Nunca é tarde para voltar a estudar ou incluir essa rotina no dia a dia. De acordo com o levantamento feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), houve um crescimento de 93,84% de pessoas com mais de 40 anos que entraram na universidade no período de 2011 a 2022. Atualmente, elas representam 13,4% de todos os estudantes universitários do país. Embora possa parecer intimidante retornar à sala de aula, essa decisão demonstra coragem e passa pela busca do autodesenvolvimento contínuo.
Conciliar compromissos como trabalho e família com as demandas acadêmicas pode ser uma das maiores dificuldades para os alunos 40+. Para facilitar essa experiência, a líder de Talentos do PUCRS Carreiras, Bruna Lira, destaca que é importante saber gerir o tempo da melhor maneira possível.
“O aluno precisa elencar prioridades e criar uma lista de tarefas para melhorar o gerenciamento de tempo, anotando tudo o que precisa ser feito. Organizar as atividades a partir de um cronograma também contribui neste momento. E, claro, também é importante ser flexível consigo mesmo, sabendo que os contratempos podem acontecer”.
Por já possuírem uma vivência profissional e terem acumulado diversas experiências ao longo da vida, os estudantes dessa faixa etária possuem diferentes motivos para retornar ao mundo universitário: cursar uma graduação que aperfeiçoe ainda mais a carreira, realizar um sonho que ainda estava no papel ou mudar totalmente de profissão são algumas delas. Na semana em que comemoramos o Dia do Estudante, a PUCRS apresenta a história de alunos/as que, aos 40+, optaram por ingressar no mundo universitário.
Foi a partir da organização do seu tempo que Tathyana Tonniges, estudante do Curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS, conseguiu voltar para a Universidade. Formada em Administração em 2014, também pela PUCRS, decidiu mudar para a área da saúde. Para ela, a disciplina é uma estratégia fundamental para conciliar a vida pessoal e a universitária.
“Eu fiz uma escolha no momento em que decidi estudar. Precisei conciliar uma rotina com emprego, afazeres domésticos e vida pessoal. Todos nós, em algum momento da vida, passamos por uma fase que exige um pouco mais de sacrifício, e onde é necessário abrir mão de alguma coisa, porque no final sempre vem a recompensa. Tenho certeza de que o caminho que eu escolhi já está rendendo bons frutos. A troca de experiências com as pessoas de todas as idades, sejam mais jovens ou mais velhas, sempre é válida. Tenho colegas maravilhosos na minha turma, com pensamentos diferentes, mas com uma conexão e sinergia que andam juntas”.
A satisfação de Tathyana hoje é tão grande que a futura enfermeira quer continuar na vida acadêmica, cursando mestrado e doutorado na área.
Voltar a estudar depois dos 40 anos é um desafio pela rotina corrida entre trabalho, aulas e vida pessoal. No entanto, contar com o apoio da família torna esse trajeto bem mais fácil. Marilda Blauth é formada em Turismo pela PUCRS. Em 1986 ela trabalhava em uma agência de viagens e resolveu investir nos estudos na área. Apesar das dificuldades financeiras, finalizou a primeira graduação otimista. “Mesmo sendo difícil conciliar estudo, trabalho e família, terminei o curso pensando que faria tudo novamente, pois me apaixonei por este ambiente acadêmico, de pesquisa e convivência com os colegas”.
Cerca de 20 anos depois, durante a pandemia da Covid-19, ela decidiu que retomaria os estudos. Hoje é aluna do Curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS e se prepara para fazer a mobilidade acadêmica em Portugal ainda neste semestre. Com o apoio da família, conseguiu dar continuidade a essa etapa, que iniciou de forma online.
“Foram eles que me incentivaram e me ajudaram muito nas questões tecnológicas. Pensamos juntos em um local onde eu pudesse assistir às aulas sem distrações. Também nos revezávamos nas tarefas diárias. Quando voltei ao modelo presencial, tive que me readaptar novamente, mas continuei tendo todo o apoio necessário”.
