Rafaela Albuquerque, de 21 anos, ouviu o chamado para seu curso superior ideal de forma bem inusitada: durante a pandemia, com toda a desinformação que circulava nas redes sociais, surgiu nela a vontade de entender melhor os dados que estavam sendo divulgados. O gosto pela visualização e entendimento desses dados a levou a buscar formas de ingressar na área da Tecnologia de Informação (TI). Hoje, ela está no quinto semestre do curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial na PUCRS, como bolsista integral pelo Projeto Gladys.
Pioneiro na área e único presencial no Sul do Brasil, o curso oferece aos alunos um aprendizado consistente e amplo, com base em um currículo inédito, diferenciado e preparado por um time de professores/as que possui vasta experiência, tanto na docência quanto no mercado de trabalho. A graduação em Ciência de Dados e Inteligência Artificial forma profissionais aptos a exercer múltiplas atividades, atuando como cientistas de dados, engenheiros/as ou arquitetos/as de dados, engenheiros/as de IA e Machine Learning, analistas de inteligência de mercado, entre outros.
Para Daniel Callegari, professor da Escola Politécnica e coordenador do curso, a graduação é diferenciada em relação às demais do mercado, possuindo interação com o programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, de excelência internacional, e interação com o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) da PUCRS, considerado o melhor do Brasil.
“Os egressos possuem uma visão profunda de temas como programação, estatística, Machine Learning e a oportunidade de certificações de estudos durante a graduação, que possibilitam cursar disciplinas de diversas áreas e laboratórios de ensino e pesquisa em áreas de seus interesses”, destaca ele.
Living 360, Laboratório de Redes de Computadores e Laboratório de Alto Desempenho: estes são alguns dos principais espaços educacionais utilizados pelo curso de Ciência de Dados e IA – o conjunto de laboratórios totaliza cerca de 500 estações de trabalho disponíveis aos alunos. Além disso, Daniel destaca as três disciplinas de Projeto em Ciência de Dados, nas quais os alunos têm contato com experimentos, provas de conceito e projetos reais de empresas e organizações parceiras do curso, executados em um ambiente inovador destinado ao desenvolvimento de atividades práticas do curso. Nela, os estudantes exercitam a resolução de situações reais de projetos, vivenciando, ao longo do curso, desafios que irão encontrar no mercado de trabalho.
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“Nossos espaços de aprendizagem possibilitam que os alunos adquiram e dominem conceitos básicos e avançados da área de Ciência de Dados e IA. Estes conceitos habilitam os estudantes a atuar no mercado, desenvolvendo modelos e soluções tecnológicas para quaisquer verticais da indústria”, destaca.
O espaço favorito de Rafaela na Escola é o Laboratório de Programação (LAPRO), que ela frequenta para estudar e se concentrar nas tarefas – além de estar repleto de computadores e impressoras à disposição dos estudantes. Paralelo a isso, ela destaca a estrutura curricular do curso e como ela impacta no aprendizado: “Por mais técnicas que sejam algumas disciplinas, elas nos ensinam a lidar com os dados de forma responsável.”
Outro grande mérito do curso está em seu corpo docente extremamente qualificado e em sintonia com as tendências do mercado. “Eles estão comprometidos em se manter atualizados por meio de diversas estratégias, como participação ativa em eventos científicos e sociais, envolvimento em pesquisas, networking profissional, formação continuada e colaboração direta com a indústria”, descreve o coordenador. Muitos professorem têm inclusive participação em empresas e startups de escopo nacional e internacional – tudo isso permite uma atuação efetiva dos docentes e a promoção de um ensino de qualidade aos alunos.
Internet das Coisas (IoT), cidades inteligentes, veículos autônomos, computação vestível, inteligência artificial e robótica: esses são alguns dos novos conceitos e tecnologias que surgem com a interconexão maciça dos mais diversos tipos de dispositivos eletrônicos usados por todos e em todo lugar. Nesse mundo em constante evolução tecnológica, é preciso profissionais para atender as demandas que vêm com essa evolução. “A PUCRS forma profissionais com o perfil mais completo possível, que os habilita a atuar em todas as áreas que necessitem de soluções inovadoras envolvendo descoberta e processamento de dados”, afirma Daniel.
