“Lave bem as mãos com água e sabão ou higienize-as com álcool gel”. Essa é uma das recomendações que mais se tem escutado desde o início da pandemia da Covid-19. Mas você já parou para pensar como esses simples hábitos são capazes de evitar a contaminação tanto desse quanto de outros vírus?
Por trás dessas recomendações, está uma verdadeira aliada da nossa saúde: a química. Existem vários agentes químicos usados para combater diferentes tipos de micro-organismos, sejam eles vírus, fungos ou bactérias. Eles fazem parte de processos como o de desinfecção, que elimina agentes infecciosos de superfícies e artigos hospitalares; e de esterilização, que extermina todas as formas de vida de um material ou ambiente. O Museu de Ciências e Teconologia da PUCRS (MCT) desenvolveu um conteúdo aprofundado sobre o assunto, que você pode conferir na íntegra clicando aqui.
Outra ação importante é o uso de antimicrobianos, que são medicamentos que matam ou inibem o crescimento de algum microrganismo patogênico específico. Trata-se dos antibióticos (usados contra bactérias), antifúngicos (contra fungos) e antivirais (contra vírus).
Diferentes tipos de sabão e de álcool estão entre alguns dos agentes químicos comumente utilizados – e são os mais eficientes no combate à Covid-19. Conforme o conteúdo divulgado pelo MCT, os Coronaviridae são uma família de vírus patogênicos, que possuem uma camada lipídica que os envolve. Essa camada é chamada de envelope e tem como função protegê-los do ambiente e reconhecer as células hospedeiras que costuma infectar.
O sabão se mostra eficaz no combate à doença porque sua molécula possui uma parte hidrofílica, que tem afinidade com a água, e outra parte hidrofóbica, que prefere se ligar a óleos e gorduras. Quando lavamos as mãos, a parte hidrofóbica se liga com o envelope lipídico dos vírus, rompendo-a. Assim, eles perdem sua proteção e são eliminados.
Já os álcoois etílico e isopropílico na concentração de 70% a 92% desidratam os vírus quase que imediatamente. Porém, esses agentes químicos não têm nenhuma ação residual e ressecam a pele se utilizados em excesso. Além disso, para uso como antisséptico (para higienizar as mãos e outras superfícies do nosso corpo), apenas o etanol 70% é recomendado.
Outra alternativa bastante eficaz contra o coronavírus é o hipoclorito de sódio, produto obtido a partir da reação do cloro com uma solução de soda cáustica. Frequentemente usado como desinfetante e agente alvejante, ele faz com que as proteínas do vírus se “desmontem”, eliminando-os. Entretanto, este composto deve ser utilizado apenas para a desinfecção de ambientes e superfícies inanimadas, e nunca como antisséptico.
A química é uma área ampla, e uma das possibilidades de atuação do profissional pode estar profundamente relacionada com a área da saúde. Conforme explica a coordenadora do curso de Química da Escola Politécnica, professora Lisandra Catalan do Amaral, associada à Medicina, por exemplo, a química possibilita o estudo e o reconhecimento da estrutura dos tecidos do corpo, dos ossos e de líquidos internos, como a composição do sangue. Interligando‐se com a Biologia (bioquímica), possibilita o estudo de doenças, formulação e análises de medicamentos e vacinas, que nos permitem combater as doenças e epidemias.
Quanto à higiene e prevenção, a química é responsável pela formulação dos produtos de limpeza e de cuidado pessoal, como os citados acima. Ainda nesse campo, profissionais da área realizam pesquisas voltadas para o desenvolvimento de exames e vacinas, para a manipulação de equipamentos e para a detecção de vírus, bactérias e fungos, no mapeamento das doenças.
“Também há estudos para buscar materiais para o desenvolvimento de equipamentos como máscaras, testes e protetores para os profissionais da saúde”, complementa Lisandra. Segundo professora, as áreas de análises clínicas e toxicologia são relativamente novas no mercado de trabalho para o químico, mas estão crescendo.
