Refletir sobre as nuances da sociedade – considerando passado, presente e perspectivas de futuro – é uma das bases da formação da Escola de Humanidades. Com um foco humanístico, crítico, ético e propositivo, os/as docentes buscam desenvolver os profissionais que o mundo precisa hoje: capazes de compreender a realidade nas esferas políticas, sociais e culturais, colaborando ativamente para a transformação social.
Se você quer fazer parte da Escola de Humanidades da PUCRS, fique atento aos processos de ingresso. A inscrição deve ser feita no site Estude na PUCRS, onde estão disponíveis todas as informações. Caso você estude em outra universidade ou já seja formado/a, solicite a sua Transferência ou Ingresso Diplomado.
Para criar narrativas e tecer novos mundos
Maior referência da área de Escrita Criativa no País, Luiz Antônio de Assis Brasil é professor da graduação da PUCRS desde 1975. O docente já publicou 21 obras no Brasil, Portugal, Espanha e França. Entre eles, Escrever Ficção, que apresenta ferramentas indispensáveis para a formação de um escritor.
“Nós temos os cursos mais tradicionais e antigos do nosso País dentro dessa área. Esse histórico e, principalmente, essa continuidade de trabalho faz com que interessados/as do País todo nos procurem tanto para a oficina de criação literária, que vai completar 40 anos, como também nossa graduação e cursos de mestrado e doutorado”, explica o professor.
O curso de Escrita Criativa da PUCRS é o primeiro tecnólogo de graduação em escrita do Brasil e recebe alunos/as do País inteiro. E não é à toa que é um grande sucesso: a grade curricular foi elaborada por profissionais referência na literatura brasileira e pensada para você absorver as técnicas ao máximo, além de estimular a criatividade.
“Nós temos inúmeros egressos/as da Escrita Criativa que estão ganhando espaços muito relevantes nas publicações mais importantes do País e em editoras reconhecidas por sua qualidade e permanência. Ser da Escrita Criativa da PUCRS é como um cartão de visita e o/a profissional, antes de tudo, será um/a escritor/a”, pontua Assis Brasil.
Assim como Assis Brasil, Altair Martins, autor de A parede no escuro, vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, um dos maiores no Brasil; e Cristiano Baldi, autor do livro Correr com Rinocerontes, finalista do mesmo prêmio, também lecionam na Escola de Humanidades.
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Se conhecer novos idiomas e culturas está entre os seus interesses, os cursos de Letras Língua Inglesa e Letras Língua Portuguesa são uma ótima oportunidade de explorar esse objetivo. Quem se forma nestes cursos aprende com professores/as que possuem experiências internacionais e vasto repertório na área, podendo atuar em empresas de comunicação, editoras, realizando assessoria linguística e ensinando idiomas, por exemplo.
“O nosso maior diferencial está no ‘ensino mão na massa’. Aqui, o/a estudante inicia no nível um com inglês intermediário, entendendo que o objetivo não é somente aprender a língua, mas, principalmente, ensiná-la. Além disso, trabalhamos muito a inovação e o empreendedorismo em sala de aula: temos alunos/as que, ao sair da graduação, abrem seu próprio negócio ou se tornam comunicadores/as digitais”, conta a coordenadora do curso de Letras Língua Inglesa, Aline Fay.
As possibilidades de atuação – tanto no mercado de trabalho como na academia – também são muitas. Por terem proficiência em língua Inglesa, os/as alunos/as podem participar, inclusive, da mobilidade acadêmica para desenvolverem outros aprendizados em universidades do exterior.
“Os/as alunos de Letras Língua Inglesa, em sua maioria, iniciam dando aulas particulares ou em cursos de idiomas já desde o primeiro semestre, pois a procura por professores/as de inglês é muito alta, principalmente em escolas bilíngues. Por isso, já têm uma vivência ‘mão na massa’ desde o primeiro ano de curso”, explica.
Desenvolver, alfabetizar, construir. Cursar Pedagogia é estudar o que está na base e ajudar a edificar esse conhecimento na vida de alunos e alunas, respeitando suas particularidades e seus limites. Nessa graduação, você sairá apto/a para atuar em escolas de educação infantil e anos iniciais das redes públicas e privadas, creches, ONGs, movimentos sociais e diversas outras instituições e espaços educativos.
Além da docência, o/a pedagogo/a também pode construir carreira na área da pesquisa e de gestão, já que a graduação conta com noções nessas áreas – além de processos educativos e organização de sistemas em instituições de ensino.
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As graduações em História Licenciatura e História Bacharelado, Filosofia Licenciatura e Filosofia Bacharelado, e Teologia são áreas de estudo profundamente dedicadas ao ser: o cuidado com as pessoas, a espiritualidade, o que um dia a humanidade foi e o que ela ainda pode ser. Aqui, o/a estudante será estimulado a promover debates sobre questões relacionadas à educação, às desigualdades sociais, à preservação do patrimônio cultural, ao pensamento crítico e aos aspectos holísticos da vida, por exemplo.
O aprendizado será construído por meio de valores e princípios que prezam pela condição humana, sempre em defesa da liberdade, da inclusão, dos direitos e do respeito à vida em todos os sentidos.
Desde 2020, a Escola de Humanidades conta com o curso de Relações Internacionais (RI), graduação focada em formar profissionais capazes de entender, identificar e conduzir as transformações políticas, econômicas, culturais e sociais do mundo. A graduação é relativamente nova no Brasil e no Rio Grande do Sul, e nasce das demandas contemporâneas e de um mundo globalizado, é o que afirma João Jung, professor do curso de RI da PUCRS.
Ele explica que há a interdisciplinaridade intrínseca ao curso de Relações Internacionais, que combina com a mentalidade da PUCRS enquanto instituição, e o diálogo com os outros cursos e com outras Escolas da Universidade, como a Escola de Direito e a Escola de Negócios, por exemplo – o que garante essa dinâmica interdisciplinar na rotina dos/as alunos/as.
