Os dois Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) sediados na PUCRS participaram do 3º Seminário de Avaliação dos INCTs entre os dias 19 e 20 de novembro, em Brasília. Na Universidade, o INCT Forense e o INCT Tuberculose desenvolvem pesquisa de vanguarda, formação de recursos humanos e transferência de conhecimentos para o setor público e para a sociedade.
O evento em Brasília reuniu os 102 institutos aprovados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os institutos encontram-se distribuídos em 8 áreas do conhecimento: Ciência Agrárias e Agronegócio, Ecologia e Meio Ambiente, Energia, Ciências Exatas e Ciências Naturais, Humanas e Sociais Aplicadas, Nanotecnologia, Saúde, Engenharia e Tecnologia da Informação. O seminário tem o objetivo de avaliar a execução dos projetos e de seus resultados, permitindo conhecer e divulgar os conhecimentos, as tecnologias e as inovações de cada área.
INCT Forense
Sob coordenação do professor Roberto Esser dos Reis, o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia em Ciências Forenses trabalha aspectos técnicos da Justiça e da Segurança Pública relacionados à produção, análise e interpretação de provas materiais. O instituto, localizado no Laboratório Genética Humana e Molecular Genética Forense, no Prédio 12C, une o trabalho de 21 instituições, entre elas a Polícia Federal e instituições do Estado e de fora. Com o objetivo de detectar problemas nacionais e solucioná-los, estão incluídas as áreas de Genética, Química e Toxicologia, Perícia Ambiental, Informática, Ciências Criminais e Segurança Pública.
INCT Tuberculose
No INCT em Tuberculose, coordenado pelo professor Luiz Augusto Basso, a proposta é contribuir para o controle e tratamento da tuberculose. Dessa forma, o instituto desenvolve pesquisas na área de fármacos e vacinas no Brasil, bem como trabalha para validar diagnóstico rápido e confiável para a detecção de Mycobacterium tuberculosis sensível e resistente a fármacos. Localizado no prédio 92, no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), ele é formado por cerca de 40 pesquisadores de 22 centros de pesquisa, distribuídos em nove estados brasileiros.
Para a diretora de pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) Fernanda Morrone os dois INCTs, em Tuberculose e em Ciências Forenses, refletem a excelência da pesquisa desenvolvida na PUCRS e são de extrema importância para a consolidação das áreas envolvidas e para o desenvolvimento da sociedade.
Recentemente a PUCRS figurou na mais nova edição do Times Higher Education (THE) Emerging Economies University Rankings 2019 como a melhor instituição privada do sul do Brasil e a segunda melhor universidade privada do Brasil entre os países emergentes. Dentre os quesitos em que se destacou estão Citações (citations), ocupando o primeiro lugar entre as instituições de ensino superior privadas brasileiras. Isso demonstra a influência da pesquisa de qualidade realizada na Universidade e o seu papel em disseminar novos conhecimentos e ideias.
“A PUCRS teve um crescimento muito significativo referente às citações. É um importante reconhecimento, pois através deste indicador são identificadas as pesquisas que se destacaram e que foram compartilhadas, demonstrando a contribuição da PUCRS, através de seus pesquisadores, para a disseminação de novos conhecimentos nas diversas áreas”, aponta a diretora de pesquisa, Fernanda Morrone.
Foram mais de 65 milhões de citações examinadas pelo ranking para 14 milhões de artigos de diferentes publicações no período de cinco anos. As citações demonstram o quanto cada universidade contribuiu para a soma do conhecimento humano, informando as pesquisas que se destacaram, que foram utilizadas por outros estudiosos e compartilhadas pela comunidade acadêmica mundial.
Transferência de Conhecimento
Outro ponto em que a PUCRS obteve destaque é referente à Transferência de Conhecimento (industry income), ocupando a segunda posição entre instituições privadas e federais do Brasil. A categoria se baseia na capacidade das universidades em ajudar a indústria com inovações, invenções e consultoria. O ranking observa o incentivo que as instituições recebem de indústrias para realizar suas pesquisas e a capacidade de atrair financiamento no mercado comercial.
“Esta posição é de extrema relevância, pois mostra o resultado de mais de duas décadas de trabalho contínuo da PUCRS em estabelecer um ecossistema de inovação de classe mundial na Universidade. Diversas ações contribuem para este resultado que muito nos orgulha, fruto da cooperação com diversas empresas e entidades empresarias, muitas delas localizadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc)”, avalia o superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy .
Audy destaca o Parque como a ação mais visível junto à sociedade e o trabalho desenvolvido durante mais de uma década na área de transferência de tecnologia, além do Tecnopuc Startups, laboratórios de apoio, como Fablab, Usalab e Crialab, bem como áreas de cooperação estratégicas na dimensão acadêmica. “Também são muito importantes as ações e projetos que a Universidade é parceira junto ao poder público e as entidades empresariais, como a Aliança e o Pacto da Inovação de Porto Alegre mais recentemente. Devemos reconhecer de forma especial a competência dos nossos pesquisadores e técnicos-administrativos, que geram as pesquisas e o conhecimento que é transferido para a sociedade por meio dos projetos de PD&I e startups geradas no nosso ecossistema de inovação”, finaliza.
