Em 2030 o número de idosos no Brasil deve ultrapassar o número de crianças, aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a inversão da pirâmide etária, estamos vivenciando uma mudança do perfil demográfico do País. É por isso que o estudo dos mecanismos que levam a um envelhecimento saudável se torna cada vez mais fundamental para que, em um futuro próximo, a população tenha atenção e cuidados para envelhecer com qualidade de vida.
O Programa de Pós-graduação em Gerontologia Biomédica (PPG-GERONBIO) da PUCRS, que está com inscrições abertas até o dia 29 de outubro, prepara estudantes para a docência e pesquisa tanto na área da Gerontologia, quanto na área da Geriatria. Atualmente o número de pessoas acima dos 65 anos representa 14,03% da população, o equivalente a 29,3 milhões de pessoas que precisam de atendimento e suporte para essa etapa da vida.
Segundo a coordenadora do PPG, professora Denise Cantarelli Machado, o programa é multidisciplinar e promove pesquisas e ações sobre os seguintes aspectos do envelhecimento: biológicos, socioculturais, demográficos e bioéticos, clínicos e emocionais, além de estudar também o tema na Saúde Pública.
Profissionais de diferentes áreas procuram o programa para desenvolver seus estudos. Há estudantes de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Enfermagem, Pedagogia, Medicina, Assistência Social, Engenharia, Arquitetura e até Direito.
“Prima-se pela integração e caminhada de encontro à interdisciplinaridade. Temos um número expressivo de egressos com excelente inserção no mercado de trabalho, a maioria em instituições de ensino locais e nacionais, atuando em cursos de graduação, pós-graduação e no desenvolvimento de pesquisas científicas e políticas públicas”, ressalta Denise.
Quem ingressa no programa conta com uma estrutura composta por laboratórios distribuídos no Campus da PUCRS, coordenados por docentes pesquisadores do programa, vinculados às Escolas de Medicina e de Ciências da Saúde e da Vida, ao Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) e ao Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG).
Nestes espaços os estudantes podem executar seus projetos de pesquisa e contar com outras estruturas de apoio, como a Biblioteca Central e o IDEIA (Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que coordena a utilização dos laboratórios de Microscopia Eletrônica e Microanálise (LABCEMM), de Alto Desempenho em Computação (LAD), de Ressonância Magnética (LABMAG), de Prototipagem e Espaço Maker (Fablab Tecnopuc) e de Usabilidade de Produtos para a Saúde (Usalab Tecnopuc).
Além disso, o PPG-GERONBIO é um dos integrantes do projeto de cooperação Estudo da Neuropsicologia do Envelhecimento e de Mecanismos Moleculares Relacionados às Doenças Neurodegenerativas nos Idosos, contemplado no edital da Capes, pelo Programa de Internacionalização (PrInt). As atividades de mobilidade in/out e de pesquisa foram iniciadas em 2019 e os alunos e docentes já realizaram atividades de pesquisa em diversos países.
O curso de mestrado do PPG-GERONBIO tem como objetivo essencial desenvolver a competência para o desempenho de funções docentes na área da Gerontologia Biomédica. Nessa modalidade o estudante aprofunda conhecimentos por meio de debate crítico sobre a realidade gerontológica e educacional inserida no contexto da realidade sócio-política-econômica-cultural local e global. O profissional é qualificado para a pesquisa científica e intervenções junto à sociedade.
Já o curso de doutorado tem como objetivo principal formar integralmente o pesquisador, associado à competência docente e visando o aprofundamento contextualizado do conhecimento na área da Gerontologia Biomédica. Neste caso o foco é a formação de profissionais com ampla capacidade científica para interagir e executar pesquisas de ponta em todas as áreas relacionadas ao idoso.
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O distanciamento social ocasionado pela pandemia de Covid-19 reduziu o círculo de relações diárias da maioria da população. Para as pessoas idosas, grupo de risco para a contaminação pelo coronavírus, esse contato se tornou ainda menos frequente devido às dificuldades de acesso aos programas e redes sociais que permitem a interação online. Para incentivar o contato afetivo durante a pandemia, o Fórum Gaúcho do Ensino Superior sobre Envelhecimento Humano lançou a campanha Declare seu amor ao idoso. A ação teve início em junho, mês de combate à violência contra pessoas idosas.