Bruna Lira reforça a importância de contar com uma rede de apoio que funcione como uma base para que os/as estudantes possam continuar na procura pelo conhecimento. “É claro que neste momento de vida o tempo destinado a essas atividades é mais curto que na juventude, por isso, além da organização, é preciso buscar suporte em uma rede que auxilie no cuidado com os filhos, com a casa e com as atividades da vida adulta”, ressalta.
Laura Medina decidiu mudar o foco profissional aos 50 anos. Depois de uma carreira de sucesso, tendo passado por diversos veículos e sendo reconhecida pela apresentação de programas com foco em saúde, a jornalista resolveu apostar em uma nova paixão: a psicologia.
“Dividir o meu tempo com pessoas mais jovens me renova e me faz sentir em um processo de transformação. Aos 56 anos de idade percebo um novo caminho na minha fase de vida. É um momento que serve como um dispositivo para iniciar uma construção amorosa da minha velhice”.
Voltar à universidade após os 40 anos é poder aproveitar toda a experiência de vida para apostar novas fichas em diferentes possibilidades. “A psicologia é uma profissão que permite entrar no mercado de trabalho em qualquer fase da vida. O curso também é um campo inesgotável de estudo, basta querer”, destaca Laura.
Atualmente com uma rotina flexível de trabalho, a jornalista também ressalta a importância de uma organização que facilite a vida. “Não tenho uma carga horário fixa, mas atendo algumas empresas e eventos. Em casa, possuo horários para as tarefas e um tempo para curtir a família. Não é fácil conciliar tudo. Quando não consigo, respiro fundo e está tudo bem, sigo em frente, com calma, sem cobranças como eu fazia no passado. Viva a maturidade!”, brinca.
Para Laura, a troca com professores e colegas contribui na formação, possibilitando um aprendizado além da grade curricular.
“É enriquecedor a troca de saberes, o aprendizado com a experiência do outro e o compartilhamento de ideias. Está sendo uma bela experiência de vida conviver com colegas bem mais jovens do que eu”.
Quer fazer mestrado ou doutorado, mas está em dúvida sobre como são as aulas? Antes de ingressar na formação stricto sensu é comum surgirem questionamentos sobre formas de avaliação, as disciplinas e duração dos cursos. Para quem deseja iniciar a pós-graduação ainda em 2021, é possível se inscrever no programa de pós-graduação de seu interesse até 18 de junho. Mas enquanto seus estudos não iniciam, você já pode entender mais sobre a estrutura das aulas e se preparar para esse novo ciclo de aprendizado.
As aulas dos programas de pós-graduação (PPGs) ocorrem semestralmente, podendo variar de uma a quatro horas por semana, e abordam temas relacionados à fronteira do conhecimento em uma determinada área. Antes da matrícula nos semestres letivos, cada estudante realiza a escolha das disciplinas em conjunto com o seu orientador. Essa escolha estimula a autonomia e personaliza a trajetória acadêmica de acordo com os interesses de estudo.
Cada PPG tem uma estrutura curricular que define os pré-requisitos que devem ser atendidos para a obtenção do título de mestre ou doutor. Esses requisitos variam, mas podem incluir, além das disciplinas obrigatórias, disciplinas eletivas, provas de proficiência em idiomas estrangeiros, exames de qualificação, entre outros. Em alguns casos, além das disciplinas, os estudantes também podem participar de grupos de discussões ou apresentar seminários, com a participação de convidados tanto nacionais como internacionais.
Para concluir a formação no mestrado ou doutorado, não há um número pré-estabelecido de disciplinas, mas sim de créditos (horas-aula) que o/a aluno/a precisa cursar. Para o mestrado são necessários 24 créditos e, para o doutorado, 36. O tempo regulamentar para concluir o mestrado é de 24 meses, com extensão máxima até 30 meses. Já no doutorado o tempo regulamentar para conclusão é de 48 meses, com extensão máxima de até 54 meses.
Na formação stricto sensu as avaliações podem ser feitas de diferentes maneiras. Os docentes têm total autonomia para definir como farão a avaliação das suas turmas da pós-graduação. Formas usuais de avaliação incluem trabalhos em grupo, apresentação de seminários, preparação de artigos ou relatórios e, eventualmente, provas.
