A desigualdade no Brasil se agravou após o período de pandemia. E, mesmo após se recuperar do pico ocorrido nos últimos três anos, a desigualdade de renda nas metrópoles brasileiras voltou a apresentar tendência de alta, conforme pesquisa realizada pela PUCRS. Neste cenário, a esperança pode parecer longínqua – mas existe, e está na educação.
“A desigualdade faz com que a gente possa entender que nem todo mundo tem o mesmo ponto de partida. Saímos de pontos muito diferentes”, comenta Gustavo Dalto, médico graduado pela PUCRS que representa o poder transformador da educação.
O jovem foi contemplado com bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) e pelo Ciências Sem Fronteiras, o que o permitiu que, mesmo com dificuldades financeiras, estudasse em uma universidade particular e vivenciasse uma experiência no exterior. Então, ele foi selecionado para uma bolsa de PhD nos Estados Unidos. Vale a pena conhecer essa trajetória.
Gustavo é natural de Nonoai, município com menos de 15 mil habitantes que fica na fronteira do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nascido no interior e em uma família de baixa renda, ele sempre teve alguém em quem se inspirar nos estudos: sua mãe, Maria Doraci. O médico relembra o período em que a ajudava com os estudos enquanto ela realizava o supletivo para concluir o Ensino Médio. Na época, ela tinha cerca de 40 anos. Falecida aos 45, quando Gustavo tinha apenas 12 anos de idade, sonhava em ser médica.
Segundo Gustavo, ela sempre foi apaixonada por saúde: atuou como auxiliar de enfermagem e, após concluir o Ensino Básico, iniciou um curso técnico na área. Apesar de não ter se graduado, sempre incentivou os filhos a estudarem: “Para mim, a vontade dela em concluir seus estudos sempre foi uma motivação”, relembra o médico.
Gustavo acredita que as pessoas próximas são responsáveis, de certa forma, por suas conquistas: “Eu não teria chegado até aqui se não fosse por essas pessoas, e por elas eu me mantenho onde estou. Elas foram quem eu precisava ter ao meu redor”, explica.
A Síntese de Indicadores Sociais, publicada pelo IBGE, aponta que apenas 36% dos estudantes que concluem o Ensino Médio em escolas públicas ingressam no Ensino Superior. Gustavo foi exceção à regra e o que possibilitou que o jovem realizasse uma graduação foi o ProUni, pelo qual obteve bolsa integral.
À época, ele não possuía internet em casa, o que tornava difícil obter informações sobre locais em que poderia estudar:
“Até que assisti, numa sexta-feira à noite, um documentário no Globo Repórter mostrando a PUCRS e o trabalho do professor Ivan Izquierdo com a ideia de construir o Instituto do Cérebro. Foi então que eu me interessei e descobri que a Universidade oferecia vagas em Medicina pelo ProUni”, comenta.
Quando aplicou para a tão sonhada vaga, Gustavo estava no último ano da escola e sua rotina dificultava os estudos, já que ele trabalhava e estudava. O estudante tinha ajuda de Vera Rigo, uma professora de português que revisava suas redações. Fora isso, estudou por menos de um semestre em um cursinho preparatório. Apesar de ter se preparado praticamente sozinho, realizando exercícios e provas anteriores, a aprovação veio no mesmo ano.
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Ensinar também é uma forma de aprender. Por isso Gustavo realizou diversas monitorias durante sua formação. Em seguida, tornou-se bolsista de Iniciação Científica no Instituto de Toxicologia e Farmacologia da PUCRS, sob orientação da professora Maria Martha Campos, por quem o estudante nutria um grande carinho: “Ela é uma das pessoas que eu mais tenho como exemplo pessoal e profissional. Para mim é uma educadora completa, que me ensinou muito mais do que ciência e, sem dúvidas é uma das pessoas mais inteligentes que eu encontrei”, relembra.
Foi justamente por sua experiência de quase quatro anos em pesquisa que obteve sua segunda grande conquista profissional. Na época foram lançados os primeiros editais do programa Ciência sem Fronteiras, que incentivava a formação acadêmica no exterior. Como sua Iniciação Científica era em Farmacologia, ele aplicou para estudar a disciplina na Universidade de Coimbra, em Portugal, tendo sido contemplado pelo edital. Essa experiência representou um grande crescimento pessoal e profissional para o jovem, conforme explica:
“O Gustavo que saiu do Brasil em 2012 e o Gustavo que voltou para Porto Alegre em 2013 para continuar na faculdade de Medicina eram pessoas diferentes. A internacionalização moldou quem eu sou hoje.”