O objetivo da campanha é reconhecer a importância do idoso na comunidade e nas famílias, visto que boa parte dos atos de violência acontecem dentro do próprio lar. A ação visa sensibilizar as famílias a expressar o amor ao idoso por meio de palavras e atos. A campanha convida familiares e amigos a realizarem ligações e enviarem mensagens para idosos, mantendo um contato mais frequente e próximo. As declarações também podem ser compartilhadas nas redes sociais, marcando o perfil do Fórum no Facebook.
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“Durante a pandemia, com o isolamento social, muitas famílias ficaram distantes de seus familiares idosos e os amigos não puderam se encontrar, isso acabou agravando os problemas de depressão que já são mais comuns nessa etapa da vida. O isolamento e a falta de contato, de atenção e de carinho acabam por agravar todos os sintomas de sofrimento psíquico”, destaca Rafael Baptista, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, representante de comunicação do Fórum.
Para a professora Silvia Areosa, psicóloga e integrante do Fórum, manter as relações, principalmente para os idosos, é fundamental. “Todos nós precisamos de carinho e afeto, como seres humanos somos seres sociais, dependentes do olhar do outro para nos significar. Quando estamos na fase da vida chamada de velhice e já não temos mais tantos contatos diários, pois estamos aposentados e nosso círculo de relações diminuiu, é muito importante que possamos seguir recebendo atenção de familiares e amigos”.
A professora Patrícia Chagas, coordenadora do Fórum, destaca que a intenção é que o contato afetivo se mantenha além da campanha. “Por que não pensar em se estender por todos os dias? Afinal, carinho e amor devem fazer parte sempre do nosso dia e estar sempre presente nas nossas famílias”.
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O Fórum Gaúcho do Ensino Superior sobre Envelhecimento Humano reúne representantes de 14 instituições e possui entre os objetivos articular ações de ensino, pesquisa, extensão e inovação para qualificar as atividades destinadas ao envelhecimento humano no Ensino Superior. O Fórum também se caracteriza como uma instância consultiva para a formulação, controle e avaliação de políticas públicas destinadas à pessoa idosa.
Além da PUCRS, participam do Fórum a Universidade Federal de Pelotas, Universidade Federal do Rio Grande, Universidade Federal de Santa Maria, Universidade de Cruz Alta, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Universidade de Caxias do Sul, Universidade Católica de Pelotas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Pampa, Universidade de Santa Cruz do Sul, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Universidade do Vale do Taquari e Universidade de Passo Fundo.
Os institutos da PUCRS geram impacto e beneficiam diferentes setores da sociedade com ações, projetos e serviços. Entre eles estão o Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) e o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), que durante a pandemia ocasionada pela Covid-19 tiveram uma atuação marcante. Mais uma vez, a Universidade mostra sua relevância em momentos de crise, buscando soluções para problemas complexos. Conheça algumas iniciativas dos Institutos da PUCRS no combate à pandemia.
O Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) se dedica a ações interdisciplinares relacionadas ao envelhecimento humano. Para isso, são realizadas pesquisas que contam com laboratórios e com um corpo docente altamente qualificado. A Universidade Aberta para Terceira Idade (Unati), que busca promover o envelhecimento saudável e com autonomia, também faz parte do IGG. Foi nessas duas frentes que esse instituto atuou diante os desafios pandêmicos.
Visando acompanhar, durante o período de um ano, idosos em idade avançada e com saúde vulnerável provenientes do SUS, o IGG está desenvolvendo a pesquisa Marcadores sociodemográficos, comportamentais, clínicos e moleculares para a identificação de idosos com risco de infecções graves pela Covid-19. Coordenada pelo diretor da instituição, Douglas Kazutoshi Sato, ela foi contemplada pelo edital PPSUS da Fapergs e é realizada em parceria com o Hospital São Lucas.