Estudantes de mestrado e doutorado podem participar das mesmas disciplinas, favorecendo a interação e enriquecendo a experiência acadêmica. Quem faz mestrado antes do doutorado também pode aproveitar parte ou até a mesmo a totalidade dos créditos cursados, dependendo da adequação ao tema de pesquisa do doutorado.
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A pandemia de Covid-19 tem levado a números trágicos de mortalidade em diversos países, incluindo o Brasil. Além da dificuldade natural no enfrentamento de um agente com rápida disseminação e elevada mortalidade em populações de risco, outro fator tem dificultado o combate à Covid-19: a desconsideração aos princípios da ciência e da medicina baseada em evidências científicas.
Nesse contexto, no papel de educadores, pesquisadores e profissionais da Saúde de uma Universidade Comunitária e Marista, a Escola de Medicina e o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) firmaram um posicionamento com a intenção de subsidiar tecnicamente as ações do poder público municipal acerca dessas temáticas, além de se colocar à disposição para diálogos e contribuições de toda ordem à sociedade. Confira o texto na íntegra:
Assinam o documento o decano da Escola de Medicina e representante dos membros do Colegiado da Escola, professor Leonardo Araujo Pinto, e o chefe do setor de Infectologia do HSL, Fabiano Ramos. Acesse neste link o documento na íntegra.
Oficinas, tours, bate-papos, possibilidades acadêmicas e de carreiras, atrações culturais. Essas são apenas algumas das atividades da primeira edição totalmente online do Open Campus da PUCRS. O tradicional evento em que a Universidade abre as portas para quem tem interesse em ingressar no ensino superior, oportunizando experiências em suas áreas profissionais de interesse, está com inscrições abertas.
O evento acontecerá de 22 a 24 de outubro e você pode se inscrever neste link. No total serão mais de 200 atividades para estudantes, famílias, profissionais da educação e quem quiser conhecer mais sobre os cursos de graduação da PUCRS.
A participação é gratuita e quem participar receberá 50% de desconto na inscrição do vestibular. Confira as novidades sobre a programação no site.
Você terá momentos para conhecer os cursos e como é estudar na PUCRS; conversar com nossos professores e professoras e tirar suas dúvidas; saber o que está fazendo quem estudou na PUCRS; conhecer os espaços mais legais do nosso Campus; descobrir o seu perfil; participar de atividades culturais e muito mais.
Confira as principais atividades de abertura e encerramento do Open Campus:
Marlova Noleto, diretora e representante da UNESCO no Brasil, será a responsável pela abertura do evento, pelo YouTube da PUCRS.
Ela foi nossa aluna e professora no curso de Serviço Social e falará sobre Escolha mudar o mundo: trajetória acadêmica e profissional. Marlova também estudou nos EUA e na Suécia e dedicou sua trajetória às políticas sociais, à educação e aos direitos humanos.
A professora Carla Furtado e o filósofo Luciano Marques de Jesus falarão sobre Onde está o sentido da vida e a felicidade nas carreiras?, pelo YouTube da PUCRS.
Carla é palestrante internacional e professora sobre felicidade nos cursos PUCRS Online e Luciano é filósofo, palestrante e professor da PUCRS.
Fique de olho nas redes sociais da PUCRS para saber qual será a atividade surpresa de encerramento. Mais informações em breve.
Há uma ideia de que existe uma sobrecarga de atividades neste período de distanciamento social. Algo que vem sendo relatado por muitas pessoas, inclusive pelos estudantes que vivenciam experiências de ensino remoto. Para Maristela Vieira, coordenadora Pedagógica de Educação Contínua da PUCRS, o planejamento e a estruturação das atividades de ensino e de aprendizagem, que visam o equilíbro da carga cognitiva, tem aspectos centrais que devem ser observados pelos próprios alunos.
“É preciso exercitar a autonomia e a autodisciplina, que são competências fundamentais e que requerem um bom investimento de energia, uma vez que são exigidas também nas mais diversas esferas do mundo social e do mercado de trabalho”, comenta Maristela.
