O Programa de Práticas Médicas Hospitalares (PMH), da Escola de Medicina da PUCRS, está com inscrições abertas para mais de 20 áreas de atuação, incluindo Psiquiatria, Neurologia, Dermatologia, entre outras. As PMH’s são destinadas tanto a médicos brasileiros como estrangeiros, e as inscrições estão abertas até o dia 30 de novembro de 2023, exclusivamente de forma online, no site da PUCRS/Educon.
O processo seletivo envolve três etapas: prova escrita, análise curricular e entrevista. A prova escrita está agendada para o dia 11 de dezembro de 2023 e será realizada na Escola de Medicina, localizada no Prédio 12A do Campus da PUCRS.
Para obter informações detalhadas sobre os programas oferecidos, duração, pré-requisitos e número total de vagas disponíveis, consulte o edital para seleção de alunos de especialização para o ano de 2024.
Um acordo de cooperação entre a PUCRS e a Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) – instituições reconhecidas pela atuação no Rio Grande do Sul – prevê o aprimoramento da educação em saúde no Estado e das práticas clínicas no ensino. A principal novidade, prevista ainda para setembro, é o lançamento de edital com prova única para os Programas de Residência Médica e o desenvolvimento de práticas integradas em serviços das duas instituições nos programas em Medicina Comunitária e Saúde da Família e Ginecologia e Obstetrícia. Também os programas da Residência Multiprofissional em Saúde da PUCRS (PREMUS), que tem vagas para profissionais de Enfermagem, Farmácia, Nutrição, Fisioterapia, Psicologia e Serviço Social, passarão a ter inserção em serviços da Rede Divina Providência, além das já realizadas no Hospital São Lucas da PUCRS.
No convênio, assinado no dia 11 de setembro, as instituições católicas que têm o cuidado em saúde presente no DNA, somam forças por meio de suas áreas de ensino e educação continuada. A parceria visa estabelecer e regulamentar um programa de cooperação acadêmica nas áreas de atuação e interesses comuns, iniciando pela implementação de residências médicas e multiprofissional conjuntas, ampliação de vagas e fortalecimento dos campos de prática. Para um futuro breve, prevê-se ainda o lançamento de um portfólio conjunto de cursos de especialização e extensão.
O reitor da Universidade, Ir. Evilázio Teixeira, destaca que o acordo firmado entre as instituições é também um benefício para o atendimento em Saúde da capital, que receberá profissionais ainda mais qualificados.
“Atualmente são milhares estudantes e profissionais da saúde em formação na PUCRS e essa parceria nos permite ir além da qualificação dos campos de prática, nos permite potencializar o ensino em saúde preparando profissionais com a missão de cuidado com a vida, diretrizes guias dessas duas instituições. Essa aproximação é, antes de tudo, um compromisso de desenvolvimento mútuo”, ressalta.
Já a presidente da Sociedade Sulina Divina Providência, Irmã Inês Pretto, escolheu uma passagem bíblica, em Isaías, para representar o que a aliança entre a Rede de Saúde da Divina Providência (RSDP) e a PUCRS buscam: “Alarga o espaço da tua tenda; estica as cordas e finca as estacas”, frase que também serve de inspiração ao Planejamento Estratégico da instituição para 2024-2026, que está em construção.
Segundo Irmã Inês, as duas instituições religiosas estão unidas no mesmo horizonte do cuidado com a vida: “E não seremos os únicos! Deixaremos os caminhos abertos, pois só alarga o espaço da tenda, os que confiam. E é por aqui que queremos andar fazendo uma caminhada conjunta, somando os nossos carismas em favor das pessoas”, afirmou.
A pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, professora Adriana Kampff, ressalta que o acordo prevê também a atuação conjunta de estudantes, professores e pesquisadores da Universidade e profissionais da rede hospitalar e um conjunto de iniciativas com foco em ensino, pesquisa e extensão como a realização de eventos científicos e atividades acadêmicas colaborativas.