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Com esse estudo, a instituição espera compreender de que forma esses idosos são afetados pela Covid-19, como o sistema imunológico deles responde às vacinas e à infecção pelo vírus e identificar marcadores para outras infecções. A partir dos resultados dessas análises poderão ser realizadas ações de combate ao coronavírus, como a criação de protocolos clínicos específicos para o manejo da doença nessa população, o incentivo para a criação de políticas públicas de saúde voltadas à proteção do idoso no SUS, especialmente os que estão sujeitos a quadros mais graves da doença, e contribuições com o plano nacional de prevenção de infecções e vacinação em idosos.
Outra pesquisa de destaque também foi realizada pelo professor Sato, em parceria com a Universidade de Keio, em Tóquio. Denominado Hábitos comportamentais de japoneses, descendentes e não descendentes de japoneses diante da pandemia pela Covid-19, o projeto está tendo seus dados analisados, mas indica que diferenças comportamentais e culturais podem ter contribuído para a discrepância no número de contaminações ao comparar ambas as populações. O estudo foi realizado por meio de um levantamento de dados pela plataforma Qualtrics e participaram dele 4.704 indivíduos, 2.685 do Brasil e 2.019 do Japão. O objetivo é de que essa pesquisa possa auxiliar na revisão das medidas profiláticas adotadas em pandemias, identificando hábitos comportamentais preventivos que contribuem para a preservar a saúde.
Além disso, através da Unati, o IGG promoveu conteúdos, lives e cursos voltados aos idosos, incluindo eventos gratuitos. Essa é uma maneira de fornecer conhecimento a esse público, além de facilitar a interação com outras pessoas da mesma faixa etária, o que é de extrema importância durante a pandemia para auxiliar no cuidado à saúde mental do idoso.
Já o InsCer atua em duas frentes: na pesquisa e na assistência. Para oferecer o melhor resultado à população em cada uma delas, conta com um time de neurocientistas renomados internacionalmente e oferece exames de imagem com tecnologia de alto nível. Suas ações durante a pandemia foram voltadas, principalmente, a problemas cotidianos, como as dificuldades de aprendizado de crianças em idade de alfabetização sem atividades presenciais nas escolas, diagnósticos de casos suspeitos de Covid-19 e alterações neurológicas e psicológicas causadas tanto pelo isolamento social quanto pela contaminação pelo coronavírus.
Já no começo da pandemia no Brasil, em abril de 2020 o Laboratório de Biologia Molecular e Imunologia do InsCer passou a oferecer exames RT-PCR – responsáveis por detectar a infecção pela Covid-19 durante o período sintomático da doença – com resultado em 24h para empresas, escolas e pessoas físicas. Mais tarde, disponibilizou o teste RT-PCR Fast, com resultados que saem em 4h, de acordo com janelas específicas durante o dia. Todos os laudos são emitidos em português, inglês e espanhol. Além disso, também foi oferecida a coleta domiciliar do exame, no intuito de auxiliar no diagnóstico de quem não tem a possibilidade de sair de casa, como idosos acamados, por exemplo.
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Enquanto isso, pensando na realidade de ensino remoto, a qual impediu crianças de frequentarem presencialmente instituições de ensino, o Instituto desenvolveu o aplicativo Graphogame, um jogo educacional que tem como objetivo auxiliar crianças de 4 a 9 anos no processo de alfabetização. Ele chegou no Brasil por meio do Ministério de Educação, em iniciativa conduzida pelo pesquisador do InsCer, Augusto Buchweitz.
Por fim, o Instituto do Cérebro, que é referência em pesquisas sobre questões relacionadas à Neurociência, também se destacou na área durante a pandemia, liderando três importantes estudos sobre o assunto:
Além disso, pesquisas relacionadas ao coronavírus realizadas pela instituição foram publicadas em revistas internacionais.
Essa é a última de uma série de matérias que compilam ações da Universidade no combate à pandemia.
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Apesar de a Doença de Alzheimer não ter cura, o seu diagnóstico não é uma sentença. Quanto mais cedo é identificada, melhor é a sua resposta aos tratamentos. O Instituto Alzheimer Brasil (IAB) estima que mais de 45 milhões de pessoas tenham algum tipo de demência no mundo e que esse número irá dobrar a cada 20 anos.
