos muito”, complementaram os participantes Vinícius Mateus Strassburger e Daniel Henrique Strassburger.

A etapa nacional agora vai apresentar seu projeto no evento final em Cannes, na França, entre os dias 13 e 14 de fevereiro de 2023. Além disso, o melhor projeto tem participação garantida no Programa de Modelagem de Negócios do Tecnopuc, o Startup Garage 2023. O programa conta com mentoria gratuita na área de negócios.

Equipe da PUCRS foi à capital portuguesa para o WebSummit/ Foto: Divulgação

No início de novembro, uma equipe liderada pelo reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, participou da edição de 2022 do WebSummit, na cidade de Lisboa, em Portugal. O evento recebeu mais de 92 mil pessoas no Parque das Nações, sede da Exposição Mundial de Lisboa. O WebSummit é o maior evento em inovação e tecnologia da Europa, formando, juntamente com o SXSW de Austin, a dupla dos dois principais eventos mundiais da área. 

O grupo da PUCRS também teve a participação do Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade, Jorge Audy, do Diretor do Instituto do Cérebro, Jaderson Costa, e do Líder da área de startups do Tecnopuc, Rafael Chanin. Além deles, também estavam presentes o gestor do BanriTech (parceria do Banrisul com o Tecnopuc), Tiago Abreu, o Diretor do Ideia, Eduardo Giugliani, e o professor Leandro Astarita, docente da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e vencedor da primeira edição do Programa Hangar. 

Metaverso e sustentabilidade foram temas marcantes 

Os desafios e oportunidades do metaverso, mundo virtual que é tendência atualmente, permearam as discussões das palestras da head de produto e da especialista de desenvolvimento da Meta, Naomi Gleit e Kirk Wei, respectivamente. O público também teve a oportunidade de refletir sobre criptomoedas, deep techs e denvolvimento de software com especialistas renomados nestas áreas. Temáticas como sustentabilidade, mudanças climáticas, diversidade, equidade racial e justiça social foram debatidas com a presença de Lisa Jackson, Vice-Presidente de Iniciativas Sociais e Ambientais da Apple. 

Abertura do WebSummit debateu temas de relevância mundial/ Foto: Divulgação

Os conflitos do mundo também estiveram em pauta: a primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, trouxe reflexões sobre a guerra e a paz. Participaram também da abertura o primeiro-ministro de Portugal, António Costa, o prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, e o ministro de Economia de Portugal, António Costa Silva.    

Na trilha de impacto e reflexões sobre as novas tecnologias e sociedade, palestrantes como Noam Chomsky, linguista e filósofo, e Barbara Fernandes, presidente da Thoughtworks, abordaram como a tecnologia e a inovação podem contribuir para um processo de desenvolvimento social mais justo no mundo. 

Grandes empresas marcaram presença nas exposições 

O evento contou com centenas de empresas e expositores. Quando o assunto é startup, foram mais de mil posições de apresentações, com destaque para as áreas de fintechs, clean energy, saúde, edtechs e sociais. Além disso, algumas startups brasileiras e gaúchas também marcaram presença, quatro delas do Tecnopuc: Instor, Payer, Akintech e Alana.AI. 

Um dos estandes mais concorridos e bem localizados foi o do Techroad, parceria que reúne as cidades de Porto Alegre, Caxias do Sul, Florianópolis, Joinville e Curitiba, criando uma rota de inovação entre os três Estados da Região Sul do Brasil. Representantes de cada cidade lideraram os estandes, como Ricardo Sonderman, diretor de Relações Internacionais da Prefeitura de Porto Alegre, e Élvio Gianni, secretário de Desenvolvimento e Inovação de Caxias do Sul. 

Durante o evento, ocorreu uma reunião da Rede Iberoamericana de Parques Científicos e Tecnológicos, em preparação para a V Reunião de Ministros e Ministras e Altas Autoridades de Ciência, Tecnologia e Inovação da Iberoamérica, que irá ocorrer na cidade de Santiago de Compostela ainda no mês de novembro. A reunião foi liderada por Felipe Romera, do Parque Tecnológico da Andaluzia (Málaga), com participações de convidados (de forma presencial e remota) na Galicia e em Lisboa. Os temas tratados envolveram as recomendações dos gestores dos principais Parques Cientificos e Tecnológicos da América Latina, Portugal e Espanha com relação ao papel dos Parques nos processos de desenvolvimento dos territórios onde atuam, seja em distritos, cidades, estados ou países. 

