Ingrid Vanderveldt é fundadora e presidente do projeto Empowering a Billion Women (EBW) by 2020 (Empoderando um bilhão de mulheres até 2020) e foi a primeira Entrepreneur-in-Residence da Dell, onde supervisionava iniciativas de empreendedorismo ao redor do mundo. Em passagem pelo Brasil, a norte-americana visitou o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) no dia 11 de abril, quando realizou uma palestra com foco nas mulheres, empreendedorismo e o futuro da inovação.
Hoje uma empreendedora e investidora de sucesso, Ingrid dividiu com o público o momento mais difícil de sua vida profissional para assegurar, especialmente às mulheres, que falhar faz parte do processo. “Se você não falhar fazendo cosias que não funcionam e tentando descobrir o que funciona, você provavelmente não está inovando o suficiente. Investidores gostam de ver pessoas que não desistem, tentam de novo, seguem em frente.”
Sua vinda à PUCRS foi promovida pelo Consulado dos EUA em Porto Alegre. Ingrid estava acompanhada da cônsul Julia Harlan, do chefe da Seção de Imprensa, Educação e Cultura, John Jacobs, e da relações públicas do Consulado, Kerley Tolpolar.
Falhar faz parte do processo
Líder da área de Impacto Social do Tecnopuc, Gabriela Ferreira (esquerda), e Ingrid Vanderveldt | Foto: Camila Cunha
Para um público maioritariamente feminino, Ingrid iniciou a fala contando sua trajetória. “Enquanto eu construía minha terceira empresa, certa de que encontraria investidores, eu colocava todo o dinheiro que fiz nas minhas empresas anteriores e chegou um momento em que eu não tinha renda para mantê-la aberta. Perdi tudo o que construí, até a casa que eu havia comprado, com tudo dentro. Fui morar no meu carro com meu gato e as poucas roupas que consegui levar. Foi o momento mais sombrio e também o mais extraordinário da minha vida”, revelou.
Ingrid destacou a importância de termos um grande mentor e um bom sistema de suporte. “Se você está com falta de confiança e não acredita em você mesma, ajuda ter alguém que a conheça dizendo que você tem o que é preciso e que vai conseguir. Parte do meu suporte foi uma amiga que hoje trabalha para mim. Ela me viu morando no carro e me disse para morar com ela até me reerguer, que eu poderia fazer de conta que estava tudo bem e que ninguém precisaria saber. Por duas semanas só quis beber vinho e dormir. Então, me forcei a sair da cama, me arrumar e sair para buscar contratos”, continuou.
Como tornar o impossível possível
Um fator crítico para ter sucesso ao seguir em frente é criar um plano, estabelecer prazos e cumpri-los. “Finalmente consegui o primeiro contrato, depois o segundo, o terceiro e logo eu estava de volta. Demorou um pouco, mas consegui.” Nessa tônica, Ingrid falou sobre como tornar o impossível no mundo dos negócios, possível.
Com a visão de colocar um bilhão de telefones nas mãos de mulheres mundo afora para que tivessem acesso à tecnologia e, assim, empoderá-las, procurou a Dell. “Quando você conseguir 15 minutos para vender a sua grande ideia, precisa estar munida de informações quantificadas, números que mostrem como o seu negócio dará certo e que fará os investidores dizerem sim. Esteja preparada para a proposta do investidor e para dizer sim”, indica.
Ingrid ressalta a importância de entender o que é importante para o investidor, o que a empresa precisa, conhecer suas metas. “O que você pode fazer para impulsionar a ideia pela qual você é apaixonada? Pense como a sua inovação pode ajudar uma empresa, um investidor a alcançar seus objetivos”, aponta.
Minther
A EBW constrói inovações tecnológicas que oferecem educação, mentoria, comunidade, parcerias na prestação de contas para mulheres. Uma das ferramentas é a recém-lançada Minther, uma rede de recursos financeiros para mulheres empreendedoras, para ajudá-las a tocar seus negócios. “74% de pequenas e médias empresas falha por falta de educação financeira”, frisou Ingrid. A plataforma gera relatórios que permitem otimizar como o negócio está indo financeiramente, além de conectar empresas, investidores, oportunidades de negócios.
Entrevista
– Quais são os maiores desafios das mulheres no empreendedorismo?