Após a formatura em Medicina, os diplomados podem optar por iniciar sua atuação como clínicos gerais ou ingressar na residência médica, na qual se especializam em determinada área. Por sua paixão em pesquisa, Gustavo desejava seguir no ramo acadêmico, mas não trabalhar não era uma opção para o jovem.
Foi em meio às dúvidas que surgiu a oportunidade: a professora Maria Marta sugeriu que o jovem realizasse um mestrado sob orientação da professora Nadja Schroder (que havia sido orientada pelo professor Ivan Izquierdo). Foi esse caminho que ele optou por seguir enquanto atuava como médico no Hospital São Lucas da PUCRS. Dessa forma, conseguiu se especializar sem a necessidade de deixar de trabalhar e, depois de pós-graduado, tornou-se residente em Neurologia.
Justamente por realizar essa escolha ele teve a chance de, mais uma vez, estudar no exterior: durante a pandemia, Gustavo foi selecionado para uma bolsa de PhD (o maior grau acadêmico existente) em Neurociências na Universidade de Wisconsin-Milwaukee, nos Estados Unidos. Se um dia ele sonhou em ingressar na Universidade, sob a inspiração do professor Ivan Izquierdo, agora ele segue atuando na mesma área do mestre.
Já pensou em estudar em uma Universidade em outro país? Todos os estudantes da PUCRS têm essa possibilidade através dos programas de Mobilidade Acadêmica, divulgados pelo Escritório de Cooperação Internacional. Apesar do fim do Ciência sem Fronteiras, a Universidade divulga semestralmente editais com e sem bolsa de estudos para acadêmicos que desejam vivenciar experiências internacionais.
Além disso, desde 2020 há a possibilidade de estudar em outro país sem sair de casa: com os programas de mobilidade acadêmica virtual, você pode estudar no exterior, cursando disciplinas gratuitamente e aproveitá-las na graduação. Estudantes ProUni ou com créditos educativos podem participar de todos os programas de mobilidade oferecidos pela PUCRS.
Entre as várias experiências que ajudam a compor a formação acadêmica de um estudante, a internacionalização é uma das mais enriquecedoras: além do contato com uma cultura e idioma estrangeiros, há o benefício do contato com a área de conhecimento/atuação do aluno em outro país, em um contexto social, cultural e econômico diferente. Essa é a proposta da Escola de Medicina da PUCRS, que possui um programa de colaboração internacional com duas instituições no exterior: o Hospital Central de Maputo, em Moçambique, e a Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos. O objetivo da iniciativa, que existe desde 2017, é fortalecer a formação humanizada dos estudantes, ampliar sua visão sobre os sistemas de saúde e promover a troca de conhecimentos e experiências entre profissionais de diferentes países.
Além dos benefícios para os alunos, a proposta é de melhorar, juntamente com a formação médica, as condições de saúde pública em locais extremamente necessitados. O decano da Escola, Leonardo Araújo Pinto, destaca a relevância do impacto social de iniciativas como essa:
“Os estudantes têm a oportunidade de vivenciar desafios da saúde em contextos distintos, contribuindo para uma compreensão mais ampla das necessidades e realidades em diferentes países. Esses intercâmbios também trazem benefícios para a assistência médica local, ao trazerem perspectivas e conhecimentos internacionais que podem contribuir para a melhoria dos serviços de saúde oferecidos à população”, pontua.
As inscrições para o programa de colaboração internacional são realizadas por meio de editais internos. Os alunos/as da Escola de Medicina que desejarem participar devem estar cursando entre o 4º e o 6º ano da graduação, além de terem que passar pelos seguintes critérios de seleção: classificação por Coeficiente de Rendimento, avaliação do Currículo Lattes e uma entrevista.
Os estudantes podem escolher o destino que desejarem, o intercâmbio na Califórnia ou em Moçambique – há um processo distinto para cada um dos dois. “Isso permite que os estudantes personalizem sua experiência de intercâmbio de acordo com seus interesses, objetivos e preferências individuais”, acrescenta Leonardo.
