Seis projetos de pesquisa desenvolvidos por pesquisadores da PUCRS foram selecionados em resultado preliminar do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS). O objetivo do Edital 08/2020, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), é apoiar iniciativas que promovam a melhoria da qualidade da atenção à saúde em temas prioritários para o estado do Rio Grande do Sul. O programa representa uma significativa contribuição para o desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (CT&IS) no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS).
Ao todo, foram 195 propostas submetidas ao edital, sendo que, na seleção final, apenas 60 das 80 iniciativas foram aprovadas. O valor total disponibilizado por meio desta chamada é de R$ 7,5 milhões e os projetos deverão ser executados no prazo máximo de 24 meses, contados a partir da assinatura do Termo de Outorga.
Conforme o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, professor Carlos Eduardo Lobo e Silva, o Programa Pesquisa para o SUS é uma importante iniciativa da Fapergs para fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico aplicado à saúde no Rio Grande do Sul. “Os projetos contemplados nesta chamada são exemplos da excelência do trabalho de nossos pesquisadores na constante busca por soluções que sejam capazes de resolver diversos problemas que desafiam a saúde de nossa sociedade”, aponta.
Ana Maria Marques da Silva: Padronização e harmonização dos procedimentos de diagnóstico por imagem em PET/CT com FDG
Angelo Brandelli Costa: Desenvolvimento de uma intervenção autoguiada para redução de desfechos negativos de saúde mental em pessoas LGBT na Saúde Pública do Rio Grande do Sul: treinamento de profissionais evidências de eficácia e efetividade
Douglas Kazutoshi Sato: Marcadores sociodemográficos comportamentais clínicos e moleculares para identificação de idosos com risco de infecções graves pela Covid-19
Kátia Bones Rocha: Saúde de mulheres que fazem sexo com mulheres (MSM): uma questão para o Sistema Único de Saúde (SUS)
Régis Gemerasca Mestriner: Utilidade da medida da suavidade da mobilidade funcional por meio do comprimento do arco espectral (SPARC) para a predição de quedas da própria altura em idosos
Thiago Wendt Viola: Análise de incidência prevalência e impacto clínico da exposição a violência sexual em mulheres usuárias de cocaína-crack em tratamento para desintoxicação no SUS
Quatro projetos de pesquisadores da Universidade foram contemplados através do resultado preliminar, no Edital Emergencial Ciência e Tecnologia no combate à Covid-19, lançado no início do mês de abril pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS). Ao todo, são 36 projetos aprovados.
O edital emergencial contemplou pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e buscou propostas de pesquisa aplicada, com potencial para dar um retorno a curto prazo. O período de execução dos projetos será de 12 meses, com um investimento total estimado em R$ 5 milhões de reais.
Para a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Carla Bonan a participação dos pesquisadores em editais relacionados ao enfrentamento da pandemia de Covid -19 tem sido expressiva, resultando em um ótimo desempenho da universidade nós editais relacionados a este tema. “Isso reforça o compromisso da universidade com a busca de soluções envolvendo todas as áreas do conhecimento no sentido de minimizar o impacto da pandemia na sociedade, comenta.
O Trends PUCRS, em sua edição de abertura do segundo semestre, apresentou como tema central os rumos da pesquisa e da pós-graduação no Brasil, abordando especialmente o cenário de incertezas frente à redução de verbas de fomento à investigação científica e cortes de bolsas. Durante o evento realizado nesta quarta-feira, 28 de agosto, no auditório do Living 360°, os palestrantes reconheceram as dificuldades, relataram situações adversas vivenciadas no passado e recomendaram persistência e foco à plateia formada por alunos, professores e pesquisadores.
O diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do RS (Fapergs), Odir Dellagostim, abriu o encontro traçando um panorama da agência de fomento gaúcha, a segunda a ser criada no País, há mais de 50 anos. Lembrou que os orçamentos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) sofreram cortes, comprometendo bolsas e o custeio de pesquisas. De acordo com o gestor, 10% da verba disponibilizada por essas duas agências vêm para o Rio Grande do Sul, e o estado honra os valores recebidos, apresentando resultados relevantes para a sociedade. “O RS tem 2.500 doutores, a maior densidade no Brasil, com uma relação de 123 doutores para cada 100 mil habitantes, sendo superior a São Paulo”, relatou. Ele ainda disse que, embora seja baixo (cerca de 0,5% da receita líquida estadual), o orçamento da Fapergs é cumprido.
