A solução proposta pela Sec4IoT venceu a 8ª edição do Startup Garagem, o Programa de Modelagem de Negócios do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A iniciativa, que tem como objetivo detectar ameaças de intrusão em sistemas de IoT (Internet das Coisas), nasceu na Escola Politécnica da Universidade. O professor Fabiano Hessel, a partir do seu grupo de pesquisa, e os doutorandos Taciano Ares Rodolfo e Francisco Assis Moreira do Nascimento, transformaram as pesquisas desenvolvidas na academia em um produto, levando os resultados do que é estudando para a sociedade.
A equipe recebeu um fastpass para o programa Digital, do Sebrae, e para o Pré-Startup do Tecnopuc (programa com duração de 1 ano, que impulsiona o desenvolvimento das startups por meio de workshops, meetups e mentorias), dispensando as etapas de inscrição, avaliação e banca de seleção. Assista o Pitch Day completo neste link.
De acordo com Hessel, existe na Escola uma filosofia de desenvolver trabalhos que gerem benefício para a sociedade. “É uma busca incessante do grupo de pesquisa de transformar aquilo que desenvolvemos como pesquisa acadêmica em produto”, destaca. Há mais de 10 anos o grupo estuda a questão da segurança em IoT, e a oportunidade de participar do Startup Garagem surgiu a partir do projeto do doutorando Francisco.
“Ele propôs um método diferente para a promoção de segurança em dispositivos de IoT, focando em dispositivos próximos aos usuários. Não está relacionado ao cloud computing, por exemplo, pois temos grandes players com a solução no mercado. A nossa proposição é complementar, não excludente. Eles ainda não têm essa solução para dispositivos chamados de borda, como smart TV, carros conectados, dispositivos médicos”, salienta o professor.
Hessel comenta que a equipe nunca tinha passado por um processo mão na massa. “O Startup Garagem foi um desafio muito grande para nós. Primeiro pela intensidade, e segundo porque o que aprendemos é que a tecnologia não é a primeira coisa. Tens que pensar muito mais no negócio como um negócio”, conta. A partir dos encontros, a equipe começou a entender porque alguns projetos não vão adiante. “Participar como alunos, com a bagagem de pesquisa que temos, foi algo fantástico. Aprendemos muito em três semanas participando do processo por dentro”, finaliza.
Com o intuito de colaborar para a superação da crise provocada pela Covid-19, a Rede Urbanismo Contra o Corona está atuando em ações de médio e longo prazo para ampliar a capacidade de resposta da sociedade contra o coronavírus. Entre as ações, está o financiamento coletivo para doações de cestas básicas para comunidades, com a meta de arrecadar, a cada 15 dias, 100 cestas com itens de alimentação e higiene, totalizando um valor aproximado de R$ 11.135,00. As comunidades Vida Nova e São Judas Tadeu, localizadas ao lado do campus da PUCRS, estão entre os locais beneficiados pelas doações. Para contribuir e fazer parte dessa rede de solidariedade, basta clicar aqui.
A entrega das cestas é feita por conta dos fornecedores, sem envolver alunos em qualquer situação de risco. A iniciativa também disponibiliza um portal online para prestação de contas, em que é possível consultar as notas fiscais e os locais para onde as doações estão sendo direcionadas. Até o momento já foram entregues mais de 300 cestas básicas, por meio de doações diretas.
A Rede Urbanismo Contra o Corona – núcleo RS é uma rede autônoma, expansiva e aberta, com atuação nacional, multidisciplinar de profissionais e estudantes que trabalham com cidades e habitação social, na perspectiva da saúde coletiva. Tendo como objetivo pensar e produzir soluções emergenciais para as cidades, com foco nas populações vulneráveis.
Na PUCRS, a rede está vinculada ao Programa de Extensão e Gestão das Atividades de Formação Continuada da Escola Politécnica. O grupo de extensão está comprometido com o mapeamento da Avenida Ipiranga e com ações imediatas nas comunidades Vida Nova e São Judas Tadeu, a fim de garantir que as necessidades básicas sejam atendidas. Desta maneira, não lidando somente com os dados, mas também atuando no dia a dia das famílias.