No ranking, 442 universidades de 43 países figuram na lista. O Brasil é o país latino-americano mais representado – e o terceiro mais representado na tabela – com 36 instituições.
Estão abertas até 31 de julho as inscrições de trabalhos para o Prêmio Jovem Cientista 2018, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Em sua 29ª edição, a premiação tem como tema Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social, e apresenta três categorias: Mestre e doutor, estudante do Ensino Superior e estudante do Ensino Médio. O Prêmio será entregue até dezembro de 2018, em cerimônia no Palácio do Planalto. Os três melhores de cada categoria serão agraciados com bolsas integrais de estudo do CNPq, no valor total correspondente a R$ 775 mil. Mais informações sobre o regulamento para envio de trabalhos e o Prêmio Jovem Cientista 2018 podem ser obtidas neste link.
A diretora de Pesquisa da PUCRS, Fernanda Morrone, ressalta a importância do estímulo à pesquisa no Brasil, principalmente na graduação. “O ano de 2018 tem trazido muitos desafios, o que chama a atenção para a urgência de pesquisas de impacto para a sociedade. Os jovens empenhados em atividades do tipo adquirem conhecimentos e habilidades relacionadas ao desenvolvimento tecnológico e de processos de inovação, que poderão ser revertidos para a solução de problemas”, afirma. O Prêmio Jovem Cientista, para ela, também é uma oportunidade para revelar novos talentos.
No Brasil, a pesquisa é desenvolvida predominantemente nos programas de mestrado e doutorado das instituições de ensino superior. É o que afirma o diretor de Pós-Graduação da PUCRS, Christian Kristensen. “Sem investimento em ciências, tecnologia e inovação, não é possível assegurar desenvolvimento social ou econômico em nosso país em médio e logo prazo”, defende. Ele garante que, para os discentes e egressos dos programas de Pós da Universidade, as vantagens em se inscrever em prêmios do tipo estão centradas em ao menos quatro aspectos: divulgação da pesquisa realizada, oportunidades para o seguimento da formação através de bolsas, incentivo financeiro e reconhecimento acadêmico.
Para o coordenador de Iniciação Científica da Universidade, Júlio César Bicca-Marques, o envolvimento em pesquisas é de extrema importância, pois capacita os alunos a integrarem teoria e prática, bem como a desenvolverem os métodos e o espírito crítico necessários para a promoção de soluções e avanços científicos. Como dica para os interessados em se inscrever, ele sugere que as propostas abordem o problema com realismo e transmitam confiança na resolução, sempre escritas com precisão gramatical. “Considerando o tema, um texto escrito com rigor científico, mas que inclua uma dose de ‘coração’ com sabedoria pode fazer a diferença”, ressalta. Ainda segundo Bicca-Marques, acima dos prêmios para os três melhores classificados, os concorrentes devem pensar no concurso como uma oportunidade de ter suas ideias divulgadas e avaliadas por especialistas.
Em 2002, o professor da Escola de Ciências e coordenador do Núcleo Tecnológico de Energia Solar da PUCRS Adriano Moehlecke conquistou o primeiro lugar na categoria graduado, com trabalho sobre células solares para a produção de energia elétrica. Como explica Moehlecke, além do prêmio em espécie, a conquista foi muito importante, pois proporcionou que a tecnologia premiada, assim como novos projetos de energia solar fotovoltaica, fossem amplamente apresentados. Ele cita como exemplo o projeto que surgiu em 2004, financiado pelo então Ministério da Ciência e Tecnologia, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a Petrobras, a Eletrosul e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), com o objetivo de transferir essa tecnologia para uma planta piloto de produção, e que totalizou aproximadamente R$ 6,6 milhões em investimentos.
A inscrição e a submissão dos trabalhos científicos são feitas individualmente e, nas categorias de Mestres e doutores e de estudantes do Ensino Superior, devem ser realizadas exclusivamente no site do Prêmio. Os resultados serão divulgados em novembro de 2018, em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília (DF) e também publicados no site.
Dentro da Semana Estadual do Uso Racional de Medicamentos, estudantes da disciplina de Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica, do curso de Farmácia da Escola de Ciências da Saúde, realizam atividade de orientação farmacêutica à comunidade, dias 9 de 10 de maio, no saguão do Hospital São Lucas. A iniciativa tem apoio do Serviço de Farmácia do hospital.
No dia 9, haverá blitz sobre o tema, com o quiz: “Eu sei utilizar medicamentos adequadamente?”. A ação, coordenada pela professora Liamara Andrade, começa às 14h. No dia 10, também às 14h, ocorre orientação farmacêutica e aferição da glicemia capilar (teste de ponta de dedo), sob supervisão da professora Fernanda Morrone.
Segundo a coordenadora do curso de Farmácia, professora Ana Lígia Bender, nos últimos cinco anos, o Brasil registrou quase 60 mil internações por intoxicação medicamentosa. “O tema uso racional de medicamentos, seus riscos e suas motivações é uma pauta importante à conscientização, prevenção, promoção e recuperação da saúde”, afirma. O uso exagerado de medicamentos pode comprometer órgãos e agravar doenças.