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Gustavo Dalto foi selecionado para uma bolsa de PhD nos EUA/Foto: acervo pessoal

A desigualdade no Brasil se agravou após o período de pandemia. E, mesmo após se recuperar do pico ocorrido nos últimos três anos, a desigualdade de renda nas metrópoles brasileiras voltou a apresentar tendência de alta, conforme pesquisa realizada pela PUCRS. Neste cenário, a esperança pode parecer longínqua – mas existe, e está na educação 

“A desigualdade faz com que a gente possa entender que nem todo mundo tem o mesmo ponto de partida. Saímos de pontos muito diferentes”, comenta Gustavo Dalto, médico graduado pela PUCRS que representa o poder transformador da educação. 

O jovem foi contemplado com bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) e pelo Ciências Sem Fronteiras, o que o permitiu que, mesmo com dificuldades financeiras, estudasse em uma universidade particular e vivenciasse uma experiência no exterior. Então, ele foi selecionado para uma bolsa de PhD nos Estados Unidos. Vale a pena conhecer essa trajetória. 

Referências que importam  

Gustavo é natural de Nonoai, município com menos de 15 mil habitantes que fica na fronteira do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nascido no interior e em uma família de baixa renda, ele sempre teve alguém em quem se inspirar nos estudos: sua mãe, Maria Doraci. O médico relembra o período em que a ajudava com os estudos enquanto ela realizava o supletivo para concluir o Ensino Médio. Na época, ela tinha cerca de 40 anos. Falecida aos 45, quando Gustavo tinha apenas 12 anos de idade, sonhava em ser médica.  

Segundo Gustavo, ela sempre foi apaixonada por saúde: atuou como auxiliar de enfermagem e, após concluir o Ensino Básico, iniciou um curso técnico na área. Apesar de não ter se graduado, sempre incentivou os filhos a estudarem: “Para mim, a vontade dela em concluir seus estudos sempre foi uma motivação”, relembra o médico.  

Gustavo acredita que as pessoas próximas são responsáveis, de certa forma, por suas conquistas: “Eu não teria chegado até aqui se não fosse por essas pessoas, e por elas eu me mantenho onde estou. Elas foram quem eu precisava ter ao meu redor”, explica. 

Vestibular para medicina: um processo difícil  

Síntese de Indicadores Sociais, publicada pelo IBGE, aponta que apenas 36% dos estudantes que concluem o Ensino Médio em escolas públicas ingressam no Ensino Superior. Gustavo foi exceção à regra e o que possibilitou que o jovem realizasse uma graduação foi o ProUni, pelo qual obteve bolsa integral.  

À época, ele não possuía internet em casa, o que tornava difícil obter informações sobre locais em que poderia estudar:  

“Até que assisti, numa sexta-feira à noite, um documentário no Globo Repórter mostrando a PUCRS e o trabalho do professor Ivan Izquierdo com a ideia de construir o Instituto do Cérebro. Foi então que eu me interessei e descobri que a Universidade oferecia vagas em Medicina pelo ProUni”, comenta.  

Quando aplicou para a tão sonhada vaga, Gustavo estava no último ano da escola e sua rotina dificultava os estudos, já que ele trabalhava e estudava. O estudante tinha ajuda de Vera Rigo, uma professora de português que revisava suas redações. Fora isso, estudou por menos de um semestre em um cursinho preparatório. Apesar de ter se preparado praticamente sozinho, realizando exercícios e provas anteriores, a aprovação veio no mesmo ano.  

Leia também: Documentário reforça legado deixado pelo professor Iván Izquierdo 

Uma Universidade de oportunidades 

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O estudante ingressou cedo na Iniciação Científica/Foto: acervo pessoal

Ensinar também é uma forma de aprender. Por isso Gustavo realizou diversas monitorias durante sua formação. Em seguida, tornou-se bolsista de Iniciação Científica no Instituto de Toxicologia e Farmacologia da PUCRS, sob orientação da professora Maria Martha Campos, por quem o estudante nutria um grande carinho: “Ela é uma das pessoas que eu mais tenho como exemplo pessoal e profissional. Para mim é uma educadora completa, que me ensinou muito mais do que ciência e, sem dúvidas é uma das pessoas mais inteligentes que eu encontrei”, relembra.  