Há três coisas com as quais as mulheres lutam: a primeira é a falta de confiança. A segunda é a falta de acesso a mentores – 80% das mulheres preferem uma mulher como mentora, mas há ainda poucas mulheres que já fizeram o que elas querem fazer. A terceira é a falta de acesso a oportunidades e capital. Temos trabalhado para resolver essas questões na EBW: construir confiança com educação e mentoria; ter grandes mentores que ensinem usando tecnologia; e com a plataforma Minther, oferecer acesso a oportunidades e capital.
– Além do conhecimento formal, que ferramentas podem ajudar as mulheres a vencer essas barreiras no empreendedorismo?
Há muitas mulheres nos EUA, por exemplo, que adorariam a oportunidade de trabalhar com mulheres do Brasil, aprender com elas e ajudá-las com mentoria. Seria um benefício para as mulheres daqui e dos EUA. Ao formar relações, se abrem novas oportunidades de mercado. Então a dica é estar on-line e construir conexões. Venham ao EBW 2020, temos comunidades on-line onde mulheres interagem.
– De que forma as mulheres empreendedoras brasileiras podem colaborar globalmente?
Uma das razões do consulado americano me trazer foi para abrir oportunidades para mulheres brasileiras e ver como podemos colaborar juntas. Temos escritórios em todo o mundo; a tecnologia nos possibilitou isso. Quando as mulheres perceberem as estratégias que podem usar internacionalmente, isso vai trazer ideias de como crescer.
– Quais são as principais diferenças entre homens e mulheres no empreendedorismo?
São totalmente diferentes. Se os homens veem uma oportunidade que vai melhorar a vida deles, com a qual vão fazer mais dinheiro, eles vão atrás. As mulheres se certificam de que tudo está certo, de que estão com as pessoas certas, se sabem o que estão fazendo. Pode ser mais seguro, mas o que acaba acontecendo é que elas se dissuadem do próprio negócio por não acreditarem. Eu digo: não desistam, vão adiante. Os homens não sabem o que fazem na maior parte do tempo, eles apenas não falam sobre isso.
– Qual o papel da mulher no futuro da inovação?
As mulheres não apenas lideram as inovações do futuro, são a inovação do futuro. Elas tentam novas coisas pela primeira vez. Quer ver inovação? Veja o que as mulheres estão fazendo.
– Qual a importância de universidades terem espaços de desenvolvimento de startups como a Raiar da PUCRS?
Esse é um espaço seguro para começar a tentar ideias. Você faz sob o guarda-chuva de um local que oferece mentoria e como acessar recursos. É uma ótima forma de tentar novas ideias e escalonar.
A convite, a PUCRS recebeu o responsável em assessorar a Aliança para Inovação de Porto Alegre, o espanhol Josep Piqué. O executivo esteve em um café da manhã no Gabinete da Reitoria, com as presenças do Reitor Ir. Evilázio Teixeira e do Vice-Reitor, Jaderson Costa da Costa. O encontro contou com as participações do cônsul da Espanha na capital gaúcha, Francisco de Asís Benítez Salas e, também pela Universidade, da Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), Carla Bonan; do Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitário (Proex), Marcelo Bonhemberger; do Superintendente de Inovação e Desenvolvimento, Jorge Audy, e do Assessor da Reitoria na Área de Relações Institucionais, Solimar dos Santos Amaro.
Segundo Piqué, a Aliança, assinada oficialmente na última segunda-feira, dia 10 de abril, é uma iniciativa que possui muitas similares com as ações desenvolvidas na Europa e destacou o grande potencial de inovação que é realizado pela PUCRS. Além da Aliança para Inovação de Porto Alegre, Piqué também conversou sobre outras cooperações, como: o Centro de Internet das Coisas da Universidade La Salle Ramon Llull, de Barcelona, no Tecnopuc e a abertura de uma nova ação de impacto social, com a Proex, com a integração do Centro de Pastoral e Solidariedade, que envolverá estudantes dos colégios da Rede Marista e da PUCRS.
“Esse é um dia histórico para Porto Alegre. As três instituições fortemente vinculadas ao conhecimento, à pesquisa, à cultura, ao desenvolvimento e à responsabilidade social se unem para um projeto que almeja transformar Porto Alegre”. Com estas palavras, o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, dimensionou a Aliança para Inovação de Porto Alegre, que foi lançada na última segunda-feira, dia 9 de abril, na Sala dos Conselhos da UFRGS. Essa união conta a participação das maiores Universidades da capital gaúcha: PUCRS, UFRGS e Unisinos.