Entre os retornos sobre os investimentos em pesquisa, Dellagostim citou que estado conta 65 programas de pós-graduação em nível de excelência internacional (notas 6 e 7 na Capes), e que um terço dos alunos estão nesses programas. O RS também ocupa o 4º lugar em volume de publicações científicas no Brasil, contribuindo com mais de 11% de todos os artigos produzidos nacionalmente. O diretor-presidente assinalou que 10% de toda a produção científica gaúcha provém da PUCRS, que abriga dois dos nove Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do RS.
Internacionalização
O professor Augusto Buchweitz, especialista em Neuroimagem da Cognição Humana e pesquisador do Instituto do Cérebro (InsCer), trouxe experiências pessoais e profissionais ao abordar a importância da internacionalização da carreira acadêmica. Reconheceu que as incertezas atuais dificultam trabalho de pesquisa e de pós-graduação, mas destacou a conquista do PUCRS PrInt, programa que tem garantido forte intercâmbio de conhecimento com universidades de outros países. O docente foi crítico em relação à permanente cobrança por impacto das pesquisas e relembrou uma frase do Global Research Council, na qual vale mais demonstrar a importância de um projeto para as pessoas do que tentar adivinhar o seu impacto.
“Somos cobrados por impacto, mas devemos repensar isso, ponderando as diferenças entre pesquisa básica e aplicada. É importante não se frustrar com a imprevisibilidade e os pareceres dos avaliadores, especialmente os estudantes. Manter a curiosidade, ser sistemático e buscar pessoas que possam nos apoiar são as melhores iniciativas”, recomendou. Buchweitz também recordou sua trajetória acadêmica, relatando que durante o doutorado sanduíche ficou seis meses no exterior sem receber sua bolsa. No entanto, estreitou relacionamentos e abriu portas para o pós-doutorado. Hoje, vê seus orientados sendo aprovados em concursos pelo Brasil.
Da bolsa de IC à docência
A terceira palestrante foi Soraia Raupp Musse, especialista em Computação Gráfica, Processamento de Imagens, Realidade Virtual e Interação Humano Computador, além de pesquisadora e professora da Escola Politécnica. Inspirada em vinhetas televisivas nos anos 1980, ingressou como caloura de Ciência da Computação na PUCRS, em 1986. Solicitou – e conquistou – uma bolsa de Iniciação Científica (IC), principiando na carreira de pesquisadora. Durante o mestrado, cursado no início dos anos 1990, contou que precisava aplicar o valor da bolsa para não desvalorizar no período de um mês, tamanha era a inflação registrada à época. Nesse período, o meio científico também foi impactado com o fechamento da Capes pelo governo Fernando Collor. A reabertura ocorreu tempos depois.
O doutorado realizado na Suíça – após ser selecionada como a única mulher entre 40 candidatos – abriu as portas para novas possibilidades profissionais. Graças ao tema crowd simulation (simulação de multidões), indicado pelo seu orientador, conquistou espaços importantes no meio científico internacional como pesquisadora. Além de ter defendido a primeira tese no mundo sobre o assunto, desde seu retorno ao Brasil, no ano 2000, dedica-se à área, com orientações de mestrado e doutorado, além de diversas publicações. Atualmente, é a segunda pessoa mais citada na área, tendo publicado livros e artigos a respeito.
Sobre o momento atual, prefere manter uma atitude otimista. “Quero crer que vai dar certo, pois a sociedade está se mobilizando e manifestando em relação aos cortes de verbas para a pesquisa e a pós-graduação”, comentou. Soraia ainda aconselhou aos integrantes da plateia a captarem recursos para seus projetos em diferentes fontes, não esperando apenas por órgãos de fomento oficiais.
Trends
O professor Christian Kristensen, diretor de Pós-Graduação da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq), ressaltou que o evento resultou de solicitações dos alunos de mestrado e doutorado e dos debates internos dos gestores da área. O objetivo foi refletir e trazer perspectivas para docentes e discentes. Até o final do ano estão previstas novas edições do Trends, colocando em pauta temas de interesse da sociedade.
O professor Rodrigo Coelho Barros, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica, recebeu na noite desta quinta-feira, 18 de outubro, o Prêmio Pesquisador Gaúcho na categoria Pesquisador Empreendedor. O reconhecimento é concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Ciência e Tecnologia. Além de atuar como pesquisador, Barros fundou uma startup de inteligência artificial, a Teia Labs, instalada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), que tem parcerias recentes com grandes empresas como Samsung e Shell.