Os editais para ingresso nas residências oferecidas tanto pela Rede Divina Providência quanto pela PUCRS, por meio do Hospital São Lucas, devem ser publicados entre os dias 20 e 25 de setembro nos sites www.pucrs.br e www.divinaprovidencia.org.br.
A arte está sempre presente nos mais diferentes aspectos da nossa vida, seja nos grafites nos muros da cidade, seja na música de fundo no supermercado ou até mesmo nos poemas escritos nas ruas. Muitas vezes, estamos tão habituados com a arte que ela passa despercebida. Da mesma maneira acontece com a respiração. É por isso que um projeto que vem acontecendo na Universidade recebeu o nome Ar de Arte. Ele busca lembrar que a arte é tão essencial quanto o ar para viver.
A iniciativa é de professores e estudantes das Escolas de Medicina, Humanidades e integra as ações do projeto do CNPq Leitura, arte e prazer em espaços do Hospital São Lucas da PUCRS, e além disso, conta com o apoio da equipe do Instituto de Cultura da Universidade. Até o momento, a ação que planeja focar nos momentos em que a arte entra na vida das pessoas atenuando situações que muitas vezes parecem fora de controle – como doenças que surgem de forma inesperada -, já beneficiou pacientes das áreas da Oncologia, da Psiquiatria e da Hemodiálise do HSL.
Além de promover o bem-estar, o entretenimento e uma recuperação mais tranquila, o projeto também valoriza a indústria cultural local, uma das áreas mais afetadas pela crise e pela instabilidade que se intensificaram na pandemia de Covid-19. O grupo de artistas que participa, com músicos de diferentes estilos, recebe um cachê para cada apresentação, que acontece semanalmente. Ou seja, todos interagem e se beneficiam. 15 tablets, pelos quais são transmitidas apresentações ao vivo por meio de videochamadas, também ficam à disposição para o acesso de playlists no YouTube com um vasto acervo que reúne vídeos de música, artes visuais, dança, curtas metragens e conversas.
“A gente pensa mais na vida. A música traz muitas lembranças”, conta Flávia de Oliveira, uma paciente. “Traz alegria e ameniza o sofrimento. É uma forma muito gostosa de passar o tempo”, complementa Rosana Hammarströn, outra paciente.
Isabela Bitencourt, aluna do curso de Medicina e participante do projeto, conta que teve uma das suas experiências de vida mais emocionantes. “Foi com uma paciente da UTI que eu acompanho. É um caso muito grave, ela usa máscara de oxigênio, está com hipoglicemia e mesmo com toda a fragilidade do quadro de saúde, em uma das lives, ela teve forças para conseguir cantar junto com a cantora e pedir músicas”, conta.
Ela complementa que a paciente também se emocionou bastante e “conseguiu se reconectar com quem ela era antes de tudo isso, antes da doença. Esse resgate da dignidade é fundamental para o processo de cura ou de tratamento”.
Entre os depoimentos, algumas das frases mais comuns são “assim me divirto um pouco, gosto de ver vocês”, “estou pronto para mais uma”, “hoje vou pedir música” e “legal, é rock do meu tempo”, conta Ivan Antonello, médico nefrologista no HSL, sobre as manifestações de pacientes que fazem uma ruptura no seu dia comum de diálise, presos às linhas de uma máquina:
“Surpresos, recebem fones de ouvido e são embalados pela imagem e o som de um músico movimentando-se na telinha do computador. Lembram momentos bons de quando a música e a saúde eram parceiras. Percebem que também podem ser protagonistas ao escolherem a canção. E nós, acadêmicos, enfermagem e médicos nos alegramos com a alegria deles”.
Essa aproximação com pacientes também é uma oportunidade para a formação de estudantes: “Eles aprendem a escutar com mais atenção e nós sabemos que a doença não é tudo que o paciente traz consigo quando interna. Eles carregam sofrimentos que são particulares, individuais e têm causas próprias”, reforça.