Contratado para assessorar a iniciativa e transmitir a metodologia para as instituições de ensino envolvidas e auxiliar na montagem deste pacto, Josep Piqué enfatizou que: “a agenda da inovação é uma agenda de desafios”. Presidente da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos, Piqué está vinculado a iniciativas similares em Barcelona (Espanha), Medellín (Colômbia) e Santa Catarina.
Segundo o Reitor da PUCRS, esta aliança tornará a cidade uma referência nacional em inovação e empreendedorismo, possibilitando conexões nacionais e internacionais em prol do desenvolvimento social e econômico. “Seremos um polo gerador de novos empreendimentos, termos uma base tecnológica para atrair novos investimentos e reter talentos. A PUCRS tem clareza com o seu papel como catalisadora de desenvolvimento da cidade, do Estado e do país”, complementou.
Para o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, a ideia é de articular um conjunto de ações, para que elas sejam todas alinhadas, com intencionalidade, em um processo de desenvolvimento da cidade. “Vamos precisar de legislações que agilizem o processo de geração de novos empreendimentos de base tecnológica. Além disso, necessitamos criar uma atmosfera positiva para atração de investimentos do Exterior”, frisou.
Ainda, segundo Audy, a proposta é desenvolver um pacto que articule os principais agentes do desenvolvimento da cidade, da sociedade civil, das instituições de ensino, das empresas e do governo municipal. “Vamos constituir um ecossistema de inovação que atraia novos investimentos, que permita o surgimento, o florescimento de empresas locais, de startups, de novas empresas que tenham a tecnologia e a criatividade como seus principais fundamentos”, disse.
Na próxima segunda-feira, 9 de abril, as três maiores Universidades da capital gaúcha, PUCRS, UFRGS e Unisinos, lançam a Aliança para Inovação de Porto Alegre. A articulação entre as universidades visa potencializar ações de alto impacto em prol do avanço do ecossistema de inovação e do desenvolvimento da cidade.
A ação tem como foco transformar a cidade de Porto Alegre em uma referência na área de inovação e empreendedorismo no País, potencializando conexões locais, nacionais e internacionais em prol do desenvolvimento social e econômico. Transformar a cidade em um polo gerador de novos empreendimentos de base tecnológica e startups, atrair novos investimentos e reter talentos no ecossistema de inovação da capital são alguns dos resultados esperados. Também projeta-se avançar em ações estruturantes da cidade, como a viabilização de espaços urbanos adequados e com incentivos direcionados à atração de empreendimentos inovadores e novos investimentos, com modernos espaços para viver, morar e trabalhar.
O evento de lançamento será realizado na Reitoria da UFRGS e contará com a participação de Josep Piquè, presidente da Associação Internacional de Parques Científicos e Tecnológicos (IASP), e um dos idealizadores do Projeto Barcelona @22, que transformou a cidade em uma referência na área de smart cities e distritos de inovação no mundo, atuando também como consultor internacional de importantes projetos de revitalização urbana baseados na inovação, como os de Medellin (Colômbia) e de Santa Catarina.
Segundo o Reitor da PUCRS, Evilázio Teixeira, “essa Aliança está alinhada ao posicionamento estratégico da Universidade: inovação e desenvolvimento. Além disso, a articulação entre as Universidades abre perspectivas positivas de crescimento e de melhoria da qualidade de vida em nossa cidade”.
O Reitor da Unisinos, Marcelo de Aquino, complementa dizendo que as Universidades são parceiras dessa Aliança de transformação de Porto Alegre pela inovação tecnológica “porque esse é o jeito das três instituições de servir a coletividade humana: transformar os espaços de convivência pública em áreas de realizações pacíficas de nossos sonhos e possibilidades”.
Para o Reitor da UFRGS, Rui Vicente Oppermann, Porto Alegre necessita urgentemente tornar-se em um centro de produção de conhecimento, tecnologia e inovação gerando modelos de desenvolvimento, dando oportunidades de trabalho e oferecendo melhor qualidade de vida para a sua população. “A Aliança entre as três Universidades é uma convergência de potencialidades complementares e aditivas essencial para que se alcance esses objetivos em parceria com a sociedade e os governos”, completa.