Com o avanço do novo coronavírus, estudos interdisciplinares se tornaram cada vez mais necessários. Dentre os diversos campos da ciência envolvidos nesta tarefa, a Física tem contribuído com conhecimentos e técnicas que permitem modelar, medir e prever o comportamento dos sistemas biológicos causadores da doença. “Um exemplo dessa contribuição é que a estrutura molecular do vírus SARS-CoV-2 foi determinada através de uma análise de cristalografia por raios X e de microscopia eletrônica. Outro ponto importante, é os medicamentos e as vacinas que podem combater a Covid-19 devem ser previamente simulados computacionalmente e, na fase de produção, investigados usando as técnicas físicas de microscopia eletrônica, difração e espalhamento de raios X”, explica a professora Ana Maria Marques, relatando os experimentos realizados por diversos grupos de pesquisa descritos na revista Physics Today, publicada neste mês.
A professora Michele Andrade, docente da Escola Politécnica, ainda destaca que a física é fundamental para a compreensão da extensão do contágio do coronavírus, pois trabalha diretamente nas simulações da dispersão de gotículas liberadas nos espirros e o nível de proteção de máscaras. “As simulações da física das partículas mostram que as gotículas maiores não viajam por uma distância longa por serem mais pesadas, mas as gotículas menores formam uma espécie de ‘nuvem gasosa’ que acaba se movimentando pelo ambiente e pode permanecer suspensa por várias horas”, salienta Michele.
A física também está presente nos hospitais que recebem os pacientes com sintomas da Covid-19, como dificuldade respiratória. De acordo com a professora Ana Maria, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Imagens Médicas (NIMed), as técnicas de diagnóstico por imagem utilizando raios X são essenciais para a avaliação da gravidade do quadro dos pacientes. “As imagens da radiografia e da tomografia computadorizada mostram a extensão das áreas afetadas pela inflamação no pulmão devido a contaminação pelo novo coronavírus. A medicina nuclear também contribui para o diagnóstico, através da cintilografia de perfusão pulmonar, um exame que possibilita visualizar a extensão da perda de troca gasosa entre o sangue e o pulmão, auxiliando na avaliação da gravidade da doença”, ressalta a professora.
A Física Médica é um campo da física aplicada altamente interdisciplinar, que combina os conhecimentos da física, matemática e computação, com a biologia, anatomia e fisiologia para solucionar problemas relacionados à saúde e à medicina. No combate à Covid-19, os físicos médicos estão integrados na equipe de saúde, atuando diretamente no diagnóstico e tratamento de pacientes.
Além de garantirem a qualidade dos equipamentos envolvidos no diagnóstico por imagem, eles atuam no desenvolvimento de sistemas computacionais de comunicação, processamento e análise digital de imagens. “Estes sistemas apoiam o médico no diagnóstico e possibilitam uma avaliação mais exata da condição de saúde do paciente e da extensão da doença, sendo útil para tomada de decisões em relação ao tratamento. Adicionalmente, os físicos médicos atuam no apoio à qualidade da telerradiologia, que é um braço da telemedicina”, comenta a professora Michele Andrade.
Segundo ela, na telerradiologia, exames de imagem realizados em áreas rurais ou mesmo em hospitais podem ser enviados e analisados remotamente por vários médicos. Além disso, a rápida disseminação do coronavírus amplificou o valor das ferramentas de telerradiologia, pois permitem que o médico radiologista trabalhe fora do hospital e isso reduz o risco de contágio desse profissional da saúde.
Já no ambiente hospitalar, os físicos médicos atuam nas áreas de diagnóstico por imagem e na radioterapia. “Na área de diagnóstico por imagem, a função do físico médico é garantir que as imagens produzidas pelos equipamentos de radiografia, tomografia computadorizada, medicina nuclear, ressonância magnética e ultrassom tenham qualidade e confiabilidade para um diagnóstico confiável e seguro para os pacientes e para a equipe técnica. Na radioterapia, o físico médico é responsável por planejar, em conjunto com o médico, a melhor forma de tratar pacientes com câncer, utilizando feixes de radiação emitidos por aceleradores lineares, para destruir células malignas e preservar as células saudáveis”, resume a professora Ana Maria Marques, como pode ser visto em mais detalhes na Associação Brasileira de Física Médica.