Levar a arte para que as pessoas possam respirar e ter um pouco mais de paz em um momento tão difícil. Esse é um dos objetivos do projeto, afirma Ricardo Barberena, diretor do Instituto de Cultura da PUCRS. “Ele nasce da convicção de que a arte é, acima de tudo, uma forma de resistência e reexistência. A cultura é uma forma de nos humanizar, mas também de fortalecer em muitos momentos”, destaca.
Já para Diego Lopes, um dos músicos da iniciativa, a sua participação é uma forma de devolver o bem que a música o faz. “Em cada época da minha vida eu tenho uma memória afetiva com grandes canções e isso faz parte da minha formação. Poder dividir essas memórias é uma satisfação pessoal muito grande”, reforça.
Saiba mais sobre o projeto e conheça a equipe.
Novo, moderno e intuitivo para os usuários. Essas são as características do novo site do Hospital São Lucas da PUCRS, lançado nesta segunda-feira, 17 de maio. Totalmente reformulado, o site é mais uma ação que responde às novas demandas da sociedade, a partir do reposicionamento iniciado em 2020. Com conteúdos interativos e explicativos, apresenta um layout que permite uma trafegabilidade completa por todos os serviços oferecidos na instituição.
Nele, é possível conferir as especialidades médicas, realizar o autoagendamento de consultas e exames e acessar resultados e laudos de forma prática e segura. Um campo de busca acessível permite ainda a procura de temas por palavras-chave em todo o site. Outra novidade é o conteúdo traduzido de forma simultânea com Linguagem Brasileira de Sinais (LIBRAS) e o novo portal de processo seletivo para vagas na instituição, que contará periodicamente com novas oportunidades.
Confira o novo site e os detalhes dos recursos implementados:
Com o autoagendamento, é possível marcar procedimentos no Hospital São Lucas direto do smartphone ou computador. Ao agendar a consulta, o cliente tem a possibilidade de optar pela modalidade presencial ou teleconsulta e escolher o profissional de preferência e a melhor data. A confirmação do agendamento é enviada por e-mail, para que já possa ser salva no aplicativo de calendário como um compromisso. Caso seja necessário o reagendamento ou o cancelamento, isso pode ser feito pela própria ferramenta.
O Resultado de exames laboratoriais e de imagens estão unificados em uma única página em seus respectivos portais de acesso. Uma vez criado o usuário, todos os exames ficam disponíveis na plataforma, permitindo que os clientes e pacientes tenham acesso completo aos laudos.
Quem tiver dúvidas sobre o profissional para consultas conta com a aba encontre o seu médico, para conhecer o perfil e as modalidades de atendimento de um dos nossos especialistas do corpo clínico. Neste canal, é possível conferir o perfil do médico e conferir todos as formas de agendamento para este profissional.
Com foco na acessibilidade, o novo site conta com um tradutor de libras desenvolvido em parceria entre o Ministério da Economia, por meio da Secretaria de Governo Digital e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), através do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID). Ele converte todo o conteúdo digital (texto, áudio e vídeo) da página por meio de um avatar que personifica a fala. A ferramenta possibilita mais autonomia e promove a inclusão de pacientes e familiares com deficiência auditiva, que poderão utilizar a plataforma sem apoio de terceiros.
O Hospital São Lucas da PUCRS é uma instituição sólida e acolhedora a todos que querem fazer parte da nobre missão de salvar vidas. Com quase três mil colaboradores, conta com uma equipe integrada à filosofia de cuidar das pessoas, garantindo um ambiente acolhedor, com espírito de família e baseado no amor ao trabalho. Para que mais pessoas possam fazer parte desta missão, o novo site possui um direcionamento ao portal Kretos, com uma página exclusiva destinada a novas oportunidades no São Lucas: https://hospitalsaolucas.kretos.cc/
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O Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), associado ao curso de Fisioterapia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, está aplicando um método inovador para a recuperação de pessoas internadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. A reabilitação acontece com o uso de tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Assim, é trabalhada a retomada da força física, do controle e da coordenação motora também e aspectos lúdicos.