Um momento para compartilhar o que aconteceu no maior festival de criatividade do mundo, com tendências de mídia, marketing e tecnologia. Esta é a proposta do Highlights SXSW, que vai ocorrer no dia 3 de abril, das 19h às 21h, na PUCRS. Gratuito e com vagas limitadas, o evento acontece no Centro de Eventos da Universidade, no prédio 41 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre).
Em formato de bate-papo, três palestrantes vão contar as suas experiências no SXSW 2018, ocorrido nos dias 9 a 18 de março em Austin, nos Estados Unidos. Arthur Gubert, head de inovação no Grupo RBS e apresentador na Rádio Atlântida FM, vai abordar Tendências e Futuro. Já o assunto Negócios e Tecnologia será conduzido por Ramiro Martini, Presidente no Grupo Cinco TI, que atua em tecnologia, viagens, marketing e recursos humanos em todo o Brasil. E o tema Espaço e Metodologia para Aplicação das Tendências terá como palestrante Kim Gesswein, professor na Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS e diretor de Inovação na Paim Comunicação.
As inscrições para o Highlights SXSW podem ser realizadas neste link. Mais informações pelo e-mail ascom@pucrs.br.
A última edição do South by Southwest (SXSW) reuniu profissionais de destaque de diferentes áreas. Estiverem presentes no encontro representantes da indústria da música, cinema, games e executivos de grandes empresas.
Entre os destaques, Spike Lee, um dos cineastas mais conhecidos e respeitados de Hollywood e Michael Dell, presidente, CEO e fundador da Dell Technologies. Também estiveram palestrando Arnold Schwarzenegger, ator e ex-governador da Califórnia, que falou sobre seus princípios para um governo efetivo, e Melinda Gates, co-fundadora da Fundação Bill e Melinda Gates, sendo que a executiva apareceu, em 2017, na terceira posição do ranking da Forbes das mulheres mais poderosas do mundo.
Arquiteto Chefe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da HP Brasil, Antônio Gomes,
Foto: Camila Cunha
A pesquisa científica, tecnológica e a inovação como motor do desenvolvimento humano, social e econômico. Este foi o tema debatido em mais um encontro do Ciclo Preparatório PUCRS 2017-2018 para a Terceira Conferência Regional da Educação Superior da América Latina e Caribe (Cres) – Unesco Iesalc de 2018. O evento ocorreu no dia 21 de março, no 6º andar da Biblioteca Central. Os painelistas foram o Arquiteto Chefe do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da HP Brasil, Antônio Gomes, e o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy. O mediador foi o professor Éder Henriqson, Decano da Escola de Negócios da PUCRS.
O executivo da HP iniciou a palestra comparando as linhas de transmissão de dados de 20 anos atrás com as atuais. “Hoje em dia, muitos usuários tem a possibilidade de terem 200 megabytes, a um custo aceitável, para assistir filmes em casa”, exemplificou. Devido à velocidade de inovação, fez possíveis projeções de lembranças de um futuro próximo. “Poderemos ter ao invés da foto do primeiro cachorro a do primeiro robô. Ao invés da primeira viagem, uma primeira viagem espacial. Num passado recente, não imaginávamos viver tão a frente do que estamos agora. Logo, precisamos saber como trabalhar com essas mudanças”, comentou.
Gomes enfatizou que, para o desenvolvimento de produtos, a HP foca nas experiências de vida. “É preciso observar as megatendências, que estão moldando a sociedade e economia, que são a rápida urbanização, a mudança demográfica, a hiper globalização e a aceleração da inovação”, disse. Dentro dessa realidade, a parceria entre HP e CriaLab tem sido um lugar que entende e resolve esses problemas, permitindo a criação de soluções.
“Recentemente, me perguntaram sobre as tendências do futuro do trabalho. Na verdade, já mudou e muita gente não se deu conta”, foi dessa maneira que Audy iniciou a sua palestra. O executivo da PUCRS salientou que vivemos na era exponencial, na qual o crescimento é muito mais veloz. “São 7,5 bilhões de pessoas no mundo, sendo que 4 bilhões são usuários internet e 3,2 bilhões são ativos em redes sociais. Além disso, são realizadas 3,5 milhões pesquisas no Google por minuto. Isso demonstra que a transformação já aconteceu”, frisou.
