Em meio à pandemia ocasionada pelo novo coronavírus (Covid-19), uma onda de solidariedade levou voluntários e membros da Associação Comunitária da Vila Panorama a costurar máscaras para os profissionais que atuam na saúde. A produção vem sendo realizada por costureiros de Porto Alegre, e algumas unidades já foram entregues para as equipes do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL).
Segundo Ana Carolina Campos, coordenadora de qualidade e segurança do paciente do HSL, e uma das participantes na ação, o que motivou o grupo foi a união para enfrentar esse novo contexto mundial. “Procuramos garantir a proteção para os nossos colaboradores durante toda essa pandemia. Então, passamos a comprar materiais e buscar parceiros para a produção dos equipamentos de proteção individual. E, desde quando essa iniciativa se iniciou, fomos surpreendidos por uma onda de solidariedade, em que muitos costureiros e cooperativas vêm nos apoiando”, conta Ana Carolina.
A enfermeira, que também faz parte da comissão multidisciplinar criada para enfrentamento ao Covid-19, ressalta que a iniciativa complementa as demais medidas preventivas e destaca a sensação após a entrega do primeiro lote de máscaras. “Ficamos extremamente felizes e agradecidos. Temos a certeza de que essa ação será muito importante para a proteção dos profissionais da saúde”, afirma.
Para Danusa Malta, supervisora de hotelaria do HSL, a produção das máscaras reflete o espírito de ajuda ao próximo. “É um lindo trabalho, que favorece não só os médicos, mas também os pacientes. Todos os colaboradores estão unidos para ajudar de alguma forma. Os equipamentos produzidos foram aprovados por toda a equipe, nos proporcionando ainda mais a emoção de contribuir para superar a pandemia”, comenta.
As máscaras são uma barreira mecânica que complementa os demais cuidados e podem ser feitas de algodão, tricoline, TNT, desde que desenhadas e higienizadas corretamente. Em comunicado do dia 2 de abril, o Ministério da Saúde divulgou essa e outras recomendações específicas sobre a confecção e o uso desse tipo de equipamento.
O número de obesos no Brasil aumentou 67,8% entre 2006 e 2018, e mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde. Os números alertam para a necessidade de a população adquirir hábitos mais saudáveis, relacionados à alimentação, à prática de exercício físico e, também, ao equilíbrio emocional: “Hoje, 80% pessoas que chegam à obesidade têm algum distúrbio emocional, e acabam compensando na comida. A ansiedade está presente na vida da gente, mas é possível controlar e tratar”, afirma Claudio Mottin, chefe do Serviço de Cirurgia Bariátrica e Metabólica do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL). Mottin também coordena o Centro da Obesidade e Síndrome Metabólica do HSL – que em 2019 recebeu pela terceira vez a certificação internacional de Centro de Excelência Internacional em Tratamento Cirúrgico da Obesidade Grave e Síndrome Metabólica pela Surgical Review Corporation (SRC) – e realiza cerca de 300 cirurgias bariátricas por ano, um terço delas pelo SUS.
O médico lembra a relação da obesidade com a genética: “Nós temos uma genética de 10 mil anos atrás, obesa, pois as pessoas tinham escassez de alimentos e comiam muito, poucas vezes. Os que tinham metabolismo lento acabaram sobrevivendo”, cita. Segundo o especialista, há estudos na área que associam a obesidade à presença de alguns genes “poupadores de energia”. Esses genes eram importantes para nossos ancestrais, já que o alimento era escasso e era importante para sobrevivência poupar energia em períodos de pouca ingestão alimentar. “Na nossa sociedade moderna essa adaptação genética é prejudicial, pois temos fartura de alimentos e não gastamos mais energia para “caçá-lo”, lembra. A obesidade não tem cura, mas pode ser controlada. Dr. Mottin cita os chamados “mandamentos de controle”. São eles:
1- Reeducação alimentar ajustada às necessidades do indivíduo;
2- Atividade física de manutenção (musculação);
3- Comer proteína adequadamente;
4- Controle emocional;
5- Assumir o próprio controle da alimentação;
6- Manter o balanço calórico (a ingesta calórica deve ser adaptada à queima calórica do indivíduo);
7- Não voltar aos hábitos antigos;
8- Manter controle multidisciplinar.