Comitiva brasileira marcou presença 

Participação do Brasil no evento foi marcante/ Foto: Divulgação

Além da comitiva com gestores da PUCRS, estiveram presentes no evento quatro empresários de startups do Tecnopuc e do BanriTech: Leandro Dias, da Akintech, Lais César, da Alana.AI, Vinicius Bubadra, da Payer, e Luciano Eifler, da Instor. Além deles, compareceram as vencedoras dos ciclos I e II do BanriTech no Tecnopuc, além de startups do Tecnopuc Porto Alegre (Payer) e Viamão (Instor). Todos os participantes da PUCRS no evento receberam apoio financeiro de projetos e convênios no âmbito do Tecnopuc, como Petrobras, Banritech e Sebrae.   

A delegação brasileira foi a terceira maior do WebSummit, contando com mais de 400 profissionais e convidados do Sebrae nacional e das unidades estaduais, além de uma grande delegação gaúcha, liderada pelos Secretários de Inovação de Porto Alegre, Luiz Carlos Pinto, e do Rio Grande do Sul, Alsones Balestrin.  

A delegação também contou com nomes como Thiago Ribeiro, Diretor do SouthSummit Brazil e da 4All, Bruno Bastos, Presidente da Associação Gaúcha de Startups e Ricardo Sonderman, Diretor de Relações Internacionais da Prefeitura de Porto Alegre). Compareceram também o jornalista Alfredo Fedrizzi, o Pró-Reitor de Inovação e Relações Internacionais da UFRGS, Geraldo Jotz, a Ex-Presidente da Assespro RS, Aline Deparis, Bruna Travi, Fabricio Gomes e a equipe do Banritech e Banrihub do Banrisul, além de diversos empresários e gestores públicos. 

Os representantes da Aliança para a Inovação de Porto Alegre e do Pacto Alegre vinham de uma semana de imersão no ecossistema de inovação da Catalunha, na Espanha, onde foram recebidos pelo professor Josep Piqué, Diretor do Technova Barcelona e consultor do Pacto Alegre. 

A edição 2022 do Moving the Cities já tem data para acontecer: entre os dias 17 e 28 de outubro de 2022 estudantes da PUCRS, Unisinos e UFRGS poderão participar do projeto que visa promover o desenvolvimento de soluções a desafios atuais através da cooperação internacional e intercultural entre ciência, empreendedorismo, inovação, tecnologia e sociedade. Por meio da Aliança da Inovação, alunos de todos os cursos de graduação da Universidade poderão participar do projeto. As inscrições vão até o dia 9 de setembro de 2022. 

A iniciativa liderada pela Unisinos em parceria com a UAS7 e a FH-Münster, da Alemanha, acontecerá neste ano em formato presencial e contará com a presença de estudantes internacionais da Alemanha, Estados Unidos e Chile. Para o desenvolvimento do projeto (sprint week), que ocorre durante uma semana de atividades desde 2018, são propostos desafios no contexto do desenvolvimento regional e do desenvolvimento pessoal de jovens talentos, para que os estudantes participantes, a partir de times multidisciplinares e internacionais, desenvolvam soluções para os diferentes temas postos em pauta, os quais estão alinhados aos ODS (Objetivos do Desenvolvimentos Sustentável).  

Durante sua realização, os times recebem mentorias sobre modelagem de negócios, inovação, mercado e tecnologia de profissionais de diferentes países.  

Como participar 

São 10 vagas para estudantes da PUCRS. As atividades serão conduzidas em inglês e, por isso, os candidatos deverão ter nível intermediário ou avançado do idioma. Para participar o estudante deverá ter disponibilidade de estar presencialmente nas atividades entre os dias 24 e 28 de outubro na sede da SAP, no Campus São Leopoldo da Unisinos.