“Nós temos todas as ferramentas para que um curso de Relações Internacionais seja realizado na íntegra, na sua plenitude, porque a PUCRS tem essa dimensão do 360º, ou seja, é uma universidade que preza pela interdisciplinaridade”, pontua.
A descoberta de pesquisadores da PUCRS liderados pelo professor da Escola de Humanidades, Ir. Edison Huttner, foi capa da primeira edição de 2023 da revista científica Visioni LatinoAmericare com sua pesquisa acerca do Manuscrito jesuíta de 1730, descoberto em 2017, na cidade de Panambi, no Rio Grande do Sul. O docente apresentou, em um dos periódicos mais importantes da Europa, suas recentes descobertas no Manuscrito – descrevendo a presença de conteúdos interdisciplinares, em versão bilíngue espanhol e latim – escrito por jesuítas e indígenas Guarani em papel fabricado em Gênova, na Itália.
O Manuscrito foi identificado quando Liane Janke, de Panambi, entrou em contato com Ir. Edison, relatando a existência da obra por herança familiar. Desde então, o docente e outros pesquisadores da PUCRS vêm realizando estudos para analisar o conteúdo e a estrutura física do Manuscrito. De acordo com o professor, a riqueza da obra está em suas temáticas agora explicadas e catalogadas, relatando em várias mãos a identidade de mais de 140 mil pessoas que viveram entre os séculos de XVII-XVIII nas 30 Reduções jesuítas da Província do Paraguai, cujas ruínas se encontram ainda hoje na Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
“Os jesuítas e indígenas tinham em mãos um Manuscrito com conhecimentos de teologia, de cultura geral, das missões dos jesuítas na China e Japão, sobre os santos católicos, de astronomia e signos do zodíaco. Além disso, foram identificados importantes estudos de astronomia elaborados por Buenaventura Suárez, o primeiro astrônomo nascido na América”, destacou Ir. Edison.
Por meados de 1607, no início da implementação das 30 Reduções, os ensinamentos eram transmitidos na catequese e nas escolas, por livros vindos da Europa. Conforme explica o pesquisador, a criação artesanal de manuscritos foi uma alternativa no aspecto pedagógico, proporcionando aprendizagem e incentivando a prática da caligrafia, assim como possibilitou a produção de temas variados em um só livro, em formato conceitual de manuscrito.
Desta forma, o Manuscrito se destaca por sua perspectiva didático-pedagógica e de transmissão de conhecimentos, destinado para os mestres jesuítas que utilizavam o conteúdo para sua formação teológica, de magistério e de estudos como astronomia para a localização da redução. Os indígenas também eram leitores nas escolas das missões em sua formação de cultura geral. As pesquisas, realizadas pelo grupo da PUCRS composto por Ir. Edison, Eder Abreu Hüttner, Fernanda Lima Andrade e Rogerio Mongelos, revelaram que a astronomia e os 12 signos do zodíaco chegaram nas escolas das Reduções para fazer parte do conhecimento e do cotidiano já naquele período.
Em outras páginas analisadas, foram encontradas a descrição do Reino do Japão e da China, citações sobre o cientista italiano Matteo Ricci e o jesuíta irlandês Richards Archdekin. Constam também estudos do famoso matemático e astrólogo alemão Cristovão Clávio, responsável por reformar o calendário gregoriano, ainda usado atualmente no mundo todo. Em outras partes do Manuscrito, também é citado Clemente XII, que foi Papa de 12 de julho de 1730 até 1740, demonstrando o conhecimento global que aquela população tinha na época e contexto.
“Outro elemento importante do Manuscrito é a boa caligrafia. Os jesuítas ensinaram caligrafia para os indígenas das missões, tendo em mãos alguns livros trazidos da Espanha. Com isso, o Manuscrito é legível em todas as páginas, escrito por várias mãos, essa confecção artesanal é resultado da prática da boa caligrafia aprendida nas escolas das missões. Modificando algumas percepções, os indígenas escreviam bem e a escrita se tornou arte no período das Reduções jesuítas”, conta Ir. Edison.
O pesquisador da PUCRS contextualiza que Buenaventura Suárez é responsável pelo primeiro telescópio construído em solo americano com materiais locais e com auxílio de indígenas missioneiros. Com os estudos em astronomia, tornou-se possível ter conhecimento sobre cada localização das Reduções no mapa, bem como ter ciência da localização de outras cidades famosas no mundo. Graças a disseminação dos estudos do pioneiro Buenaventura Suárez, as 30 Reduções se situavam no tempo e espaço, além disso seus estudos foram referência para matemáticos e cartógrafos que projetaram os melhores mapas daquele período.
Na época de publicação do Manuscrito, Suárez era referência para matemáticos e cartógrafos que projetavam mapas precisos e confiáveis, assim como era o astrônomo de confiança para as 30 Reduções. Sua participação na obra corresponde a 128 páginas sobre astronomia nunca publicados antes, ou seja, uma prova verídica dos estudos de transferência de conhecimento de astronomia realizado por Buenaventura Suárez.
Com a análise dos pesquisadores da PUCRS, foi possível confirmar que as coordenadas presentes no Manuscrito foram utilizadas para o desenho dos primeiros mapas da região da época. Além disso, pela primeira vez na história, um manuscrito jesuíta apresenta símbolos da astrologia, como planetas e signos do horóscopo, graças aos estudos de Buenaventura Suárez, concluindo que indígenas e jesuítas das Reduções sabiam qual eram seus signos a partir de sua data de nascimento. Para Ir. Edison, estes conteúdos da Astronomia de Buenaventura Suárez alcançam uma nova visão de mundo daquele tempo, em plena ação e ideias de modernidade.