A obesidade é uma doença metabólica crônica, incurável, de origem genética e desencadeada por múltiplos fatores, mas que tem controle. Provavelmente a exposição dos indivíduos com uma genética poupadora a um consumo de calorias excessivo e ao sedentarismo seja o principal fator desencadeante. É uma doença mundial de prevalência crescente e que adquiriu proporções epidêmicas, sendo atualmente um problema de saúde pública.
A obesidade mórbida é definida quando o paciente atinge um nível mais grave de obesidade em que aumenta muito a incidência de doenças associadas à obesidade. Os pacientes obesos e com obesidade grave têm um risco aumentado em 50 a 100% de inúmeras doenças crônicas e um aumento expressivo da mortalidade (2,5 vezes em relação a pacientes não obesos e 4,5% anuais nos diabéticos tipo 2), além de uma pior qualidade de vida.
* Informações do site do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica
A pesquisa Vigitel apontou também que a prática de alguma atividade física – pelo menos 150 minutos por semana – aumentou 25,7% (de 2009 a 2018) no Brasil, saindo de 30,3%, em 2009, para 38,1% em 2018. Os dados mostram que a prática de alguma atividade física no tempo livre é maior entre os homens, 45,4%, do que entre as mulheres, 31,8%.
Mottin lembra que os obesos que já foram operados devem praticar exercícios regularmente, de 3 a 4 vezes por semana, principalmente aqueles que exigem força, como musculação, pilates, funcional e yoga. “O exercício físico é fator chave para a manutenção do peso e, especialmente, os que exigem o uso de força colaboram para a manutenção da massa magra”, completa.
No caso de pessoas com obesidade mórbida – que passaram por cirurgia ou não – as atividades físicas orientadas são ótimas opções, pois são desenvolvidas especialmente para este público. Com este objetivo foi lançado o Barifit, um programa que busca a melhoria na qualidade de vida por meio de aulas de treinamento funcional e hidroginástica. As aulas são realizadas no Parque Esportivo da PUCRS, em parceria com o Centro da Obesidade e Síndrome Metabólica.
Conheça mais sobre as duas modalidades:
– Aulas de 60 minutos;
– Melhora da aptidão cardiorrespiratória;
– Melhora da consciência corporal;
– Exercícios que podem ser transferidos para ações do cotidiano (padrões de
movimento);
-Ganhos de força e massa muscular.
-Aulas de 45 minutos;
-Melhora da aptidão cardiorrespiratória;
– Ganhos em amplitude de movimento, coordenação motora, força e resistência muscular localizada;
– Aulas realizadas na piscina térmica.
O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) tem boas notícias referentes à doação de órgãos: de 2018 para 2019 houve um aumento de 33% no número de doações. A taxa de não autorização familiar na Instituição chega a 25%, índice considerado baixo quando comparado ao mesmo indicador no Estado e no País, que fica em torno de 40%. Esses números levam o HSL a ser o hospital privado com o maior número de notificações de mortes encefálicas e doação de órgãos em Porto Alegre, sendo referência nesta área.
A Organização de Procura da Órgãos (OPO-2) é responsável por coordenar todos os processos da área no HSL, atuando na identificação precoce dos possíveis doadores e, principalmente, no acolhimento familiar. O cuidado com as famílias é uma das principais preocupações, principalmente com as dos doadores: “A OPO estabelece uma relação de ajuda, através da empatia e, sobretudo, do respeito para que eles possam tomar a melhor decisão sobre a doação de órgãos. Muitas vezes a forma que a família é tratada desde que chega no hospital com o seu familiar tem um impacto significativo na hora de decidir sobre a doação”, lembra Dagoberto Rocha, enfermeiro da OPO.
A legislação brasileira estabelece que a autorização para doação de órgãos depende do consentimento expresso da família, ou seja, os familiares serão consultados pelas equipes de procura de órgãos caso o respectivo familiar, após o falecimento, possua critérios clínicos para a doação de órgãos. Como citado anteriormente, atualmente no Brasil e no Rio Grande do Sul 40% das famílias não autorizam a doação de órgãos após o falecimento do seu familiar. As principais razões relatadas são desconhecimento do desejo do falecido, descontentamento com o atendimento hospitalar e a não compreensão da morte encefálica –que é a completa e irreversível parada de todas as funções do cérebro.
Para desfazer mitos sobre o tema e conscientizar a população sobre a importância de se avisar a família, ainda em vida, da opção de ser um doador, o HSL lançou em setembro a campanha para a doação de órgãos Meu Legado Salva.
O site da campanha conta com informações direcionadas a quatro públicos: pessoas que querem ser doadoras; familiares de doadores; profissionais de saúde; e também quem precisa de um transplante.