Barros acredita que este prêmio vem como a coroação do esforço de empreender, mesmo sendo professor e pesquisador em tempo integral: “Penso que tentar gerar inovação a partir de pesquisa na academia é a direção correta para o Brasil de fato inovar e ser competitivo nos mais diversos mercados internacionais”, afirma. Para ele, após o desenvolvimento de respostas para problemas importantes no meio acadêmico, é preciso levar este conhecimento para o mundo externo em formato de soluções para problemas reais e importantes da sociedade. “A minha ideia ao fundar a startup foi justamente converter nossa pesquisa realizada no Núcleo de Inteligência de Máquina e Robótica da Escola Politécnica da PUCRS para soluções reais deste mercado em franca expansão, que é o da IA e do Aprendizado de Máquina (Machine Learning)” completa.
O evento também deu destaque aos nove Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do estado, entre eles o INCT em Ciências Forenses e INCT em Tuberculose, sediados na PUCRS.
O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia é uma parceria da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da FAPERGS. Tem entre as suas metas a possibilidade de mobilizar e agregar, de forma articulada, os melhores grupos de pesquisa em áreas de fronteira da ciência e em áreas estratégicas para o desenvolvimento sustentável do país.
Os vídeos apresentados no evento, sobre os pesquisadores agraciados e os INCTs, foram desenvolvidos por bolsistas de iniciação científica do LaPAv – Laboratório de Pesquisas Audiovisuais, vinculado ao Tecna – Centro Tecnológico Audiovisual do RS, sediado no Tecnopuc Viamão.
O professor Rodrigo Coelho Barros, do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Escola Politécnica, está entre os vencedores do Prêmio Pesquisador Gaúcho, concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico Ciência e Tecnologia. A lista dos agraciados foi divulgada nesta segunda-feira, 10 de setembro, e Barros foi contemplado na categoria Pesquisador Empreendedor. A cerimônia de entrega do reconhecimento será no dia 18 de outubro, às 20h30min, no salão de convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). Além de atuar como pesquisador, Barros fundou uma startup de inteligência artificial, a Teia Labs, instalada no Tecnopuc, que tem parcerias recentes com grandes empresas como Samsung e Shell.
Barros acredita que este prêmio vem como a coroação do esforço de empreender, mesmo sendo professor e pesquisador em tempo integral: “Penso que tentar gerar inovação a partir de pesquisa na academia é a direção correta para o Brasil de fato inovar e ser competitivo nos mais diversos mercados internacionais”, afirma. Para ele, após o desenvolvimento de respostas para problemas importantes no meio acadêmico, é preciso levar este conhecimento para o mundo externo em formato de soluções para problemas reais e importantes da sociedade. “A minha ideia ao fundar a startup foi justamente converter nossa pesquisa realizada no Núcleo de Inteligência de Máquina e Robótica da Escola Politécnica da PUCRS para soluções reais deste mercado em franca expansão, que é o da IA e do Aprendizado de Máquina (Machine Learning)” completa.
Um sistema que avalia perfis de personagens que possam participar de um ambiente de inovação. Esta é a função da plataforma LIGA, desenvolvida pelo Laboratório de Tratamento de Imagens e Geoprocessamento da PUCRS (LTIG). Baseada em técnicas de inteligência geoespacial e artificial, a tecnologia pretende mapear, gerir e até recomendar novas parcerias para editais futuros em tempo hábil. As análises qualitativas e quantitativas serão feitas de acordo com as nomeadas “dimensões”: universidade, empresa, governo e sociedade. A versão beta da LIGA foi desenvolvida pela aceleradora de métodos ágeis do Centro de Inovação Microsoft-PUCRS e pela ThoughtWorks.
No levantamento inicial, a plataforma mapeou 82 empresas e 134 estruturas de pesquisa, incluindo laboratórios da PUCRS. “Neste momento, estamos identificando os atores das dimensões de governo e sociedade. Estão sendo apurados dados relacionados a fomentos de pesquisa (públicas ou privadas, nacionais ou internacionais), bem como levantamentos sobre egressos e alunos que participaram de atividades de empreendedorismo”, explica o professor Regis Lahm, coordenador do LTIG.
Segundo o professor, o processo de gestão de sinergias em ambientes de inovação vai refletir em benefícios econômicos e sociais, tendo em vista a possibilidade de criar novas e constantes conexões para discutir desafios. “Vai delimitar estratégias e lançar soluções em cenários complexos de negócio, contribuindo para a produção mútua de conhecimento e expertise, sobretudo no desenvolvimento econômico local. A proposta é identificar necessidades de cada dimensão para que possamos entregar o máximo de retorno possível para todos os públicos. Sejam relacionados à Universidade e interessados em inovação, pesquisa e desenvolvimento, sejam estes de caráter governamental ou privado”, diz.