“Os estudos e a prática da astronomia presente no Manuscrito revelam a consciência de espacialidade missioneira presente nas Reduções. Foram revelados conhecimentos de arquitetura de construção de observatório astronômico, relógios solares, torres (campanários), assim como a construção de mapas cartográficos. Desta forma conseguimos concluir que indígenas e jesuítas se moviam pelas matas para estabelecer novas reduções unindo conhecimentos ancestrais com noções de astronomia”, explica o docente. Leia o artigo na íntegra
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Desde 1988, a Editora Universitária da PUCRS (ediPUCRS) apresenta publicações de excelência científica, cultural, social, literária ou didática em diferentes áreas do conhecimento. Dentre seus títulos estão 20 periódicos científicos, em mídia eletrônica, que seguem os princípios recomendados pela Committee on Publication Ethics (COPE) e são de livre acesso à sociedade através do Portal de Periódicos da PUCRS.
A ediPUCRS tem como objetivo publicar obras sobre temas contemporâneos e/ou resultantes de pesquisas acadêmicas, com caráter de divulgação científica, de todas as áreas do conhecimento. Como o livro “Comunicação, infância e imaginário”, da professora Juliana Tonin, apresentado durante a 68ª Feira do Livro de Porto Alegre. Os periódicos contam com o Digital Object Identifier (DOI), código identificador importante para maior inserção, disseminação e divulgação dos periódicos.
Conheça alguns dos periódicos nas áreas de Filosofia, História, Ciências Sociais, Serviços Sociais e Educação:
Caderno Marista de Educação: O Caderno Marista de Educação é um periódico científico da Gerência Educacional e está vinculado à Escola de Humanidades da PUCRS. Tem como principal foco promover a discussão de temáticas relacionadas à Educação Básica, a saber: formação de professores, currículo, aprendizagem, gestão escolar, tecnologias, inclusão, metodologias e políticas educacionais, bem como outras temáticas que envolvam a educação básica. Editor(a): Ederson Luiz Locatelli.
Civitas: revista de Ciências Sociais: é um periódico do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, editado sob a direção da Edipucrs. A Revista publica artigos inéditos em Ciências Sociais que contribuam para o aprimoramento teórico, metodológico e/ou empírico da área. Editor(a): André Ricardo Salata e Fernanda Bittencourt Ribeiro.
Conversas & Controvérsias: Conversas e Controvérsias é um periódico semestral do curso de graduação e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, editado sob a direção da Edipucrs. Voltada para a produção científica discente, a revista publica artigos inéditos em Ciências Sociais de autoria de graduandos que contribuam para o aprimoramento teórico, metodológico e/ou empírico da área. Editor(a): Augusto Neftali C. de Oliveira.
Educação: A Revista Educação veicula textos relativos à área da Educação, sendo publicados artigos originais, resenhas de artigos, relatos de casos e entrevistas nos idiomas português, espanhol e inglês, do Programa de Pós-Graduação em Educação. Editora: Andréia Mendes dos Santos.
Educação Por Escrito: A revista Educação por Escrito, criada em 2010, é a revista científica discente do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS. Nela constam artigos originais, resenhas de artigos, relatos de casos, relatos de experiências e entrevistas na área de Educação. Editor: Alexandre Anselmo Guilherme.
Estudos Ibero-Americanos: A revista Estudos Ibero-Americanos (EIA) publica textos relativos à área de História, mas a publicação também aceita contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas, como Filosofia, Ciências Sociais e História da Educação. Editores: Luciana Murari e Tatyana de Amaral Maia.
Intuitio: A Intuitio é uma revista científica discente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Escola de Humanidades da PUCRS. São publicados textos relativos à área de Filosofia, abordando como principais temáticas Ética e Filosofia Política, bem como Metafísica e Epistemologia. Editor: Fabio Caprio Leite de Castro.
Oficina do Historiador: A Oficina do Historiador, instituída em 2009, é a revista discente do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades da PUCRS. São publicados textos originais relativos à área de História, estando aberta também para contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas, produzidos por pesquisadoras/es graduadas/os e pós-graduadas/os, na forma de artigos, resenhas de livros e entrevistas. Editora: Marlise Regina Meyrer.
Revista FAMECOS: A Revista Famecos: Mídia, Cultura e Tecnologia, criada em 1994, é a revista científica oficial do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Escola de Comunicação, Arte e Design da PUCRS. Publica textos relativos à área de Comunicação Social, nos temas do Jornalismo, Cinema, Imaginário, Cibercultura, Audiovisual, Mídia e Cultura, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Comunicação Social, Comunicação Empresarial e Design. EditorA: Beatriz Corrêa Pires Dornelles.
Teocomunicação: A Teocomunicação, instituída em 1970, é a revista científica do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Escola de Humanidades da PUCRS. A revista apresenta textos relativos à área de Teologia e outras produções científicas relevantes para essa área do conhecimento, sendo publicados artigos originais, resenhas e recensões de livros. Editor(a): Tiago de Fraga Gomes.
Textos & Contextos (Porto Alegre): A Textos & Contextos, instituída em 2002, é uma revista científica do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Escola de Humanidades da PUCRS. Suas publicações contêm textos relativos à área de Serviço Social, mas também está aberta para contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas e Sociais, sendo publicados artigos originais e relatos de casos. Editora: Jane Cruz Prates.
Veritas (Porto Alegre): A Veritas, criada em 1955, é o periódico científico oficial do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Escola de Humanidades da PUCRS. O escopo do periódico consiste em publicar artigos científicos relativos à área de Filosofia, segundo a temática do respectivo número, e conteúdos interdisciplinares, recebendo artigos originais, resenhas, traduções e entrevistas. Editor(a): Nythamar Fernandes de Oliveira.