Com o intuito de disseminar informações e qualificar o atendimento para as famílias de potenciais doadores, a OPO-2 realiza workshops, cursos e palestras. Outra iniciativa é a Capacitação para Determinação de Morte Encefálica –direcionada a médicos- que habilita os profissionais para a realização do respectivo diagnóstico, conforme preconizado pelo Conselho Federal de Medicina.
Em sua 20ª edição, a Festa de Natal da Pediatria do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) levou alegria aos pequenos pacientes do Hospital. O evento foi realizado durante a tarde desta quinta-feira, dia 19 de dezembro, no Parque Esportivo, e contou com a entrega de presentes para quase 300 crianças que estão em internação pediátrica ou acompanhamento ambulatorial no HSL.
As crianças beneficiadas foram atendidas individualmente pelo Papai Noel, que entregou os presentes arrecadados por meio de doações e da adoção voluntária de cartinhas. A festa teve entre as atrações brinquedos infláveis, personagens caracterizados e diversos lanches como: cachorro-quente, pipoca e algodão doce. Os cães Buzz e Billy, que fazem parte projeto PET Terapia do HSL, também divertiram os pequenos.
A pedagoga Juliana Pierdoná, conhecida como Tia Ju, organizadora da iniciativa, destacou que a festa concretiza o espírito vivido na época natalina. “Natal é união, partilha e amor. Transformamos tudo isso em uma linda festa para toda família”, ressaltou.
Com bronquiolite, Vitória, de nove anos, esteve internada por três anos no HSL. O tratamento da menina segue sendo feito no Hospital e, apesar de necessitar do auxílio de aparelhos para respirar, se divertiu com a festa. Para a menina, acompanhada pela família, a festa trouxe sorrisos e novas experiências. “É a primeira vez que venho. Estou gostando de tudo. Antes, quando estava na
UTI, eu tinha medo do Papai Noel, porque não estava acostumada com ele, mas agora me sinto ótima”, contou.
A mãe de Vitória, Patrícia Martins, ressaltou a importância do evento. “É ótimo ter momentos assim, em que ela pode interagir e conviver com coisas que fazem parte da vida de uma criança”, afirmou Patrícia.
Confira as fotos:
O ano está terminando, mas ainda há tempo para compartilhar vida. O Banco de Sangue do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) necessita de doações de todos os tipos sanguíneos com urgência. No período de festas, os estoques costumam ficar reduzidos em função da alta demanda e da queda de voluntários. Por isso, a equipe do HSL incentiva a doação, lembrando que é um ato de amor e de solidariedade, e que cada doador pode ajudar a salvar até quatro vidas. Mais informações estão disponíveis no site.
Seja um doador e salve vidas
Para doar é preciso cumprir algumas exigências:
Banco de Sangue do Hospital São Lucas da PUCRS
Onde:
2º andar do Hospital São Lucas (Av. Ipiranga, 6.690 – Porto Alegre)
Quando:
Segunda, terça, quinta e sexta-feira – das 8h às 18h30min
Quarta-feira – das 8h30 às 18h
Sábados – das 8h às 12h, mediante agendamento (exceto feriados)
Mais informações:
Pelo telefone (51) 3320-3455 ou pelo site www.hospitalsaolucas.pucrs.br
Nesta sexta-feira, dia 13 de dezembro, a partir das 19h, o Coral da PUCRS levará alegria em forma de música para os pacientes, funcionários, dirigentes e visitantes do Hospital São Lucas. A atividade acontecerá de forma dinâmica, contemplando diferentes alas e setores do Hospital.
Com 1h de duração, o Coral levará a Cantata de Natal do 9° até o 6° andar, propondo o espírito natalino, vibrações e emoções para quem estará presente. O evento é conduzido pela Irmã Nair Frey, coordenadora do Grupo de Voluntariado do HSL.
O Banco de Leite Humano do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) está incentivando a doação de leite materno. Aberto para toda a comunidade, o Banco é um centro especializado responsável pelo apoio, incentivo e promoção ao aleitamento materno. Além de auxiliar as mães a amamentarem, realiza a coleta, armazenamento, processamento e controle de qualidade físico-química do leite colhido para sua posterior distribuição. Situado no 5º andar do HSL, o Banco de Leite Humano atende diariamente das 7h às 12h e das 13h às 19h, inclusive nos finais de semana e feriados. Mais informações podem ser realizadas pelo telefone (51) 3320.3288 ou pelo e-mail [email protected].