Interessados deverão preencher o formulário disponível neste link e enviar para o e-mail internacional.eventos@pucrs.br até o dia 9 de setembro. Os participantes com 75% de frequência receberão certificação. 

Cronograma  

Onboarding (online): 17 até 20/10  

Sprint Week: 24 até 28/10  

Abertura Oficial: 24/10, 12h (Unisinos Campus POA)  

Pitch Day: 28/10 

Sobre a Aliança da Inovação

Aliança para Inovação é uma articulação entre UFRGS, PUCRS e UNISINOS. A união das três universidades tem o objetivo de potencializar ações de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento. A Aliança quer transformar a região em referência internacional no ambiente de inovação, conhecimento e empreendedorismo.

coalizão pelo impacto

Lançamento oficial da iniciativa em Porto Alegre ocorreu no Tecnopuc / Foto: Divulgação/Tecnopuc

Com o objetivo de potencializar o trabalho de organizações que estimulam o desenvolvimento de negócios de impacto social, a iniciativa Coalizão pelo Impacto apoiará incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos, hubs de negócios e instituições de ensino superior de todo Brasil. O projeto, lançado oficialmente em Porto Alegre no dia 11 de julho, tem entre as entidades contempladas o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A iniciativa é correalizada pelo Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Instituto Helda Gerdau, Instituto humanize e Somos Um, além de contar com a parceria estratégica da Cosan, Fundação FEAC, Fundação Grupo Boticário, Instituto Sabin e Raia Drogasil.

A Coalizão pelo Impacto tem como meta apoiar cerca de 600 negócios que tenham produtos e serviços voltados para a solução de problemas socioambientais. A proposta é que até 2026 a iniciativa aporte 29 milhões de reais para potencializar os negócios selecionados. Para alcançar a meta, a ação conta com a parceria de instituições e ecossistemas de cidades das cinco regiões do Brasil. Além de Porto Alegre, que conta com o Tecnopuc, Brasília, Fortaleza, Belém, Campinas e Paranaguá também fazem parte do projeto.

De acordo com Célia Cruz, diretora executiva do ICE, a iniciativa nasce pela percepção do crescimento nacional dos ecossistemas de investimentos de negócios de impacto. Apesar disso, a diretora ressalta a falta de ecossistemas bem estruturados para apoiar esses negócios de impacto.

“A Coalizão vai buscar desenvolver seis ecossistemas no Brasil todo, dois na região sul, sendo Porto Alegre a cidade de referência. O valor de 29 milhões de reais é para realizar doações que serão feitas para equipe do Programa e para os dinamizadores do ecossistema envolvido, que são essas organizações que vão apoiar aquele empreendedor que queira empreender em negócios que nascem para resolver problemas sociais. A ideia é que ao final se tenha ecossistemas bem fortalecidos nessas cidades das cinco regiões, que se tenha mais capital, mais empreendedores e mais dinamizadores com marco regulatório melhor para que esses empreendedores possam desenvolver todo o potencial para melhorar o Brasil, por meio de produtos e serviços que resolvam esses problemas sociais”, explica.

coalizão pelo impacto tecnopuc

Foto: Divulgação/Tecnopuc

Estímulo ao ecossistema de inovação em Porto Alegre

Os negócios de impacto buscados pela iniciativa são modelos que possibilitam a resolução de problemas sociais e ambientais. O objetivo é que o projeto complemente as políticas públicas, as ações do terceiro setor e as organizações sem fins lucrativos que realizam serviços públicos. O desenvolvimento desses negócios exige diferentes tipos de apoio, como técnico e financeiro, até que alcancem um modelo economicamente sustentável e entreguem impactos positivos mensuráveis.

Para Fernanda Bombardi, gerente executiva do ICE e coordenadora da Coalizão, o ecossistema empreendedor de inovação de Porto Alegre é uma das referências do País, com a atuação de organizações locais já estruturadas.

