Série Ato Criativo recebe o ator Sérgio Mamberti e o escritor Dirceu Alves Jr

Sérgio Mamberti e Dirceu Alves Jr. / Foto: Divulgação

No dia 10 de junho, quinta-feira, às 21h, a PUCRS Cultura promove um bate-papo com o ator Sérgio Duarte Mamberti e o escritor Dirceu Alves Jr. A mediação será realizada pelo professor e diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena. A conversa é transmitida através do perfil PUCRS Cultura no Facebook e do Canal da PUCRS no YouTube – onde fica disponível para acesso posterior.   

A série Ato Criativo tem como objetivo aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de bate-papo com artistas. Nesse episódio, a conversa será sobre o livro autobiográfico Sérgio Mamberti: senhor do meu tempo escrito por Sérgio e Dirceu.  

Sobre o ator 

Sérgio Duarte Mamberti é ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e político brasileiro. Formado pela Escola de Arte Dramática de São Paulo, é dramaturgo há mais de 50 anos. Estreou no teatro profissional com a peça Antígone América, escrita por Carlos Henrique de Escobar, produzida por Ruth Escobar e dirigida por Antônio Abujamra. Na década de 1970, trabalhou na dramaturgia brasileira junto com Beatriz Segall, Regina Duarte e Paulo José. Na peça Tartufo, de Molière, dividiu o palco com Paulo Autran sob a direção de José Possi Neto. Em 1988, viveu um de seus personagens mais marcantes, na novela Vale Tudo de Gilberto Braga. Além disso, atuou em filmes, séries, minisséries e outros especiais. Em sua carreira política, foi secretário de Música e Artes Cênicas, secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e secretário de Políticas Culturais. 

Sobre o escritor 

Dirceu Alves Jr, jornalista, crítico teatral e escritor, nasceu em Porto Alegre, em 1975, e vive em São Paulo desde 2002. Formado em Jornalismo pela PUCRS (1996), já trabalhou no jornal Zero Hora como pesquisador, repórter e editor-assistente do Segundo Caderno. Em São Paulo, Dirceu foi repórter e editor-assistente da revista IstoÉ Gente por cinco anos e repórter e crítico de teatro da revista Veja São Paulo por treze. Em 2004, publicou o livro Telenovelas, na coleção Para Saber Mais, da revista Superinteressante. Além disso, escreveu Elias Andreato, a máscara do improvável (2019), biografia do ator e diretor, lançada pela Editora Humana Letra.  Em 2021, o escritor lança em conjunto com Sérgio Mamberti a autobiografia do ator, Sérgio Mamberti: senhor do meu tempo 

Sobre o mediador 

Ricardo Barberena nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui graduação (2000), doutorado (2005) e pós-doutorado (2009) na área de Letras pela UFRGS. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade e é membro do Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).   

Serviço 

Scliar

Scliar publicou mais de 70 livros. Crédito: Acervo Delfos

Em 23 de maio de 1937, nasceu o médico e escritor Moacyr Scliar (1937-2011), que conta com um acervo no Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS. Filho de imigrantes europeus, passou a maior parte de sua infância no Bairro Bom Fim, em Porto Alegre. No ano de 1962, formou-se médico pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e lançou seu primeiro livro (Histórias de um médico em formação), marcando o entrelaçamento dessas duas áreas que seguiriam juntas ao longo de sua vida: a escrita e a medicina.

Em sua carreira médica, Scliar dedicou-se principalmente ao trabalho na área da Saúde Pública, como médico sanitarista. Já na trajetória literária, publicou mais de 70 livros, entre gêneros como o romance, a crônica, o conto, a literatura infantil e infanto-juvenil e o ensaio. Recebeu inúmeros prêmios de literatura, a exemplo dos quatro prêmios Jabuti (1988, 1993, 2000 e 2009). Além disso, muitas de suas criações foram publicadas em países como Inglaterra, Rússia, República Tcheca, Eslováquia, Suécia, Noruega, França, Alemanha, Israel, Estados Unidos, Holanda, Espanha e Portugal.