Para realizar a doação é necessário que sejam mulheres saudáveis, que estejam amamentando e que produzam volume excedente de leite. O leite doado é destinado aos bebês internados na UTI Neonatal, cujo as mães não produzem leite em quantidade suficiente ou não poderão amamentá-los por outro motivo. Conforme informa a nutricionista clínica materno infantil, Daiane Corrêa de Azevedo Drumond Costa, cada bebê prematuro consome, em média, de 50 a 100 mililitros de leite por dia, inicialmente.
Benefícios do leite materno
O aleitamento materno proporciona inúmeros benefícios, especialmente para os recém-nascidos. “O leite materno é alimento ideal, pois possui todos os nutrientes que ele precisa para ter um desenvolvimento saudável”, reforça a nutricionista.
Além de estar sempre pronto, na temperatura certa e não custar nada, esse ato estimula o vínculo afetivo entre a mãe e o bebê e é fundamental para a saúde de ambos. Contribui ainda para a recuperação do útero, diminuindo o risco de hemorragia e anemia após o parto; ajuda a reduzir o peso e a minimizar o risco de desenvolver, no futuro, câncer de mama e de ovário, doenças cardiovasculares e diabetes.
Para o recém-nascido, o leite humano provoca menos cólicas e tem fácil digestão. Outro fator positivo é que a sucção colabora para o desenvolvimento da arcada dentária, da fala e da respiração. Por fim, protege a criança contra doenças como anemia, alergias, infecções e obesidade.
Qualquer mulher que esteja amamentando e que necessite de ajuda neste processo ou que deseja doar seu excedente de leite pode procurar o Banco.
Desde novembro, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) tem um novo diretor-geral. O paulista Leandro Firme iniciou a trajetória no HSL agregando ampla experiência em gestão hospitalar, conquistada ao longo de 20 anos em hospitais públicos e privados, de baixa, média e alta complexidade. O gestor está no período de imersão, apresentação e diálogo em diversas áreas do Hospital e da Universidade. Firme substitui o cargo de superintendente, com o escopo de liderança nas áreas assistencial, técnica e administrativa do HSL, subordinado à Reitoria da PUCRS. Confira, abaixo, uma conversa com o novo diretor-geral sobre a sua trajetória, os seus desafios na área da saúde e os seus planos para o futuro do Hospital.
A partir de uma sólida vivência na área da gestão hospitalar, como foi construída essa trajetória?
No próximo ano, completo 20 anos de atuação na área da saúde. Essa caminhada foi marcada por atuações em hospitais e também em operadoras de planos de saúde. Posso dizer que tive boas oportunidades de atuar tanto na saúde privada quanto na saúde pública, o que me trouxe uma bagagem profissional interessante. A experiência na saúde pública permitiu uma visão de gestão bastante peculiar, muito pelos próprios desafios do segmento, em âmbito nacional. Depois de ter passado pelo sistema público, acredito que qualquer segmento da saúde, gerido de forma profissional e com modelo de governança bem estruturado, é viável.
A minha última passagem foi pelo Sistema Unimed, outro gigante da área da saúde. A minha passagem foi na Unimed Litoral, localizada em Balneário Camboriú, um hospital próprio, verticalizado. Anteriormente, passei pela Unimed Florianópolis, também um hospital de mesma dimensão. Nos dois locais, tive a oportunidade de começar as novas operações, foram dois grandes hospitais, em que nós iniciamos as operações do zero. Os hospitais haviam acabado de serem construídos e tínhamos a estrutura física, os equipamentos médicos e toda tecnologia investida. Os desafios eram recrutar as pessoas, desenvolver as lideranças, construir os processos, trazer os médicos e os pacientes para dentro do hospital e começar a atividade do zero. Foi um marco na minha trajetória, talvez uma experiência invejável, quantos gostariam de ter a oportunidade de começar uma operação e implantar um modelo de gestão estruturado. Foram duas experiências bastante gratificantes enquanto profissional, saber que de fato tive uma atuação direta na linha de pensamento inicial, na construção de processos e, principalmente, no desenvolvimento das pessoas dentro do hospital, que é uma das linhas chave para o sucesso da organização. Nessas duas organizações, essa questão foi muito forte, porque tudo se iniciava do zero. Não tínhamos ainda uma boa reputação, o que tínhamos para o mercado era uma estrutura física nova, bonita e equipamentos de ponta. A população procura qualificação dos profissionais, se o médico é bem referenciado, se tem uma boa reputação, se o atendimento no hospital é acolhedor, se as pessoas são bem preparadas, e assim por diante. E aí que entra o grande desafio da gestão, que é tangibilizar aquilo que é visível e aquilo que é invisível aos olhos dos clientes, os bastidores de uma unidade hospitalar. O aculturamento das pessoas é um trabalho de bastidor, uma semente que vai sendo plantada dia a dia.