Para Lahm, a LIGA já está gerando frutos sociais. Atualmente, financia alunos por meio de estágio, bolsas de iniciação científica junto à PUCRS, CNPq e Fapergs, além de cursos de qualificação profissional. “São exemplos práticos de como projetos de inovação podem ser potencializados por sinergias na Universidade. Por meio dessa sinergia, o LTIG receberá recursos financeiros para financiar a própria estrutura de pesquisa”, comenta. Atualmente, a WinNova, empresa sediada no Tecnopuc, já apoia esta iniciativa.
A plataforma está sendo apresentada para outras empresas do Tecnopuc. Neste momento, já estão em negociações novos convênios para expansão da LIGA, que poderão ampliar o acesso à recursos humanos e financeiros, gerando benefícios mútuos para alunos, pesquisadores e empresários.
A tecnologia atenderá o programa de aceleração de sinergias (de onde foram extraídos os dados da plataforma) coordenado pela professora Clarice Lamb, gestora de relacionamento do Tecnopuc. A identidade visual da LIGA foi elaborada pelo laboratório de experiência da Famecos.
A professora do Curso de Psicologia da PUCRS Margareth Oliveira foi agraciada com o prêmio Pesquisador Gaúcho 2017, na modalidade Pesquisador Destaque, na área de Educação e Psicologia. Promovida pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), a premiação ocorreu na noite desta quinta-feira, 5 de outubro, no Salão de Convenções da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). A professora e sócia-fundadora da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas (FBTC) é reconhecida pelo seu extenso trabalho nos campos de avaliação psicológica e intervenções da psicologia clínica.
Margareth possui graduação e mestrado em Psicologia pela PUCRS, e doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Participa do Grupo de Trabalho Pesquisa Básica e Aplicada em uma perspectiva Cognitivo-Comportamental, na Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP) e é membro da Diretiva da Associação Latino-Americana de Psicoterapias Cognitivas (ALAPCO) desde 2012. Como docente do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade, fundou em 2001 o Grupo de Pesquisa em Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitiva e Comportamental (GAAPCC), o qual já propôs 25 projetos, alguns ainda em andamento.
Pesquisas sobre comportamentos aditivos
Seus mais recentes projetos envolvem pesquisa quantitativa sobre a efetividade de tratamentos psicológicos nos comportamentos aditivos, como distúrbios alimentares e dependência química. Dentre eles, destaca-se nos últimos anos a sua contribuição com o estudo sobre o Modelo Transteórico de Mudança (MTT), e suas diversas aplicações no campo da saúde e promoção de qualidade de vida. O método é voltado para a compreensão do processo de mudanças de hábitos nas mais diversas situações, passando pelas etapas de tomada de consciência, preparação, ação, manutenção e até recaída, para mudar efetivamente os comportamentos que trazem problemas.
Tecna produz conteúdo para o Prêmio
Também foi destaque do evento o Centro Tecnológico Audiovisual do RS (TECNA), que contribuiu com a produção e desenvolveu conteúdos audiovisuais exibidos ao longo da solenidade. A ação envolveu o esforço de estudantes, professores e profissionais, articulando um esforço conjunto das universidades do RS em prol da pesquisa. A participação foi um convite da Fapergs, por meio da qual foram feitos os investimentos do Governo do Estado para a criação do Centro, com o objetivo difundir a importância da indústria criativa e audiovisual do RS, bem como valorizar a interação entre poder público, universidade e meio empresarial.
Sobre o Prêmio
Esse ano foram reconhecidos pelo Prêmio Pesquisador Gaúcho pesquisadores nas áreas de Artes e Letras, Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências Humanas e Sociais, Ciências da Saúde, Economia e Administração. Além disso, destacaram trabalhos que tenham contribuído com ações inovadoras aplicáveis no ambiente empresarial nas categorias Pesquisador na Empresa, Pesquisador na Indústria, Jovem Inovador e Pesquisador Destaque Especial ao Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. A iniciativa vinculada é à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia e visa salientar a importância que tem o investimento em pesquisas para alavancar o desenvolvimento do Estado.
A PUCRS tem dois vencedores no Prêmio Pesquisador Gaúcho 2016, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). O professor da Faculdade de Engenharia Gustavo Roth e a aluna da Faculdade de Biociências Bruna Coelho de Andrade, ambos da empresa Quatro G P&D, sediada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), receberam o reconhecimento na noite desta quinta-feira, 6 de outubro, durante cerimônia realizada na Fiergs. O prêmio foi entregue a dez cientistas com relevantes contribuições na área científica e tecnológica. A honraria também tem como objetivo mostrar a importância da pesquisa como ferramenta para o desenvolvimento do Estado. Foram contempladas seis áreas do conhecimento nas modalidades Pesquisador Destaque: Engenharia; Física e Astronomia; Geociências; Matemática, Estatística e Computação; Interdisciplinar e Química, além das categorias Jovem Inovador, Pesquisador na Empresa, Pesquisador na Indústria e Destaque Especial ao Ano Internacional do Entendimento Global.