Foi justamente por sua experiência de quase quatro anos em pesquisa que obteve sua segunda grande conquista profissional. Na época foram lançados os primeiros editais do programa Ciência sem Fronteiras, que incentivava a formação acadêmica no exterior. Como sua Iniciação Científica era em Farmacologia, ele aplicou para estudar a disciplina na Universidade de Coimbra, em Portugal, tendo sido contemplado pelo edital. Essa experiência representou um grande crescimento pessoal e profissional para o jovem, conforme explica:  

“O Gustavo que saiu do Brasil em 2012 e o Gustavo que voltou para Porto Alegre em 2013 para continuar na faculdade de Medicina eram pessoas diferentes. A internacionalização moldou quem eu sou hoje.”

Além da graduação: uma Universidade que permite crescer 

Após a formatura em Medicina, os diplomados podem optar por iniciar sua atuação como clínicos gerais ou ingressar na residência médica, na qual se especializam em determinada área. Por sua paixão em pesquisa, Gustavo desejava seguir no ramo acadêmico, mas não trabalhar não era uma opção para o jovem.  

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O Hospital São Lucas da PUCRS também fez parte da história de Gustavo/Foto: acervo pessoal

Foi em meio às dúvidas que surgiu a oportunidade: a professora Maria Marta sugeriu que o jovem realizasse um mestrado sob orientação da professora Nadja Schroder (que havia sido orientada pelo professor Ivan Izquierdo). Foi esse caminho que ele optou por seguir enquanto atuava como médico no Hospital São Lucas da PUCRS. Dessa forma, conseguiu se especializar sem a necessidade de deixar de trabalhar e, depois de pós-graduado, tornou-se residente em Neurologia. 

Justamente por realizar essa escolha ele teve a chance de, mais uma vez, estudar no exterior: durante a pandemia, Gustavo foi selecionado para uma bolsa de PhD (o maior grau acadêmico existente) em Neurociências na Universidade de Wisconsin-Milwaukee, nos Estados Unidos. Se um dia ele sonhou em ingressar na Universidade, sob a inspiração do professor Ivan Izquierdo, agora ele segue atuando na mesma área do mestre.  

Você também pode estudar no exterior 

Já pensou em estudar em uma Universidade em outro país? Todos os estudantes da PUCRS têm essa possibilidade através dos programas de Mobilidade Acadêmica, divulgados pelo Escritório de Cooperação Internacional. Apesar do fim do Ciência sem Fronteiras, a Universidade divulga semestralmente editais com e sem bolsa de estudos para acadêmicos que desejam vivenciar experiências internacionais. 

Além disso, desde 2020 há a possibilidade de estudar em outro país sem sair de casa: com os programas de mobilidade acadêmica virtual, você pode estudar no exterior, cursando disciplinas gratuitamente e aproveitá-las na graduação. Estudantes ProUni ou com créditos educativos podem participar de todos os programas de mobilidade oferecidos pela PUCRS.  

ESTUDE MEDICINA NA PUCRS

mestrado e doutorado

Foto: Giordano Toldo

A volta às aulas se aproxima e, com ela, um novo semestre cheio de possibilidades e oportunidades de se aprimorar acadêmica e profissionalmente. A PUCRS possui diversas opções para ajudar você nesse objetivo: internacionalização, empreendedorismo, pesquisa e muito mais. Confira algumas delas: 

Programa Hangar 

O programa é voltado aos doutorandos da PUCRS que tenham interesse em transformar suas pesquisas em negócios, com palestras, workshops, atividades práticas e mentorias. O programa aborda conteúdos como Ecossistema de Inovação, Propriedade Intelectual, Acesso a Capital e Modelo de Negócios. As inscrições podem ser feitas até o dia 8 de agosto. Você pode conferir mais informações aqui. 

Mobilidade acadêmica 

Hora de planejar seus estudos no exterior! Para quem sonha em estudar em outro país, essa é a dica: o Programa de Mobilidade Acadêmica está com inscrições abertas, com 30 opções de universidades em 16 países. O programa permite que você estude em uma instituição conveniada com a PUCRS por até dois semestres – aprendendo um novo idioma, conhecendo de perto uma cultura diferente e aprimorando conhecimentos da sua área. Curtiu? As inscrições vão até o dia 3 e 15 de agosto. 