Em Cerro Largo, pequena cidade localizada há cerca de 400 km de Porto Alegre, o Museu 25 de Julho exibia uma múmia egípcia. De acordo com a instituição, ela foi doada por Marcelino Kuntz, que a recebeu como presente na década de 1950. Embora estivesse há mais de meio século na cidade, sua autenticidade ainda não havia sido confirmada, até que, em 2017, pesquisadores da PUCRS a trouxeram à capital gaúcha, onde sua identidade foi confirmada.
No último ano, análises bioarqueológicas realizadas pelos pesquisadores Edison Hüttner, da Escola de Humanidades, Eder Hüttner e Bruno Candeias identificaram células intactas na múmia, batizada como Iret-Neferet. Por essa descoberta, receberam, neste mês, o prêmio Descobertas do Ano da revista Aventuras na História.
“Essa descoberta se torna importante por três motivos: em primeiro lugar, por ser inédito encontrar uma múmia egípcia em uma cidade do interior do Rio Grande do Sul e, além disso, por ela ter suas células extremamente preservadas e, por fim, pela característica interdisciplinar da pesquisa, cada vez mais relevante no âmbito acadêmico”, explica o professor Luciano Aronne de Abreu, coordenador do Grupo de Identidades Afro-Egípcias.
Para descobrir a idade da múmia, os pesquisadores utilizaram um dos principais métodos de datação de fósseis, o radiocarbono C-14, que leva em consideração o decaimento radioativo do carbono 14, presente nos seres vivos, ao longo do tempo. Assim, conseguiram estimar que Iret-Neferet viveu por volta de 768 e 476 a.C., ou seja, entre o final do Terceiro Período Intermediário (1070-712 a.C.) e o início do Período Tardio (712-332 a.C.).
Também foi encontrado um olho esquerdo artificial, inserido durante o processo de mumificação. Esse elemento é um dos principais amuletos egípcios. Sua origem remonta à mitologia egípcia, a qual conta que o deus Hórus teve seu olho esquerdo arrancado por seu irmão Seth durante uma luta. Foi essa característica que deu origem ao nome da múmia, Iret-Neferet, que significa a mulher de olho bonito. Os pesquisadores contam que por não haver escrita nas faixas que a envolviam e apenas sua cabeça ser conhecida, seria difícil descobrir o verdadeiro nome da egípcia.
Recentemente, em outubro de 2020, os pesquisadores divulgaram no Congresso da Associação Europeia de Osteointegração, em Berlim, na Alemanha, a descoberta de células intactas no corpo da múmia. O processo de mumificação – seja o natural ou o induzido – consiste na preservação dos tecidos, causada pela desidratação do corpo antes que as bactérias responsáveis pela decomposição possam atuar, no entanto, a precisão da preservação celular surpreendeu.
Essa análise, realizada no Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital São Lucas da PUCRS, utilizou parte dos ossos cranianos conhecidos como mandíbula e masseter. Neles, foi possível identificar hemácias dentro dos vasos sanguíneos. A existência de células preservadas possibilita que sejam realizadas novas análises, como as de DNA, as quais auxiliariam a identificar características físicas, possíveis doenças e o parentesco de Iret-Neferet.
Em comemoração aos 18 anos da primeira revista impressa da Aventuras da História, na época da Editora Abril, foi lançado, em julho de 2021, o prêmio Descobertas do Ano. O seu objetivo é dar visibilidade a historiadores, pesquisadores, jornalistas e jovens influenciadores que usam o seu espaço na internet para educar, informar e alertar as próximas gerações. Além disso, possibilita que esses profissionais, impactados pela pandemia, sejam valorizados.
Os pesquisadores ganharam a categoria Descoberta do Ano, pela descoberta das células intactas de Iret-Neferet.
O Grupo de Identidades Afro-Egípcias, responsável pela pesquisa, realiza estudos interdisciplinares sobre essas sociedades. Composto por uma equipe renomada de pesquisa, de diferentes universidades, teve como últimas descobertas uma deusa Nimba da etnia Baga/Nalu feita por descendentes africanos, no município de Santo Ângelo (RS) e a cabeça da múmia Iret-Neferet.
As reduções jesuíticas são ponto turístico no Rio Grande do Sul. A mais conhecida delas é a Redução de São Miguel de Arcanjo, cujas ruínas são patrimônio mundial pela Unesco. Foi justamente ela que foi expandida, devido a um aumento populacional, criando a Redução de São João Batista, fundada em 1697 pelo jesuíta Antônio Sepp e que originou, posteriormente, o município de Cruz Alta, a terra do escritor Érico Veríssimo — localizada há 364km de Porto Alegre.
Nessa cidade, o Irmão Edison Hüttner, professor da Escola de Humanidades da PUCRS, visitou uma família que possuía uma escultura de São João Batista e que desejava descobrir o valor histórico da peça. O professor realizou estudos que constataram que a obra é do período missioneiro, com mais de 300 anos.
A escultura foi produzida em madeira e pertence ao primeiro período da arte missioneira, realizada no século XVII e esculpida em troncos por indígenas da etnia Guarani. Há marcas de queimado desde a base da estátua até os pés, embora sua estrutura não tenha sido danificada, o escurecimento da madeira em razão da combustão é visível. Levando isso em consideração, foram levantadas algumas hipóteses sobre a origem da obra de arte e como ela recebeu tais marcas:
Essa é a primeira escultura de São João Batista Missioneiro adulto encontrada no Rio Grande do Sul, sendo considerada um importante achado à história do estado. Ela será exposta na Catedral do Divino Espírito Santo, em Cruz Alta, até o dia 24 de agosto e depois retornará à família guardiã.
