A 5ª Maratona de Inovação da PUCRS (MIP) teve a participação de mais de 180 estudantes que formaram 17 equipes multidisciplinares. Realizada pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (IDEAR) e o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) em conjunto com as sete Escolas, a atividade aconteceu no início de setembro. Durante dois dias, alunos e alunas tiveram a oportunidade de atuar em inovação, tecnologia e empreendedorismo, interagindo com outras áreas de conhecimento, tendo como temática central Negócios de impacto: inovação para transformar a sociedade. Os grupos foram desafiados a pensar em soluções a partir de três desafios propostos. Integrantes do Tecnopuc, como Webmed e Thoughtworks, estiveram presentes para mentorar e auxiliar estudantes durante todo o desenvolvimento dos projetos.
Um dos desafios, intitulado Aumentando a expectativa e qualidade de vida: da cura à prevenção, teve como destaque o grupo Daily Sync. A equipe formada por Augusto Borges, aluno da Escola de Comunicação, Artes e Design, Pietra Lorensi e Fernando Grauer, da Escola de Negócios, Bianca Segala e Nicolly Rodrigues, da Escola de Direito, propôs uma plataforma que cria rotinas de forma automatizadas para profissionais do mercado financeiro que não conseguem manter uma dinâmica saudável.
“A nossa plataforma desenvolve toda a rotina por meio de uma inteligência artificial e já conecta com os profissionais da saúde que o usuário da plataforma precisa consultar”, explica Fernando, integrante do grupo destaque. Fernando conta como foi participar pela primeira vez de um programa como a MIP: “Eu decidi que estava na hora e não me arrependo. O contato que temos com pessoas de outras áreas do conhecimento durante o programa é fundamental, fomos mentorados com ajuda desde o começo”, completa Fernando.
O segundo desafio, intitulado de “Promovendo o acesso: Da mobilidade urbana ao enriquecimento cultural para todos”, teve como destaque o grupo Ressuni, formado por Leonardo Silveira, Escola de Direito, Vanessa Lima, Sofia Mattos e Enzo Lanzarin, da Escola de Humanidades, Júlia Bueno, da Escola de Negócios, e Maria Danelon, Escola Politécnica. A ideia do projeto foi facilitar a transição para a vida adulta, combinando tecnologia e orientação especializada para direcionar jovens rumo a carreiras promissoras.
Por fim o desafio Reduzindo impactos ambientais: Da reciclagem ao reformular modelos existentes de sistemas, produtos e serviços teve como equipe destaque o grupo Kaffa, formado por Isadora Krob, da Escola de Negócios, Isabela Passos e Rafaela Sibemberg, da Escola de Comunicação, Artes e Design, Luiza Lauxen e Milee Koenia, da Escola de Direito. A ideia do projeto é desenvolver um copo reutilizável e de descarte ecológico utilizando a borra de café. Segundo os estudantes, o projeto tem o propósito de impactar o planeta de forma consciente, reutilizando aquilo que se vê como lixo. “Assim utilizamos a borra de café como matéria prima para a fabricação de xícaras e, através de uma economia circular, coletamos essa borra em cafeterias parceiras que recebem o produto final com desconto”, explica Isadora.
A ideia inicial do projeto surgiu em aula, mas foi na MIP que ele foi desenvolvido em equipe, inserido em ferramenta de modelagem e instruído por professores de diversas áreas, na mentoria, agregando valor e a estrutura que um projeto precisa. Isadora também foi uma das alunas que já havia participado da MIP. “Participei da MIP 2021 logo que entrei na faculdade. Na época ainda estávamos em pandemia e por isso o evento foi online. Foi uma experiência muito desafiadora pois, mesmo online, conseguimos juntar pessoas de diversos cursos e concretizar um projeto muito importante sobre o autismo, conquistando o destaque na Maratona”, comenta.
Gabriele Jeffman, analista de Inovação e Desenvolvimento do Tecnopuc Startups, destaca a importância da participação da equipe de startups na Maratona: “É muito legal poder integrar a Maratona de Inovação e contribuir para a o desenvolvimento de projetos dos alunos. Dessa edição da MIP, selecionamos três projetos, que já iniciaram sua trajetória e modelagem do seu negócio na 15° edição do Startup Garage”, comenta.
Para Silvia Dapper, líder de projetos do IDEAR e professora da Escola de Comunicação, Artes e Design, é preciso destacar a necessidade de pensar no contexto no momento de planejar o projeto: “Para criar um negócio de impacto, uma das principais motivações é trabalhar um determinado contexto para a solução de algum problema social e/ou ambiental. E algo importante para se falar sobre este tipo de empreendimento é que ele também carrega a necessidade de ser financeiramente sustentável”, completa.