Mulheres na Ciência 

Estão abertas as inscrições para o I Simpósio Brasil-Reino Unido sobre Mulheres na Ciência. O evento faz parte do projeto Women in Science, financiado pelo British Council, que busca promover a participação feminina nas áreas STEM. Promovido pelas sete universidades envolvidas no projeto (entre elas a PUCRS), o evento ocorre entre os dias 25 e 27 de setembro no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Saiba mais sobre o simpósio aqui. 

24º Salão de Iniciação Científica 

O 24º Salão de Iniciação Científica da PUCRS, um dos principais eventos de socialização das atividades de pesquisa, também está recebendo inscrições. O evento é um espaço de socialização das atividades de pesquisa envolvendo estudantes da graduação e professores/pesquisadores de diferentes universidades e instituições de pesquisa. A Iniciação Científica busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e a aprendizagem de métodos de pesquisa. Mais informações você confere aqui. 

XIX Simpósio de Geriatria e Gerontologia 

Focado em atualizar professores e alunos interessados pela área da gerontologia, o XIX Simpósio de Geriatria e Gerontologia acontece nos dias 29 e 30 de setembro, no Teatro do prédio 40 – além do pré-evento que acontece no dia 28. O simpósio debaterá temas como envelhecimento ativo, prevenção e tratamento de doenças geriátricas e qualidade de via na terceira idade. As inscrições podem ser feitas até o dia 28 de setembro aqui.  

Leia também: Veterano/a: confira o que você pode realizar no Campus na reta final da graduação 

iniciação cientifica

Interessados/as podem se inscrever até o dia 18 de agosto de forma online. / Foto: Divulgação

Estão abertas as inscrições para o 24º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS, que acontece entre os dias 2 e 6 de outubro. Interessados podem se inscrever neste link até o dia 18 de agosto. O encontro busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores.

Além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação da Universidade e da comunidade científica e acadêmica em geral, o evento também incentiva a participação dos alunos de graduação em programas de Iniciação Científica.

Em sua 24ª edição, os trabalhos apresentados no SIC serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: qualidade do resumo, domínio do conteúdo, contribuição para o desenvolvimento da pesquisa, clareza/objetividade na exposição oral do trabalho, utilização adequada do tempo de apresentação, adequação das respostas aos questionamentos da banca avaliadora.

Todos os trabalhos que obtiverem a nota máxima cinco serão considerados Trabalhos Destaque e receberão um Certificado. Os melhores Trabalhos Destaque por Grandes Áreas serão selecionados seguindo os critérios descritos no Regulamento. Os vencedores serão anunciados no evento de Premiação.

Alunos e alunas da PUCRS, assim como externos vinculados a bolsas institucionais da Universidade têm isenção no valor da inscrição. Para os demais estudantes de outras instituições de ensino, o valor da inscrição é de R$ 100, com um limite de inscrições. Acesse o site para se inscrever e conferir a programação e demais informações sobre o evento.

Bruna Boizonave Andriola, aluna do curso de Ciências Biológicas, participou do evento no ano passado. / Foto: Matheus Gomes

Incentivo e reconhecimento

Na edição do ano passado, uma das premiadas no evento foi a aluna de Ciências Biológicas, que apresentou a pesquisa Filogeografia das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, sob orientação do professor Sandro Bonatto.

“A partir da iniciação científica pude conhecer mais sobre evolução e genética e aprender como fazer ciência. Atualmente me vejo seguindo na área de pesquisa e ser reconhecida nisso é um impulso muito incentivador. Trabalhar com bioinformática e genética é o que me cativa, é como estudar para entender a história do mundo”, destaca a aluna.

Leia também: Salão de Iniciação Científica: confira os destaques de 2022

Foto: Matheus Gomes

A iniciação científica é uma oportunidade de se conectar com a pesquisa ainda durante a graduação. O programa permite contato com professores de diferentes áreas, métodos de pesquisa e conexão com grandes questões da atualidade. Em 2022, aconteceu a 23ª edição do Salão de Iniciação Científica, que contou com mais de 600 trabalhos apresentados na modalidade de comunicação oral e mais de 100 bancas avaliativas com a presença de professores avaliadores da PUCRS e de outras instituições. 

O evento visa proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas por bolsistas e voluntários/as de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores/as da Universidade e de outras instituições. Nesta edição, 75 trabalhos obtiveram nota máxima, sendo, portanto, considerados trabalhos destaque. Além destes, seis estudantes saíram vencedores, um em cada grande área do conhecimento, além de três trabalhos agraciados com menção honrosa.  