Primeira fase (Santa María del Iguazú, 1625): são esculturas com corpos rígidos, que possuem os pés e as mãos encaixados, podendo ser retirados e recolocados no corpo. Por essa possibilidade de montagem, eram facilmente transportadas. Eram esculpidas em árvores com formato cilíndrico. “É essa fase que pertence a escultura de São João Missioneiro de Cruz Alta, trata-se de um padrão de esculturas horcones (troncos) e, por ter essas características, é considerada como sendo uma arte sacra barroca hispano guarani-jesuíta do século XVII”, explica o Irmão Hüttner.
Segunda fase (1670-1695): as esculturas deixam de ser montadas e passam a se assemelhar ao barroco europeu. Suas vestes eram completas e vazadas.
Terceira fase (Santa Maria de Fe, 1685-1690): as vestes das figuras representadas são mantos com pregas aplainadas.
Quarta fase (Período Rio-Grandense, 1696-1785): também conhecido como período da Reforma de José Brasanelli, revela um estilo livre e gestual, com figuras exuberantes, cobertas com panos agitados pelo vento, com expressividade do barroco europeu berniniano e outros estilos. Entre 1730 e 1768, ocorre uma difusão dos modelos de Brasanelli e é criado um estilo missioneiro próprio.
Conferir as notícias antes de começar um dia cheio de tarefas ou acompanhar os Trend Topics nos intervalos do dia a dia. Independentemente dos meios que cada pessoa prefere utilizar para consumir conteúdos e ficar por dentro das últimas novidades, o acesso à informação só é possível graças a profissionais que mediam, apuram e interpretam os fatos de interesse público. Por isso a importância da História, da mídia, da Literatura e de outras áreas responsáveis por registrar e comunicar tudo o que acontece.
Para Fábian Chelkanoff, coordenador do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos), a comunicação traz cada vez mais possibilidades:
“Falar sobre Jornalismo e Comunicação é falar sobre o dia a dia, sobre a nossa a vida de uma forma geral. É a área que traz contexto, narra histórias, apresenta o mundo e conta tudo o que está acontecendo. É por ela que a gente fica sabendo dos temas mais e menos importantes. Seja em texto, vídeo, áudio, digitalmente, impresso, na televisão”.
Fábian também destaca que na PUCRS são oferecidos cursos de alta qualidade, que tratam de inovação, empreendedorismo e tecnologias, com docentes extremamente qualificados/as, capazes de formar os/as melhores profissionais.
Cursos de graduação como Jornalismo, Publicidade e Propaganda, História e Escrita Criativa estão com processo de ingresso aberto por meio de Vestibular Complementar (com prova de redação online, aproveitamento da nota do Enem, ou a modalidade que tiver o melhor desempenho); Transferência, para estudantes de outras instituições; e Ingresso de Diplomado, para quem já se formou em outro curso de graduação.
A famosa frase do filósofo Edmund Burke “um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la” volta a ganhar destaque de tempos em tempos. E Luis Martins, coordenador do Departamento de História da Escola de Humanidades, concorda que o manancial de experiências humanas pode trazer importantes referências para as decisões da sociedade hoje em dia.
Porém, ele ressalta que apesar de a afirmação ser instigadora, também é necessário levar em consideração os aspectos do contexto do momento histórico observado. “Todas as experiências passadas são ‘datadas’, ocorreram em contextos muito específicos e têm particularidades. Vivemos um momento de radicalismo ideológico e instabilidades, que se assemelham com o nosso passado recente. Fazer comparações e traçar paralelos talvez nos ajude a compreender o momento atual, mas não podemos imaginar que são situações iguais ou que terão os mesmos resultados. Interpretar o presente pelo passado é possível e necessário”, pontua.
Um dos pontos mais importes para o convívio social é que o estudo do passado mostra o quanto as experiências humanas são extremamente diversificadas, assim como a forma de contar narrativas diferentes por meio da Literatura e da arte em todas as épocas. Segundo o professor:
“Dificilmente nos organizamos em sociedade a partir de leis ou da determinação de uma ‘natureza humana universal’. Assim, o que o estudo da História pode nos oferecer é, acima de tudo, uma visão da pluralidade humana, de tolerância e de aceitação da diversidade”.
Para quem sonha em ingressar na área, Luis Martins descreve que, acima de tudo, a curiosidade é um aspecto crucial dos/as historiadores/as: são pessoas com sede de conhecimento e não têm medo de lidar com o desconhecido. Deve ser uma pessoa inquieta pela busca do saber e nunca se satisfazer com respostas fáceis.
A comunicação, a escrita e os registros ganharam novos formatos e possibilidades com o avanço da tecnologia, principalmente com o acesso à internet. Conheça algumas das novidades:
Se você também quer fazer parte das inovações que irão criar as novas formas de contar e registrar as narrativas que são importantes para a sociedade, faça a sua graduação na PUCRS ainda em 2021 por meio do Vestibular Complementar, Transferência e Ingresso de Diplomado.
Inscrições abertas para estudar na PUCRS em 2021
Mais de 150 povos indígenas já foram infectados pela Covid-19, com 55.667 casos confirmados até a data de hoje, 18 de junho, de acordo com dados da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). No entanto, essa não é a única realidade que preocupa essas populações: disputas pelas terras, violência e dificuldades econômicas estão entre os problemas enfrentados pelos indígenas na atualidade.
A partir das realidades vivenciadas por esses povos, estudantes e professores da Escola de Humanidades da PUCRS desenvolveram ações que têm os povos indígenas como protagonistas. Confira duas delas:
Por meio de um projeto de extensão, o Núcleo de Estudos em Cultura Afro-brasileira e Indígena (Neabi) da PUCRS, ligado ao programa de Pós-Graduação em História, desenvolveu a iniciativa Tecnologia UV-C no auxílio ao combate à pandemia de Covid-19 em aldeias indígenas. Essa ação visa capacitar agentes de saúde que atuam em comunidades das etnias Potiguara, Gavião, Tabajara e Tubiba Tapuya, no Ceará, a utilizarem um equipamento de luz ultravioleta, denominado UV-C INFO, na esterilização de ambientes.