”Depois de ter passado pelo sistema público eu tenho uma opinião forte: qualquer segmento da saúde, gerido de forma profissional e com modelo de governança bem estruturado, é viável”.
Como foi a sua experiência em outros segmentos?
Passei pelo sistema público, em uma organização de São Paulo que faz gestão de hospitais públicos e privados, mas o maior nicho é a gestão de hospitais públicos, a parceria com governos municipais e estaduais. Tive experiências em três projetos: em Araucária; em Foz do Iguaçu, ambos no Paraná, e em Cubatão, em São Paulo. Em saúde pública fiz um intensivo em gestão, sendo um aprendizado para a vida em todos os sentidos e posso destacar o ato de fazer muito mais, com muito pouco. Como gestor, temos a responsabilidade de continuar prestando atendimento à população, manter as portas do hospital abertas, com poucos recursos, e aí que entra de fato de fazer gestão na prática, com o desafio de manter os profissionais engajados e comprometidos, mesmo com as dificuldades enfrentadas e com os recursos escassos.
Acredito muito numa gestão participativa. É claro que, em alguns momentos como gestor, vou ter que tomar a decisão, mas, na gestão participativa, naturalmente as pessoas vão se engajando e se comprometendo com os resultados e, certamente, a eficiência operacional aparece. Temos que informar as pessoas da direção, do que, quando e como vai acontecer, além do papel de cada um no processo de transformação e melhoria contínua da gestão.
“Em saúde pública fiz um intensivo em gestão, sendo um aprendizado para a vida em todos os sentidos e posso destacar o ato de fazer muito mais, com muito pouco”.
Desde os 23 anos ocupo posição de liderança em hospitais. Comecei com 20 anos de idade, no início passei por algumas áreas como faturamento, atendimento, suprimentos, compras, hotelaria e recursos humanos, e isso para mim foi o grande pilar de sustentabilidade profissional, e quando surgiu a oportunidade de ocupar uma posição de liderança, eu já carregava uma bagagem do que realmente era a operação de um hospital, como pulsava no dia a dia. O que me ajudou a enxergar algumas coisas, a ter um equilíbrio entre razão e emoção. O gestor tem que estar sensível ao que está acontecendo, pois lidamos com seres humanos e todo resultado vem por meio das pessoas.
Quais são os principais desafios como novo gestor do HSL?
No Hospital, no Campus da saúde como um todo, talvez um dos principais desafios é estabelecer uma interação entre todo o complexo e uma comunicação de todos esses públicos: das equipes da assistência, apoio, administrativas, médicos, pesquisadores e residentes. Nós somos uma grande potência da saúde, para Porto Alegre, para o Estado e a nível nacional, e vamos otimizar e potencializar todos os nossos pontos fortes.
Não podemos esquecer que estamos numa instituição privada, porém, com fins filantrópicos, além de clientes conveniados e particulares, atendemos o Sistema Único de Saúde (SUS), com o cunho de ensino e pesquisa, e temos que conciliar todas essas questões. Então quando eu falo de estabelecer uma comunicação justa, fina e equilibrada, é unir todos esses interesses, fazer com que todos eles se convertam para um objetivo em comum.
O São Lucas é reconhecido em algumas áreas de alta complexidade. Como alcançamos essa excelência e o que faremos para manter essas áreas como exponenciais em tecnologia, capital humano e ciência?
A nossa estrutura, na PUCRS, tem um potencial de conhecimento agregado invejável por várias outras instituições. Principalmente potencial técnico, e esse talvez seja um diferencial que muitos estão correndo atrás para ter e já temos, esse valor, essa joia dentro de casa. É claro que tudo isso tem que ser bem organizado com o direcionamento e o caminho no qual o hospital vai percorrer. E aí, perpassa pela definição da nossa vocação, enquanto instituição de saúde. Essas questões, na linha do tempo, vão se desdobrar e vão clarear. Sem dúvida, hoje, o corpo clínico e as equipes multiprofissionais são grandes potenciais que temos, associados à Escola de Medicina, à Escola de Ciências da Saúde e da Vida, que atuam diretamente conosco. Atualmente, o mercado de saúde em termos de qualificação técnica é deficitário, e temos a formação acontecendo dentro de casa, uma formação de qualidade e reconhecida nacionalmente. Esse potencial humano é o nosso maior patrimônio.