Ele ainda destaca o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS como o único do seu formato na região Sul, que integra ações com o Tecnopuc e com o Centro de Pesquisa, Ensino e Inovação em Ciência de Dados.
“A graduação em Ciência de Dados, bem como os demais cursos de TI da PUCRS, tem seus currículos revisados constantemente, seguindo suas referências nacionais e internacionais. Outro fato importante é a proximidade dos cursos de TI com o Tecnopuc. Existem muitas possibilidades de atuação dos estudantes, desde os semestres iniciais, dentro do ecossistema de inovação do Parque, seja por meio dos programas de estágio de empresas parceiras, seja através dos programas de inovação e empreendedorismo existentes”, comenta o professor.
Entre tantas instituições, Rafaela escolheu a PUCRS para cursar sua graduação, pois a Universidade oferece a ela recursos que não se encontra em qualquer lugar: ajuda psicológica aos alunos, espaços de lazer e descontração, aconselhamento de carreira e de estudos e segurança no campus são alguns dos fatores destacados pela estudante.
“No que se refere ao meu curso, acredito que, entre as instituições que disponibilizam cursos na área, a estrutura da PUCRS é a melhor. Temos professores renomados e com vasta experiência tanto acadêmica como na indústria, e nosso currículo é extremamente orientado a dados. Além disso, são poucas as universidades que dão todo esse apoio para os estudantes, todo o suporte que a Universidade dá é simplesmente incrível”, diz a estudante.
Estude Ciência de Dados e Inteligência Artificial na PUCRS
A inteligência artificial (IA) é um campo de estudo que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de realizar tarefas que normalmente comportam inteligência humana, como reconhecimento de fala, visão computacional, aprendizado de máquina, processamento de linguagem natural, entre outras. No entanto, a IA também tem sido objeto de preocupação e debate em torno de questões como privacidade, segurança e ética.
O pesquisador da Escola Politécnica Rafael Heitor Bordini destaca que a IA pode melhorar significativamente a eficiência e produtividade em muitos setores, como saúde, transporte, manufatura e serviços financeiros, mas que seu uso deve ser cuidadoso. O docente destaca que é preciso construir uma regulamentação do uso da tecnologia e incentivar o desenvolvimento de pesquisas acerca do assunto, para garantir melhor conhecimento sobre o alcance e impacto da IA na sociedade.
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“É comum que tenhamos receios ou dúvidas quando somos apresentados a uma nova tecnologia. Porém não resolve o problema parar com a pesquisa, como tem sido proposto; o importante é acelerar as discussões sobre ética e regulamentação da IA pela sociedade. Além disso, precisamos conscientizar a população neste momento que a IA, em particular sistemas como o ChatGPT, não é totalmente confiável e pode piorar o problema de desinformação em larga escala, um dos grandes problemas atuais.”
Os sistemas de IA são projetados para aprender e se adaptar a partir dos dados disponíveis, permitindo que eles possam melhorar continuamente suas habilidades e desempenho ao longo do tempo. Isso é feito por meio de algoritmos e técnicas de aprendizado de máquina que são capazes de identificar padrões e insights a partir de grandes conjuntos de dados.
De acordo com Bordini, é difícil pensar algum campo da atividade humana que não tenha pesquisas relevantes utilizando IA. Dentre alguns exemplos apresentados pelo docente estão o apoio ao diagnóstico em aplicações voltadas para a área da saúde, predição do preço de ações no mercado financeiro, agricultura de precisão, carros autônomos, controle de processos industriais, monitoração de áreas de proteção ambiental, etc.
A PUCRS possui o grupo de pesquisa em Inteligência Artificial Aplicada à Saúde, coordenada pelo professor Bordini. Dentre as principais frentes de atuação, se destaca a participação em redes de pesquisa e inovação a nível estadual e nacional, como o CIARS e o CIIA-Saúde, em que a PUCRS é responsável pelo tema de predição de tempo de internação de pacientes hospitalizados, utilizando técnicas de aprendizado de representação do histórico clínico de pacientes.