Uma das pesquisas desenvolvidas no Laboratório de Computação em Imagens Médicas (Medicom) da PUCRS vem utilizando métodos de inteligência artificial para identificar padrões e analisar a extensão do comprometimento dos pulmões durante a Covid-19. A pesquisa, que conta com uma equipe interdisciplinar de físicos, cientistas da computação e médicos, está desenvolvendo algoritmos que pretendem auxiliar o diagnóstico por meio da diferenciação das imagens de raios X da Covid-19 e de outras doenças, além de possibilitar a identificação de características nas imagens que estejam relacionadas com a maior probabilidade de agravamento da doença.
A professora Ana Maria, coordenadora do Medicom, destaca que os resultados iniciais demonstraram uma alta porcentagem de sensibilidade. “Os primeiros resultados, utilizando redes neurais artificiais na diferenciação da Covid-19 de outros tipos de doenças respiratórias com base em imagens de radiografia de tórax de bancos de dados públicos, apresentaram uma sensibilidade de 95%”, relata. A pesquisa está sendo realizada em cooperação com o Laboratório de Engenharia Biomédica da Universidade Federal de Uberlândia. A coordenadora do laboratório ainda comenta que a pesquisa segue com novas fases. “Imagens estão sendo coletadas para ampliar a base de dados em melhorar o desempenho da rede neural. Adicionalmente, a investigação com as imagens de tomografia computadorizada está em andamento”, destaca Ana Maria.
No curso de graduação em Física Bacharelado: Física Médica, os estudantes desenvolvem competências para a formação de um profissional com perfil interdisciplinar. O curso oferece uma base sólida em física e matemática e conhecimentos específicos e práticos nas áreas aplicadas, como radiologia, medicina nuclear, radioterapia e proteção radiológica.
A graduação habilita os estudantes para atuar em instituições de saúde, como hospitais e clínicas, indústria, centros de pesquisa e órgãos públicos. Assim como na formação médica, após a graduação, os físicos médicos podem realizar uma residência multiprofissional de dois anos em hospitais credenciados, como no Hospital São Lucas, escolhendo uma das três áreas de atuação: medicina nuclear, radiodiagnóstico e radioterapia.
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O estudante de Engenharia Mecânica, da Escola Politécnica, Gabriel Rios Souza Siqueira, em mobilidade acadêmica na França pelo Programa Brafitec, é um dos finalistas do concurso da entidade francesa Jeuner Ambassauers. Siqueira, juntamente com seu orientador na França, desenvolveu um projeto que busca promover a aproximação entre a cidade francesa Saint-Étienne, onde mora atualmente, e as cidades gaúchas de Butiá, Arroio dos Ratos e Charqueadas devido à importância e à grandeza da mineração nestas cidades.
Gabriel embarcou para a França em agosto de 2019 e participa do programa de dupla titulação entre a PUCRS e a Ecole Nationale d’Ingénieurs de Saint Etienne ENISE, permanecendo no exterior até a metade deste ano. O Programa Brafitec é uma iniciativa que visa o intercâmbio de estudantes de graduação do Brasil e da França na área de Engenharia com bolsa de estudos financiada pela pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Saint Étienne foi, entre as duas grandes guerras mundiais, a maior potência da mineração de carvão na França. Sua importância histórica se perpetua no icônico Musée de la Mine, que conta toda a história da mineração na região e o que foi feito para que a cidade continuasse seu desenvolvimento em outras áreas após o encerramento das atividades de mineração.
“A proposta de aproximação entre a cidade francesa e as regiões gaúchas se baseia na criação de eventos e congressos, aqui em Saint Étienne e no Rio Grande do Sul, voltados para troca de experiências, debates e discussões entre os mineiros, sindicatos, engenheiros e empresas locais dos dois países, na busca de soluções para os rastros negativos que as minas deixam nas cidades após o encerramento de suas atividades”, conta o estudante.