Quem são os alunos premiados 

Grandes Áreas – Ciências Sociais Aplicadas 

Com a pesquisa intitulada Filogeografia das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, a aluna de Ciências Biológicas Bruna Boizonave Andriola estudou os princípios e processos que governam a distribuição geográfica das linhagens genéticas das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, com orientação do professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Sandro Luis Bonatto.  

A estudante conta que tentou ingressar em laboratórios diversas vezes até conseguir atuar no Laboratório de Biologia Genômica e Molecular do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. Seu contato com a prática científica permitiu elaborar projetos de pesquisa e conhecer sua área de vocação dentro da Biologia.  

“A partir da iniciação científica pude conhecer mais sobre evolução e genética e aprender como fazer ciência. Atualmente me vejo seguindo na área de pesquisa e ser reconhecida nisso é um impulso muito incentivador. Trabalhar com bioinformática e genética é o que me cativa, é como estudar para entender a história do mundo”, destaca a aluna.  

Grandes Áreas – Ciências Humanas 

salão de iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

A estudante de Psicologia Eduarda Baldissera Rospide foi reconhecida por sua pesquisa sobre Padrões Inflexíveis em Indivíduos com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), com orientação da professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Margareth da Silva Oliveira. O estudo teve como objetivo ver a prevalência dos padrões inflexíveis na população com TOC, no qual é a crença de que o indivíduo deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões internalizados de comportamento e desempenho.  

A aluna descobriu sua paixão em Terapia dos Esquemas ao ingressar no Grupo Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental (GAAPCC) do PPG em Psicologia como bolsista de Iniciação Científica. Desde então, desenvolveu projetos de pesquisa com foco em abordar diversos transtornos de personalidade, mudando a forma de encarar, interpretar e reagir aos esquemas. Além do contato com mestrandos, doutorandos e professores do grupo de pesquisa, Eduarda participou de congressos, seminários e outras edições do SIC da PUCRS, onde pode se conectar com outros pesquisadores.  

“Com a convivência do grupo pude conhecer a área que eu amo e entender que quero seguir trabalhando com pesquisa por um bom tempo. Se a gente não busca conhecer as outras áreas a gente acaba não usufruindo de tudo, além de poder ouvir e ter outras visões e conceitos em conjunto é muito bom. Foi ótimo poder encerrar esse ciclo conquistando nas Grandes áreas das Ciências Humanas”, celebrou a estudante. 

Grandes Áreas – Ciências Exatas e Engenharias 

Com o projeto sobre Modelagem Matemática e Desenvolvimento de Simulador do Processo de Extração Supercrítica, o estudante de Engenharia Mecânica Otávio Augusto Fonseca de Oliveira foi destaque das Grandes Áreas e alcançou nota máxima. Sua pesquisa é fruto de sua atuação no Laboratório de Operações Unitárias (Lope), onde estagiou e foi responsável na parte de manutenção e modulação de equipamentos. 

Otávio conta que conheceu a oportunidade de estagiar no laboratório através do PUCRS Carreiras e com passar do tempo foi convidado a integrar o grupo como aluno de Iniciação Científica, pelo pesquisador da Escola Politécnica e coordenador do Lope Eduardo Cassel. Com isso, o estudante pode unir suas duas paixões, trabalhar com equipamentos e também desenvolver projetos de pesquisa na área de Engenharia Mecânica.  

“Com a Iniciação Científica pude me desenvolver nas áreas de projetos, fazer simuladores e equipamentos de forma integrada com o aprendizado acadêmico e científico que estou tendo no laboratório. Fiquei mais motivado ainda quando falaram meu nome como destaque na área de Engenharias, justamente em meu primeiro Salão de Iniciação Científica. Estava bem nervoso e não esperava, foi uma surpresa muito legal”, contou. 

Grandes Áreas – Linguística e Letras 

salão de iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

Arthur Trein é estudante de Letras da UFRGS e foi premiado por sua pesquisa intitulada Percepção de Grau de Acento Estrangeiro em Contexto de Inglês como Língua Franca: Sobre o Papel de Falantes e Ouvintes. Orientado pelo professor Ubiratã Kichöfel Alves, o estudante atua na linha de pesquisa de linguística e desenvolvimento de segunda língua no Laboratório de Bilinguismo e Cognição (LABICO), da UFRGS e no grupo de pesquisa ProLinGue – Estudos relacionados ao processamento da linguagem por indivíduos bilíngues e multilíngues.  