Algumas recomendações podem ser utilizadas para auxiliar àqueles que necessitam de apoio neste processo de autogerenciamento e organização. Confira o que a coordenadora pedagógica indica:
Algumas práticas podem ajudar os estudantes em sua rotina durante os estudos. A professora do curso de Pedagogia, Rosane Zimmer tem algumas dicas. Confere:
E ainda complementa: “compartilhe o amor e a escuta, fortalecendo os laços de pertencimento para que se possa voltar mais paciente, mais seguro, mais fortalecido emocionalmente para poder continuar a aprender”.
Durante este período de isolamento social, o Núcleo de Apoio Psicossocial é uma ajuda aos estudantes que encontram dificuldades, pois orienta sobre os cuidados com a saúde mental e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem. O acolhimento é feito por profissionais da Psicologia, com apoio da equipe multidisciplinar a partir das áreas de Serviço Social, Pedagogia e Psiquiatria.
O serviço é gratuito para os estudantes da Universidade. Os contatos podem ser feitos pelo e-mail [email protected] ou pelos telefones (51) 98300-3778 e (51) 98334-6418.
Uma opção de apoio aos estudantes, no caso os de graduação, é o Programa de Monitorias PUCRS, que facilita no aprendizado de conteúdos de disciplinas dos cursos. Nesse programa, também aberto aos alunos da PUCRS, o estudante monitor ajuda com os conteúdos das disciplinas, identificando as dificuldades específicas como, por exemplo, a aplicação e compreensão de conceitos, interpretação de texto e redação, levando os colegas a entenderem o raciocínio, ajudando-os na construção da autonomia acadêmica. Já o professor responsável participa do processo de seleção e fornece subsídios necessários ao monitor para o bom andamento da atividade de monitoria.
Para saber mais sobre o programa, o contato é pelo e-mail [email protected].
Considerada a melhor Universidade privada do País pelo Times Higher Education (THE), a PUCRS se destaca, entre outras competências, pela sua estrutura e atuação na área da pesquisa. A Universidade distinguiu em 2020, assim como em outros anos, especialmente nas categorias de Pesquisa e Citações. Seguindo esse legado, o lançamento da revista PUCRS Excelência em Pesquisa aconteceu durante um webinar em homenagem ao Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador, celebrado no dia 8 de julho. A publicação reúne alguns dos principais estudos científicos da PUCRS.
“A qualidade da pesquisa desenvolvida na PUCRS é reflexo de um conjunto de estratégias e ações, bem como o incentivo à interdisciplinaridade e iniciativas voltadas ao incremento da internacionalização”, comenta Carla Bonan, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS em seu artigo Ciência e transformação da sociedade, sobre a data.
A publicação, que contou com a participação de mais de 50 pesquisadores da PUCRS, engloba estudos de todas as áreas do conhecimento. Confira algumas das soluções transformadoras que contribuem para questões globais da sociedade:
Pesquisas sobre o cérebro, envelhecimento saudável, doenças, fármacos, drogas, entre outros, mostram o trabalho de pesquisadores que se dedicam a desvendar como a Ciência pode auxiliar na qualidade de vida humana em diferentes fases da vida. Entre elas, Os distúrbios do sono e a saúde de crianças e adolescentes, de Magda Lahorgue Nunes; Estresse, trauma e drogas: as mudanças genéticas e estruturais no cérebro, de Rodrigo Grassi-Oliveira; e Intervenções cognitivas para uma vida mais saudável, de Margareth da Silva Oliveira.
De temas como as análises de diferentes perspectivas da violência social até os direitos fundamentais e as sabedorias ancestrais, as pesquisas resgatam assuntos antigos da civilização de forma contemporânea. Entre eles, Sociologia da punição: Violência e encarceramento, de Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo; Pobreza multidimensional, autoeficácia e viés de gênero, de Izete Pengo Bagolin; e O direito às origens quilombolas, de Patrícia Krieger Grossi.
Abordando os direitos humanos, as realidades latino-americanas e como melhorar as relações sociais e o ensino, os estudos abordam diferentes reflexões atuais. Entre elas, O pensar reflexivo da democracia e dos direitos humanos, de Nythamar H. Fernandes de Oliveira Junior; Formar docentes para construir o futuro, de Marcos Villela Pereira; e A linguística aplicada à saúde, de Lilian Cristine Hübner.