Com a VR, são apresentados conteúdos interativos que simulam situações reais e do cotidiano como pescarias, escaladas em montanhas e caminhadas na praia. Segundo a professora e chefe do serviço no HSL, Flávia Franz, durante a imersão nessas cenas, a equipe trabalha exercícios funcionais associados aos vídeos que os/as pacientes estão assistindo. “Estimulados assim, o paciente a elevar as mãos para jogar uma vara de pesca, subir até o cume, colocar os seus pés na areia e até caminhar à beira-mar. Tudo isso auxilia de forma importante na recuperação de sequelas”, explica.
Junto à equipe de Fisioterapia do hospital, 18 estudantes do curso de Fisioterapia também realizam estágio na recuperação de pacientes com diferentes patologias, como a Covid-19. Coordenado pela professora Clarissa Blattner, o grupo do estágio curricular (com duração de três semestres) vivencia e aplica na prática o que foi aprendido em sala de aula. “O Serviço e a Universidade têm uma atuação integrada que possibilita esse tipo de experiência, enriquecendo a trajetória do aluno e o preparando de forma efetiva para o mercado de trabalho”, comenta Clarissa.
O projeto teve início após Clarissa propor o uso dos óculos de Realidade Virtual com o grupo de estudantes, há algumas semanas, e a partir disso, apresentou a ideia de implementar a atividade no hospital. No mesmo dia, um paciente em recuperação pós-Covid-19 utilizou o recurso e o retorno foi instantâneo. “Tanto a equipe como os alunos e professores ficaram encantados com o resultado. O que vimos foi a comprovação do que propõe a realidade virtual: a imersão e a interação, promovendo motivação para um trabalho de maior independência funcional aos pacientes”, conta Flávia.
A fisioterapeuta ressalta que o paciente em questão logo ficou motivado a participar dos estímulos multissensoriais, como os visuais, auditivos e, sobretudo, emocionais. Clarissa acrescenta que com esse tipo de prática o processo de reabilitação se torna mais agradável para os/as pacientes: “apesar de não substituir outros processos inerentes à reabilitação, percebemos que além da vantagem física, a VR impacta na motivação e na adesão ao tratamento”.
Após o início do projeto, que já atendeu muitas pessoas, o HSL adquiriu cinco novos óculos VR e entregou à coordenação da ação, para que mais pacientes possam utilizar o recurso simultaneamente.
A estudante Kellyn Gatto, que está no 9º semestre do curso de Fisioterapia, recorda o caso de um paciente de 72 anos que gostava muito de pescar e pode sentir novamente um pouco dessa paixão com o uso da Realidade Virtual. “Ele está internado desde dezembro e, para ajudar a sair um pouco do ambiente hospitalar, simulamos a prática da pesca. Ele pôde fazer o movimento de jogar a rede e puxar a linha, por exemplo, que ajuda a entreter e serve como motivação para realizar exercícios alternativos”, conta.
Kellyn comenta que se interessou pela área ao acompanhar o tratamento do próprio avô, que teve câncer. Segunda ela, com a experiência de estagiar no HSL e atuar na recuperação de pacientes, pôde se aproximar do sonho de cuidar de outras pessoas. No futuro, a estudante espera realizar residência clínica, para trabalhar tanto com adultos quanto com crianças.
Uma outra paciente utilizou a realidade imersiva na reabilitação após 75 dias de UTI e um quadro de 95% de comprometimento pulmonar causado pelo coronavírus, precisando de traqueostomia e de ventilação mecânica. Para ela, Flávia explica que a equipe utilizou imagens de praia e céu estrelado e lembra que a VR é uma ferramenta eficiente, mas não substitui as técnicas de reabilitação:
“Com essa paciente, percebemos uma resposta muito significativa do controle cefálico e da motricidade fina, entre outros aspectos, na tentativa de interagir com o cenário. Hoje, ela já consegue controlar a cabeça, o tronco e apresenta simetria nos membros superiores, com maior coordenação. Além disso, notamos uma efetiva melhora em sua autoestima, pois, com esse controle, ela já consegue se comunicar de forma mais eficiente com a equipe e expressar seus sentimentos”.