Outra ação que fez parte da programação da MIP foi o voto popular. A atividade também promoveu uma premiação para a equipe que obtivesse maior número de votos por meio das redes sociais. Os grupos participantes contabilizaram mais de 6mil votos e o destaque foi o projeto Connect Malte, que conquistou 2 mil votos.
A equipe foi formada por Eduardo Gasperin, João Panassol, Camila Carnelos, Pedro Grazziotim, alunos da Escola de Negócio, Felipe Julius, estudante da Escola de Comunicação, Artes e de Design e Emyli Severo, da Escola de Direito. Eduardo conta que o objetivo do projeto é reciclar o bagaço do malte e utilizar na produção de ração animal. “Nossa ideia é usar essa sobra, que muitas vezes é jogado fora e prejudica o meio ambiente, e transformar em um pré produto de ração”, explica.
De acordo com Eduardo, essa foi a segunda vez que ele participou da Maratona. Em 2022, o projeto desenvolvido por ele foi destaque em uma das categorias e também recebeu o prêmio AGES. “A Maratona é uma experiência muito legal. Acho que ela estimula a criatividade e o trabalho em equipe. É legal ter multidisciplinaridade no grupo e ter vários pontos de vistas para o desenvolvimento”, ressalta.
A abertura da Maratona contou com a participação de convidados que trabalham diretamente com o tema. Maira Petrini, professora Escola de Negócios, mediou um painel com a participação de Ana Lúcia Maciel, coordenadora do Farol Hub Social, Henrique Dias, cofundador da Noharm.ai, e Elisângela Machado, coordenadora do programa Coalizão pelo Impacto.
A nova temporada da série Caminhos para a Vitória estreia nesta terça-feira, dia 18 de julho, no Globo Esporte. Nesta edição, o programa da RBS TV irá valorizar as Escolas da PUCRS, seus projetos e ações e suas respectivas áreas do conhecimento. Os episódios irão utilizar recursos de gameficação para contar histórias que traduzem o impacto social da PUCRS para a sociedade.
Assim como nas últimas duas edições, os episódios serão exibidos semanalmente, nas terças-feiras. Os comunicadores Luciano Périco e Alice Bastos Neves irão percorrer um novo mundo, explorando um universo de desafios e muito conhecimento que só a PUCRS pode proporcionar. No formato de reality show, a série Caminhos para a Vitória mantém o objetivo de incentivar a busca por uma vida mais saudável.
Na última edição a Universidade auxiliou na preparação da equipe do programa, em especial os comunicadores Alice Bastos Neves e Luciano Périco, para a cobertura dos jogos da Copa do Mundo no Catar, contemplando uma imersão na gastronomia, idioma, costumes e outras dimensões da cultura do país.
Assim como na primeira temporada, que contou com nove capítulos transmitidos em novembro, a série também abordou o amplo ecossistema de saúde e bem-estar do Campus, conectando a estrutura de ensino e serviços para mostrar ao público todas as possibilidades que a PUCRS oferece. Para conferir os desafios enfrentados pelos protagonistas no ano passado, assista à primeira e à segunda temporadas.
Nas últimas semanas, publicamos as primeiras matérias da série PUCRS contra a Covid-19, que abordaram as soluções desenvolvidas com o apoio do Tecnopuc e as ações lideradas por quatro das sete Escolas da Universidade. Hoje, o destaque vai para algumas iniciativas de enfrentamento ao coronavírus conduzidas pelas Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica.
De acordo com o vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, em uma crise sanitária como essa, as soluções devem vir da ciência. “Esse é o nosso papel enquanto Universidade. Tentamos realizar diversas ações por meio de nossas Escolas, sejam elas de caráter solidário, como a produção e distribuição de escudos faciais (face shields), de cuidados relacionados à saúde mental ou por meio da pesquisa. Todas as áreas realizaram ações importantes”, relata.
O vice-reitor acrescenta que muitas iniciativas partiram das Escolas e tiveram participação de outras instituições ligadas à PUCRS, como o Instituto do Cérebro (InsCer) e o Hospital São Lucas (HSL). “Todas essas ações visam contribuir para a região em que a Universidade está inserida”.
Em breve, você conhecerá algumas ações desenvolvidas pelos Institutos da PUCRS. Continue acompanhando!