Com um olhar atento para os debates urgentes sobre o meio ambiente e a saúde do planeta, as pesquisas propõe soluções mais amigáveis para a natureza. Entre elas, Investigações voltadas à conservação de aves e seus habitats, de Carla Suertegaray Fontana; Células solares e sistemas fotovoltaicos, de Izete Zanesco e Adriano Moehlecke; e Soluções sustentáveis do campo à indústria, de Eduardo Cassel.
Promovendo um futuro cada vez mais em movimento e em constante transformação, nesta área as pesquisas abordam novas tecnologias, aprendizado de máquina, empreendedorismo digital e simulações do que há por vir. Entre elas, Modelos computacionais para simular sistemas naturais, de Walter Filgueira de Azevedo Junior; Inteligência artificial com foco no bem-estar social e na sustentabilidade, de Rafael Heitor Bordini; e Referência internacional em simulação de multidões, de Soraia Raupp Musse.
Pesquisadores/as das mais diversas áreas do conhecimento entraram em uma verdadeira corrida contra o tempo em busca de soluções para o combate, prevenção e contingenciamento da pandemia do novo coronavírus. Entre as principais ações da PUCRS estão a criação de um novo teste para Covid-19; estudos sobre aspectos da saúde mental durante esse período; avaliações sobre a qualidade do sono; proteção aos profissionais de saúde; análises do impacto do contágio e diferentes abordagens no combate à doença.
Considerado o 13º maior País produtor de publicações na área da pesquisa, o trabalho acadêmico do Brasil cresce anualmente. Foram mais de 250 mil papers produzidos no período de 2011 a 2016, segundo os dados multidisciplinares da Web of Science, editada pela Clarivate Analytics e publicados na Revista Época.
Este mesmo relatório mostrou que 60% dos gastos internos brutos em pesquisa e desenvolvimento são referentes ao trabalho de instituições de ensino superior. Pelo menos 10% são investidos em pesquisas não orientadas e 30% para fins exclusivos. “Os maiores receptores são os setores agrícola (10%), de tecnologia industrial (6%) e saúde (5%)”.
As áreas de medicina clínica, ciência de plantas e animais, ciências agrárias, química, física e engenharia foram as de maior incidência entre os papers, de acordo com a Época.
“A pesquisa desenvolvida na PUCRS está diretamente relacionada com a atuação das estruturas de pesquisa, constituídas por 377 Grupos certificados no último Censo 2016 realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), 16 Centros, 104 Laboratórios e 48 Núcleos, bem como por quatro Institutos. Além disso, a atividade de pesquisa está integrada com os 23 Programas de Pós-Graduação, com 23 Cursos de Mestrado e 22 Programas de Doutorado, envolvendo 344 docentes”, destaca Carla Bonan. A lista completa de estruturas de pesquisa da PUCRS está descrita na Revista.
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Estudar costuma a exigir uma dedicação especial, além de concentração e disposição. Porém, o que fazer quando mesmo após horas de estudos a sensação é de que o aprendizado não foi absorvido; ou então, quando pouco tempo depois já se esqueceu o conteúdo? A professora Cristiane Furini, pesquisadora do Centro de Memória do Instituto do Cérebro (InsCer), preparou algumas dicas para auxiliar na memorização durante o estudo. Mas atenção, não existe uma única maneira de aprender. Assim, é essencial experimentar diferentes técnicas e escolher a que funcione melhor para você. Confira as dicas:
1. Evite distrações e tenha pausas: a atenção voltada para o que você está estudando é muito importante e a melhor maneira de mantê-la é minimizar as distrações no ambiente de estudo. Ou seja, televisão e smartphones só devem estar presentes se usados como ferramenta de aprendizado. Pesquisas têm demonstrado que o celular pode atrapalhar a capacidade de atenção em uma tarefa específica e que o simples fato de saber que há uma notificação em seu telefone, causa a mesma distração ocorrida com o uso efetivo do aparelho.
A fadiga mental também pode dificultar a manutenção da atenção por um tempo muito longo, assim, é necessário fazer pequenas pausas para descanso. Por isso, dividir a jornada de estudo pode auxiliar a manter o foco. Uma alternativa é realizar um intervalo de 5 a 10 minutos a cada 45 ou 50 minutos de estudo.