Outros dados mostram essa mudança global. Nos Estados Unidos, em 1917, as dez maiores empresas eram do ramo de petróleo, telefonia e alimentação. Já em 2017, quase todas são relacionadas à tecnologia, sendo que as cinco mais importantes (Apple, Google, Amazon, Microsoft e Facebook) surgiram dentro dos ambientes de inovação de universidades. A publicidade também teve os mesmos efeitos. No ano passado, as mesmas cinco empresas de tecnologia foram as maiores anunciantes.
Audy também comentou que, apesar do grande desenvolvimento de parques tecnológicos espalhados pelo Rio Grande do Sul, ainda faltam incentivos financeiros no país, principalmente na formação de pesquisas. “Para termos uma noção, se o Canadá não formasse mais doutores em pesquisa, o Brasil teria 20 anos para conseguir empatar com aquele país”. Além disso, o superintendente de inovação alertou a queda em índices de inovação e transferência de conhecimento para a indústria no Brasil.
No encerramento, o mediador, o professor Eder Henriqson destacou que os painelistas mostraram o grande potencial de sinergia que existe entre empresas, parques tecnológicos e universidades. Principalmente, com a consolidada parceria estratégica entre a PUCRS e a HP, que formou diversas pessoas e pesquisadores, além de ser uma peça fundamental dentro ecossistema de inovação.
O questionamento professor foi em relação aos 15 anos desta aliança. Gomes enfatizou que o capital humano é raro no país e, praticamente, só existe por meio das universidades e o desafio está na geração de novas tecnologias. Já Audy lembrou que, inicialmente, o foco dos parques tecnológicos era de atrair grandes empresas para que, em torno delas, outras menores e startups pudessem crescer. O momento atual é de consolidar essas parcerias com empresas estratégicas, bem como alavancar fortemente a geração de startups em um curto prazo de tempo.
No dia 12 de abril, ocorre próximo encontro na PUCRS, que terá o tema O papel estratégico da educação superior no desenvolvimento sustentável. Como palestrantes estarão a diretora do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais, a professora Betina Blochtein e o coordenador da Iniciação Científica, Júlio Bicca Marques. A medicação será com a Pró-Reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), Carla Bonan.
A programação completa do ciclo pode ser acessada neste link. Já os textos relacionados aos encontros na Universidade podem ser consultados pelo Portal PUCRS.
O Ciclo Preparatório PUCRS conta com sete encontros, que se configuram em um espaço de reflexão na comunidade acadêmica. Cada evento busca discutir algum dos temas centrais abordados pela CRES. Ao final da programação, será elaborada uma carta manifesto sobre a Educação Superior, com as contribuições e reflexões dos representantes da Universidade. A CRES será realizada em junho, na Cidade de Córdoba (Argentina), promovido pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e no Caribe (Iesalc-Unesco).
Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS (à esquerda) e CEO da Stefanini (à direita)
Foto: André Feltes
Um ambiente de cocriação de soluções baseadas no conceito de transformação digital. Este é o princípio do Laboratório de Inovação, o iSeed, um espaço elaborado pelo Tecnopuc, por meio da Escola Politécnica da PUCRS e em parceria com a Stefanini. Lançado oficialmente na última terça-feira, dia 20 de março, essa iniciativa tem a parceria estratégica da Stefanini, uma das empresas brasileira de atuação global, na area de soluções de negócios baseadas em tecnologia.
Conforme destacou o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, o iSeed será um importante componente do ecossistema de inovação da Universidade. “Essa interação com o mercado, alicerçada na sólida parceria com a Stefanini, na área de tecnologia da informação, vai permitir avançar no processo de identificação de oportunidades de transferência de conhecimento para a sociedade, por meio das empresas e da comunidade acadêmica, usando modernas abordagens que estimulam a criatividade e a inovação”, disse. Audy também lembrou da longa trajetória entre a PUCRS e a Stefanini. Em 2004, a empresa foi a primeira empresa de grande porte do centro do pais da área de TI a ingressar no Tecnopuc. Este é mais um importante projeto que se insere no contexto do posicionamento estratégico da Universidade, de inovação e desenvolvimento.
Segundo o fundador e CEO global da Stefanini, Marco Stefanini, espaços, como o iSeed, fazem parte de uma estratégia mundial para o desenvolvimento e demonstração de novas tecnologias, a partir do conceito de Design Thinking. “Cada vez mais, criamos soluções que promovam a transformação digital dentro das empresas com ferramentas eficientes, leves, flexíveis, fáceis de operar e com rápida implementação”, explicou.