Lisandra acredita que, com a pandemia de Covid-19, o campo de trabalho para as pesquisas na área será ampliado em todo o mundo. “Assim, o mercado para pesquisa estará bastante aquecido. Da mesma forma, as empresas privadas estão cada vez mais investindo no departamento de pesquisa e desenvolvimento. A situação é complexa e ampla, e é emocionante perceber que nossa profissão pode contribuir de diversas maneiras e que há tantos profissionais da química envolvidos no combate à pandemia”, diz a professora.
No curso de graduação em Química Bacharelado – Linha de Formação em Química Industrial da PUCRS, os estudantes têm a oportunidade de conhecer todas as áreas. “Leva-se em consideração que um químico que trabalhará com materiais também precisa conhecer um pouco de química ambiental, por exemplo”, pontua Lisandra.
O curso tem duração de oito semestres e habilita os estudantes para as atividades químicas da indústria, dos centros de pesquisa e dos órgãos públicos; além de preparar para atividades em caráter individual e autônomo, como consultoria, assistência e correspondente responsabilidade técnica, entre outras possibilidades.
Ficou interessado? Acesse o site Estude na PUCRS e saiba mais sobre o curso.
Introduzir, de forma lúdica e interativa, os pilares do pensamento computacional no ensino de crianças com idades entre seis e 10 anos. Esse é o propósito do aplicativo MindLand, desenvolvido por uma equipe composta por cinco estudantes de diferentes universidades. A solução é uma das finalistas na categoria Educação da 8ª edição do concurso Campus Mobile, promovido pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC). O concurso visa inspirar o desenvolvimento de projetos que promovam impacto social e tem como parte da premiação uma viagem ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.
O estudante Guilherme Piccoli, aluno do 7º semestre de Engenharia de Software na Escola Politécnica da PUCRS e um dos representantes do projeto MindLand, destaca o conceito por trás projeto. “O pensamento computacional é uma maneira de solucionar problemas através de um método, podendo ser utilizado por qualquer pessoa, de qualquer área. A nossa ideia é trabalhar os pilares desse conceito na aprendizagem de crianças”, comenta.
Piccoli ressalta que, entre os pilares do pensamento computacional, estão a Decomposição, o Reconhecimento de Padrões, a Abstração e o uso de Algoritmos. “Esses pilares auxiliam na divisão de problemas complexos em partes menores, na identificação de aspectos comuns entre processos, na análise de elementos importantes e no descarte daqueles que não são relevantes naquela tarefa e na construção de um conjunto de instruções para a realização de uma atividade ou solução de um problema”, explica. O estudante ainda destaca que a proposta do MindLand é inserir os conceitos de forma leve e prazerosa para as crianças. “Introduzimos esses pilares em jogos, o que faz com que a criança passe por situações que a envolva, mesmo sem perceber”.
Para a equipe do MindLand, o projeto também é uma oportunidade para o futuro. “A Base Nacional Comum Curricular pretende incorporar o pensamento computacional, tornando obrigatório o ensino nas escolas. Enxergamos nisso, também, uma grande oportunidade”, afirma Guilherme Piccoli.
De acordo com o representante do MindLand, o aplicativo já passou por alguns testes, obtendo retornos positivos. “Vimos crianças bem engajadas e determinadas a melhorarem seu progresso. Também realizamos um formulário para os pais e tivemos quase 100 pessoas interessadas em continuarem a receber informações sobre o projeto”, conta Piccoli.
Além de Guilherme Piccoli, representam o MindLand no concurso Campus Mobile os estudantes Saulo Busetti, alumni de Direito também da PUCRS, e Gustavo Travassos, aluno de Ciência da Computação da Universidade do Vale dos Sinos. Também participam da iniciativa Eduardo Sarmanho, estudante de análise e desenvolvimento de sistemas na Uniritter, e Fernando Maioli, aluno de Engenharia de Software na PUCRS.