O projeto prevê a formação de duas comitivas, uma brasileira e outra francesa, de cinco membros representantes para irem ao Brasil e à França para o acontecimento dos eventos. “Queremos realizar no Musée de la Mine, em Saint Étienne, e no Museu Estadual do Carvão em Arroio dos Ratos, para que as duas comitivas, além dos debates, conheçam os museus e o passado da mineração nas duas regiões também”, adiciona Siqueira.
Nos debates, estão previstos temas como a questão do desemprego dos mineiros após o fechamento das minas, problemas de saúde causados pelo trabalho nas minas e transição para novas energias limpas.
Agora, Siqueira deverá fazer uma apresentação oral de defesa do trabalho na cidade de Lyon. A defesa acontecerá quando a situação atual da pandemia mundial for controlada.
A associação Jeunes Ambassadeurs (Jovens Embaixadores) atua em 6 cidades do sul da França: Lyon, Saint Étienne, Grenoble, Chambéry, Clermont Ferrand e Valence. A entidade tem como objetivo criar uma rede internacional de parcerias entre estudantes, instituições/empresas e a região da França com as regiões onde os intercambistas moram em seu país natal.
“Lave bem as mãos com água e sabão ou higienize-as com álcool gel”. Essa é uma das recomendações que mais se tem escutado desde o início da pandemia da Covid-19. Mas você já parou para pensar como esses simples hábitos são capazes de evitar a contaminação tanto desse quanto de outros vírus?
Por trás dessas recomendações, está uma verdadeira aliada da nossa saúde: a química. Existem vários agentes químicos usados para combater diferentes tipos de micro-organismos, sejam eles vírus, fungos ou bactérias. Eles fazem parte de processos como o de desinfecção, que elimina agentes infecciosos de superfícies e artigos hospitalares; e de esterilização, que extermina todas as formas de vida de um material ou ambiente. O Museu de Ciências e Teconologia da PUCRS (MCT) desenvolveu um conteúdo aprofundado sobre o assunto, que você pode conferir na íntegra clicando aqui.
Outra ação importante é o uso de antimicrobianos, que são medicamentos que matam ou inibem o crescimento de algum microrganismo patogênico específico. Trata-se dos antibióticos (usados contra bactérias), antifúngicos (contra fungos) e antivirais (contra vírus).
Diferentes tipos de sabão e de álcool estão entre alguns dos agentes químicos comumente utilizados – e são os mais eficientes no combate à Covid-19. Conforme o conteúdo divulgado pelo MCT, os Coronaviridae são uma família de vírus patogênicos, que possuem uma camada lipídica que os envolve. Essa camada é chamada de envelope e tem como função protegê-los do ambiente e reconhecer as células hospedeiras que costuma infectar.
O sabão se mostra eficaz no combate à doença porque sua molécula possui uma parte hidrofílica, que tem afinidade com a água, e outra parte hidrofóbica, que prefere se ligar a óleos e gorduras. Quando lavamos as mãos, a parte hidrofóbica se liga com o envelope lipídico dos vírus, rompendo-a. Assim, eles perdem sua proteção e são eliminados.
Já os álcoois etílico e isopropílico na concentração de 70% a 92% desidratam os vírus quase que imediatamente. Porém, esses agentes químicos não têm nenhuma ação residual e ressecam a pele se utilizados em excesso. Além disso, para uso como antisséptico (para higienizar as mãos e outras superfícies do nosso corpo), apenas o etanol 70% é recomendado.
Outra alternativa bastante eficaz contra o coronavírus é o hipoclorito de sódio, produto obtido a partir da reação do cloro com uma solução de soda cáustica. Frequentemente usado como desinfetante e agente alvejante, ele faz com que as proteínas do vírus se “desmontem”, eliminando-os. Entretanto, este composto deve ser utilizado apenas para a desinfecção de ambientes e superfícies inanimadas, e nunca como antisséptico.
A química é uma área ampla, e uma das possibilidades de atuação do profissional pode estar profundamente relacionada com a área da saúde. Conforme explica a coordenadora do curso de Química da Escola Politécnica, professora Lisandra Catalan do Amaral, associada à Medicina, por exemplo, a química possibilita o estudo e o reconhecimento da estrutura dos tecidos do corpo, dos ossos e de líquidos internos, como a composição do sangue. Interligando‐se com a Biologia (bioquímica), possibilita o estudo de doenças, formulação e análises de medicamentos e vacinas, que nos permitem combater as doenças e epidemias.