“Já chegamos a um grau de maturidade e mobilização dos atores locais muito relevante e maduro, o que traz um ambiente fértil para a inclusão da agenda de investimento de negócios de impacto. Todas as ações que pretendemos fazer são estratégicas e potencializam a atuação da Coalizão em Porto Alegre. Vemos como uma cidade em que o projeto vai decolar e trazer resultados muito relevantes e que podem inspirar outras cidades e regiões do Brasil”, ressalta a gerente executiva do ICE.

No dia 11, além do lançamento da Coalizão, também ocorreu a inauguração da sala destinada à iniciativa. Ao longo da semana, a equipe de coordenação também visitou as instalações do Tecnopuc, como o Impact Plus, além dos ambientes de inovação de Porto Alegre, como o Tecnosinos, o Parque Científico e Tecnológico da UFRGS (Zenit), o Instituto Caldeira e o NAU.

Jorge Audy, superintendente de inovação e desenvolvimento da PUCRS, ressalta o envolvimento do Tecnopuc na ação e destaca a participação de parceiros.

“A Coalizão pelo Impacto é liderada nacionalmente pelo ICE e envolve essa ação de investimento de 29 milhões de reais, parte desse recurso é uma doação de um parceiro nosso que é o Instituto Helda Gerdau, que tem uma sala aqui no Tecnopuc. A Beatriz Johannpeter, diretora, fez parte do aporte desse processo para que Porto Alegre seja uma das cidades do Brasil participantes dessa ação. Para a PUCRS e Tecnopuc é muito importante porque a Coalizão visa fomentar negócios de impacto social e ambiental e isso tem relação com a própria missão da Universidade e os valores institucionais que se refletem no Tecnopuc. Vamos ter a oportunidade de orquestrar uma ação com todo o ecossistema de Porto Alegre para o desenvolvimento de novos negócios de impacto e contar com a parceria do Pacto Alegre e da Reginp”, comenta Audy.

A diretora do Instituto Helda Gerdau, Beatriz Johannpeter, também comenta e destaca a importância da ação para o Instituto. De acordo com ela, o Instituto já nasce para fomentar o empreendedorismo socioambiental no Estado e, por isso, tem muita sinergia com a ação Coalizão pelo Impacto. “A família Gerdau Johannpeter sempre acreditou muito no empreendedorismo e na inovação e agora assume um papel de protagonismo por meio desse projeto. Estamos muito satisfeitos em poder apoiar essa iniciativa do ICE tão bem desenhada e orquestrada em Porto Alegre”.

O secretário municipal de inovação, Luiz Carlos Pinto, também destaca a participação de Porto Alegre na Coalizão pelo Impacto. “Será um marco que vai permitir um grande avanço da cultura e do empreendedorismo de impacto na nossa cidade. Temos certeza que a cidade com sua rede de inovação e seus atores de impacto relevantes, sob liderança do Tecnopuc, poderá ter uma participação qualificada na rede, aportando valor e construindo ações relevantes nacionalmente com apoio do ICE e das demais instituições e cidades da Coalizão”, aponta o secretário.

cidades inteligentes

Foto: Giordano Toldo

Se você já ouviu o termo “cidades inteligentes” deve ter uma ideia dos impactos desse conceito na forma como nos relacionamos com o espaço em que vivemos. O projeto Cap4city tem o objetivo de desenvolver a capacidade de governança em cidade inteligentes e sustentáveis. Financiado pelo fundo da Europeu Comission Erasmus, o projeto opera em consórcio com 12 Instituições de Ensino Superior, de diversos países. 

Para intensificar essa atmosfera de debate sobre o tema, o evento Construindo Capacidades de Governança em Cidades Inteligentes e Sustentáveis: compartilhando experiências de ensino e pesquisa aconteceu no Campus da PUCRS, nos dias 6 e 7 de julho, e contou com dez palestrantes internacionais, de oito países diferentes. O momento trouxe um apanhado de todas as vivências que o Cap4City construiu, a partir do objetivo de transformar as cidades por meio da educação.

A programação contou com apresentação de casos, painéis com diferentes perspectivas, metodologias e formas do assunto na inserção curricular. Lucy Temple, pesquisadora da Danube University Krems, na Áustria, e coordenadora do projeto explicou que, desde 2018, o projeto vem atuando de forma ativa.