Distribuição de espaços, iluminação, influência das cores, escolha de revestimentos e noções de acústica. Esses são alguns dos principais focos da arquitetura interiores. Apesar de ser frequentemente associado à decoração, esse ramo da arquitetura vai muito além de projetar ambientes visualmente bonitos: as necessidades de ocupação dos espaços, o uso de materiais e questões relacionadas à iluminação, ergonomia, utilização de ar condicionado e sustentabilidade também devem ser consideradas pelos profissionais.
Por aliar estética e funcionalidade, o mercado para arquitetos de interiores segue em alta. Pensando nisso, neste semestre a PUCRS está oferecendo a especialização em Arquitetura de Interiores da PUCRS. O curso irá capacitar os profissionais a realizar seu trabalho entendendo todo o desenvolvimento de um projeto, desde os passos iniciais até a entrega. Assim, além das questões mais práticas que dizem respeito à arquitetura de interiores, temas como apresentação de projetos e o cálculo de honorários também serão abordados nas aulas.
“O curso pretende reunir as expertises de mercado e acadêmico, visando aprofundar o conhecimento no assunto. As disciplinas abordarão o relacionamento do arquiteto com o cliente, para que o aluno tenha a real noção da prática de mercado; mídias sociais; comportamento do consumidor; psicologia do ambiente; além, é claro, das disciplinas de interiores”, destaca a coordenadora do curso, professora Isabel Benedetto.
A especialização é voltada a graduados em Arquitetura e Urbanismo e em Engenharia que tenham interesse na área de ambientação, reforma e revitalização de espaços interiores e de transição. Uma base completa de disciplinas de interiores residenciais, comerciais, pousadas e consultórios irá capacitar os estudantes a atuar nas mais diversas áreas da arquitetura de interiores, podendo ampliar suas possibilidades no mercado de trabalho. Além disso, História da Arte, Empreendedorismo e Mídias Sociais também serão alguns dos temas trabalhados em aula.
Um dos diferenciais do curso de Arquitetura de Interiores é o corpo docente. As disciplinas contam com professores qualificados e reconhecidos como referências no mercado. Conheça alguns dos nomes e as disciplinas que irão ministrar:
Especialista em estratégias para o mercado de arquitetura e design. Graduada em Relações Públicas (2003), viveu em São Paulo por 11 anos, trabalhando nas áreas de marketing e vendas em incorporadoras e bancos. Foi convidada para gerenciar um escritório de arquitetura de interiores, onde percebeu o quanto sua experiência poderia ajudar outros arquitetos nas soluções dos problemas do dia a dia. Em 2016, de volta a Porto Alegre, iniciou a sua empresa e já atendeu mais de 100 escritórios em todo o País. Está presente em eventos de marketing, como o Dia da Gestão; Didi Duarte e Renata Pena; e Meber e Donna Casa&Cia: Mostra Morar Mais.
Formada em Arquitetura e Urbanismo (1998) e pós-graduada em Arquitetura Hospitalar. Possui experiência em projetos residenciais e comerciais, sobretudo na área médica e de arquitetura de interiores. Membro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU-RS) e da Associação Brasileira para Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH). Profissional CasaCor Rio Grande do Sul.
Formado em Arquitetura e Urbanismo (1998), especialista em Arquitetura de Interiores e mestre em Engenharia Civil com ênfase em Marcenaria. Possui escritório atuante em arquitetura de interiores e projetos arquitetônicos residenciais e comerciais. Participante de seis edições da Mostra Casa&Cia e de dez edições da CasaCor.
Outra novidade na área de Arquitetura é a especialização em Building Information Modelling (BIM), que consiste em uma metodologia inovadora que estabelece as diretrizes e parâmetros necessários para um fluxo de trabalho mais assertivo na elaboração de projetos e construções. A partir de 2021, o BIM será obrigatório para editais e licitações públicas no Brasil. O curso da PUCRS é o primeiro a ser oferecido por uma universidade no Estado e permite que os profissionais do ramo se atualizem de forma ágil. Clique aqui para saber mais.
Os cursos de especialização em Arquitetura de Interiores e BIM estão com matrículas abertas. Ambos são promovidos pela Escola Politécnica e têm o começo das aulas programado para março.