Quanto à higiene e prevenção, a química é responsável pela formulação dos produtos de limpeza e de cuidado pessoal, como os citados acima. Ainda nesse campo, profissionais da área realizam pesquisas voltadas para o desenvolvimento de exames e vacinas, para a manipulação de equipamentos e para a detecção de vírus, bactérias e fungos, no mapeamento das doenças.
“Também há estudos para buscar materiais para o desenvolvimento de equipamentos como máscaras, testes e protetores para os profissionais da saúde”, complementa Lisandra. Segundo professora, as áreas de análises clínicas e toxicologia são relativamente novas no mercado de trabalho para o químico, mas estão crescendo.
Lisandra acredita que, com a pandemia de Covid-19, o campo de trabalho para as pesquisas na área será ampliado em todo o mundo. “Assim, o mercado para pesquisa estará bastante aquecido. Da mesma forma, as empresas privadas estão cada vez mais investindo no departamento de pesquisa e desenvolvimento. A situação é complexa e ampla, e é emocionante perceber que nossa profissão pode contribuir de diversas maneiras e que há tantos profissionais da química envolvidos no combate à pandemia”, diz a professora.
No curso de graduação em Química Bacharelado – Linha de Formação em Química Industrial da PUCRS, os estudantes têm a oportunidade de conhecer todas as áreas. “Leva-se em consideração que um químico que trabalhará com materiais também precisa conhecer um pouco de química ambiental, por exemplo”, pontua Lisandra.
O curso tem duração de oito semestres e habilita os estudantes para as atividades químicas da indústria, dos centros de pesquisa e dos órgãos públicos; além de preparar para atividades em caráter individual e autônomo, como consultoria, assistência e correspondente responsabilidade técnica, entre outras possibilidades.
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Introduzir, de forma lúdica e interativa, os pilares do pensamento computacional no ensino de crianças com idades entre seis e 10 anos. Esse é o propósito do aplicativo MindLand, desenvolvido por uma equipe composta por cinco estudantes de diferentes universidades. A solução é uma das finalistas na categoria Educação da 8ª edição do concurso Campus Mobile, promovido pela Associação do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC). O concurso visa inspirar o desenvolvimento de projetos que promovam impacto social e tem como parte da premiação uma viagem ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.
O estudante Guilherme Piccoli, aluno do 7º semestre de Engenharia de Software na Escola Politécnica da PUCRS e um dos representantes do projeto MindLand, destaca o conceito por trás projeto. “O pensamento computacional é uma maneira de solucionar problemas através de um método, podendo ser utilizado por qualquer pessoa, de qualquer área. A nossa ideia é trabalhar os pilares desse conceito na aprendizagem de crianças”, comenta.
Piccoli ressalta que, entre os pilares do pensamento computacional, estão a Decomposição, o Reconhecimento de Padrões, a Abstração e o uso de Algoritmos. “Esses pilares auxiliam na divisão de problemas complexos em partes menores, na identificação de aspectos comuns entre processos, na análise de elementos importantes e no descarte daqueles que não são relevantes naquela tarefa e na construção de um conjunto de instruções para a realização de uma atividade ou solução de um problema”, explica. O estudante ainda destaca que a proposta do MindLand é inserir os conceitos de forma leve e prazerosa para as crianças. “Introduzimos esses pilares em jogos, o que faz com que a criança passe por situações que a envolva, mesmo sem perceber”.
Para a equipe do MindLand, o projeto também é uma oportunidade para o futuro. “A Base Nacional Comum Curricular pretende incorporar o pensamento computacional, tornando obrigatório o ensino nas escolas. Enxergamos nisso, também, uma grande oportunidade”, afirma Guilherme Piccoli.
De acordo com o representante do MindLand, o aplicativo já passou por alguns testes, obtendo retornos positivos. “Vimos crianças bem engajadas e determinadas a melhorarem seu progresso. Também realizamos um formulário para os pais e tivemos quase 100 pessoas interessadas em continuarem a receber informações sobre o projeto”, conta Piccoli.