Essa tecnologia é produzida pela Hüttech, empresa que integra o ecossistema do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e que realizou doações do equipamento para que pudesse ser utilizado nas comunidades. Sua ação consiste na quebra das ligações de DNA e RNA de fungos, vírus e bactérias pela radiação ultravioleta, esterilizando o ambiente. Dessa forma, o ar e as superfícies que contém uma boa iluminação para a ação do UV-C INFO ficam livres desses microrganismos que podem ser nocivos ao ser humano.
O professor Edison Hüttner, um dos responsáveis pelo projeto, explica que essa iniciativa é importante pois os povos indígenas estão suscetíveis a diferentes enfermidades. “Não apenas o coronavírus acomete essas populações, mas bactérias e fungos, também. Por isso, disponibilizamos essa tecnologia aos agentes de saúde, para que as comunidades indígenas pudessem lutar contra a Covid-19, atuando na prevenção de forma mais efetiva”.
Reunindo representantes de oito etnias indígenas (Kaigang, Xokleng-Konglui, Kaiapó, Boe Bororo e Terena, Suiá, Yawalapiti e Puyanawa) de quatro estados diferentes (Acre, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Pará), o Centro de Análises Econômicas e Sociais da PUCRS (Caes) em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS e o Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA), realizou o evento Povos Indígenas por eles Próprios no dia 17 de junho. A mediação do foi realizada pelo professor Hermílio dos Santos.
Na ocasião, o cacique Moritororeu Boe Bororo, do Mato Grosso, iniciou sua apresentação realizando uma saudação em sua língua nativa e relembrando o multiculturalismo dos povos indígenas brasileiros. Essa população não é homogênea e isso ficou nítido no evento, visto que cada etnia participante possuía uma língua própria pertencente a diferentes troncos linguísticos, como Pano, Aruak, Bororo e Jê. A resistência cultural desses povos também foi um dos assuntos abordados no encontro.
Além disso, foi discutida a disputa pela terra, uma das principais lutas desses povos na atualidade. A ideia do encontro era observar a perspectiva indígena sobre esses temas, por isso, representantes de alguns dos povos do território indígena do Xingu puderam abordar a questão da extração ilegal de madeira na região, apresentando, além de dados, suas vivências e explicando a importância da relação dos indígenas com a terra em que habitam. Um relatório da ONU de 2018 já demonstrava que as regiões habitadas pelos nativos preservam mais o meio ambiente.
Por fim, foram abordadas características culturais específicas das etnias participantes do evento e suas perspectivas futuras em relação a seus povos.
Em breve, esse e outros encontros que discutiram questões indígenas com a presença desses povos, receberão legendas em língua inglesa e serão divulgados para acesso de todos os interessados.
Sem pesquisa não há como produzir conhecimento e realizar trabalhos de qualidade. Mas talvez o principal senso comum quando se pensa em ciência ou tecnologia é associar esses temas às áreas de exatas, como matemática e física, por exemplo. Porém, quando se trata de estudos mais subjetivos e igualmente complexos que impactam a vida em sociedade, profissionais de diferentes áreas das Humanidades entram em cena.
Durante a pandemia do coronavírus pesquisadores e pesquisadoras da Escola de Humanidades da PUCRS têm atuado em iniciativas para ajudar a comunidade. Para quem compartilha do mesmo propósito e quer aprofundar o conhecimento sobre as diferentes dimensões da humanidade, diferentes PPGs incentivam estudantes a examinar os mais diversos aspectos da realidade contemporânea, como: crise, democracia, tolerância e intolerância a populações minorizadas, novas relações de trabalho, empreendedorismo e desenvolvimento sustentável, entre outros.
Os cursos de mestrado e doutorado estão com inscrições abertas até o dia 18 de junho. Os Programas de Pós-Graduação (PPGs) com vagas disponíveis são Filosofia, História, Letras e Teologia.
“Desde pequeno eu queria estudar línguas. Conhecer novos idiomas e culturas sempre foi uma atividade prazerosa para mim. Quando ingressei no curso, um dos aspectos que mais me chamou a atenção foi a variedade das áreas de estudo”, conta Anderson Smidarle, doutorando em Linguística, no PPG em Letras, pela PUCRS.
Para Smidarle um dos principais aprendizados do mestrado e do doutorado foi o de como identificar e abordar as lacunas observadas na ciência. “Durante a minha formação, aprendi a analisar criticamente os motivos que levaram a tais lacunas e a propor soluções fundamentadas em evidências empíricas e científicas, além de conduzir estudos interdisciplinares e conciliar diferentes teorias”.
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Ingressar no ensino superior é uma das primeiras etapas na construção de uma carreira com direcionamento e propósito. Para se planejar financeiramente antes de começar esta jornada é importante avaliar todas as possibilidades disponíveis. Como forma de tornar esse sonho mais acessível para muitos alunos e alunas, a PUCRS oferece diferentes opções de bolsas e créditos educativos. O principal deles, o Proed, permite pagar metade do valor do curso durante a formação e o restante após, pelo mesmo tempo da duração regular da graduação.
Conheça as histórias de Elisa Ribeiro, que se formou em História (licenciatura) em 2020 e atualmente é mestranda na mesma área pela PUCRS; e Aline Sartori, estudante do 11º semestre de Medicina. Ambas foram contempladas pelo Proed e contam como funciona o processo de inscrição e seleção para quem tem interesse no benefício. Confira o edital do Proed para o próximo semestre e como ingressar na PUCRS pelo Vestibular, que o último dia para se inscrever é 31 de outubro, ou solicite Transferência e Ingresso de Diplomado.