O sonho de fazer parte de uma família deixa de ser uma realidade distante na vida de diversas crianças do Rio Grande do Sul. Um ano após o lançamento do aplicativo Adoção do Tribunal de Justiça do RS (TJ RS), pelo menos nove crianças e adolescentes já foram adotados através da plataforma. Outras cinco estão em fase de aproximação e 12 em estágio de convivência com as novas famílias. Atualmente, mais de 3,2 mil pretendentes a pais e mães já estão cadastrados na ferramenta desenvolvida por alunos da Escola Politécnica da PUCRS, sob a coordenação do professor e cientista da computação Eduardo Arruda.
Arruda conta que a Escola Politécnica segue acompanhando a evolução dos resultados alcançados com o app, que, segundo ele, já atingiu o seu objetivo: ajudar crianças e adolescentes a terem uma família. “São vidas impactadas. Isso faz com que a gente tenha uma grande satisfação”, conta. Desde o seu lançamento, em agosto de 2018, o aplicativo de adoção já teve mais de 13 mil downloads para aparelhos Android e iOS.
Um dos grandes problemas que dificultam a adoção é que os candidatos têm objetivos muito limitantes, como faixa etária, cor das crianças, número de irmãos, entre outros, lembra Arruda. “No app nós retiramos essa possibilidade. É possível apenas organizar a ordem dos resultados com alguns critérios, mas todos os adolescentes também são exibidos”, explica. Ao assistir os vídeos, ver as fotos ou ler as mensagens de cada criança, os futuros pais e mães se sensibilizam e, muitas vezes, percebem que a idade é apenas um número.
Matheus Vaccaro, de 22 anos, foi um dos alunos que participaram da construção do aplicativo. Ele conta que o projeto influenciou também as suas decisões pessoais e, dois anos após ter se formado, decidiu seguir atuando na área de desenvolvimento de software para aparelhos mobile: “O projeto que a gente desenvolveu foi para uma cadeira, mas o mais legal é que a Universidade foca em ideias que têm um retorno importante para a comunidade”.
Durante o projeto, os participantes tiveram conversas e entrevistas com o a equipe do TJ para entender quais eram as necessidades do aplicativo. “Foi muito bom ter esse envolvimento desde o início”, destaca Vaccaro.
“O espírito do curso é assim, mão na massa”, conta Eduardo Arruda sobre o curso de Engenharia de Software, que prepara os alunos com toda a carga teórica para a prática com projetos, clientes e problemas reais ainda na formação. A Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) também fica aberta para novas ideias e desafios a cada semestre. Qualquer empresa, pública ou privada, que tenha atuação de impacto social pode procurar a agência para construir uma parceria ou projeto.
Além da coordenação do professor e da criação dos alunos, o projeto também contou com a ajuda da Agese da Apple Developer Academy, sediadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A tecnologia como ferramenta de transformação: essa foi a ideia do time que trabalhou junto para impactar vidas e ajudar a formas novas famílias.
O portal oficial do TJ RS responde algumas das dúvidas mais frequentes dos interessados em adotar. Entre elas, o que é adoção, qual a preparação necessária para adotar, período de espera do processo, direitos das famílias, entre outras. Confira abaixo algumas delas:
Alunos do projeto com a professora Alessandra e a psicóloga Jaqueline Foto: Divulgação Escola Politécnica
Segundo o dicionário, bondade é a “qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem”. Mas essa é uma característica que também pode ser incentivada, principalmente nas crianças. E é a isso que se propõe o aplicativo Passaporte da Bondade, desenvolvido pelos alunos do curso de Engenharia de Software da Escola Politécnica da PUCRS. Em forma de jogo infantil, incentiva crianças de 6 a 10 anos a fazerem o bem para as pessoas, para os animais e ao mundo, ajudando a torna-la um adulto saudável e cuidadoso com os demais.