No País, dentre a população com mais de 60 anos, cerca de 2 milhões têm Alzheimer (a demência mais comum), de acordo com o IBGE, sendo também o grupo de maior incidência.
Para tirar dúvidas sobre o tema e apresentar as novidades na área, no dia 30 de junho, às 15h, acontece o bate-papo online Quando a memória falha, é Alzheimer? pelo canal da PUCRS no YouTube, promovido pela Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati).
O convidado para o encontro é o médico neurologista Lucas Schilling, que também é professor da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer).
O médico explica que a Doença de Alzheimer hoje é compreendida como um processo biológico progressivo, onde há o acúmulo de proteínas (Beta-Amilóide e Tau) no cérebro de pacientes. Esse processo leva à neurodegeneração e ao comprometimento cognitivo. Segundo o neurologista a ciência tem sido uma importante aliada na busca por soluções:
“Em termos de tratamento, existe a perspectiva de que em um futuro próximo tenhamos medicações específicas para evitar o acúmulo dessas proteínas no cérebro dos pacientes com Alzheimer. Dessa forma, teríamos terapias mais efetivas e promissoras para o tratamento da doença”.
Os biomarcadores (que indicam a presença de alterações características da doença) são um dos grandes avanços na área e vem contribuindo para um melhor entendimento sobre Alzheimer.
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As demências são sintomas cognitivos e sociais que afetam nas atividades do cotidiano por interferirem em funções do cérebro, como a memória e o discernimento. Lucas ressalta que além da idade, outros fatores podem influenciar no desenvolvimento de Alzheimer e até mesmo no agravamento da doença:
“São questões relacionadas ao estilo de vida, como a prática de atividades físicas, ter uma alimentação adequada, evitar tabagismo e álcool em excesso e controlar os fatores de risco cardiovasculares (como hipertensão, diabetes e colesterol elevado)”.
Um estudo realizado pela UFPEL neste ano mostra que o Brasil pode ter 4 milhões de pessoas com Alzheimer em 2050 e que população negra tem menor acesso ao diagnóstico. Além disso, a doença pode desencadear quadros de depressão, como tristeza e problemas emocionais.
Ative o sininho no YouTube e recebe o lembrete para a live Quando a memória falha, é Alzheimer? que acontece no dia 30 de junho, às 15h, pelo canal da PUCRS:
As pessoas acima de 60 anos estão cada vez mais ativas, atualizadas e interessadas em continuar aprendendo. De acordo com uma uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil, 66% acreditam que já trabalharam muito e que a prioridade, agora, é aproveitar a vida. Afinal, não existe idade para seguir se desenvolvendo e adquirindo novos conhecimentos.
Pensando nisso, a nova programação da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) terá lives gratuitas, sempre na última quarta-feira do mês, e diversos cursos sobre arte, cultura, música, literatura, idiomas, aspectos cognitivos e muito mais. O bate-papo online Vacinei, e agora? acontece no dia 28 de abril, às 14h, pelo canal da PUCRS no YouTube.
O primeiro evento do ano abordará a importância e os efeitos da imunização contra a Covid-19. O convidado é o médico Fabiano Ramos, chefe do serviço de Infectologia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e líder do estudo de desenvolvimento da vacina Coronavac no Rio Grande do Sul, que contou com mais de mil voluntários/as.
As aulas acontecem na modalidade online e contam com metodologias específicas preparadas para o público da Unati:
Fique por dentro das próximas atividades e acompanhe a página da Unati no Facebook.
O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL-PUCRS) ampliou o escopo de participação de voluntários no estudo da vacina contra o novo coronavírus. Já a partir desta terça-feira, 22 de setembro, voluntários com mais de 60 anos e pessoas que já tiveram Covid-19 poderão participar da pesquisa. A ampliação do escopo ocorreu em virtude de uma definição do Instituto Butantan e da farmacêutica Sinovac, que conduzem o projeto junto a outros 11 centros de pesquisa no país.