O grupo de pesquisadores também atua em projetos que visam estudar o impacto de biomarcadores na predição de desfechos de pacientes com doença renal crônica, coordenado pelo professor e pesquisador da Escola de Medicina Carlos Eduardo Poli de Figueiredo. Além disso, são desenvolvidos estudos com sistemas de diálogos multi-agentes em linguagem natural com aplicação em alocação e gerência de leitos hospitalares.
Mesmo com todos estes usos da IA em diferentes setores da sociedade, os sistemas que geram imagens e textos são os que mais viralizaram e impressionam toda a população. O professor da Escola Politécnica explica que o ChatGPT e o GPT4 são LLMs (Large Language Models, do inglês Grandes Modelos de Linguagem) de uma empresa chamada OpenAI. Sistemas como esses são frequentemente chamados de sistemas de Inteligência Artificial Generativa, nesse caso que recebem textos em qualquer língua na entrada e que geram outros textos na saída.
De acordo com o docente, o modelo de linguagem é treinado por pesquisadores e profissionais da área com uma quantidade muito grande de textos, e o sistema aprende essencialmente probabilidades de palavras virem acompanhadas de outras. Esses sistemas baseados em LLM já demonstravam capacidades revolucionárias como por exemplo de resumir textos longos, fazer tradução e de produzir textos novos no estilo de algum escritor em particular.
Em alta discussão na sociedade, realmente os sistemas que compreendem e geram linguagem natural e imagens (DALL-E, GPT4, etc.) são os que mais interessam e também assustam as pessoas. Bordini conta que esse clamor acontece justamente porque linguagem é a base da civilização, e que, quando o GPT4 mostra uma habilidade as vezes comparável com a capacidade humana, não é de se espantar que as pessoas pensem em consequências desastrosas. O docente ressalta também que mesmo com este espanto, é importante conscientizar que são apenas modelos estatísticos de linguagem.
“Não há motivos para se pensar que desejos e ambições próprias estão guiando o sistema. A princípio o sistema está somente gerando textos estatisticamente plausíveis dado o texto de entrada. Dependendo do que se diz para o sistema, é de se esperar que ele gere um texto que diz que ele tem desejos próprios e quer ser livre. Porém isso é só um padrão de associação com base nos textos que foram usados para treinar o modelo”, alerta o pesquisador.
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A International Data Corporation (IDC) prevê um crescimento de 10,6% no setor de TI no Brasil em 2022. Além disso, entre as tendências para o ano está o aumento na busca por Inteligência Artificial (IA), ambientes híbridos, IoT (Internet of Things) e atração e retenção de talentos. Não é novidade que as tecnologias estão em ascensão e cursar curso de TI pode ser a chance de ingressar em uma área em constante crescimento.
Conheça os cursos de Ciência de Dados e Inteligência Artificial e de Ciência da Computação da PUCRS, que estão com inscrições abertas até o dia 6 de junho para o Vestibular de Inverno 2022. Também é possível ingressar via Transferência e Ingresso Diplomado que estarão com inscrições abertas a partir de 16 de maio.
Além de ser um curso novo na Universidade, também é o primeiro bacharelado presencial da Região Sul. Ele surge do crescimento da demanda por profissionais especializados em Ciência de Dados ou em Inteligência Artificial. “Nós começamos a analisar o cenário da computação e das áreas afins e percebemos que existia uma lacuna entre mercado de trabalho e formação de profissionais”, comenta Daniel Callegari, coordenador do curso.
A ideia é formar profissionais que possam atuar nas mais variadas áreas. Muitas vezes, o imaginário criado em torno de quem trabalha com tecnologia é de alguém reservado, que trabalha isolado junto a um computador ou demais tecnologias. No entanto, isso não condiz com a realidade: a interdisciplinaridade é cada vez mais promovida no mercado de trabalho e diferentes profissões vão necessitar de um profissional especialista em TI, em uma atuação transversal. A resolução de problemas é uma das competências que estarão em alta no mercado nos próximos anos e ela é extremamente abordada no curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial.