O Passaporte já era utilizado em papel, como um instrumento de psicoterapia. Agora, o aplicativo possibilita o acesso a crianças, adolescentes, pais, psicólogos e escolas de forma on-line. O sistema funciona assim: por meio de um mapa mundial lúdico, as crianças são incentivadas a “conquistarem” os países após completarem desafios, que incluem atividades do bem como ser cordial e oferecer ajuda; fazer uma nova amizade; e ensinar algo a alguém. Jaqueline Malheiros, idealizadora do projeto, é psicóloga clínica e percebeu a necessidade de incentivar a bondade nas crianças. “Existem estudos que comprovam que pessoas bondosas possuem melhor qualidade de vida e têm uma saúde emocional melhor. Pensamos em fazer o projeto usando a tecnologia a favor das crianças”, afirma.
O aplicativo foi desenvolvido na Agência Experimental de Engenharia de Software – AGES. A professora Alessandra Costa Smolenaars Dutra, coordenadora da AGES e orientadora do projeto, salienta a dedicação dos alunos e a importância do aprendizado por se tratar de uma ferramenta real utilizada nos consultórios de psicologia. “A Jaqueline nos trouxe o desafio de transformar um material impresso em digital. Os alunos aprenderam muito com neste projeto, se dedicaram, estudaram, desenvolveram toda a programação Android para celular e vivenciaram em conjunto com a Jaqueline todas as entregas do projeto, desde a construção das telas, programação e a validação do cliente”, lembra.
Os participantes do projeto foram os alunos Douglas Paz, Enzo Russo, Gabriel Fanto, Giuseppe Menti, Guilherme Deconto, José Goulart, Julia Dorneles, Luiza Pereira, Mariana Borges, Matheus Hrymalak, Pércio Reinert, Rafael Cardoso, Victoria Azevedo e Virgilius Santos. O aplicativo está disponível para plataforma Android e a versão iOS encontra-se em desenvolvimento.
Projeto de pesquisa do Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR), financiado pela Petrobras, vem alcançando sucesso na busca de aditivos para cimentos utilizados na construção de poços de petróleo. O objetivo é utilizar materiais que têm maior resistência química em ambientes ricos em dióxido de carbono (CO2), como os encontrados nos poços dos campos de óleo. O grupo chegou a fórmulas utilizando polímeros e cargas minerais, com bons resultados em laboratório, tanto que a iniciativa está na segunda fase, tendo recebido mais que o dobro dos recursos previstos no começo, em 2015. Até o momento, foram feitos 100 experimentos diferentes incluindo acima de 20 compostos. O estudo da segunda fase tem a duração de mais dois anos e meio.
Os pesquisadores sugeriram à Petrobras a realização de pesquisa e desenvolvimento de materiais que assegurem a funcionalidade e a segurança dos processos de extração de óleo/gás e reinjeção de CO2. O projeto foi iniciado no curso de Química, sob a liderança da professora Sandra Einloft, decana da Escola Politécnica.
Leia a matéria completa na Revista PUCRS.
Esta é uma das ações do O que se faz em uma Universidade?
Uma solução que automatiza procedimentos e reduz de 48 horas para 10 minutos o tempo de espera para a obtenção de alvarás para negócios de baixo risco. O projeto Alvará Fácil, criado em apenas dois dias, foi desenvolvido com a participação de alunas da Escola Politécnica da PUCRS e ainda está em fase de aprimoramento. A Prefeitura de Porto Alegre, no entanto, já demonstrou interesse na plataforma, que poderá ser integrada ao site da administração municipal.
Estudante do 6º semestre de Engenharia de Software, Bianca Camargo, 23 anos, integrante do grupo responsável por desenvolver a plataforma, destaca que o processo de criação teve como foco agilizar o processo para empresas, analistas da Prefeitura e empresários. “Focando na usabilidade e mantendo as informações essenciais, criamos um fluxo de interação que permite ao usuário ter o seu alvará expedido em cerca de 10 minutos, quando o negócio é de baixo risco. Permitindo que os analistas direcionem seus esforços para os negócios de médio e alto risco, que precisam de mais atenção”, ressalta.