Outro caso relatado pela fisioterapeuta foi o de um paciente que passou 30 dias na UTI, também intubado, e que chegou a passar por uma traqueostomia após o intenso período de ventilação mecânica. Esse paciente relatou à equipe que era motorista de ônibus e que tinha muita saudade de dirigir.
A equipe então carregou um vídeo de corrida de Fórmula 1 e o resultado foi emocionante. “Ele estava com a cabeça mais lateralizada para a esquerda com um déficit motor muito grande. Notamos imediatamente que ele começou a fazer os movimentos de direção com os membros superiores e a inclinar a cabeça para o outro lado nas ‘curvas’. Foi muito gratificante para a equipe perceber que, ao retirarmos o paciente do ambiente hospitalar, mesmo que figurativamente, passamos a ter um grande aliado no processo de reabilitação”.
Além do Serviço de Fisioterapia do HSL, a PUCRS também possui um Centro de Reabilitação (CR), um espaço de assistência integrada ao processo de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. Com foco na atenção à saúde da pessoa como um todo, as ações programáticas do CR são interdisciplinares e também contam com a atuação de 21 estudantes do curso de Fisioterapia.
O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) é um dos 100 melhores hospitais do país, segundo a pesquisa The World´s Best Hospitals 2021 – Brazil, da revista norte-americana Newsweek e da empresa Statista, uma das maiores e mais respeitadas globalmente na área de dados de mercado, negócios e consumo.
O ranking, que divulgado recentemente, levou em conta a avaliação mundial de 2 mil hospitais ao redor do mundo nos seguintes quesitos:
O ranking está em sua terceira edição e, além do Brasil, elenca os melhores hospitais em países como Austrália, Canadá, Alemanha, Japão e Inglaterra, entre outros.
Para Leandro Firme, diretor-geral do HSL, a posição de destaque do Hospital na pesquisa é uma honra. “Tivemos um ano intenso, tomado por muitos desafios superados e este reconhecimento sinaliza que estamos no caminho certo. Mesmo diante da velocidade do avanço e todos os impactos desta pandemia, nosso time esteve e ainda está focado em proporcionar a melhor experiência aos nossos clientes”.
Leandro ressalta ainda a qualidade e segurança na assistência prestada que fazem parte da rotina da instituição. “Ainda no ano de 2020, os nossos processos e práticas foram recertificados por um dos modelos de certificação internacional mais renomados do mundo. Investimos em novos e inovadores serviços e ainda evoluímos na atualização do nosso parque tecnológico. Ressalto a dedicação, o comprometimento e a coragem dos nossos profissionais que não medem esforços para continuar cumprindo a nossa missão: cuidar e salvar vidas todos os dias”.
Por conta da pandemia, o Banco de Sangue do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) teve uma queda significativa nas doações de todos os tipos sanguíneos. Neste momento, especialmente, a instituição incentiva a participação de voluntários, lembrando que é um ato de cuidado, amor e solidariedade que pode, a cada doação, ajudar a salvar até quatro vidas.
Segundo Marco Antônio Winckler, médico e coordenador do Serviço de Hemoterapia do HSL, houve uma queda de 40% nas doações em relação ao período anterior à pandemia. Ele lamenta e ressalta que a doação é imprescindível para a recuperação de pacientes que estão em tratamento de câncer, cirurgias cardíacas, traumas gerais, queimaduras, entre outros. “As doações de plaquetas precisam ser frequentes, pois esses componentes têm validade de apenas cinco dias”, ressalta.
Ele explica ainda que o procedimento é totalmente seguro para os voluntários e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem comunicado periodicamente que doar sangue durante a pandemia de Covid-19 é seguro, dado o distanciamento social e o respeito às medidas de higiene. “Nós definimos um número limitado de pessoas que podem estar na recepção e nos demais espaços. A higienização de acordo com todos os protocolos sanitários é feita periodicamente e após a passagem de cada voluntário. Há um cuidado grande com o uso obrigatório de máscara e a higienização com álcool gel”, destaca.
O reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, doou sangue nessa quarta-feira, 13 de janeiro, e ressalta que a doação deveria ser um hábito, uma cultura entre as pessoas. “A melhor expressão que ouvi sobre o assunto foi chegando no hospital para doar: uma enfermeira disse que são gotas que salvam vida”, conta, pedindo para que, quem estiver em condições, não deixe de praticar esse ato de solidariedade e cuidado com o próximo.
Winckler complementa ainda que, em relação à segurança geral, não há risco de alguém adquirir qualquer doença doando sangue, pois todo material que entra em contato com o doador é descartável, de uso único e estéril. As doações podem ser feitas às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 8h às 18h30min e às quartas-feiras das 8h30min às 18h. Para doar, é necessário agendar previamente um horário. O hospital adotou o protocolo para evitar aglomerações. Mais informações estão disponíveis pelo telefone (51) 3320-3455 ou através do WhatsApp (51) 98503-9958.
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Confira a lista completa de exigências no site do Hospital.
Doações para o Banco de Sangue do Hospital São Lucas da PUCRS
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Dados do Atlas da Diabetes apontam que o número de diabéticos no mundo pode chegar a 578 milhões em 2030. Essa estimativa representam um aumento de 115 milhões de pessoas com diabetes nos próximos dez anos. Celebrado neste sábado, 27 de junho, o Dia Internacional do Diabético busca a conscientização da sociedade para a doença e a para necessidade de prevenção.
Caracterizada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, a diabetes pode elevar as taxas de glicemia (concentração de açúcar no sangue), causando inflamações nos vasos sanguíneos do corpo e problemas em órgãos como o coração e os rins. Pessoas diabéticas também podem apresentar maior risco de complicações em caso de contaminação pela Covid-19, já que a tempestade inflamatória provocada pelo vírus pode ser intensificada pela diabetes. “A glicose alta é tóxica para as células, que liberam mais citocinas inflamatórias e interleucinas. Esse quadro é muito ruim durante um processo infeccioso ou inflamatório, como o que ocorre pelo novo coronavírus. Um paciente que tenha a diabetes descompensada pode ter uma evolução extremamente grave da Covid-19”, explica a endocrinologista e especialista em Medicina Interna Patrícia Santafê, médica do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL).
Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2019 houve aumento de 34,5% nos casos de diabetes no país. A doença atingiu 7,4% da população brasileira no ano passado, sendo uma das doenças crônicas mais incidentes. De acordo com a nutricionista Carla Piovesan, professora do curso de Nutrição da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, os hábitos alimentares interferem diretamente tanto na prevenção e no desenvolvimento quanto no tratamento da diabetes. “O consumo alimentar característico de um estilo de vida corrido e sedentário tem contribuído para o aumento do número de pessoas diabéticas, inclusive jovens e crianças. O excesso de açúcar, decorrente de uma má alimentação, sobrecarrega e diminui a ação da insulina (hormônio responsável por manter os níveis de glicose normais) acelerando o desenvolvimento de diabetes naqueles com predisposição genética”, destaca a nutricionista.
Apesar de o tratamento adequado permitir que pessoas diabéticas convivam com a doença de forma controlada, a diabetes não possui cura. A doutora Patrícia explica que os mecanismos de equilíbrio da glicose são extremamente complexos e que antes mesmo de comermos algo, já há a tendência de produção de alguns hormônios no cérebro, como a insulina. Ela também destaca que quando nos alimentamos existe um pulso maior de insulina e a manutenção do hormônio nos períodos entre as refeições. “Todo esse processo envolve o cérebro, pâncreas, secreção de substâncias no intestino e o equilíbrio da necessidade de consumo e reserva de energia. Esse sistema está relacionado não só com a insulina, mas com todos os outros mecanismos e hormônios contrarrelatórios que vão fazer com que exista o controle da glicose, conforme a alimentação e o nosso sono. Por isso é tão difícil encontrar uma cura específica para a diabetes”, aponta a endocrinologista do HSL.