“Análise de mídias sociais, de sentimentos (como uma marca está sendo percebida pelo público), de imagens para diagnósticos médicos e processamento de textos na área jurídica são algumas atuações possíveis para os graduados em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, além disso, o profissional dessa área pode atuar em conjunto a setores que vêm crescendo muito no mercado de trabalho, como o agronegócio e a saúde”, exemplifica Callegari, que complementa:
“A ideia principal é ‘desvende os dados, transforme a humanidade’, que compreende em conseguir analisar dados de maneira aprofundada e compreender em que sentido eles podem auxiliar na tomada de decisões”
O curso tem uma base em matemática e estatística, aliado aos fundamentos da computação. No entanto, não se restringe a isso: “nós acreditamos na trajetória aberta, os estudantes podem escolher estudar nas áreas de domínio em que querem atuar, até mesmo pelas disciplinas eletivas ou através das certificações de estudo, que permitem o aluno a cursar matérias em diferentes áreas”, explica o professor.
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A HP e a PUCRS ofereceram este ano seis bolsas integrais para o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial através do Projeto Gladys.
O Projeto auxilia pessoas com renda familiar inferior a três salários mínimos brutos por pessoa e que tenham cursado o Ensino Médio em instituições públicas ou privadas com bolsa integral.
Para conhecer mais sobre a iniciativa, visite o site do Projeto Gladys.
“Com um currículo moderno, renovado recentemente, o curso de Ciência da Computação é o mais tradicional na área e, também, o mais abrangente. O curso aborda desde os fundamentos teóricos da Computação até o desenvolvimento de inovações em campos como robótica, visão computacional, sistemas inteligentes, bioinformática, visualização de dados, criptografia e jogos”, explica o coordenador Alexandre Agustini, falando sobre essa outra possibilidade de curso em TI.
De acordo com o professor, a computação está extremamente presente na vida das pessoas, apesar de muitas vezes não percebemos o quanto utilizamos essas tecnologias. “A tendência é que cada vez mais a nossa vida seja impactada pelas tecnologias e a gente sequer perceba isso. As ligações telefônicas estão se tornando raras, mas utilizamos aplicativos de mensagens que envolvem um complexo sistema computacional. Na Medicina, a mesma coisa, temos diferentes aparelhos diagnósticos, ou seja, os utilizados na realização de exames, que utilizam complexos algoritmos computacionais. O profissional de Ciência da Computação é o que está na base dessas tecnologias, dando suporte a toda essa infraestrutura”, complementa.
Além disso, como conta Agustini, a pandemia expôs uma carência conhecida no mundo todo há anos, que é a demanda por profissionais de computação e expôs a necessidade de avanços na área de segurança na internet, a qual pode ser ampliada por esses trabalhadores. Isso tudo fez com que a sociedade percebesse sua vida é impactada por essas ferramentas, como os aplicativos de videochamadas para o trabalho remoto.
“Isso faz com que a sociedade perceba mais claramente o que é a computação e sua importância, o que é um muito bom para a área de TI”
Além desses dois, estão com as inscrições abertas para ingresso na graduação os cursos de Engenharia de Computação, Engenharia de Software e Sistemas de Informação. Todos também fazem parte do futuro da tecnologia e, como o professor Alexandre Agustini explica, trabalham em conjunto com os cursos aqui mencionados.
Essa é sua chance de entrar na Universidade ainda em 2022, manifestando interesse no Vestibular. Esses e os demais cursos da Escola Politécnica aceitam ainda transferência e ingresso de diplomado.
Conheça os processos de ingresso para 2022/2 e inscreva-se!
O NAVI, Hub de Ciência de Dados e Inteligência Artificial liderado pelo Tecnopuc e pela Wisidea Ventures, aceleradora de empresas de base tecnológica, foi criado com o propósito de conectar empreendedores, pesquisadores, investidores, estudiosos e interessados na área. Esse espaço inovador será inaugurado oficialmente no dia 24 de junho, às 17h, em uma transmissão ao vivo realizada através do canal da PUCRS no YouTube.