Em declaração ao site da Prefeitura, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Cidade, apontou que são recebidos 480 pedidos de alvará por dia na Sala do Empreendedor, ligada à SMDE. Cidade também destacou que a solução trará benefícios para vários setores. “Ela vai beneficiar não só a prefeitura, mas sobretudo aqueles empreendedores que efetivamente fazem a economia girar”, afirma o secretário.
A plataforma foi criada por profissionais de marketing, design e desenvolvedores durante o hackathon de Licenciamento Digital, promovido pela Prefeitura de Porto Alegre e pelo Agibank entre os dias 13 e 15 de dezembro. A equipe que criou o projeto foi composta por Bianca Camargo, Jéssica Manoel, Jeferson Romano, Rodrigo Viegas (alumni PUCRS) e Jonas Machado.
Aluna do 4º semestre de Engenharia de Software, Jéssica, 30 anos, destaca que a integração com profissionais de diferentes áreas foi outro ponto positivo para o desenvolvimento da plataforma. “A experiência para mim não poderia ter sido melhor. Nossa equipe, desde o início, teve uma boa conexão e isso fez a diferença. É gratificante ver que todo o empenho que tivemos valeu a pena”.
O time foi vencedor do prêmio de R$ 6 mil oferecido pelo Agibank e entregue pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior durante o evento que aconteceu no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc).
Nesta terça-feira, 19 de novembro, a Escola Politécnica inaugurou três laboratórios de ensino e pesquisa. Os espaços abrangem diversos cursos e contemplam pesquisadores, estudantes de graduação e de pós-graduação. O evento no bloco E do prédio 30, contou com a presença do reitor Ir. Evilázio Teixeira, que destacou a importância dos laboratórios. “Trata-se de um exemplo concreto da visão de universidade que temos trabalhado, com a otimização e qualificação dos recursos, compartilhamento de estruturas e viés interdisciplinar buscando atender não apenas as necessidades da formação universitária, como buscar respostas para os grandes problemas que a sociedade nos interpela. E este é o objetivo desses novos espaços de aprendizagem e pesquisa”, afirmou o reitor. Também prestigiaram a atividade a o vice-reitor Jaderson Costa da Costa, os pró-reitores de Graduação e Educação Continuada, Ir. Manuir Mentges, de Extensão e Assuntos Comunitários, Ir. Marcelo Bonhemberger, e o assessor da Reitoria, Solimar Amaro.
A decana da Escola, professora Sandra Einloft, ressaltou que as estruturas reforçam a atuação da Politécnica em inovação, ensino, pesquisa. “Buscamos a excelência em todas as áreas de atuação da Escola. Os novos laboratórios possibilitarão que os alunos de graduação vivenciem na Universidade experiências semelhantes à indústria, e que os estudantes de pós e pesquisadores possam desenvolver suas atividades em laboratórios com infraestrutura moderna”, afirma.
SOBRE AS ESTRUTURAS
Reitor Ir. Evilázio Teixeira / Foto: Bruno Todeschini
Laboratório de inovação em materiais porosos e polímeros multifuncionais (LIMPPM)
O espaço tem como principal área de atuação o desenvolvimento de pesquisa na área de mitigação das mudanças climáticas, especialmente na separação de dióxido de carbono (CO2) de correntes gasosas e a sua transformação em produtos de maior valor agregado. “Trabalhamos com a ideia de que o CO2 deve ser separado e visto, não como um vilão, mas sim como um produto importante para a obtenção de novas moléculas”, aponta a professora Sandra Einloft, coordenadora do LIMPPM. Ela ainda destaca que, com a inauguração da estrutura, novos projetos em parceria com grandes empresas trarão oportunidades de estágios e bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado. O LIMPPM tem como parceiras as empresas Petrobras e Shell.