“O Cap4city busca encontrar caminhos para ajudar cidades a se capacitarem para serem mais sustentáveis, além proporcionar todo o material que eles precisarão para implementar e criar um currículo o qual as universidades poderão usar no mundo todo”.

Eventos como esse são importantes para a promoção de diálogos e ações que potencializam a qualidade de vida das pessoas nas cidades. Vanessa Daniel, doutora em Administração e professora universitária, participou do evento e acredita que esse é um fator fundamental.

“Todo espaço que nós possamos discutir e trazer ideias diversas acerca do assunto é importante e ajuda a abrir o pensamento de diversos fatores. Aqui, temos atores das mais diversas áreas, com visões mais progressistas, outros mais críticas, e essas pessoas precisam dialogar para, de fato, pensarmos sobre esse fenômeno.”

Trajetória do Cap4city

cidades inteligentes

Fotos: Giordano Toldo

A herança da pesquisa do Cap4city vai para além do estudo. Para corroborar com isso, a proposta também visa lançar um curso gratuito com 31 disciplinas, com temas técnicos, como gestão, gestão pública e governança, por exemplo. As aulas ministradas pelos participantes internacionais estão legendadas em português, inglês e espanhol. O projeto também tem o objetivo de criar uma biblioteca de materiais gratuitos para quem quiser saber mais sobre cidades inteligentes.

“A ideia é que professores possam usar nas suas aulas, e até nas disciplinas do Novo Ensino Médio, mas pessoas interessadas no assunto também”, afirma a professora Edimara Mezzomo Luciano, coordenadora do Cap4City na PUCRS, pela Escola de Negócios.

O projeto transcendeu o campus e, na disciplina de Projeto Integrador I, os/as estudantes de Graduação em Administração aplicaram a metodologia na sua visita ao Centro Marista da Ilha Grande dos Marinhos, identificando os problemas e traçando soluções. O mesmo movimento ocorreu nos municípios de Picada Café e Ivoti. “Esse tipo de projeto faz os/as alunos/as perceberem o mundo, com pautas sociais e as escolhas dos governantes. Eles fazem uma parte da cidade que ainda não recebe tanta atenção”, afirmou Edimara, professora coordenadora do projeto.

As estudantes do curso de Engenharia Química da PUCRS, Marina Vicente Wizer, Myriam Bernaud Maghous e Ana Carolina Corso Minotto, formam o time Tech Girls e foram as ganhadoras da etapa brasileira do L’Oreal Brandstorm 2022. A competição universitária possibilita que estudantes proponham soluções inovadoras, ganhem visibilidade e tenham contato com especialistas de uma das maiores referências do universo dos cosméticos: a L’Oreal.

Elas criaram o Beauty Stabilizer, um pincel de maquiagem desenvolvido para pessoas com Parkinson ou Tremores Essenciais que conta com uma tecnologia de estabilização capaz de detectar e neutralizar tremores das mãos. “Acreditamos que o poder da beleza deve ser acessível para todas as mulheres e queremos trazer a visibilidade que essas mulheres merecem”, comenta uma das integrantes.  Conheça mais detalhes da proposta.  

Todos os anos é lançado um desafio e, nesta edição, podem participar candidatos com até 30 anos. As estudantes da PUCRS estão entre os dois times da trilha de inclusão escolhidos para seguir para a próxima etapa: a semifinal Internacional. Para celebrar as três décadas do programa, os universitários agora podem escolher entre uma das 3 trilhas: 

Próximos passos  

A última etapa será em Paris, na qual apenas 9 equipes do mundo todo (três de cada trilha) apresentarão suas propostas. Para avançar no programa e ir para a final internacional, as alunas precisam do apoio da comunidade acadêmica para votar no seu projeto, neste link, até o dia 15 de maio. Para registrar o voto, basta preencher com um e-mail e confirmar. 

“Já é incrível ter chegado até aqui e é agora que precisamos de vocês mais que nunca. Não seria incrível se três gurias estudantes da PUCRS realizassem o sonho de ir para Paris defender sua ideia representando o seu País?”, comentam as alunas. 

O programa Brandstorm existe há 30 anos e já contou com a participação de mais de 40 mil estudantes de 65 países e regiões. 