Participarão do evento o Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira; o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Universidade, Jorge Audy; o gestor de Relacionamento e Negócios do Tecnopuc, Leandro Pompermaier; e o coordenador do Hub pela Wisidea Ventures, Rodrigo Leal de Moraes.
Para Jorge Audy, o movimento de criação de hubs de Inovação temáticos leva o Tecnopuc para um novo patamar no apoio e fomento ao desenvolvimento de negócios em áreas estratégicas para a Universidade. “Uma dessas áreas é a Inteligência Artificial e Ciência de Dados, com o NAVI. Nele, temos a parceria com a Wisidea Ventures, que está acelerando startups de base tecnológica. Por isso, temos a perspectiva de um crescimento significativo dessas empresas, seja via Track Startup, com nossos estudantes de graduação e pós-graduação, seja na própria dinâmica do Tecnopuc. Destaco muito especialmente o patrocínio master do Banrisul ao NAVI, parceiro essencial da inovação no nosso ecossistema de inovação e no nosso Estado”.
“É só o início do Hub que com certeza apoiará o desenvolvimento de talentos e de negócios de impacto para a sociedade”, complementa Audy.
Já Rodrigo Leal, CEO e cofundador do NAVI, afirma que “o Hub surge em uma iniciativa inédita para o Sul, mas também inovadora para o Brasil, com o objetivo de ser um elo entre o mercado, a comunidade acadêmica e a sociedade”.
O NAVI viabiliza a aceleração de novos negócios através de uma metodologia que inclui mentorias, conexões com investidores e outros agentes do mercado e aproximação com empresas consolidadas. Além disso, o Hub conecta, por meio de um programa, startups que tenham como diferencial a aplicação da Inteligência Artificial em seus produtos, e que já tenham desenvolvido um mínimo produto viável (MVP), para início de validação com clientes e/ou usuários. Por fim, também é voltado para profissionais que tenham interesse em empreender e acadêmicos que buscam transformar conhecimento em negócios.
O programa de startups, com duração de 12 meses é dividido em quatro etapas:
Guilherme Garcia, assistente de startups do NAVI, explica que é possível terminar o programa antes do prazo previsto, e até mesmo depois, pois varia muito de empresa para empresa. “Queremos, além de tudo, modelos de negócios que tenham impactos sociais, pois essa é uma das frentes do Hub. Nosso objetivo é encontrar ideias inovadoras e com consequências positivas para a sociedade”, pontua.
Com foco no desenvolvimento das startups e empreendedores, ele busca, ao final do processo, consolidar uma taxa atrativa e recorrente de crescimento para a startup, sustentabilidade do negócio e captação financeira para alavancagem.
Qualquer startup pode se inscrever para o programa, independentemente de ter ou não relação com a PUCRS. Inclusive, podem participar empresas que não estejam em Porto Alegre, uma vez que é possível a participação a distância. O programa aceita inscrições a todo momento, além de lançar pelo menos um edital anual para recrutar mais iniciativas.
O Hub conta com amplo espaço para realização de eventos e reuniões. Como proposta do modelo de funcionamento do NAVI, a infraestrutura do espaço proporciona uma experiência imersiva e diversificada aos empreendedores e pesquisadores residentes. Sendo assim, o espaço é ideal para startups e grupos realizarem workshops, talks, pitches e palestras.
A troca de experiências e o diálogo aberto são incentivados entre os diversos membros do Hub. Por esse motivo, o NAVI é organizado com mesas centrais e compartilhadas, copa acessível a todos os membros, banheiros e sala de recepção.
Além disso, as startups e grupos de pesquisas possuem cabines individuais com paredes rebaixadas para aumentar a visibilidade e interatividade entre os grupos de trabalho, assim como salas de reuniões privativas para temas que requeiram maior atenção e cautela. Ao todo, o Hub possui mais de 80 postos de trabalho.
O NAVI faz parte de um complexo na área de Ciência de Dados e Inteligência Artificial, em que além do centro de pesquisa, ensino e inovação, fazem parte, também os cursos de graduação e pós-graduação, que são os primeiros presenciais nessa área na região.