Laboratório de Sistemas Fluidotermicos (LASFT)
Concebido a partir da união de dois laboratórios de graduação, o LASFT tem como intuito potencializar a utilização de experimentos na área de transferência de calor e mecânica dos fluidos, além de diminuir custos operacionais. A professora Gerti Brun, coordenadora do laboratório, destaca que o ambiente contribui de forma prática para os processos de aprendizado dos alunos. “Neste espaço de aprendizagem, os estudantes realizam práticas em equipamentos atualizados e controlados por softwares supervisórios, nos quais o controle pode ser feito a distância. Este tipo de experimento proporciona aos universitários a vivência de operação de um processo industrial na Universidade”. O LASFT atende diversas disciplinas da graduação dos cursos de Engenharia Química, Mecânica, Civil e Elétrica e do curso de Ciências Aeronáuticas.
Laboratório de Operações Unitárias (Lope)
Criado em 2000, o Lope inaugura sua reestruturação. O coordenador, professor Eduardo Cassel, ressalta a importância do novo formato para as pesquisas. “Nesta nova etapa foi possível unificar três espaços. Isso tornou a infraestrutura mais adequada para o desenvolvimento de pesquisas de qualidade na área de processos químicos associados a produtos naturais”. Atuando em temas como Operações Unitárias, Fenômenos de Transporte, Processos Industriais e Termodinâmica, o Lope desenvolve pesquisas de caráter teórico-experimental. O laboratório tem como parceiras as empresas Baldo S.A., para a obtenção de erva-mate descafeinada utilizando tecnologia supercrítica, e Gelnex, realizando análise química de gelatinas. “Novas oportunidades de projetos de pesquisa em cooperação com empresas e ações de prestações de serviço estão em tratativas”, afirma Cassel.
Confira as fotos:
A 1ª edição da Maratona de Inovação da PUCRS (MIP) desafiou alunos das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica, nos dias 25 e 26 de outubro, para pensarem em soluções inovadoras a partir de diferentes áreas do conhecimento e de forma empática. A Maratona é uma parceria entre o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e Escolas da Universidade.
A próxima edição será com estudantes das Escolas de Humanidades e de Ciências da Saúde e da Vida, nos dias 22 e 23 de novembro. Nos dias 29 e 30 de novembro, será a vez dos alunos da Escola de Direito. Para começar o aquecimento e a concentração, confira como foi a edição inaugural e os três projetos que ganharam destaque.
Metodologia
A coordenadora acadêmica do Idear, Ana Cecília Bisso Nunes, explica que a MIP tem como objetivo sensibilizar os alunos para o empreendedorismo. “Esse é um momento em que estimulamos a interdisciplinaridade, por meio de encontros de cursos diferentes que, juntos, buscam resolver o mesmo desafio”, conta. A metodologia é inspirada nos “hackatons”, que são maratonas nas quais os participantes procuram novos caminhos, criativos e inovadores, para a resolução de problemas.
Para a executiva do Tecnopuc, Flavia Fiorin, incentivar essa sensibilidade nos alunos é essencial para que possam traçar um caminho como empreendedores. “Durante a MIP, eles percebem como a integração entre diferentes áreas enriquece uma ideia, uma solução”, complementa. A executiva ainda cita que o Tecnopuc, como ecossistema de inovação e empreendedorismo que integra mais de 170 organizações e 7 mil pessoas, está de portas abertas para os alunos.
O que os alunos podem esperar da MIP
Ana Cecília ressalta que os participantes da Maratona investigam problemas reais e interagem intensamente com pessoas de outras áreas. “O que gera autoconhecimento: quando interagimos com pessoas diferentes, encontramos também nossas fortalezas e fraquezas”, salienta.
Na primeira edição, os projetos foram divididos entre três desafios: Vida Longa e Próspera (qualidade de vida, prevenção e diagnóstico); Colecionando Vitórias (tratamento e reabilitação); e Multiverso da Saúde (gestão, relacionamento, educação em saúde e qualificações). “A organização das MIPs é realizada entendendo as particularidades de cada área e pensando desafios que estejam relacionados aos problemas do mundo, que possam gerar impacto”, comenta Ana Cecília.