Elisa e Aline relembram que ficaram sabendo das diferentes opções de incentivo financeiro oferecidos pela PUCRS no momento da matrícula, após verem que haviam sido aprovadas no Vestibular. O guia para entender qual crédito educativo se encaixa melhor para cada estudante está disponível no site do Estude da PUCRS, mas é possível pedir ajuda à Universidade em qualquer momento.
Foi o caso de Elisa, que contatou a Central de Atendimento ao Aluno (CRA) para solicitar mais informações. “Mesmo a dias do prazo de inscrição, a equipe se disponibilizou a me auxiliar em todo o processo, até para procurar os documentos necessários quando eu não sabia onde buscá-los”, comenta.
Para Aline, o fator decisivo no momento de escolher o Proed foi saber que após a formatura ela poderá terminar de pagar o valor com mais flexibilidade, em mais cinco anos, no caso de Medicina. “Como provavelmente já estarei trabalhando, com a experiência adquirida durante os estágios obrigatórios, terei condições de saldar o financiamento”, avalia.
Elisa também se atraiu pela possibilidade de diluir o valor da graduação em mais tempo: “Assim a mensalidade ficou compatível com meu salário do estágio e isso me deu a oportunidade de entrar na minha primeira opção de universidade, o que na verdade foi o maior benefício.
Ela destaca que esse foi um primeiro passo, que mesmo simples à primeira vista, refletiu em toda a sua trajetória acadêmica: “Sem o programa e o apoio da equipe financeira durante o processo, nada disso seria possível e talvez eu não estivesse na pós-graduação hoje”.
As alunas destacam que as orientações do setor financeiro da Universidade foram importantes para manter a organização e listam os dois principais pontos:
Essas e outras informações podem ser consultadas no edital e também com a CRA.
Conquistar o diploma abre muitas portas e aproxima estudantes de seus sonhos profissionais e pessoais. Segundo Elisa, “minha maior expectativa era entrar em sala de aula, principalmente após realizar as disciplinas de estágio, lecionar e auxiliar no processo de aprendizagem de alunos e alunas, tornando o estudo da História o mais divertido e dinâmico possível”. Hoje, as novas metas da professora são, em suas palavras, realizar uma boa pesquisa no mestrado e orgulhar a sua orientadora.
Já Aline está aproveitando a fase final da sua formação para aprender ao máximo e realizar um bom trabalho voltado para a carreira de médica. Seu objetivo após concluir a graduação é ingressar na residência e se especializar na área clínica.
Para garantir que os estudos sejam sua única preocupação, além do Proed, a PUCRS oferece diversas opções de créditos educativos e bolsas em todas as áreas do conhecimento. Saiba mais no guia de informações financeiras, de acordo com o seu perfil.
Entre as outras opções está o Crédito Estudantil Uni, que financia até 100% do valor do curso e é voltado especialmente aos/às estudantes de Psicologia, Odontologia e Medicina.
INSCREVA-SE PARA o Vestibular E INGRESSE NA PUCRS 2023
Com o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020, diversas ações de combate à Covid-19 foram desenvolvidas pelas Escolas da PUCRS. Preocupados com a saúde física, mental e emocional da população, estudantes e professores atuaram tanto na linha de frente do tratamento da doença como nos bastidores – fomentando a geração de conhecimento, se opondo à desinformação e buscando formas de se fazer presente nesse momento tão difícil para todos.
O vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, ressalta que, desde o começo do período pandêmico, a Universidade deu respostas aos problemas causados pela Covid-19, seja por meio de pesquisa aplicada, adaptações no modelo de ensino, participação nos testes da vacina Coronavac no Hospital São Lucas ou pela criação de projetos inéditos nas Escolas.
Sobre a relevância de a Universidade se relacionar com a cidade e comunidade em que está inserida, Ir. Manuir destaca que a PUCRS tem um importante compromisso com toda a sociedade. “Tudo aquilo que se ensina, que se pesquisa e que se inova, deve ir ao encontro da sociedade. Se por um lado temos diversos projetos que trazem as pessoas à Universidade, como a Clínica da Odonto, o Centro Vila Fátima e o InsCer, também levamos a PUCRS para a comunidade por meio da participação em comitês estratégicos do Poder Público e participação no processo de vacinação da população. Essa relação não é apenas importante, ela é essencial para manter viva a missão para qual a Universidade é chamada a exercer nos tempos atuais”, complementa.
Abaixo, você confere algumas ações lideradas pelas Escolas de Comunicação, Artes e Design – Famecos, de Humanidades, de Ciências da Saúde e da Vida e de Direito. Na próxima semana, traremos as iniciativas das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica. Nessa série, já foram abordadas também as iniciativas dos laboratórios do Tecnopuc.
O compromisso do curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos é levar informação sobre a Covid-19 à comunidade. É por isso que os estudantes do Editorial J, laboratório convergente do curso, criaram uma newsletter semanal, enviada todas as sextas-feiras por Whatsapp (para se inscrever e receber as atualizações, basta entrar no grupo), com as principais notícias da semana relacionadas ao coronavírus. Nesse ano, o principal enfoque da news são as atualizações em relação à vacinação. Além disso, os estudantes desenvolvem uma thread semanal no Twitter do J para compartilhar relatos de profissionais que estão atuando na linha de frente.
Já no curso de Design os estudantes desenvolveram dois protótipos, sob orientação de seus professores, para auxiliar no cotidiano da população. O primeiro deles foi o projeto Mask Case, vencedor do Prêmio Bonancini de Design. Essa criação surgiu da identificação da dificuldade de armazenamento das máscaras de proteção individual no dia a dia, em atividades como comer em um restaurante, por exemplo.