Inteligência Artificial, Machine Learning, hackers… já se perdeu com tantos termos ou bateu um pouco de medo? A tecnologia ainda não evoluiu ao ponto de ser possível encontrar carros voadores nas ruas ou dispositivos que transmitam os aromas das comidas pela televisão. Mas já existem formas de rastrear todos os lugares que você visita, mapear quais são seus gostos e indicar produtos que você quer – mas nem sabia ainda.
A sociedade está vivendo na era do Big Data, onde a informação é um dos ativos mais valiosos e sua importância só tende a aumentar. Desvende dados, antecipe o futuro, desenvolva novas tecnologias de maneira ética e responsável em conexão com as principais tendências do mundo no novo curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial da PUCRS. Saiba mais sobre os dez anos de atuação da universidade na área neste link!
Mas se a tecnologia tem tanto “poder”, isso faz dela uma vilã ou aliada? Bom, isso depende de como as pessoas a utilizam. Confira algumas dicas de cuidados e novidades sobre o tema:
Originalmente, a Inteligência Artificial é uma disciplina da Ciência da Computação. Mas, nos dias de hoje, pode-se dizer que a IA é a tecnologia capaz de reproduzir o comportamento humano para tomadas de decisão.
Dois dos seus pilares mais conhecidos são o machine learning (aprendizado de máquina) e o deep learning (aprendizagem profunda).
O primeiro diz respeito ao uso de algoritmos para organizar dados, reconhecer padrões e fazer com que computadores possam aprender. Já o segundo parte do aprendizado de máquina que, por meio de algoritmos de alto nível, reproduz a rede neural do cérebro humano.
Saiba mais: Inteligência Artificial: conceito e como dominá-la e Diferença entre Machine learning e Deep learning.
O mundo está melhorando ou piorando com a chegada da tecnologia? Segundo uma das aulas de Tiago Mattos, futurista e um dos maiores líderes empresariais do Brasil, a tecnologia traz novas soluções e, com elas, novas questões e problemas para serem discutidos.
Por exemplo: hoje as pessoas vivem em uma das épocas mais pacíficas da história. Mesmo assim, a sensação de que há muita violência é algo presente. Ambas afirmações podem estar corretas, mas o acesso à informação, facilitado pela tecnologia e a internet, ajudam a discutir sobre isso
Se todo mundo pode produzir conteúdo e postar a qualquer momento, como saber quais informações são verdadeiras e quais fontes são confiáveis?
O professor Marcelo Crispim da Fontoura, da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, preparou algumas dicas, como identificar fontes e comparar as informações, por exemplo. Confira neste link.
Os crimes cibernéticos são uma prática criminosa que, em geral, tem como objetivo ganhar dinheiro a partir dos dados coletados ou por motivos pessoais e políticos.
Confira neste link as dicas do PUCRS Online de como se prevenir utilizando ferramentas simples e acessíveis.
Ao contrário do senso comum, Transformação Digital não tem a ver com tecnologia diretamente, mas sim com estratégias e novas formas de pensar. Envolve Inovação Digital, mas mais ainda Transformação Estratégica.
Nestes tempos de transformação a sociedade acompanha uma aceleração sem precedentes de mudanças – seja nas nossas vidas, nas organizações ou na sociedade.
Segundo o artigo de Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, para obter sucesso em momento de transformação é necessário ter pessoas motivadas, uma liderança inspiradora e capacidade de construir uma visão de futuro compartilhada.
Em março de 2020 a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia de Covid-19, doença causada pela SARS-Cov-2. A infecção pelo vírus resulta em uma síndrome que leva, em alguns casos, a uma condição respiratória de cuidados intensivos, que muitas vezes requer manejo especializado em unidades de terapia intensiva (UTIs). Com a ajuda de Inteligência Artificial (IA) e uma equipe multidisciplinar, o professor da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Bruno Hochhegger está desenvolvendo um método que deve estimar a quantidade de leitos necessários para pacientes com a doença.