2. Faça testes e repetições: realizar testes, quizzes e se “forçar” a recordar informações auxilia mais na formação e retenção de memórias do que simplesmente rever anotações. Uma pesquisa mostrou que estudantes universitários apresentaram melhor desempenho no aprendizado de uma língua estrangeira quando eram testados, sugerindo que a formação da memória ocorre em situações em que se tem repetição das informações. Ou seja, a prática de recuperar essas referências favorece a consolidação do conteúdo que se quer memorizar.
3. Realize a prática espaçada: pesquisas têm demonstrado que espaçar as sessões de estudo é mais eficaz e benéfico para o aprendizado do que uma única e longa sessão de estudos. Ou seja, dividir o conteúdo em pequenas partes e estudá-las durante vários dias é mais produtivo do que tentar absorver todas as informações de uma só vez. Para isso, é importante criar um cronograma e distribuir as atividades, lembrando de criar espaços para rever informações.
4. Intercale os conteúdos de estudo: em uma abordagem tradicional e amplamente aplicada ao aprendizado, conhecido como “estudo em bloco”, as habilidades são aprendidas sequencialmente e você não passa para um novo assunto até dominar o Mas estudar o dia inteiro a mesma matéria pode não ser a estratégia mais eficiente para manter o foco. Assim, a ciência tem mostrado que misturar a prática de várias habilidades inter-relacionadas pode melhorar a performance a longo prazo. Esta abordagem é conhecida como estudo intercalado e pode ajudar no aprendizado. Consiste em alternar entre tópicos enquanto se estuda, ou seja, após o estudar o tema X por um tempo, se passa para o estudo do tema Y e Z. Em uma próxima vez, altera-se a ordem de estudo dos conteúdos, sempre observando que tipo de novas conexões eles podem fazer entre si.
5. Cuide bem do seu sono: dormir é extremamente importante para consolidar/armazenar memórias. A etapa ocorrida durante o sono não apenas fortalece os traços de memória, mas também pode produzir mudanças nas representações das recordações. Através de um processo ativo de reorganização, o cérebro realiza a formação de novas associações e a extração de recursos generalizados, facilitando, inclusive, a produção de novas soluções e ideias. Benefícios significativos para a memória são observados após uma noite de sono de 6 a 8 horas, mas também depois de cochilos mais curtos de 30 minutos a uma hora. Assim, garantir boas noites de sono ajuda a fixar o conteúdo visto anteriormente e a nos preparar para aprendizados novos no dia seguinte.
Cristiane Regina Guerino Furini atualmente é professora da Escola de Medicina da PUCRS e pesquisadora do Instituto do Cérebro. Possui como tema principal de trabalho o estudo dos mecanismos farmacológicos e bioquímicos envolvidos na consolidação, persistência, extinção e reconsolidação de memórias.
Saiba mais: 5 dicas: como organizar os estudos online
Um dos projetos que faz parte do PUCRS PrInt, proposta da Universidade contemplada em edital do Programa Institucional de Internacionalização da Capes, Aspectos biopsicossociais associados à saúde do indivíduo na vida adulta envolve estudos de professores de diversas áreas e associados com pesquisadores de 22 instituições, dos seguintes países: África do Sul, Bélgica, Canadá, China, Espanha, EUA, Finlândia, Itália, Reino Unido e Suíça. Uma delas é com a Mayo Clinic, líder mundial em assistência médica sem fins lucrativos, dos EUA.
Os estudos avaliam aspectos da saúde através de duas grandes ênfases: clínica e experimental. Na primeira, visam a investigar a saúde de uma forma abrangente. Os experimentais buscam compreender impactos de ambientes estressores precoces no comportamento do adulto, rotas de neurotoxicidade e o seu possível envolvimento em transtornos neurológicos e psiquiátricos e mecanismos de resistência bacteriana. Como resultado, o projeto prevê a elaboração de práticas interventivas e de prevenção.
Leia mais na reportagem Saúde do adulto em foco, na edição 190 da Revista PUCRS.