O contato com a área se deu pela proximidade com o professor orientador e com outros colegas através de sua participação em diversos congressos, eventos e salões. De acordo com Arthur, essa experiência como bolsista de Iniciação Científica auxilia muito sua construção enquanto estudante durante a graduação.  

“A Iniciação Científica é além de uma forma de construir uma base sólida para ingressar na atuação acadêmica, mas também funciona para entender a importância de uma pesquisa científica séria e teórica na construção do conhecimento e desenvolvimento do país. Foi meu primeiro SIC da PUCRS e achei muito bom o sentimento de voltar para a presencialidade e o reconhecimento dá uma garantia e uma motivação para seguir produzindo e criando”, finalizou.  

Na categoria de Grandes Áreas, também se destacaram os alunos Guilherme Schoeninger Vieira, em Ciências Sociais Aplicadas, e Isadora Nunes Erthal, na área de Ciências da Saúde. Guilherme foi orientado pelo professor Eugênio Facchini Neto e Isadora pela professora Gabriela Heiden Teló.  

Menção Honrosa – Apoio técnico 

Reconhecida no SIC 2022, a estudante de Engenharia Química Vitória Garcia La Porta desenvolveu o estudo nomeado como Apoio Técnico para o Laboratório de Processos Ambientais (LAPA/PUCRS): Manutenção das Rotinas do Laboratório de Bioprocessos, com orientação do professor e pesquisador da Escola Politécnica Cláudio Luis Frankenberg. Com o projeto, a aluna pode unir suas duas paixões: as áreas de Engenharia Química e Bioengenharia.  

Vitória entrou no LAPA como voluntária de Iniciação Científica, e conta que pode realizar projetos científicas com a maioria dos professores de seu curso, além de poder entender na prática qual é o papel do engenheiro químico na pesquisa.  

“As pesquisas influenciam e seus resultados podem ser usados em várias áreas do conhecimento. E isso, a gente percebe atuando em um grupo multidisciplinar e nas discussões em conjunto entre professores, mestrandos e colegas de laboratório. O Salão é um momento fundamental que permite essa possibilidade de conhecer pessoas, fazer contatos, trocar conhecimento e aprender com as bancas”, destaca Vitória.  

Os alunos João Vitor Boeira Monteiro e Júlia Geitens Valente também foram reconhecidos na categoria de Menção Honrosa. João se destacou no tema de Pet Saúde e Júlia em Extensão Universitária. Orientados pelos professores Samuel Greggio e Ivan Carlos Ferreira Antonello respectivamente.  

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Foto: Matheus Gomes

No dia 15 de dezembro, aconteceu o Seminário de encerramento do Programa de Iniciação Científica Júnior, iniciativa que oportuniza a atuação de estudantes do Ensino Médio em projetos de pesquisa científica da PUCRS. A cerimônia prestigiou os 30 estudantes de 25 escolas de Porto Alegre, região metropolitana e do exterior, que participaram durante cinco meses de diversos projetos de pesquisa orientados por professores e pesquisadores de todas as Escolas da PUCRS.  

Os alunos foram inseridos nas estruturas de pesquisa da universidade, onde puderam vivenciar a iniciação científica na prática em laboratórios, no desenvolvimento de atividades de leitura e de escrita acadêmica, além de interagir com professores e alunos de graduação e pós-graduação da PUCRS. Durante o evento promovido pela Coordenadoria de Iniciação Científica, os bolsistas foram homenageados com a entrega de brindes da universidade e com depoimentos de seus orientadores, que destacaram os trabalhos desenvolvidos durante esse período.  

“O Programa de Iniciação Científica Júnior proporciona a interação de alunos do Ensino Médio com a pesquisa desenvolvida na Universidade em diferentes áreas do conhecimento, bem como a convivência com pesquisadores e alunos de mestrado e doutorado. Esta experiência é muito enriquecedora na formação destes alunos, pois além das atividades de pesquisa eles também vivenciam o ambiente universitário como um todo ”, destacou a coordenadora da Iniciação Científica Laura Roberta Pinto Utz. 