Em abril de 2020, há poucas semanas do início da pandemia no Brasil, pesquisadores e professores da PUCRS desenvolveram um novo teste para identificar pessoas negativas para o coronavírus. Coordenado por Daniel Marinowic, professor da Escola de Medicina da Universidade, a alternativa de exame é mais barata e os resultados ficam prontos em menos tempo, sem perder o padrão de qualidade, pois também é utilizada a metodologia de diagnóstico molecular, usado no exame padrão.
Ao lado de profissionais do HSL, pesquisadores da Escola também participaram do desenvolvimento de um protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D que possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 221 protótipos que estão sendo utilizados em nove hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Com a ajuda de Inteligência Artificial (IA) e uma equipe multidisciplinar, o professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Bruno Hochhegger desenvolveu um método que deve estimar a quantidade de leitos necessários para pacientes com Covid-19. Por meio da verificação do registro médico eletrônico, já foram incluídos atendimentos realizados no HSL e em outros hospitais do País.
No segundo semestre do ano passado, estudantes de Medicina foram premiados pelo Congresso Online de Cirurgia (CONCIR), com o estudo “COVID-19: análise do impacto da pandemia na realização de ressecção pulmonar por neoplasia no Hospital São Lucas da PUCRS no ano de 2020”. A pesquisa foi desenvolvida por alunos do 6° ao 12° semestre, com a supervisão da professora Maria Teresa Ruiz Tsukazan.
Além disso, em meio à corrida para encontrar a possível cura ou vacina da Covid-19, dois pesquisadores uniram recursos e esforços na busca de um tratamento alternativo. Marcus Jones, professor da Escola de Medicina, e Marcelo Cypel, ex-aluno da PUCRS que hoje atua na Universidade de Toronto, estão desenvolvendo um estudo com a utilização do gás de óxido nítrico para combater infecções. De acordo com o professor, esse estudo provavelmente irá além do tratamento para o coronavírus, podendo ser efetivo também para outras infecções pulmonares e novos vírus. Em novembro, o primeiro paciente recebeu esse tratamento em Porto Alegre.
Luis Humberto Villwock, professor da Escola de Negócios, coordenou o movimento Brothers in Arms, que conta com o trabalho voluntário de pessoas interessadas em combater a Covid-19. Nessa ação, o grupo de voluntários elaborou boletins atualizados com as carências e demandas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dos hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul.
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Além disso, os voluntários do Movimento, junto com entidades filantrópicas, universidades e empresas, atuam também em outras frentes como: compra de materiais de EPIs, coleta e entrega de doações de equipamentos de proteção às unidades de saúde, manutenção de respiradores inoperantes, Impressão 3D de peças para protetores faciais, entre outras ações.
A Escola de Negócios também contribui com orientações para empresas de pequeno a grande porte sobre renegociação e análise de fluxo de caixa para sobreviver em tempos de pandemia. Com a coordenação do professor Gustavo de Moraes e o envolvimento voluntário de ex-alunos e estudantes de graduação e mestrado, esses suportes técnicos foram dados a empresas de vários segmentos como alimentação, educação e vestuário.
No ano passado, também nasceu o Hub de Conteúdos, importante lançamento do Laboratório de Experiências do Consumidor (Labex). Seu objetivo é apoiar o varejo durante e após a crise da pandemia. Para isso, o projeto contempla um portal de conteúdo, um espaço para análise e um estudo de mercado. O último analisou os impactos no comportamento de consumo decorrentes da pandemia do coronavírus, considerando as dimensões “individual”, “social” e “econômica”, no curto, médio e longo prazo.
No início de 2021, a PUCRS e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS) assinaram um convênio para restauração de centenas de celulares apreendidos na rede prisional. Os aparelhos recuperados estão sendo disponibilizados para estudantes, da rede pública de ensino, que não têm os recursos necessários para acompanhar as aulas remotas durante a pandemia. O trabalho de triagem e recondicionamento dos smartphones está sendo realizado no Laboratório de Projetos em Engenharia (LPE) da Escola Politécnica.
Observando o déficit de produção de máscaras de proteção no Brasil, os alunos do curso de Engenharia Mecânica desenvolveram um maquinário e abriram uma empresa voltada para equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a missão de tornar o País autossuficiente nessa área, a Bioelegance já conta com certificação da Anvisa para as máscaras que produz. Esse é um exemplo da utilização dos conhecimentos aprendidos em aula e aplicados na inovação e no empreendedorismo que, ao mesmo tempo, contribui para o controle da disseminação da Covid-19.
Por fim, os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo também participaram da doação de 197 máscaras infantis para a Instituição Casa Madre Giovanna, que atua no acolhimento de crianças, adolescentes e famílias em vulnerabilidade. A ação fez parte do projeto Voluntariado, da Pastoral da PUCRS.
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