Atualmente, cerca de 600 participantes já receberam pelo menos uma das doses da vacina ou placebo no Hospital. Com o avanço do estudo, a meta inicial de 852 voluntários deverá ser batida, haja vista que os testes serão estendidos até a segunda quinzena de outubro. “Os novos perfis de voluntários que entram nesta etapa do estudo serão importantes para a mensuração dos resultados, que já têm sido muito animadores. Com a ampliação da pesquisa devemos passar com tranquilidade dos mil participantes.”, salienta o Fabiano Ramos, líder do estudo e chefe do Serviço de Infectologia do HSL.
Os interessados em participar dos testes deverão preencher formulário que está disponível neste link. Todos deverão estar dentro dos demais critérios já estabelecidos na fase anterior da pesquisa. Confira:
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO
Em casos de dúvidas sobre a participação na pesquisa, a equipe do Hospital está disponível pelo WhatsApp (51) 99929-8871.
A Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) acaba de lançar sua programação com novos cursos e atividades para este semestre. Para garantir a saúde e o bem-estar do público idoso em meio à pandemia da Covid-19, as atividades programadas foram adaptadas para acontecerem na modalidade 100% online. A programação visa levar conhecimento, gerar momentos de relacionamento, proporcionar a realização de novas atividades e a descoberta de novos formatos para se manter ativo, tudo isso diretamente do conforto de suas casas.
Cinco cursos iniciam no mês de agosto, todos na modalidade online pela plataforma Zoom. Saiba mais sobre eles:
Além dos cursos, palestras online e gratuitas levarão muito conteúdo aos idosos apenas com um clique. Os encontros serão no canal oficial da PUCRS no Youtube e contarão com a participação de convidados de diferentes áreas. Confira a programação para o mês de agosto:
Atualmente, serviços como correio eletrônico, hipertextos e videoconferência estão integrados no cotidiano de grande parte da população. Os idosos são uma parcela dessa população que pode usufruir desses serviços que, usados de forma apropriada, estimulam a percepção, a memória e a socialização, abrindo novos horizontes para uma vida mais ativa e feliz.
Palestrantes: Marco Aurélio Mangan (doutor em Engenharia de Sistemas e Computação, professor da Escola Politécnica e na Unati) e Francelise de Freitas (psicóloga e mestra em Gerontologia Biomédica).
No encontro, os convidados debaterão sobre condutas que serão tomadas pelas pessoas em processo de envelhecimento para se tornarem idosos saudáveis, com autonomia e independência no envelhecimento.
Palestrantes: Newton Luiz Terra (médico geriatra e pesquisador do Instituto de Geriatria da PUCRS) e Clarissa Biehl Printes (educadora física e doutoranda em Gerontologia Biomédica pela PUCRS).
A Unati foi lançada em junho de 2018, alinhada à proposta marista de proporcionar um futuro melhor por meio da educação, contribuindo para compartilhar o espaço da Universidade com pessoas de diferentes perfis, idades, sonhos e trajetórias. As aulas nas mais diferentes áreas são desenvolvidas em uma metodologia exclusiva, em turmas reduzidas e apoio de professores qualificados.
Envelhecer é o ciclo natural da vida. Em meio à pandemia da Covid-19, um dos principais grupos de risco da doença são as pessoas com mais de 60 anos. Além do trabalho de campo realizado por profissionais da área da saúde, que lidam diretamente com quem mais precisa de ajuda – os pacientes -, também existem outras formas de ajudar. Pensando nisso, o professor Newton Luiz Terra, da Escola de Medicina e do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG) da PUCRS, escreveu o livro Só é velho quem quer. Os valores arrecadados com as vendas da obra serão destinados às instituições beneficentes que cuidam de pessoas idosas.
“Aproveitei a quarentena para escrever um pequeno livro com o objetivo de auxiliar a comunidade a envelhecer melhor. Existem diferentes formas de ajudar nesse período”.
No Rio Grande do Sul, são raras as instituições de longa permanência para pessoas idosas mantidas pelo Estado. Em sua grande maioria são particulares, conta Terra. Duas delas, bem conhecidas em Porto Alegre, receberão as doações dos recursos obtidos com o livro: o Asilo Padre Cacique e a Sociedade Porto-alegrense de Apoio aos Necessitados (Spaan). Além das duas instituições, a Associação dos portadores de Ataxias também será contemplada. Todas elas contam com o auxílio da comunidade para oferecerem seus serviços.