Rede Internacional Marista

Rede Internacional Marista debate Inovação na PUCRS. / Foto: Matheus Gomes

A PUCRS acolhe, nesta semana, a X Assembleia da Rede Internacional Marista de Educação Superior que iniciou nesta terça-feira (26). O evento tem como temática Inovação, Desenvolvimento e Transformação, o que norteia os diálogos entre as lideranças de 21 instituições maristas participantes do evento.  

Desde a última assembleia presencial, realizada em 2019, em Lima, Peru, a Rede passou por novos planejamentos e estruturações. Para esta edição, os objetivos principais centralizam-se em apresentar essa caminhada e refletir sobre cenários, desafios e oportunidades para a Educação Superior, além de compartilhar boas práticas, debater e deliberar sobre o plano estratégico e modelo operativo da Rede.  

Trabalho iniciado  

A programação conta com diferentes momentos de partilha e construção conjunta entre os participantes. As atividades do primeiro dia estiveram focadas na abertura e apresentações das instituições integrantes do grupo e do contexto da rede. O Ir. Manuir Mentges, vice-reitor da Universidade e presidente do Comitê Executivo da Rede, abriu o evento e apresentou o trabalho que será realizado ao longo dos próximos dias.

Na sequência, o evento seguiu com uma fala do Ir. Deivis Fischer, presidente da Província Marista Brasil Sul-Amazônia/Rede Marista. Ele compartilhou a história marista local e recordou o contexto regional como algo que também une essas instituições.  

O encontro seguiu com a fala do Ir. Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS, que deu boas-vindas às lideranças, fortaleceu a importância na conexão entre as instituições integrantes e apresentou a Universidade.  

Na finalização das falas de abertura, Ir. Luís Carlos Guterres, vigário-geral do Instituto Marista, abordou o compromisso das instituições maristas para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Ele abordou as três dimensões para a educação superior marista e convidou os participantes a refletirem. “Avançar com audácia, interconectar proativamente e inovar com paixão. Há muita terra prometida para o Instituto e para esse caminho de rede e de comunhão”, comentou. “Os temas que serão abordados aqui serão uma oportunidade para essa construção”. 

Foto: Matheus Gomes

Educação, pesquisa e impacto  

Durante a tarde, a atividade iniciou com a palestra e assessoria do pesquisador Josep Miquel Piqué, presidente do La Salle Technova Innovation Park, em Barcelona e da Rede Catalã de Parques Científicos (XPCAT).  Piqué abordou as possibilidades de inovação no momento atual. 

 “As sociedades que incentivam o talento, incentivam que a sociedade avance. Uma universidade empreendedora é aquela que assume a inovação, talento e transformação no seu entorno”, afirmou. Ele enfatizou ainda a necessidade de ter os espaços de educação conectados com pesquisa e impacto, buscando constantemente a resolução de problemas. “Só aprendemos quando há conexão com um problema, quando nos conectamos com algo que somos responsáveis. É preciso idear, prototipar e solucionar”, ressaltou. 

Inspirados na fala,  Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento do Tecnopuc e Ana Berger, líder do Tecnopuc Crialab, conduziram uma dinâmica para a construção do trabalho conjunto sobre as oportunidades existentes na Rede.  

Próximos passos 

A partir das reflexões realizadas, a proposta é que o grupo aprove os modelos de governança e quais serão os projetos estratégicos que terão ênfase nas próximas etapas. Além disso, está prevista a eleição do novo Comitê Executivo, juntamente com o novo presidente da Rede.  

Sobre a Rede Internacional Marista de Educação Superior   

A Rede Marista Internacional de Instituições de Educação Superior (IES) consiste na união de, atualmente, 27 instituições que em sintonia com as premissas da Administração Geral do Instituto dos Irmãos Maristas, em Roma, buscam criar conexões de sinergia e atuação em seus espaços de missão.   

Com fundação em 2004, essa rede tem como objetivo criar oportunidades de parcerias, formação e projetos em conjunto, potencializando a atuação no ensino superior em mais de 10 países.   

Saiba mais sobre a Rede aqui.