Localizado no prédio 32, da Escola Politécnica, o iSeed foi criado para apresentação de tecnologias de ponta e demonstração do potencial de parceria entre a academia e o mercado. O espaço será utilizado no desenvolvimento de ideias inovadoras, que deverão aprimorar problemas do dia a dia, trazendo novas soluções para os mais diferenciados tipos de desafios. O laboratório busca a sinergia pelo fomento à pesquisa e ao empreendedorismo, incentivando a participação da comunidade acadêmica (alunos, professores, pesquisadores da PUCRS e clientes Stefanini) na elaboração de soluções para o mercado.
Com equipamentos de última geração (sensores, óculos 3D, drones), o iSeed é coordenado pelo professor da Escola Politécnica, Edson Moreno. Primeiramente, a estrutura está à disposição dos alunos da Escola e, no futuro, terá o envolvimento de estudantes de outras áreas do conhecimento.
Previamente, a Stefanini já desenvolve algumas soluções no iSeed. É o caso do SAGAS (Stefanini Advanced GeoIntelligence Awareness Solution), que reúne uma série de tecnologias de análises de dados e imagens, Internet das Coisas, entre outras. Como também a plataforma de inteligência cognitiva Sophie, que está em sua versão 2.5, que atende em 40 idiomas e já foi implementada em segmentos diversos como: indústria, varejo, seguradoras e governo.
Após os títulos conquistados em competições no Brasil e nos Estados Unidos, a equipe FENG Eco Racing busca conquistar um novo desafio: projetar, fabricar e testar um carro de conceito urbano. O objetivo é participar da maior competição de eficiência energética do mundo, a Shell Eco-Marathon 2018, que ocorre no dia 19 de abril em Sonoma, na Califórnia. Pioneiro na América Latina, este é o único carro que irá concorrer na categoria urbana. Para arrecadar fundos para a viagem, o grupo aceita doações através de uma vaquinha online, que pode ser acessada neste link.
As características do novo projeto, denominado Minuano, são as mesmas de um automóvel comum: quatro rodas com freio a disco, duas portas, dois lugares e espaço para uma maleta. Mas o protótipo da FENG Eco Racing utiliza etanol (uma alternativa mais sustentável que os carros elétricos), sendo capaz de alcançar de 100 a 150km por litro da substância. O projeto, desenvolvido por alunos de graduação de Engenharia Mecânica e de Engenharia de Controle e Automação, também contou com o auxílio de estudantes do curso de Design, que realizaram os estudos de carenagem e de ergonomia para o piloto.
A FENG Eco Racing PUCRS foi criada em agosto de 2014, com o objetivo de projetar, construir e testar um protótipo com autonomia superior a 300 quilômetros por litro de Etanol, capaz de participar da competição Shell Eco Marathon 2016 em Detroit, nos Estados Unidos. Em 2016, a equipe foi a campeã brasileira da categoria Etanol na Shell Eco Marathon Brazil – Challenger Event 2016.
Em abril de 2017, conquistaram o terceiro lugar na categoria etanol da competição Shell Eco Marathon Americas. Na mesma competição, a equipe ficou com a 21° posição no ranking geral de protótipos à combustão interna, competindo com equipes experientes e renomadas de diferentes países da América.
O último recorde da equipe foi de 248 por litro de etanol, conquistado em novembro de 2017, no Rio de Janeiro, na competição nacional Shell Eco Marathon Brazil – Challenger Event 2017, na qual tiveram o primeiro carro da história da competição no Brasil a ser aprovado de primeira no teste de segurança. É com o protótipo de eficiência energética Tordilho que a equipe vem conquistando os atuais títulos e reconhecimento das demais equipes.
A Aceleradora de Métodos Ágeis, fruto de uma parceria entre o Centro de Inovação Microsoft-PUCRS, Escola Politécnica da PUCRS e ThoughtWorks, está com seleção aberta para envio de projetos até o dia 27 de março. A seleção é aberta ao público e não é necessário ter conhecimentos em tecnologia para enviar sua proposta.