A médica ainda ressalta que o contexto provocado pela pandemia de Covid-19 exige ampliação na atenção com a saúde e cuidados com a alimentação. “Se deixarmos de nos preocupar em manter uma rotina adequada durante esse período de pandemia, com uma alimentação saudável e praticando exercícios, esse tempo pode representar no futuro de cada um de nós um aumento no risco de desenvolvimento de doenças metabólicas como diabetes, doença cardiovascular e doenças ósseas”, afirma Patrícia.
A professora Carla Piovesan também afirma que dar atenção ao que comemos e como comemos é um pilar imprescindível na nossa saúde, seja para tratar o diabetes, prevenir ou garantir a saúde neste momento de pandemia. A professora ainda aponta que o contexto atual é propenso para o surgimento de ações que desregulam a alimentação, como o comer emocional. “Estamos vivendo um momento ímpar, não fomos preparados para lidar com essa situação tão estressante e ansiogênica. A reposta ao estresse relacionada com a comida é um mecanismo cerebral muito primitivo. É esperado que o ‘comer emocional’ ou a ‘fome emocional’ apareça durante a pandemia. Isto é, não buscar a comida por fome, buscar levado por alguma emoção. Medo, ansiedade, tristeza, raiva, tédio são as mais frequentes”, comenta.
O e-book Estratégias interprofissionais em saúde para lidar com o período da quarentena, desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Estilo de Vida e Saúde (Pevs) reúne informações sobre temas como alimentação, exercícios físicos, mindfulness e estratégias voltadas para a saúde de crianças e adolescentes. O material também aborda formas de lidar com o comer emocional e beber emocional. O e-book pode ser acessado de forma gratuita neste link.
O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) firmou uma parceria com o Centro de Pesquisas em Biologia Molecular e Funcional (CPBMF) da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e a empresa Quatro G, ambos instalados no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), para o desenvolvimento de testes de diagnóstico para à Covid-19.
De acordo com Saulo Bornhorst, Diretor Técnico do HSL, a parceria terá um papel fundamental, evidenciando a importância da interação entre pesquisa e assistência nesse momento de pandemia. A responsável técnica pelo Laboratório Clínico do Hospital São Lucas, Terezinha Paz Munhoz, afirma que a união de esforços tem sido determinante no enfrentamento à Covid-19. “Esta parceria integra pesquisa e tecnologia com o diagnóstico, demonstrando a importância de estarmos inseridos num ambiente universitário. O Laboratório Clínico do HSL, o CPBMF e a Quatro G, juntos, potencializam a capacidade de diagnóstico e monitoramento da doença, trazendo maior agilidade no atendimento aos pacientes e colaboradores do HSL”, ressalta Terezinha.
Em uma primeira etapa, serão três mil exames disponibilizados em 60 dias, financiados com recursos humanos e financeiros da Quatro G e recursos públicos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) oriundos do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Tuberculose (INCT-TB). No total, serão 15 mil exames, no padrão RT-PCR de tempo real, em três etapas consecutivas, envolvendo a parceria com o Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e o Hospital São Lucas, incluindo potencial para uma pesquisa epidemiológica com 5 mil testes.
Jorge Audy, Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, destaca o apoio do Governo do Estado ao Tecnopuc a aos demais ecossistemas de inovação no RS. “Além desta ação com o CPBMF e com a empresa Quatro G, estamos também com outros dois editais aprovados, que são específicos para os ambientes de inovação do INOVARS na região metropolitana. As iniciativas também estão relacionadas à Covid-19: um deles na área de projeto e produção de respiradores e outro para pessoal, envolvendo bolsistas para a gestão do ecossistema metropolitano”, explica. No caso específico da parceria entre CPBMF, Quatro G e HSL, Audy comenta que a união é fruto de um esforço positivo. “Nossa maior preocupação foi viabilizar a execução dos exames em parceria com o HSL, bem como com o próprio Lacen/RS, que credenciou e liberou a realização dos exames”, destaca o Superintendente.