A elaboração da obra tem a pretensão de chamar a atenção da comunidade para a importância de apoiar instituições como essas. “Meu gesto é mais simbólico, principalmente em função da pandemia. Não gostaria de ver essas pessoas sem assistência”, destaca.
Essas iniciativas, além do simbólico auxílio financeiro, também necessitam de alimentos, medicamentos, roupas, material de limpeza e de higiene, entre outros. O livro pode ser adquirido nas três instituições que receberão as doações e em breve a EdiPUCRS irá disponibilizá-lo em outras plataformas.
O objetivo do livro é sugerir uma série de condutas que, se adotadas, podem contribuir para um envelhecimento saudável, com independência e qualidade de vida. “Não apresento soluções mirabolantes, nem fórmulas complicadas, tampouco receitas de poções mágicas e elixires para uma vida longa. São orientações que contribuem para que os indivíduos tenham sucesso no seu processo de envelhecimento”, conta Terra.
No livro há um capítulo sobre Geriatria Preventiva e Preditiva que ressalta a importância de se iniciarem os cuidados de ordem preventiva o mais precocemente possível. É um costume que deve começar preferencialmente na infância, inclusive.
A Liga de Pediatria da Escola de Medicina tem realizado ações para levar esperança a quem mais precisa nesse período de distanciamento social. Recentemente, o grupo realizou a doação de alimentos, produtos de higiene e roupas à Kinder. E, seguindo nesse espírito solidário, você ainda pode colaborar com duas iniciativas apoiadas pela Universidade: a Campanha do Agasalho, que segue até esta sexta-feira, e a Ação Comunidades, da Rede Marista. Ambas contam com pontos de coleta na PUCRS, respeitando os protocolos de prevenção à Covid-19.
A pandemia mundial da Covid-19 mudou a rotina de todos, mas impactou especialmente a vida dos idosos, mais vulneráveis à transmissão do novo coronavírus. As pessoas com mais de 90 anos (nonagenárias e centenárias) são a camada da população com maiores chances de desenvolver um quadro grave da doença e, por isso, têm adotado em maior escala medidas preventivas como o isolamento social. De acordo com dados publicados no periódico Lancet Infect Diseases a mortalidade geral, na China, foi de 0,32% para indivíduos com menos de 60 anos, 6,4% para aqueles entre 60 e 80 anos e 13,4% entre os acima de 80 anos. No Brasil, 77% dos casos são de pacientes com mais de 60. Idade avançada e males como insuficiência respiratória, doença cardíaca, hipertensão e diabetes são importantes fatores de risco.
Mas quais impactos o isolamento tem trazido à vida dos nonagenários e centenários? É o que pretende responder um projeto liderado pelo professor da Escola de Medicina, Ângelo Bós. O estudo, que busca avaliar o estado de saúde e as condições de vida de nonagenários e centenários em Porto Alegre durante a pandemia, é conduzido pelo Grupo de Pesquisa em Saúde Pública e Envelhecimento do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS.
Os idosos que participam da pesquisa são acompanhados pelo grupo desde 2016 e, neste momento, novas investigações estão em curso para avaliar os impactos da pandemia. De acordo com Bós, o principal objetivo é observar os maiores impactos da restrição social, principalmente sobre a saúde física, cognitiva, emocional e nutricional nessa faixa etária, além de identificar possíveis mecanismos que ajudem a melhorar esses problemas. A pesquisa ainda está em andamento, mas o professor adianta algumas análises: ele explica, por exemplo, que os idosos em acompanhamento estão seguindo a quarentena, mas estão menos ativos em virtude disso.