Ao chegarem ao destino escolhido, são recepcionados pelo setor de internacionalização da PUCRS, onde são apresentados aos aspectos da cultura local e às oportunidades disponíveis na instituição em que atuarão. Então, são recebidos por um professor que irá orientá-los na prática observacional assistida.
Sendo Estados Unidos e Moçambique países tão distintos em aspectos culturais e socioeconômicos, não seria diferente com relação à Medicina. Tanto em termos de exercício da profissão quanto de sistemas de saúde, ambas as nações têm muito a ensinar aos estudantes da PUCRS.
Os Estados Unidos são conhecidos pela adoção de tecnologias médicas avançadas, o que proporciona aos alunos um aprendizado sobre o impacto dessas inovações na prática clínica. Além disso, o sistema de saúde americano enfatiza a importância da abordagem no paciente, envolvendo-o na tomada de decisões e promovendo a medicina personalizada. Isso ensina aos estudantes sobre a importância da comunicação efetiva e do respeito às preferências e necessidades individuais dos pacientes. Há ainda o fato de que os EUA são líderes em pesquisa médica e desenvolvimento de tratamentos inovadores. “Os estudantes podem aprender sobre a condução de pesquisas clínicas de alta qualidade e como aplicar descobertas científicas na prática médica”, diz o decano.
Já Moçambique representa um aprendizado relacionado a desafios.
“O país enfrenta desafios relacionados a recursos limitados, infraestrutura e acesso a cuidados de saúde. Os estudantes podem aprender sobre como os profissionais médicos lidam com essas limitações e desenvolvem soluções criativas para fornecer cuidados adequados em ambientes com recursos limitados”, explica Leonardo.
Outro aspecto importante é a valorização da medicina comunitária no país e a importância dada ao atendimento das necessidades de saúde da população local. Medicina preventiva, educação em saúde e engajamento comunitário estão entre os fatores que muito podem acrescentar aos estudantes em termos de aprendizagem. Além disso, Moçambique enfrenta desafios relacionados à saúde pública em geral, como doenças infecciosas e acesso limitado a serviços básicos de saúde. Nesse contexto, os estudantes podem aprender sobre estratégias de saúde pública, como vacinação em massa, controle de doenças endêmicas e programas de promoção da saúde.
Se os estudantes da PUCRS podem aprender com a medicina americana e moçambicana, a recíproca é verdadeira: os alunos destes países também têm muito a aprender com a medicina brasileira. O principal ensinamento, talvez seja relacionado ao nosso sistema de saúde universal, mais conhecido como Sistema Único de Saúde (SUS). Os alunos estrangeiros têm a chance de aprender sobre os desafios da organização e implementação de um serviço de saúde que seja acessível a todos os cidadãos.
Há outros aspectos que se destacam na medicina do nosso País. O Brasil é lar de uma série de doenças tropicais, como dengue, malária e febre amarela. A chamada medicina tropical, focada no diagnóstico, prevenção, tratamento e gestão dessas enfermidades, constitui importante aprendizado para os estudantes estrangeiros.
A integração entre a medicina tradicional e complementar também é uma longa tradição no Brasil – com a união entre a medicina indígena e a medicina popular, por exemplo. O professor explica que os alunos de Moçambique e dos EUA podem aprender ainda sobre a importância, benefícios e limitações da integração dessas práticas com a medicina moderna.
Outro ramo da medicina que coloca o Brasil em destaque é o da cirurgia plástica. Nosso País é reconhecido internacionalmente por sua expertise em cirurgia plástica e estética. “Alunos e alunas podem aprender sobre as técnicas e abordagens utilizadas nessa área, bem como sobre a ética e os aspectos psicológicos envolvidos”, ressalta o decano.
Leonardo frisa, por fim, a forte cultura de pesquisa do Brasil:
“O Brasil possui uma comunidade científica ativa e produtiva, com contribuições significativas em várias áreas da medicina. Os estudantes podem aprender sobre a importância da pesquisa científica, como desenvolver projetos de pesquisa e como aplicar os resultados na prática clínica.”