Interação entre Escolas da PUCRS
Para Gabriela Ferreira, professora e agente de Inovação da Escola de Negócios, a Maratona possibilita uma aprendizagem contemporânea, que envolve a mão na massa para a resolução de desafios reais. “O mundo do futuro, e talvez o futuro do mundo, tem duas palavras importantes: conhecimento e colaboração. E a Maratona envolve esses dois aspectos”, destaca.
Giovani Gadonksi, agente de Inovação da Escola de Medicina, conta que explicou para os alunos que a intenção é provocar sentimentos como curiosidade, espírito de equipe empatia, em um ambiente descontraído de trabalho concentrado. “No encerramento da Maratona, observei o crescimento social, intelectual e organizacional dos estudantes, o que ficou nítido nas apresentações e nas excelentes ideias que surgiram. Acredito que provocamos e fomos plenamente correspondidos”, frisa. Ele ainda complementa: “A formação do aluno da Medicina na PUCRS, que já tem sua excelência reconhecida, ganha mais ainda em áreas não ortodoxas, mas que precisam fazer parte da construção dos médicos do futuro”.
O professor Fernando Lemos, agente de Inovação da Escola Politécnica, destaca que a Maratona de Inovação é mais uma grande iniciativa da PUCRS para a consolidação da trilha de empreendedorismo e inovação. “Foi uma oportunidade e um desafio, para nossos alunos, trabalhar com estudantes e professores das áreas de Negócio e Medicina. O ambiente criado pela Maratona foi muito rico, com percepções da realidade, atitudes e propostas de soluções diferentes. Além disso, proporcionou aos participantes o desenvolvimento de competências funcionais, comportamentais e sociais de forma integrada. Com certeza repetiremos esta parceria em 2020”, afirma Lemos.
Projetos destaque
Desafio Vida Longa e Próspera:
Preocupados em criar soluções hospitalares, o grupo Bactag venceu a cetegoria Desafio Vida Longa e próspera. O projeto propõe soluções para os casos de infecções hospitalares, que, de acordo com a OMS, é a 4º maior causa de mortes no mundo.
Integrantes: Alice Scalzilli Becker, Catarina Vellinho Busnello, Eduarda Luckemeyer Bañolas, Elisa Hartmann Kist, Natalia Dias Koff, Matheus Feijó.
Desafio Multiverso da Saúde:
O Cardiac Glove venceu o desafio Multiverso da Saúde ao propor uma forma de tornar a massagem cardíaca mais eficiente, aprimorando o atendimento de pacientes em parada cardiorrespiratória.
Integrantes: Rafael Fontana Dias, Rafael Vianna Behr, Paula Pressler, Ana Paula Donadello Martins, Barbara Zanesco Moehlecke e Juliana Reinerhr.
Desafio Colecionando Vitórias:
O grupo que venceu o Desafio Colecionando Vitórias desenvolveu uma solução para os problemas de úlcera de pressão, que é muito comum na UTI.
Integrantes: Carolina Knijnik, Evellinne Riva, Gabriela Massoni, Renata Amaral, Alessandro Borges, Roger Fonseca.
Para apresentar as novidades tecnológicas na área da saúde, a PUCRS realiza a Feira Health Tech Conference nos dias 25 e 26 de outubro. O evento é composto por palestras estilo TEDs, divididas em temas como Tudo que você precisa saber para inovar na área da Saúde; Biotecnologia e Tecnologia Digital na medicina; Ambientes digitais e a eficiência hospitalar e Digitalizando diagnósticos e tratamentos. As inscrições podem ser feitas neste link e são direcionadas a estudantes e profissionais da saúde e tecnologia. A promoção é da Escola de Medicina em parceria com o Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer) e o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc). Veja a programação completa aqui.
O evento contará também com uma Feira de Startups, com a presença de empresas divulgando suas soluções e tecnologias. A programação conta ainda com a primeira edição da Maratona de Inovação PUCRS, direcionada a alunos da Escola de Medicina, Escola de Negócios e Escola Politécnica. As atividades acontecem no Teatro do prédio 40 (Av. Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre/RS).