O acervo do Delfos

Nos primeiros anos da década de 2000, Moacyr Scliar entrou em tratativas com a PUCRS para que o Centro de Memória Literária da Faculdade de Letras fosse depositário de parte dos documentos que constituíam seu espólio. Entregou, na época, caixas com tais documentos, que posteriormente foram acondicionados em envelopes, classificados e catalogados. O acervo, atualmente, encontra-se sob os cuidados do Delfos (localizado no 7º andar da Biblioteca Central) e conta com 2.582 documentos catalogados, como manuscritos, datiloscritos, correspondências e recortes de jornal. Além disso, parte do acervo pode ser acessado online, através da plataforma Delfos – Digital.

Literatura e humanidade

Em sua crônica Juventude e Literatura, Scliar diz “O jovem escritor deve se humanizar. Aprender a conhecer e amar as pessoas”, fortalece sua opinião ao propor a mudança do lema “arte pela arte” por “arte pelo homem”. O conselho dado aos novos escritores foi levado a sério em sua própria produção, que demonstra um grande interesse por questões humanas, em diálogo constante com suas memórias, seu cotidiano como médico e sua condição de judeu e filho de imigrantes.

Sua sensibilidade estendeu-se também ao olhar que conservou, e que transmitiu através de seus escritos, da cidade de Porto Alegre. Declaradamente apaixonado pela capital gaúcha, explorou os mistérios e encantos da cidade. Em alguns casos, narrou situações reais, como na crônica A arte e a ciência dos boatos, que tem como pano de fundo de seu início os leões de bronze situados em frente ao prédio da Prefeitura da cidade. Em outros, criou narrativas ficcionais que se passam em Porto Alegre, como em seu primeiro romance, A guerra no Bom fim (1972)que conta com versões datiloscritas e com correções do próprio autor no Delfos – Digital.

Quer presente melhor para um escritor do que ser lido? Acesse a plataforma online do Delfos e confira a coleção do Moacyr Scliar sem precisar sair de casa.

João Silvério Trevisan

Foto: Reprodução

No dia 11 de outubro, das 14h às 17h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural promove o evento Criar, escrever e outras lutas: conversa com João Silvério Trevisan. Escritor, jornalista, dramaturgo e ativista do movimento LGBT, vai falar sobre sua obra no evento coordenado pelo professor da Escola de Humanidades Ricardo Barberena e pelo doutorando em Escrita Criativa do Programa de Pós-Graduação em Letras Reginaldo Pujol Filho. Entrada franca.

Nascido em Ribeirão Bonito (SP), Trevisan é também tradutor, cineasta e coordenador de oficinas literárias. Recebeu inúmeros prêmios em teatro, cinema e literatura, dentre os quais o Jabuti (três vezes) e o da Associação Paulista dos Críticos de Arte (duas vezes). Tem obras traduzidas para o inglês, o alemão e o espanhol. Escreve para jornais e revistas de todo o País e do exterior. Alguns de seus livros: Testamento de Jônatas deixado a David (1976); As incríveis aventuras de el cóndor (1980); Em nome do desejo (1983); Vagas notícias de Melinha Marchiotti (1984); Devassos no paraíso (1986); O livro do avesso (1992); Ana em Veneza (1994), agraciado com o Prêmio Jabuti em 1996; Troços & destroços (1997); Seis balas num buraco só: a crise do masculino (1998); Pedaço de mim (2002); Rei do cheiro (2009). Neste ano, lançou a obra Pai, pai, sobre suas memórias a respeito da homossexualidade e a difícil relação com o pai.

 

 

 

lourenço mutarelli, delfos, escritor, cartunista, ator, dramaturgo

Foto: Gabo Morales/Folhapress

Nesta segunda-feira, dia 18, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural promove um encontro com um dos principais escritores brasileiros contemporâneos, Lourenço Mutarelli. O autor de obras de peso como O Grifo de Abdera e O Cheiro do Ralo irá falar sobre seu processo de criação, as principais obras e também sobre suas diferentes funções, uma vez que atua como romancista, dramaturgo, quadrinista e ator, participando de filmes como Que Horas Ela Volta.  O evento, gratuito e aberto ao público, será no auditório da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), no prédio 7 do Campus, das 14h às 17h30min. A participação vale como horas complementares.