O projeto de internacionalização traz uma série de benefícios para a carreira médica: experiências clínicas diversificadas, aprendizado multicultural, desenvolvimento pessoal e profissional, pesquisa e colaboração internacional e ampliação da rede profissional. Além de tudo isso, a Escola de Medicina da PUCRS possui uma série de outros diferenciais que contribuem para uma formação integral e multidisciplinar de seus estudantes:
A aluna Laura Fillmann, realizou dois estágios durante as três semanas que passou nos Estados Unidos: o primeiro foi no centro obstétrico do hospital Cedars-Sinai, em Beverly Hills; o segundo foi com a equipe de cirurgia colorretal no hospital Ronald Regan, no campus da UCLA em Westwood. Ela afirma ter tido uma ótima experiência, destacando a oportunidade de atuar em excelentes hospitais e ver de perto o sistema de saúde americano.
“Tive a oportunidade de ver coisas que aqui no Brasil eu não teria tanto acesso, como inúmeras cirurgias robóticas: hemicolectomia, retossigmoidectomia, amputação abdominoperineal, herniorrafia inguinal, gastrectomia. Também gostei muito de comparar as práticas estadunidenses com as que havia presenciado aqui no Brasil, às vezes chegando inclusive à conclusão de que fazemos certas coisas melhor! Outro ponto a destacar do estágio foi a universidade em si, fiquei muito impressionada com o campus da UCLA. Os prédios são lindos e a biblioteca parecia ter saído de um filme”, relata a estudante.
Laura conta que um dos maiores desafios de adaptação para ela foi a questão das diferenças culturais – mas que pode contornar isso observando as ações de seus colegas da UCLA. “Percebia que existiam certos costumes em relação às práticas no hospital que eram diferentes das exigidas aos estudantes de medicina aqui no Brasil”. Segundo ela, os estudantes de lá recebiam uma exigência maior, além de ser um ambiente mais rígido e competitivo.
Apesar disso, Laura exalta os aprendizados e boas experiências.
“Tive a oportunidade der ver muitas coisas, considerando que eram dias longos e movimentados, com um grande volume de pacientes. Sempre que voltamos de um lugar tão prestigiado e competitivo, temos a nossa motivação renovada para estudar e nos dedicar ainda mais. Foi uma ótima experiência no geral, apesar de não isenta de dificuldades. Acho que muito mais do que a medicina em si, fui exposta a várias coisas fora da minha zona de conforto, que exigiram certas habilidades que eu percebi que não tenho, mas que me permitiu crescer como estudante e como pessoa”, pontua.
Ao final de seis anos de curso, o aluno Augusto Bressanim, que participou do programa e visitou os dois países, afirma que foi a experiência mais transformadora de sua vida acadêmica. Em Moçambique, ele acompanhou o trabalho do Dr. Christopher Buck, pediatra americano que há mais de 10 anos trabalha junto ao governo moçambicano na criação de protocolos e estratégias em saúde pública.
“Pude notar que o heroico trabalho do Dr. Chris mudou o rumo da vida muitas crianças por todo o país ao longo dos últimos anos. Quando voltei para o Brasil, percebi que a história dele, as crianças que acompanhei e a calorosa recepção por parte dos alunos, residentes e professores me ajudaram a encontrar o meu caminho na medicina: fazer pediatria, ajudar populações carentes e caso algum dia tiver a oportunidade, trabalhar com Global Health também”, conta Augusto.
Sua estadia em Los Angeles também foi de muito aprendizado e novas amizades, além da honra por ter sido ensinado pela excelente equipe de professores da UCLA.
“Durante meus quase três meses na UCLA, pude atender crianças de diversas origens, inclusive descendentes de brasileiros. Procurei fazer o meu melhor para contribuir com o andamento dos serviços de pediatria que me receberam e para ajudar os pequenos pacientes que ainda têm um longo futuro pela frente. Voltei com saudade e extremamente grato pelo suporte das pessoas que conheci. Trouxe também um sonho de continuar minha formação médica em território americano.”
Augusto diz que educação de qualidade sempre foi uma prioridade em sua carreira – por essa razão ele escolheu a PUCRS, onde ele pode trabalhar com pesquisa, publicar artigos, escrever capítulos de livros, ministrar monitorias, realizar trabalho voluntário e participar de estágios internacionais.
“Hoje vejo que essas valiosas experiências moldaram minha forma de pensar e meu futuro como médico. Atualmente sigo estudando com o objetivo de revalidar meu diploma e fazer residência médica em pediatria nos EUA e assim, continuar contribuindo com essa importante ponte que existe entre a PUCRS, UCLA e Moçambique”, conclui.