Semelhante a outros patógenos respiratórios virais, o novo coronavírus apresenta, na maioria dos casos, um curso rapidamente progressivo de febre, tosse e falta de ar, além de leucopenia e síndrome respiratória aguda grave, que já eram fatores de ameaça à saúde pública. “Os algoritmos de IA, em especial o aprendizado profundo (do inglês deep learning), demonstraram um progresso notável com os algoritmos tradicionais e exibiram desempenho atraente em relação à classificação de doenças pulmonares”, explica Hochhegger.
Em resposta à pandemia, os hospitais devem entender sua capacidade para cuidar de pacientes com doenças graves, como a síndrome respiratória aguda, explica o pesquisador. Através do uso de IA na avaliação dos exames de tomografia computadorizada de pacientes, é possível fornecer uma projeção robusta para o sistema de saúde como um todo sobre a ocupação dos leitos. Além disso, a avaliação antecipada e os prognósticos contribuem na busca de potenciais tratamentos e cursos da doença.
Com auxílio de IA aplicada à tomografia computadorizada de tórax, a partir da evolução da doença, a equipe de pesquisadores consegue obter respostas mais completas. São utilizados parâmetros bastante complexos que ajudam a estimar a quantidade de leitos necessários para o tratamento de pacientes. Confira os principais objetivos:
O estudo tem foco retrospectivo. Por meio da verificação do registro médico eletrônico, serão incluídos atendimentos realizados no Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) e em outros hospitais do País. Também serão revisadas as imagens de tomografia computadorizada, assim como o histórico dos pacientes, incluindo vacinas, antecedentes pessoais, histórico familiar e hábitos de vida.
“Estudo recente realizado pelo Imperial College de Londres e assinado por 50 das maiores autoridades em infectologia e epidemiologia do mundo indicou estimativas catastróficas em relação à mortalidade da Covid-19″, destaca Bruno Hochhegger. De acordo com a publicação, que analisou o impacto da doença em 202 países, caso nenhuma medida de controle da doença for realizada, haverá um total de sete bilhões de infectados e 40 milhões de mortes no mundo inteiro até o final de 2020.
Segundo a projeção dos cientistas, caso medidas rigorosas de controle da doença sejam implementadas (testes diagnósticos em larga escala, distanciamento social, entre outros), a mortalidade pode ser reduzida em até 95%, explica o pesquisador. No entanto, caso não houver nenhuma intervenção, é prevista a morte de 1.15 milhões de brasileiros, caindo para 44.2 mil com a implementação da supressão rígida.
Hochhegger alerta que, mesmo com medidas de controle ativas, a doença acarretará um colapso no Sistema de Saúde Mundial, principalmente em países subdesenvolvidos, onde existe escassez nos recursos destinados à saúde.
A síndrome respiratória aguda grave (SARS, do inglês severe acute respiratory syndrome) foi reconhecida pela primeira vez como uma ameaça global em meados de março de 2003. Nessa época, a epidemia causou perturbações sociais e econômicas significativas em áreas com transmissão local sustentada de SARS e na indústria de viagens internacionalmente, além do impacto diretamente nos serviços de saúde.
Além de professor de Diagnóstico por Imagem da Escola de Medicina da PUCRS, Bruno Hochhegger é coordenador médico do Centro de Imagem do HSL e do Centro de Imagem Molecular do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer). É membro da European Respiratory Society, American Roentgen Ray Society, Radiological Society of North America e da Sociedade Gaúcha de Radiologia.
Participam da pesquisa: Jaderson Costa da Costa, Fabiano Ramos, Graciane Radaelli, Gabriele Carra Forte, Denise Cantareli Machado, Fernanda Majolo, Gabriele Goulart Zanirati, Nathalia Bianchini Esper, Moraes Cadaval Junior, Gutierre Oliveira, Marcio Sarroglia Pinho, Rodrigo Coelho Barros, Rafael Heitor Bordini, Felipe Rech Meneguzzi, Duncan Dubugras Alcoba Ruiz, Isabel Harb Manssour, Renata Vieira e Andressa Barros.