Outros participantes ressaltam o menor tempo em companhia da família, apesar de se sentirem amparados através da comunicação por telefone ou mensagem. “Muitos já tinham problema com o sono e percepção de memória ruim, mas quando questionados se repararam se a quarentena mudou as condições de saúde, a maioria afirma que não percebe mudanças”, adiciona Bós. O acompanhamento destes idosos é longitudinal, buscando observar o impacto a longo prazo. A pesquisa integra o projeto Atenção Multiprofissional ao Longevo (Ampal), que recebeu verba do Fundo Municipal do Idoso de Porto Alegre em 2016 e 2018.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a importância da manutenção das habilidades funcionais para um envelhecimento saudável, o que implica na relação de uma boa capacidade intrínseca em um ambiente que o favoreça. Ou seja, a avaliação e o manejo das saúdes visual, auditiva, locomotora, psicológica e vital, esta por sua vez, onde a OMS prioriza o cuidado alimentar. Seguindo esse raciocínio, o Ampal faz algumas recomendações aos longevos durante a pandemia:
Nesta segunda e terça-feira, dias 17 e 18 de junho, diversas oficinas e palestras gratuitas marcam as comemorações do primeiro ano da Universidade Aberta da Terceira Idade da PUCRS (Unati). As atividades são abertas ao público a partir de 50 anos e demais interessados nos temas abordados, como cuidadores e familiares, mediante inscrições antecipadas. Hoje, as oficinas abordam os seguintes temas: Envelhecimento ativo; Administração de finanças; Cuidados paliativos na terceira idade e Direitos dos cuidadores de idosos.
Na terça, dia 18, o tema Desafio mercado de trabalho: criando soluções para a terceira idade será discutido em um hackaton. A atividade consiste em um debate com diversos participantes e, após, os ouvintes serão convidados para, em grupos, trocarem ideias e discutirem soluções para o tema.
As inscrições para as atividades podem ser feitas pelo telefone (51) 3320-3583, presencialmente no 8º andar do prédio 40 do Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre) ou pelo e-mail [email protected]. As vagas são limitadas.
Confira a programação completa:
17/06/2019- segunda-feira
*Algumas oficinas, assinaladas abaixo, já estão com inscrições esgotadas.
10h20– Abertura
Avanços e atividades desenvolvidas na UNATI (30min)
11h00 – Envelhecimento Ativo
Newton Luiz Terra
14h (sala 801)– Polifarmácia e Armazenamento de Medicamentos (Paula Engroff)
14h (sala 802) – Dança folclórica (Clóvis da Rocha e Andrea Mirandola) Inscrições esgotadas
14h (sala 803) – Estímulo Cognitivo: mente ativa (Sabine Marroni) Inscrições esgotadas
14h (sala 805) – Como administrar minhas finanças? (Gustavo Inácio de Moraes)
14h (sala 806) – Meditação (Bruna Fernandes da Rocha) Inscrições esgotadas
16h30 (sala 801) – Cuidados Paliativos na terceira idade (Valéria Gonzatti)
16h30 (sala 802) – Pilates (Clarissa Printes) Inscrições esgotadas
16h30 (sala 803) – Literatura: quem conta um conto… (Ana Márcia Martins da Silva)
16h30 (sala 805) – Trabalho e Inovação 50+ (Sirley Carvalho, Rita Carnevale, Mônica Riffel, Maria da Glória Yacoub e Maria Inês Moraes)
18h00 (sala 801) – Direito dos Cuidadores de Idosos (Anelise Crippa)
18h50 (sala 801) – Quero ser um cuidador de idoso, será que tenho vocação? (Joice Liz)
18/06/2019 –terça-feira
Hackaton 50+ | 14h às 18h – sala 801
Tema: Desafio mercado de trabalho: Criando soluções para a maturidade
Mediador: Rafael Silveira – SindiLojas
Palestrantes:
-Leandro Balardin- Presidente da Comissão do Emprego – Políticas Públicas para o mercado de trabalho
– Crismeri Delfino- Presidente da Abrh/RS – Mercado de Trabalho
– Leany Lemos- Secretaria de Planejamento do Estado – Desafios e oportunidade para sociedade prateada
– Denise Garcia – Arte de Viver – Estresse e qualidade de vida
-Maria Inês Pereira Lara – Parceiros Voluntários – Ações para maturidade
-Zilá Breitenbach – Assembleia Legislativa – Violência na sociedade prateada
O Hackaton 50 + será organizado pelo movimento coletivo Porto Alegre Inquieta, que busca transformar positivamente a cidade.
A Unati foi tema de reportagem da Revista PUCRS. Confira: http://www.pucrs.br/revista/todas-as-idades-no-campus/