Confira as imagens: 

O 23º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS acontece do dia 3 a 7 de outubro e as inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro neste link. O encontro busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. Além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação da Universidade e da comunidade científica e acadêmica em geral, o evento também incentiva a participação dos alunos de graduação em programas de Iniciação Científica.

Com a iniciação científica, estudantes de graduação podem atuar em projetos de pesquisa com professores de diferentes áreas do conhecimento. É uma oportunidade de se conectar ainda mais com a pesquisa científica, explorando diferentes métodos e assuntos.

Em sua 23ª edição, os trabalhos apresentados no SIC serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: qualidade do resumo, domínio do conteúdo, contribuição para o desenvolvimento da pesquisa, clareza/objetividade na exposição oral do trabalho, utilização adequada do tempo de apresentação, adequação das respostas aos questionamentos da banca avaliadora. Todos os trabalhos que obtiverem a nota máxima cinco serão considerados Trabalhos Destaque e receberão um Certificado. Os melhores Trabalhos Destaque por Grandes Áreas serão selecionados seguindo os critérios descritos no Regulamento. Os vencedores serão anunciados no evento de Premiação.

Alunos e alunas da PUCRS, assim como externos vinculados a bolsas institucionais da Universidade têm isenção no valor da inscrição. Para os demais estudantes de outras instituições de ensino, o valor da inscrição é de R$ 100, com um limite de inscrições.

Acesse o site para se inscrever e conferir a programação e demais informações sobre o evento.

Destaque na pesquisa

Na última edição do evento, em 2021, o estudante da Escola de Direito Guilherme Schoeninger Vieira recebeu destaque com o trabalho Limites à jurisdição frente a ‘questões políticas’: o STF e os casos de suspensão de nomeações de Ministros de Estado, orientado pelo professor Eugênio Facchini Neto. Com seu envolvimento foi realizada uma análise sobre o tema do controle judicial de atos essencialmente políticos e seus limites, utilizando ferramentas do Direito Comparado, baseando-se na experiência jurídica de outros países.

Como estudante da graduação da PUCRS, Guilherme ressaltou a relevância da Iniciação Científica em sua trajetória acadêmica: “A oportunidade se trata de um espaço autêntico de pesquisa que ocorre sob a orientação de excelentes professores da Universidade. Nesse sentido, convido todos os colegas a buscarem informações sobre essas ricas oportunidades de estudo”, reforça.

Oficinas de Escrita Científica

Foto: Pexels

No mês de agosto ocorrem os últimos três encontros da 4ª edição das Oficinas de Redação Científica promovidas pela Coordenadoria de Iniciação Científica (CIC) da PUCRS. As últimas oficinas de 2022 acontecerão presencialmente no Living 360° (Prédio 15), na sala 201, de forma gratuita e aberta ao público, sem necessidade de inscrição prévia.

Os encontros visam capacitar e qualificar bolsistas de iniciação científica, estudantes de graduação e demais interessados no tema. As oficinas serão ministradas pelo coordenador da CIC, professor Júlio César Bicca-Marques e abordarão as seções Resultados, Discussão, Agradecimentos e Bibliografia.

Confira as datas

Iniciação Científica

A Iniciação Científica possibilita a atuação dos estudantes de Graduação em projetos de pesquisadores com experiência nas diferentes áreas do conhecimento, buscando o envolvimento direto dos alunos com as atividades de pesquisa. O objetivo é formar, capacitar e qualificar estudantes para atuar na pesquisa científica.

Coordenadoria de Iniciação Científica

A Coordenadoria de Iniciação Científica é responsável pelas ações relacionadas à Iniciação Científica, incentivando e apoiando o desenvolvimento de atividades de pesquisa junto aos alunos de graduação. Atua na gestão dos Programas Institucionais de Bolsas de Iniciação Científica e Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, por meio da elaboração e divulgação dos editais e do processo de avaliação dos projetos submetidos. A Coordenadoria realiza o atendimento ao aluno-bolsista de Iniciação Científica em todas as suas modalidades e promove eventos científicos como o Salão de Iniciação Científica e o Seminário Interno de Avaliação da Iniciação Científica da PUCRS.

seminário iniciação científica

Foto: Matheus Gomes

A cerimônia de abertura do Seminário Interno de Avaliação da Iniciação Científica da PUCRS iniciou nesta terça-feira, dia 31 de maio, e segue até sexta-feira, dia 3 de junho, com 247 trabalhos inscritos e 50 bancas avaliativas. Promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, por meio da sua Coordenadoria de Iniciação Científica, o evento constitui um espaço de socialização de atividades de pesquisa, envolvendo os bolsistas de Iniciação Científica e seus professores/pesquisadores orientadores. 