O doutor pelo programa de Pós-Graduação em História da PUCRS, Waldemar Dalenogare Neto, foi o vencedor do Prêmio Fulbright-Capes de Tese, com a pesquisa Os Estados Unidos e a Operação Condor, realizada sob orientação do professor Helder Gordim da Silveira. Para concorrer à honraria, o departamento de cada Universidade seleciona seus melhores trabalhos e os submete ao prêmio. Os vencedores a nível nacional, como Waldemar, recebem uma bolsa de pós-doutorado nos EUA.
Para Helder, orientador da tese, essa premiação é importante por representar o reconhecimento nacional e internacional da qualidade e da relevância dos trabalhos de pesquisa desenvolvidos na Pós-Graduação da PUCRS.
A Operação Condor foi uma campanha promovida pelos Estados Unidos que esteve intimamente relacionada com as ditaduras militares do Cone Sul, como a brasileira, a chilena e a argentina, promovendo ações de terrorismo de Estado. Embora seja um tema já conhecido, a tese de Waldemar possui um ineditismo:
“Por muitos anos esses arquivos que utilizei (da CIA, do Departamento de Estado e das embaixadas) ficaram fechados para acesso e eu consegui essa liberação, através de um processo que iniciei já na minha pesquisa de mestrado. Foi um planejamento a longo prazo”, afirma o pesquisador.
A ideia de Waldemar é realizar um comparativo entre as gestões de diferentes presidentes dos Estados Unidos: os conservadores Richard Nixon e Gerald Ford, que tiveram Henry Kissinger como secretário de Estado, e o governo do democrata Jimmy Carter, que apresentou uma pauta voltada aos Direitos Humanos.
O pesquisador acredita que sua pesquisa poderá auxiliar nos debates historiográficos na Argentina, no Chile e no Brasil, em especial em relação aos crimes cometidos durante as ditaduras e sobre o papel dos Estados Unidos nesses regimes: “Por muitos anos, a administração dos presidentes Nixon e Ford, em especial o secretário Kissinger, afirmaram nunca ter cometido crime algum nesses países. A partir dessas primeiras descobertas, e existe material para mais pesquisas, outros acadêmicos poderão ser motivados a estudar esse assunto”.
“É um avanço significativo no conhecimento sobre um tema de enorme importância científica e social para todo o continente americano e para o Ocidente”, complementa o orientador, professor Helder.
Waldemar realizou toda a sua trajetória acadêmica na PUCRS: a graduação, em que obteve láurea acadêmica, o mestrado e o doutorado, ambos obtidos com louvor. “Eu sempre tive apoio da Universidade em todos os meus projetos. Fiz várias viagens para os Estados Unidos durante minha pós-graduação e sempre contei com o apoio da equipe da pós-graduação para conseguir realizá-las. Só tenho coisas boas a falar sobre a instituição que me possibilitou um grande crescimento profissional”, comenta.
O Projeto Institucional de Internacionalização da PUCRS é voltado para estudantes da Pós-Graduação que desejam realizar seus estudos no exterior. Ele possui três temas prioritários que contam com a participação de professores de diferentes áreas do conhecimento: Saúde no Desenvolvimento Humano, Mundo em Movimento: Indivíduos e Sociedade e Tecnologia e Biodiversidade: Sustentabilidade, Energia e Meio Ambiente. Com ele, é possível ter uma experiência internacional, ampliando ainda mais os conhecimentos envolvidos em uma pesquisa.
Se você se interessa por História e, assim como o Waldemar, deseja realizar mestrado e/ou doutorado na área, as inscrições para o programa de Pós-Graduação em História vão até o dia 12 de novembro!
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Apesar dos desafios impostos pela pandemia, a mobilidade internacional foi potencializada por outras estratégias, como a colaboração online. Os chamados Collaborative Online International Learning (COIL) têm unido docentes de diferentes partes do mundo e conectado estudantes em uma proposta internacional remota.
Os professores Allan Morcelli e Gustavo Roth, da Escola Politécnica, agora oferecem em parceria com a Catholic University of America (CUA), dos Estados Unidos, um COIL na disciplina eletiva Bioprocess Technologies (98400-02). Nela, alunos e alunas de cursos como Engenharia Química, Engenharia Mecânica e de Engenharia de Produção participarão de um projeto sobre bioprocessos juntamente com estudantes da instituição estadunidense.