Os pesquisadores seniores do CPBMF Luiz Basso, Pablo Machado e Cristiano Bizarro destacam que a aproximação com o HSL e com a PUCRS sempre foi o objetivo do CPBMF e da Quatro G. “Nossos contatos iniciais com o Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, buscavam tal aproximação para que pudéssemos colaborar com o Hospital São Lucas na realização de ensaios para a detecção do SARS-CoV-2, o agente etiológico da Covid-19, utilizando a técnica de reação da transcriptase reversa, seguida de reação em cadeia da polimerase (RT-PCR) monitorada em tempo real”.
A infraestrutura e pessoal qualificado do CPBMF, com a única NB3 funcional do estado do RS, permite que o laboratório possa produzir o RNA viral em células eucarióticas para ser utilizado como controle positivo da RT-PCR com total segurança dos colaboradores envolvidos, como foi explicado nesta matéria. A colaboração entre o CPBMF e o HSL poderá dobrar o número de exames diários utilizando o protocolo desenvolvido pelo CDC americano e adaptado pelos pesquisadores com o uso de insumos produzidos por empresas brasileiras, como a Quatro G.
Rafael Prikladnicki, Diretor do Tecnopuc, destaca que diversas startups do Parque estão desenvolvendo ações de combate a Covid-19 desde o início da pandemia. “Com a Quatro G neste contexto do projeto do CPBMF e HSL, temos mais um belo exemplo de inovação com impacto direto na sociedade por parte das startups instaladas no Tecnopuc”, comenta.
Os laboratórios que pretendem executar a técnica de RT-PCR devem validar seus testes junto a um laboratório de referência. No estado do Rio Grande do Sul, o Lacen/RS confere a habilitação. Para receber a validação foram enviadas duas amostras clínicas que testaram positivo para a presença do SARS-CoV-2 no CPBMF para contraprova no Lacen. O Laboratório Central do Estado confirmou os resultados, habilitando o CPBMF para realização dos exames. O CPBMF foi subsequentemente inserido na página da secretaria da saúde junto aos demais laboratórios habilitados para realização das análises.
O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS, Odir Dellagostin, salienta que a Fapergs apoiou o CPBMF através da alocação de recursos, originalmente concedidos ao INCT-TB. O financiamento possibilitou adequações na infraestrutura e custeio para ações de pesquisa direcionadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, nos melhores padrões interacionais para exames da doença. O laboratório padrão NB-3 do CPBMF, localizado no Tecnopuc, é o mais qualificado em termos de infraestrutura hoje no Estado.
“Temos orgulho dos nossos pesquisadores que estão engajados em ações concretas que estão ajudando a salvar vidas. As parcerias estabelecidas entre CPBMF, Quatro G, Tecnopuc e Hospital São Lucas estão fazendo exatamente isso: salvando vidas!”, frisa o presidente da Fapergs.
Diferentes instituições enfrentam um dia a dia de grandes mudanças devido à Covid-19, com revisão de protocolos técnicos e fluxos de serviços em uma verdadeira mobilização para manter o atendimento aos pacientes de forma segurança. Pensando nisso, em uma ação inédita, sete hospitais da capital gaúcha se uniram para lançar uma campanha de valorização e reconhecimento aos profissionais que seguem exercendo suas funções pelo bem comum. A iniciativa inicia em 7 de abril, data comemorativa ao Dia Mundial da Saúde.
A campanha vai envolver peças de comunicação em redes sociais e na mídia que serão assinadas de forma conjunta entre os hospitais Clínicas, Grupo Hospitalar Conceição, Mãe de Deus, Moinhos de Vento, Santa Ana, São Lucas da PUCRS e Santa Casa de Misericórdia. As ilustrações contarão com imagens reais de técnicos, enfermeiros, médicos, residentes e profissionais do administrativo e operacional.
O convite é para uma grande mobilização para que a população manifeste a sua gratidão de forma virtual. Outras ações estão planejadas para ocorrer pelo menos até agosto com iniciativas culturais e lançamento de um vídeo institucional.