O evento de abertura, que aconteceu no Auditório do Prédio 11, contou com a presença do vice-reitor Ir. Manuir Mentges, do pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva, e com o diretor técnico-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS), Rafael Roesler. 

Em sua fala de acolhida, o vice-reitor Ir. Manuir Mentges destacou a importância da pesquisa para gerar soluções para os problemas concretos da sociedade e como a iniciação científica contribui para o desenvolvimento do pensar científico. Já o pró-reitor Carlos Eduardo Lobo e Silva falou sobre como a Iniciação Científica pode ser um diferencial para a formação do aluno, além de ser uma porta de entrada para quem busca seguir uma trajetória científica.  

“Todo ser humano nasce cientista” 

A conferência de abertura, intitulada A neuropsicologia e o papel da Iniciação Científica no desenvolvimento cognitivo e socioemocional do futuro profissional, foi conduzida pela professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Rochele Paz Fonseca. A pesquisadora abordou como o programa pode contribuir para a vida do estudante, baseando-se em conceitos da sua área de atuação, a neuropsicologia. 

Para a pesquisadora, todo ser humano nasce cientista e a curiosidade é a base da ciência. Rochele abordou sua trajetória acadêmica e como o dia a dia da pesquisa pode desenvolver competências importantes para a vida de um profissional. 

Saiba mais sobre a Iniciação Científica

A Iniciação Científica busca proporcionar aos estudantes de graduação, sob orientação de um professor/pesquisador, a aprendizagem de métodos e técnicas de pesquisa, bem como estimular o desenvolvimento do pensamento científico e da criatividade, decorrentes das condições criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. Saiba mais sobre o programa no site da Iniciação Científica. 

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iniciação científica

Foto: Pexels/Zen Chung

Programa de Iniciação Científica Voluntário (IC Voluntário) da PUCRS permite que estudantes de graduação tenham contato com a pesquisa científica durante sua formação, mediante a realização voluntária de atividades de pesquisa sob a coordenação de um professor/pesquisador. Os alunos passam por um processo de aprendizado focado nos princípios éticos e teóricos de uma área de atuação e aprendem na prática os métodos de desenvolvimento e divulgação das pesquisas. As inscrições ocorrem em fluxo contínuo. 

O IC Voluntário permite que o aluno combine com seu orientador qual será a carga horária semanal de envolvimento. Com isso, o programa se torna uma ótima possibilidade para alunos que não dispõem de 20 horas semanais para se dedicarem a uma bolsa de Iniciação Científica, mas que desejam ter contato com o mundo da pesquisa científica.  

Outra vantagem em se envolver com a iniciação científica é poder experimentar. O coordenador de Iniciação Científica, Júlio César Bicca-Marques, destaca que o programa é uma excelente alternativa para os estudantes que planejam se dedicar a uma bolsa, porém ainda não sabem se gostarão de determinada linha de pesquisa ou se vão se adaptar com a rotina.  

“Com o IC Voluntário, os alunos podem se envolver com diferentes áreas, em um formato mais experimental para ter este primeiro contato com as atividades científicas. É uma oportunidade para poder transitar e encontrar a linha de pesquisa que mais se identifica”, ressalta.  

Novos conhecimentos  

Na pesquisa, o aluno desenvolve habilidades como resolução de problemas, criatividade, metodologia e organização, é o que destaca o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, Rafael Baptista, orientador de estudantes de iniciação científica.  

“No desenvolvimento de uma intervenção baseada em evidências, tão importante nas profissões da saúde e da vida, o aluno aprende a pesquisar, interpretar e aplicar os conhecimentos obtidos. Além disso, a iniciação científica aproxima os alunos de novas tecnologias, dos laboratórios e pesquisadores da universidade, comenta. 

Pensar de forma crítica e autônoma 

Já o professor da Escola de Humanidades Augusto Neftali destaca que no espaço científico são desenvolvidos os instrumentos teóricos e metodológicos necessários para solucionar problemas difíceis e propor intervenções eficientes na realidade.  