Este é um programa de formação de times ágeis para alunos de graduação e cursos técnicos. Ao longo dos quatro meses de duração, os doze alunos da equipe da Aceleradora atuam com dedicação de seis horas diárias e apoio de mentores do Centro de Inovação e ThoughtWorks. Com formato profissionalizante, a iniciativa permite que estes alunos desenvolvam um produto real para um cliente legítimo (o proponente do projeto selecionado).
Para inscrever um projeto é necessário estar atento aos critérios de seleção. Projetos com maior potencial de impacto social e comunitário, que disponibilizem uma pessoa responsável para dar suporte aos desenvolvedores e acompanhar os processos, que tenham viabilidade de implementação, que sejam motivadores e oportunizem desenvolvimento de conhecimento e aprendizado aos alunos terão melhor classificação na seleção do time da Aceleradora.
As propostas de projetos devem ser encaminhadas para o e-mail ci@pucrs.br utilizando o assunto: Seleção de Projetos Aceleradora TW. Na proposta deve constar um breve parágrafo com a explicação do projeto, sua relevância, situação atual e objetivo. Os projetos pré-selecionados receberão apoio dos mentores para preparação de uma apresentação pitch de cinco minutos que será realizada no dia 29 de março (quinta-feira) para o time da Aceleradora de Métodos Ágeis.
Dentre os fatores que fizeram os vestibulandos escolherem estudar na PUCRS, o encanto com o ambiente da Universidade e sua infraestrutura é unânime. No segundo dia do Vestibular de Verão PUCRS 360º, ocorrido neste domingo, 3 de dezembro, os futuros universitários relataram que a organização, integração e modernidade do Campus o tornam único. O reconhecimento e as boas avaliações, como o 1º lugar do curso de Medicina na Região Sul no Conceito Preliminar de Curso (CPC), também foram citados como decisivos para a escolha.
Ambiente de inovação
Com o sonho entrar no curso de Odontologia, Luísa Ventura, 18, diz que o ambiente de inovação e empreendedorismo da PUCRS, como o Tecnopuc e o Idear, fazem se sentir mais preparada para as novas tendências do mercado. “Eu acho que como o mundo está cada vez mais cheio de tecnologias, esse ambiente de inovação vai abrir portas no mercado de trabalho no futuro. Eu acho que as oportunidades vão ser maiores se a gente aprender a lidar com isso já dentro da faculdade”, explica a vestibulanda. Para Luísa, a infraestrutura e a segurança são também qualidades que a fazem sonhar em estudar na Universidade. “Eu gosto muito de poder me movimentar aqui dentro tranquila, gosto muito do ambiente”, diz.
Os irmãos Anna Bárbara e João Guilherme Marcolin
Foto: Maria Eduarda Petek
Realizando um sonho estrangeiro
Anna Bárbara Marcolin, 17, está prestando o Vestibular para Medicina pela primeira vez e ficou animada com o novo modelo de trajetória acadêmica aberta, que se assemelha ao das universidades americanas. A estudante de Erechim fez intercâmbio nos Estados Unidos, onde pensou em cursar a faculdade, e diz ter achado muito legal estarem implementando-o aqui. Além disso, ressaltou o foco no desenvolvimento de pesquisas. “Outra coisa que eu gosto muito daqui é o quanto eles valorizam a pesquisa e o conhecimento. Isso eu acho incrível e é uma coisa que o Brasil está precisando”, afirma.
O irmão de Anna, João Guilherme Marcolin, 16, também veio fazer a prova, e mais cedo neste ano teve a oportunidade conhecer de perto a graduação que escolheu, a Engenharia Mecânica. Na ocasião, pôde conhecer as disciplinas e visitar as salas de aula e os laboratórios. “Eu gostei muito, achei uma estrutura muito boa. Eles disponibilizam tudo o que se pode fazer”, comenta. João Guilherme ressalta também a qualidade do ensino e os intercâmbios e parcerias com as instituições estrangeiras.
Cursos reconhecidos
Com o objetivo de ser professor de História, Otávio Carvalho, 18, explicou que o reconhecimento do curso é essencial para se destacar no mercado, e por isso escolheu prestar o vestibular da PUCRS. No Guia do Estudante deste ano, as modalidades de bacharelado e licenciatura em História receberam quatro e cinco estrelas, respectivamente. O colega de Otávio, Artur Rosa, 17, vestibulando de Direito, diz ter amigos que já estão fazendo o curso e o recomendaram. Ele afirma que, além de outros fatores, a escolha é feita principalmente pela qualidade do ensino.