O COIL terá seis encontros e debaterá desafios mundiais, propondo que a turma encontre soluções para esses desafios de forma coletiva. Neste semestre, o tema da dinâmica será A fome do mundo, focando em tecnologias de alimentos, biotecnologia e outras inovações na área da Engenharia Química.
Para Roth, a disciplina possibilita que os/as estudantes visualizem um problema global a partir de outras perspectivas, além de ter contato com culturas diferentes:
“Esperamos que esta modalidade de internacionalização in house se consolide na Universidade e que a abordagem colaborativa de desafios mundiais proporcione futuras possibilidades profissionais aos alunos”.
Além disso, Morcelli explica que o projeto COIL é uma oportunidade de estreitar laços com uma instituição reconhecida internacionalmente e oportunizar uma experiência internacional aos estudantes sem precisarem viajar. “As trocas entre alunos do exterior e brasileiros, com diferentes perspectivas, será fundamental no processo de aprendizagem com metodologias ativas”, acrescenta.
Estudantes da PUCRS que já realizaram a disciplina anteriormente, mas têm interesse em participar da dinâmica com a CUA, podem se inscrever no formato extensão via Educação Continuada (Educon) no curso Engineering the Future: Biotechnology Solutions to World Challenges (196307) neste link, até o dia 16 de maio de 2021.
Nesta quinta-feira, dia 30 de maio, acontece o evento Próximo destino: Estados Unidos promovido pelo EducationUSA. O encontro ocorre das 18h às 19h e aborda a Pós-Graduação. A atividade acontece na sala 205, do Living 360º (prédio 15 do Campus). Na sessão serão abordados os passos necessários para quem deseja ingressar em uma universidade norte-americana, incluindo informações sobre os programas, as instituições, provas de proficiência, formas de custeio, elaboração de projetos, entre outros. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do e-mail [email protected].
Desde novembro de 2018, a PUCRS conta com um escritório do EducationUSA. A rede, afiliada à Seção de Educação e Cultura (Bureau of Educational and Cultural Affairs – ECA) do Departamento de Estado norte-americano, está distribuída em mais de 425 centros de orientação educacional em 181 países. Na Universidade, a sede está localizada no Escritório de Cooperação Internacional (prédio 1, sala 110 – andar térreo).
Nos dias 28 e 30 de maio acontece o evento Próximo destino: Estados Unidos promovido pelo EducationUSA. O encontro do dia 28 de maio, das 17h às 18h, focará em oportunidades e orientações sobre Graduação. Já no dia 30 de maio, das 18h às 19h, a sessão abordará a Pós-Graduação. Ambas as atividades acontecem na sala 205, do Living 360º (prédio 15 do Campus). Nas sessões serão abordados os passos necessários para quem deseja ingressar em uma universidade norte-americana, incluindo informações sobre os programas, as instituições, provas de proficiência, formas de custeio, elaboração de projetos, entre outros. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas através do e-mail [email protected] indicando a data de interesse.
28 de maio (terça-feira)
Oportunidades e orientações sobre Graduação
Local: sala 205 do Living 360º (prédio 15)
Horário: das 17h às 18h
30 de maio (quinta-feira)
Oportunidades e orientações sobre Pós-Graduação
Local: sala 205 do Living 360º (prédio 15)
Horário: das 18h às 19h
Desde novembro de 2018, a PUCRS conta com um escritório do EducationUSA. A rede, afiliada à Seção de Educação e Cultura (Bureau of Educational and Cultural Affairs – ECA) do Departamento de Estado norte-americano, está distribuída em mais de 425 centros de orientação educacional em 181 países. Na Universidade, a sede está localizada no Escritório de Cooperação Internacional (prédio 1, sala 110 – andar térreo).
Estão abertas as inscrições para o Programa Oportunidades Acadêmicas, oferecido pelo Departamento de Estados dos Estados Unidos por meio da rede EducationUSA, que prevê orientar e financiar o processo de candidatura de brasileiros interessados em fazer faculdade nos Estados Unidos. O objetivo do programa é prestar assistência a estudantes academicamente qualificados, mas sem condições financeiras no processo de candidatura para programas de Graduação, visando o ingresso com bolsa integral.