“Participar de um projeto de pesquisa é apropriar-se desses instrumentos e atuar, como autores e autoras, na busca de respostas. Portanto, a iniciação científica desenvolve a capacidade de pensar de forma autônoma, complexa, crítica e inovadora”, pontua.  

Trabalho em equipe 

Com a iniciação cientifica o estudante entra em contato com o universo da pesquisa. Em suas atividades, atua em um ambiente cercado por pessoas que buscam por novos conhecimentos, caminhos e descobertas. Para o professor da Escola Politécnica Márcio Pinho, esse convívio é fundamental para a carreira profissional.  

“O aluno vai aprender, acima de tudo, a trabalhar em equipe, descobrir que não se avança o conhecimento sozinho e há sempre muito o que aprender e crescer, acrescenta. 

Acesse o site do Programa IC Voluntário para saber mais! Em caso de dúvida, entre em contato com a Coordenadoria de Iniciação Científica pelo e-mail [email protected]. 

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Teve início nessa segunda-feira, dia 4 de outubro, a 22ª edição do Salão de Iniciação Científica da PUCRS. Neste ano, 686 estudantes participarão da semana de socialização de atividades de pesquisa que segue até a próxima sexta-feira, dia 8. A cerimônia de abertura foi conduzida pelo coordenador de Iniciação Científica Júlio César Bicca-Marques e contou com a palestra Avaliando percepção em faces: Uma abordagem computacional, apresentada pela professora da Escola Politécnica Soraia Raupp Musse. 

O encontro contou com a participação do vice-reitor Ir. Manuir Mentges; do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva; da coordenadora de Programas Acadêmicos do CNPq, Lucimar Batista de Almeida; e do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs), Odir Dellagostin. 

Em sua fala de acolhimento, o vice-reitor da PUCRS reforçou a importância da iniciação científica como caminho para a inovação e o empreendedorismo, levando ao desenvolvimento do estudante enquanto pesquisador. Mentges afirmou ainda que a partir da vivência, o aluno tem a oportunidade de atuar na geração de soluções para problemas concretos da sociedade. 

O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação Carlos Eduardo Lobo e Silva agradeceu o apoio da Fapergs e do CNPq no desenvolvimento dos futuros cientistas e reforçou a relevância do evento para o Rio Grande do Sul como oportunidade de compartilhamento de conhecimento e momento de formação para a geração futura de cientistas. Além disso, apresentou o Programa G+1, nova iniciativa da Universidade para que o aluno possa viver a experiência do mestrado durante a graduação. Por meio da novidade, o estudante poderá concluir o mestrado com apenas mais um ano de estudo após o término da graduação. Para isso, ele precisa ter cursado, pelo menos, 50% dos créditos do seu curso de graduação e cumprir com os requisitos previstos no edital de seleção do Programa de Pós-Graduação de seu interesse. 

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Simulação e humanos virtuais 

Professora da Escola Politécnica Soraia Musse palestrou na abertura do evento

Na palestra de abertura, a professora Soraia Raupp Musse apresentou algumas pesquisas conduzidas no Laboratório de Visualização de Humanos Virtuais (VHLab). Soraia destacou a presença de bolsistas de Iniciação Científica que integram os projetos de pesquisa do grupo. 

O VHLab se interessa por problemas de simulação e de percepção de humanos virtuais. “Se por um lado queremos simular a fim de criar cenários que não existem, por outro lado queremos entender como essas imagens são percebidas e compreendidas por nós”, explica a pesquisadora. Indo do reconhecimento facial ao reconhecimento de emoções, os projetos desenvolvidos buscam relacionar os estilos faciais com características emocionais e como isso tem sido trabalhado na área da computação gráfica. 

Sobre o Salão de Iniciação Científica 

encontro é voltado a bolsistas de Iniciação Científica e seus orientadores, vinculados a instituições de ensino de todo o Brasil. O evento busca proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. Além de promover a divulgação da pesquisa no âmbito da graduação da Universidade e da comunidade científica e acadêmica em geral, e incentivar a participação dos alunos de graduação em programas de Iniciação Científica. 

Na sexta-feira, dia 8 de outubro, às 18h30min, acontece a cerimônia de encerramento com a palestra Quais deveriam ser os conselhos de Cajal para jovens pesquisadorxs em 2021?, conduzida pelo professor da Escola de Medicina Rodrigo Grassi de Oliveira. Neste encontro também serão divulgados os destaques do evento deste ano. Saiba mais no site do evento.