Roth, bolsista de Pós-Doutorado Empresarial (PDI), foi premiado como Pesquisador na Empresa e Bruna, bolsista de Iniciação Tecnológica e Industrial, como Pesquisadora Jovem Inovadora. Ambos foram prestigiados pelo projeto Produção da Enzima β-Galactosidase Recombinante na Forma Livre e Imobilizada Visando sua Aplicação Industrial, que consiste na produção da enzima Lactase para sua aplicação industrial. O projeto, que está em andamento, faz parte de uma colaboração entre o Centro de Pesquisa em Biologia Molecular e Funcional da PUCRS, a empresa Quatro G P&D, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul e o Centro Universitário Univates. A enzima Lactase tem especial importância para indústria de alimentos e farmacêutica, na preparação de leite e derivados com baixo teor de lactose e em suplementos alimentares, produtos utilizados por pessoas intolerantes à lactose.
Durante a cerimônia, os professores Ana Maria Lisboa de Mello, da Faculdade de Letras, e Emil Albert Sobottka, da Escola de Humanidades, foram homenageados pela Fapergs como agradecimento pela dedicação ao trabalho realizado nos comitês de Artes e Letras e Ciências Humanas e Sociais da instituição, respectivamente.
A PUCRS recebeu na manhã desta sexta-feira, 18 de março, o diretor de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Arlindo Philippi Junior. Ele falou sobre questões vinculadas a avaliação dos programas de pós-graduação, já que 2016 é o último ano do quadriênio avaliativo, e da importância da interdisciplinaridade na pós-graduação e na pesquisa.
Segundo o professor, as avaliações buscam estabelecer um padrão de qualidade dos cursos, subsidiar a política de desenvolvimento da pós-graduação e fundamentar decisões sobre o fomento para a área. Além disso, querem identificar necessidades, orientar e induzir o desenvolvimento da pós-graduação. “No Brasil, são 48 áreas avaliadas, todas muito diferentes”, completa. Atualmente estão sendo desenvolvidas ações diversas pela Capes, como a revisão de documentos dos cursos de pós-graduação; discussões de propostas em relação aos livros e periódicos produzidos nos Programas pelos docentes e discentes; revisão em relação a inserção e o impacto social das pesquisas, entre outros critérios.
Ele ressaltou, ainda, a preocupação do Ministério da Educação com a educação básica no País, questão exposta inclusive na Missão da Capes. “Ao pensar na excelência, não podemos esquecer da educação básica, que é essencial”. Outro quesito apontado como desafio para o País é o estímulo a interdisciplinaridade, a interinstitucionalidade e a internacionalização. “A PUCRS é um exemplo de instituição que trabalha muito bem com pesquisadores de outras instituições brasileiras e do exterior”, disse.
Participaram do encontro coordenadores de programas stricto-sensu da PUCRS, de comissões científicas, diretores de faculdades e institutos, equipes da diretoria de pós-graduação, além de membros docentes das comissões coordenadoras. Esteve presente, também, o atual diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs), Abilio Baeta Neves. Arlindo Philippi Junior já foi pró-reitor de Pós-Graduação na Universidade de São Paulo (USP), presidente da Comissão de Pós-Graduação na USP e exerceu recentemente a função de prefeito do Campus USP na Capital paulista. Foi membro da Comissão Especial para acompanhar e monitorar a implantação do Plano Nacional de Pós-Graduação-PNPG-2011-2020 e coordenar a elaboração da Agenda Nacional de Pesquisa.
O evento é uma promoção das Pró-Reitorias Acadêmica (Proacad) e de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (Propesq). À tarde, o professor participa de encontros na Propesq com foco na interdisciplinaridade, segundo ele “um dos principais desafios da pós-graduação no País”.
Arlindo Philippi Junior também apresentou dados relevantes sobre o aumento dos Programas de Pós-Graduação no Brasil. “Atualmente são 624 programas de pós-graduação e cerca de 232 mil alunos regulares. Em relação a 2004, houve um crescimento de 205% no número de matriculados e 312% no número de títulos concedidos”. As regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste tiveram uma ampliação de 100% nos cursos de mestrado e doutorado. A Região Sul ficou em 98%; “São números surpreendentes”, ressalta.