Para a modalidade graduação, as inscrições vão até o dia 14 de janeiro de 2019. Dúvidas e mais informações podem ser direcionadas para o e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3320-3660.
O programa oferece acompanhamento com orientador EducationUSA, localizado na PUCRS, que conta com orientação gratuita, informações pelo e-mail [email protected]. Também dispõe materiais de estudo para testes; taxas com envio de documentos e de provas; transporte e acomodação para prova e tradução de documentos acadêmicos.
É necessário que o candidato esteja cursando o 2º ou o 3º ano do Ensino Médio, em 2019, ou ter concluído o Ensino Médio em dezembro de 2018; seja de família com recursos financeiros limitados e tenha inglês avançado para o momento da candidatura. Também necessita realizar atividades extracurriculares e comunitárias, ter excelente histórico acadêmico e estar interessado em qualquer área de estudo exceto Medicina, Odontologia, Veterinária, Direito ou Psicologia.
Desde novembro de 2018, a PUCRS conta com um escritório do EducationUSA. A rede, afiliada à Seção de Educação e Cultura (Bureau of Educational and Cultural Affairs – ECA) do Departamento de Estado norte-americano, está distribuída em mais de 425 centros de orientação educacional em 181 países. Na Universidade, a sede está localizada na Assessoria de Cooperação Internacional (prédio 1, sala 110 – andar térreo).
A PUCRS é a primeira universidade gaúcha a receber a operação, que é aberta à comunidade local. O escritório tem por objetivo promover a educação superior do país norte-americano aos alunos de diversas partes do mundo através da oferta de informações precisas, abrangentes e atualizadas sobre as oportunidades de estudo em IES reconhecidas. O EducationUSA também trabalha com a comunidade das IES americanas para que as instituições alcancem seus objetivos de internacionalização.
Nesta quarta-feira, 6 de junho, o engenheiro Alejandro Miguel San Martin, cientista da National Aeronautics and Space Administration (Nasa) – agência espacial norte-americana, fará uma apresentação exclusiva para estudantes e professores da PUCRS, das 10h às 11h30min, na Escola Politécnica. O painel com o tema Curiosity Rover and The Seven Minutes of Terror (Rover Curiosity e “Os sete minutos do terror”) será ministrado em espanhol e ocorre no auditório térreo do prédio 32 do Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). A atividade é aberta a estudantes de todas as áreas e ocorre sem inscrições prévias. As vagas são limitadas.
Missão em Marte
Nesta palestra serão descritos os desafios do pouso em Marte e como os engenheiros os abordaram no contexto do Rover Curiosity, a última missão a pousar com sucesso no Planeta Vermelho. A palestra também descreverá as novas tecnologias que precisaram ser inventadas para essa missão de 2,5 bilhões de dólares para pousar o maior Rover (950 Kg) com a maior precisão já testada em Marte.
O programa Oportunidades Acadêmicas, do Departamento de Estado dos Estados Unidos, busca estudantes brasileiros interessados em conseguir uma bolsa de Mestrado ou Doutorado no país. As inscrições estão abertas até a próxima terça-feira, 15 de março, por meio do site www.educationusa.org.br/site/oportunidades-academicas. Para participar do processo seletivo é necessário estar matriculado ou ter concluído um bacharelado ou mestrado em uma instituição brasileira; ter bom histórico acadêmico; estar envolvido em atividades na instituição de ensino, ser fluente em inglês, entre outros pré-requisitos. Desde 2006, mais de 245 estudantes brasileiros participaram da experiência. Outras informações no site citado.
O programa Oportunidades Acadêmicas, do Departamento de Estado dos EUA, busca estudantes brasileiros interessados em conseguir uma bolsa de Mestrado ou Doutorado nos Estados Unidos. As inscrições estão abertas até o dia 15 de março, por meio do site www.educationusa.org.br/site/oportunidades-academicas. Para participar do processo seletivo é necessário estar matriculado ou ter concluído um bacharelado ou mestrado em uma instituição brasileira; ter bom histórico acadêmico; estar envolvido em atividades na instituição de ensino, ser fluente em inglês, entre outros pré-requisitos. Desde 2006, mais de 245 estudantes brasileiros participaram da experiência. Outras informações no site citado.