Em sua 22ª edição, a Feira do Livro Infantil reuniu estudantes e profissionais de Letras, Pediatria e Medicina com o objetivo de alegrar as crianças por meio da literatura. O patrono foi o autor Luís Coronel. A professora e escritora Marô Barbieri, que foi a tutora da última edição da Feira do Livro de Porto Alegre, recebeu uma homenagem. O evento, organizado pelo Curso de Letras, da Escola de Humanidades, em parceria com a Pediatria do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), aconteceu nesta terça-feira, dia 3 de dezembro. Na solenidade, representando o reitor Ir. Evilázio Teixeira, esteve presente o assessor da Reitoria, Solimar Amaro.
A programação contou com cerimônia de abertura e apresentação musical com os integrantes do Centro de Pastoral e Solidariedade. As crianças ainda receberam dinheiro simbólico para comprar livros, arrecadados por meio de doações, e que estavam disponíveis nas barraquinhas instaladas no local. A Feira também teve a realização de Sarau Literário e lanche especial.
Para o professor da Escola de Medicina Alexander Sapiro, atuante na área de Pediatria do HSL, o evento é uma forma de agradecimento. “Para as crianças internadas, a Feira é uma possibilidade de ter alegria. Elas vêm e têm música, livros, brindes, brincadeiras. A Feira também é uma forma de trazer as crianças que já foram internadas aqui, que nasceram aqui. Hoje vieram 12 crianças da comunidade São Judas Tadeu. Então, a presença deles é uma forma de agradecimento e carinho por nós e também nos possibilita dar este carinho a eles”, celebra.
A professora da Escola de Humanidades Vera Pereira, uma das coordenadoras da Feira, aponta que a atividade traz benefícios não só para as crianças, mas também para os alunos que participam. “Independente do curso, há um benefício muito grande para o nosso aluno porque ele leva sua experiência espiritual, pessoal, social e profissional para atuar futuramente”, ressalta.
Confira as fotos:
O Serviço de Cardiologia do Hospital São Lucas da PUCRS promove, no dia 30 de novembro, o 2º Simpósio CardioPUC: eficiência na assistência cardiovascular – da emergência a alta hospitalar. Voltada para cardiologistas e emergencistas, a atividade acontecerá no auditório 1 da Escola de Medicina, localizado no 3° andar do Hospital São Lucas (Av. Ipiranga, 6690). As vagas são limitadas e as inscrições devem ser realizadas pelo e-mail [email protected].
O evento abordará temas como infarto agudo do miocárdio, síndrome coronariana aguda, identificação, manejo de pacientes de alto risco, entre outros. A iniciativa tem o apoio da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio Grande do Sul (Socergs). Mais informações no telefone (51) 3020-5120.
PROGRAMAÇÃO:
8h30min – Credenciamento
8h55min – Abertura – Dr. Paulo Caramori
9h – Como escolher os Antiagregantes na Síndrome Coronariana Aguda
Palestrante: Dr. Jean Youssef
9h15 – Infarto Agudo do Miocárdio com supra-ST: Revascularização completa sempre?
Palestrante: Dra. Denise Pellegrini
9h30 – Diagnóstico e manejo do Tromboembolismo Pulmonar Agudo
Palestrante: Dra. Maria Claudia Guterres da Costa
9h45 – Oclusão do Rorame Oval patente no acidente vascular cerebral Criptogênico
Palestrante: Dr. Paulo Caramori
10h – Manejo da Taquicardia Supraventricular
Palestrante: Dr Andres di Leoni Ferrari
10h45 – Doença Arterial Coronariana e Fibrilação Atrial: qual a melhor estratégia antitrombótica?
Palestrante: Dr. Anibal Pires Borges
11h – Após compensar a insuficiência cardíaca aguda, quando indicar Sacubitril-Valsartana?
Palestrante: Dra. Anna Paula Tscheika
11h15 – Aneurisma de Aorta Abdominal: identificação e manejo do paciente de alto risco
Palestrante: Dr. Ricardo Piantá
11h30 – Encerramento
Palestrante: Dra. Maria Claudia Guterres da Costa