SAIBA MAIS

Lourenço Mutarelli é escritor, ator, dramaturgo e autor de histórias em quadrinhos brasileiro, sua principal atividade no início da carreira. Nesse ramo, publicou títulos como Over-12 (1988) e Solúvel (1989), e mais recentemente Manaus (2013) e Sketchbooks (2013). Escreveu livros como O Cheiro do Ralo, adaptado às telas de cinema, assim como o seu romance O Natimorto, adaptado para o teatro e também como obra cinematográfica, na qual fez parte do elenco.

Mutarelli participou também como criador de arte do filme Nina, os desenhos da personagem eram na verdade de sua autoria. De acordo com o professor Ricardo Barberena, coordenador do Delfos, o artista se destaca por não se restringir a apenas uma mídia na hora de criar e por possuir uma grande força estética, com uma linguagem muito própria. O coordenador ainda ressalta que a vinda do artista faz parte de uma iniciativa recorrente do Delfos, que desde maio de 2014 promoveu mais de 40 encontros gratuitos com escritores.

Amós Oz/Fronteiras do Pensamento

Amós Oz/Fronteiras do Pensamento

Estudantes de Pós-Graduação da PUCRS poderão assistir à conferência do escritor israelense Amós Oz, no Fronteiras do Pensamento, de forma gratuita. A Universidade, parceira cultural do projeto, oferece cortesias àqueles que participarem da ação divulgada na página da PUCRS no Facebook. O evento ocorre na próxima quarta-feira, 28 de junho, no Salão de Atos da UFRGS, com início às 19h30min. Para as próximas conferências da temporada 2017 também haverá cortesias, sempre divulgadas na fan page.

Amós Oz

Escritor israelense, Oz é ativista político e um dos mais renomados e premiados intelectuais da atualidade. É autor de uma extensa obra literária formada por romances, ensaios e críticas e publicada em 40 países, sendo um dos escritores israelenses mais traduzidos no mundo. Fundador e principal representante do Movimento Paz Agora, defende a solução de dois Estados para o conflito entre Israel e Palestina.

Civilização

A temporada 2017 do projeto Fronteiras do Pensamento tem como tema Civilização – a sociedade e seus valores. Com parceria cultural da PUCRS, o evento traz a Porto Alegre, até o mês de dezembro, conferencistas internacionalmente reconhecidos para abordar a busca por reconstrução, consciência e resgate de valores.

Parceria

Professores e técnicos administrativos da PUCRS e da Rede Marista têm direito a 50% de desconto no pacote de ingressos. Interessados podem adquirir neste link, após solicitar o código que habilita o desconto pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 4020-2050. A aquisição das entradas pode ser feita neste link ou em um dos pontos de venda físicos, com apresentação do crachá. Estudantes têm direito a meia-entrada conforme legislação.

Livros Daniel Munduruku

Foto: Divulgação

Nesta sexta-feira, dia 26, às 19h30min, o Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural recebe o principal escritor indígena do País, Daniel Munduruku, para um bate-papo. Autor de mais de 50 livros para crianças, jovens e educadores, recebeu diversos prêmios no Brasil e exterior, entre eles o Prêmio Jabuti, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Érico Vanucci Mendes (outorgado pelo CNPq) e o Prêmio Tolerância (da Unesco). Muitos de seus livros receberam o selo Altamente Recomendável pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Também é comendador da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República desde 2008. Em 2013, recebeu a mesma honraria na categoria da Grã-Cruz, a mais importante destinada a um cidadão brasileiro na área da cultura.

O Delfos fica no 7º andar da Biblioteca Central, prédio 16 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). O evento tem entrada franca. Não é necessário se inscrever.

 

Saiba mais

Graduado em Filosofia e Psicologia e licenciado em História, Munduruku tem doutorado em Educação e estágio pós-doutoral em Literatura. É diretor presidente do Instituto UKA – Casa dos Saberes Ancestrais. Reside em Lorena, interior de São Paulo. Outras informações no seu blog: danielmunduruku.blogspot.com.br.