O resultado foi um compartimento de máscaras que permite guardá-las sem que elas sejam contaminadas. O Mask Case está em código aberto, ou seja, sem propriedade intelectual, permitindo que qualquer um possa produzi-lo, sendo necessária apenas uma impressora 3D para realizar sua confecção. Além disso, em parceria com o Tecnopuc, os estudantes desenvolveram um dispenser de álcool gel e medidor de temperatura.
Durante o isolamento, o entretenimento ganhou um papel importante na vida de todos. Nesse sentido, o curso de Produção Audiovisual conseguiu, apesar das restrições, entregar oito filmes à comunidade em 2020. Nesse semestre, mais oito devem ser produzidos sendo que, destes, já foram iniciadas as gravações de dois. As produções são realizadas no TECNA.
O curso de Relações Públicas, por sua vez, abordou com frequência o tema comunicação na pandemia: foram realizadas lives sobre o assunto por meio da plataforma Zoom, contando com convidados e audiência de todo o Brasil. Além disso, em janeiro de 2021 houve uma oficina de verão sobre Atendimento ao Cliente: crise e gestão em tempos de pandemia. Ainda em 2020/2, os estudantes do 8º semestre do curso criaram projetos voltados para organizações e empresas, orientando sobre posicionamentos de comunicação e relacionamento com seus públicos neste período de pandemia.
Os estudantes de Publicidade e Propaganda que fazem parte do Laboratório de Pesquisa coordenado pelos professores Claudia Trindade e Ilton Teitelbaum, puderam participar de uma pesquisa qualitativa sobre as questões de mobilidade ligadas ao presente a ao futuro da Pandemia da Covid-19, desenvolvida para o Projeto Vida Urgente, da Fundação Thiago de Moraes Gonzaga. Já nas disciplinas do curso, em Planejamento de Mídia foi realizada, em parceria com a agência Moove, uma campanha de valorização dos médicos e profissionais da saúde em meio à pandemia a ser utilizada pelo Cremers.
O Ir. Édison Hüttner, professor do curso de História da Escola de Humanidades da PUCRS, organizou um grupo de voluntariado para auxiliar aldeias indígenas do Ceará. Participam da ação docentes e discentes do programa de Pós-Graduação em História. Por meio do projeto, foram ajudadas comunidades das etnias potiguara, gavião, tabajara e tubiba tapuya. A ação visa orientar a utilização de um equipamento de luz ultravioleta (UV-C INFO) pelos profissionais de saúde indígena para a esterilização de superfícies. O aparelho foi desenvolvido pela Hüttech, empresa de tecnologia de combate a pandemia de Covid-19, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), e será doado ao órgão responsável. A ação pretende:
Estudantes dos cursos de Enfermagem e de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida fazem parte da equipe que atua na linha de frente no combate ao coronavírus. São eles que estão realizando a vacinação dos grupos prioritários e em uma das primeiras semanas de vacinação chegaram a imunizar mais de mil pessoas. Além disso, eles atuam nos cuidados hospitalares dos pacientes internados por Covid-19 no Hospital São Lucas da PUCRS.
Já o curso de Psicologia da Escola, por meio do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), criou um programa de acolhimento na pandemia, disponibilizando atendimento online e gratuito. Coordenado pelas professoras Renata Dipp e Fernanda Moraes, o SAPP realiza em média cerca de 15 mil atendimentos presenciais por ano, no entanto, devido à situação de crise sanitária, em 2020 o serviço teve uma pausa para adaptações entre os meses de março a agosto, retornando com capacidade de 25% em função dos protocolos sanitários.
Em setembro, após liberação do Conselho Federal de Psicologia, os atendimentos realizados pelos estagiários puderam ser adaptados à modalidade online e em março foi iniciado o programa de acolhimento. As inscrições para a primeira edição iniciaram no dia 19/3 e foram encerradas em 72 horas, após o alcance de 500 inscritos que esgotaram a capacidade de atendimento dessa edição.
Por fim, diversas cartilhas de conscientização sobre os mais variados temas foram desenvolvidas pela Escola: o SAPP produziu orientações sobre saúde mental e a vida a dois na pandemia, saúde mental na pandemia e violência doméstica (visando orientar profissionais a identificarem sinais de abuso sexual em crianças e adolescentes), além de sugerir cuidados para a comunidade acadêmica.
Há, ainda, a força-tarefa PsiCOVIDa, que surgiu com a missão de contribuir para o bem-estar das pessoas com conhecimento científico durante a pandemia. O grupo publicou mais uma série de cartilhas de assuntos como enfrentamento do estresse durante a pandemia, atividades físicas para realizar durante a pandemia e combate à Covid-19 para idosos.
Todas as cartilhas podem ser conferidas na página sobre o coronavírus no portal da PUCRS e na página do SAPP.
O curso de Fisioterapia, em parceria com o Serviço de Fisioterapia do Hospital São Lucas, está auxiliando na recuperação de pacientes internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com sequelas da Covid-19. Para isso, estão utilizando tecnologias como realidade virtual, ou Virtual Reality (VR), além de eletroestimulação muscular e treinamento muscular ventilatório. Dessa forma, é possível realizar a retomada da força física, do controle e da coordenação motora além de aspectos lúdicos.
O programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais realizou uma série de conteúdos em vídeo para fornecer orientações sobre o Direito e a pandemia. As produções estão disponíveis para acesso e alguns temas abordados foram:
Além disso, a Escola de Direito realizou a publicação de alguns livros como o Ciências Criminais e Covid-19, do professor Nereu Giacomolli e o Direito de Família no Pós-Pandemia: repercussões jurídicas no “novo normal”, desenvolvido pelo grupo de estudos Temas Atuais de Direito das Família, coordenado pelo professor Daniel Ustarroz. Para o lançamento do último, foi realizado um congresso virtual, composto por uma série de palestras, as quais ficaram salva para acesso posterior no canal do professor Daniel no YouTube.
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