Além de Guilherme Piccoli, representam o MindLand no concurso Campus Mobile os estudantes Saulo Busetti, alumni de Direito também da PUCRS, e Gustavo Travassos, aluno de Ciência da Computação da Universidade do Vale dos Sinos. Também participam da iniciativa Eduardo Sarmanho, estudante de análise e desenvolvimento de sistemas na Uniritter, e Fernando Maioli, aluno de Engenharia de Software na PUCRS.
Distribuição de espaços, iluminação, influência das cores, escolha de revestimentos e noções de acústica. Esses são alguns dos principais focos da arquitetura interiores. Apesar de ser frequentemente associado à decoração, esse ramo da arquitetura vai muito além de projetar ambientes visualmente bonitos: as necessidades de ocupação dos espaços, o uso de materiais e questões relacionadas à iluminação, ergonomia, utilização de ar condicionado e sustentabilidade também devem ser consideradas pelos profissionais.
Por aliar estética e funcionalidade, o mercado para arquitetos de interiores segue em alta. Pensando nisso, neste semestre a PUCRS está oferecendo a especialização em Arquitetura de Interiores da PUCRS. O curso irá capacitar os profissionais a realizar seu trabalho entendendo todo o desenvolvimento de um projeto, desde os passos iniciais até a entrega. Assim, além das questões mais práticas que dizem respeito à arquitetura de interiores, temas como apresentação de projetos e o cálculo de honorários também serão abordados nas aulas.
“O curso pretende reunir as expertises de mercado e acadêmico, visando aprofundar o conhecimento no assunto. As disciplinas abordarão o relacionamento do arquiteto com o cliente, para que o aluno tenha a real noção da prática de mercado; mídias sociais; comportamento do consumidor; psicologia do ambiente; além, é claro, das disciplinas de interiores”, destaca a coordenadora do curso, professora Isabel Benedetto.
A especialização é voltada a graduados em Arquitetura e Urbanismo e em Engenharia que tenham interesse na área de ambientação, reforma e revitalização de espaços interiores e de transição. Uma base completa de disciplinas de interiores residenciais, comerciais, pousadas e consultórios irá capacitar os estudantes a atuar nas mais diversas áreas da arquitetura de interiores, podendo ampliar suas possibilidades no mercado de trabalho. Além disso, História da Arte, Empreendedorismo e Mídias Sociais também serão alguns dos temas trabalhados em aula.
Um dos diferenciais do curso de Arquitetura de Interiores é o corpo docente. As disciplinas contam com professores qualificados e reconhecidos como referências no mercado. Conheça alguns dos nomes e as disciplinas que irão ministrar:
Especialista em estratégias para o mercado de arquitetura e design. Graduada em Relações Públicas (2003), viveu em São Paulo por 11 anos, trabalhando nas áreas de marketing e vendas em incorporadoras e bancos. Foi convidada para gerenciar um escritório de arquitetura de interiores, onde percebeu o quanto sua experiência poderia ajudar outros arquitetos nas soluções dos problemas do dia a dia. Em 2016, de volta a Porto Alegre, iniciou a sua empresa e já atendeu mais de 100 escritórios em todo o País. Está presente em eventos de marketing, como o Dia da Gestão; Didi Duarte e Renata Pena; e Meber e Donna Casa&Cia: Mostra Morar Mais.
Formada em Arquitetura e Urbanismo (1998) e pós-graduada em Arquitetura Hospitalar. Possui experiência em projetos residenciais e comerciais, sobretudo na área médica e de arquitetura de interiores. Membro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU-RS) e da Associação Brasileira para Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH). Profissional CasaCor Rio Grande do Sul.
Formado em Arquitetura e Urbanismo (1998), especialista em Arquitetura de Interiores e mestre em Engenharia Civil com ênfase em Marcenaria. Possui escritório atuante em arquitetura de interiores e projetos arquitetônicos residenciais e comerciais. Participante de seis edições da Mostra Casa&Cia e de dez edições da CasaCor.
Outra novidade na área de Arquitetura é a especialização em Building Information Modelling (BIM), que consiste em uma metodologia inovadora que estabelece as diretrizes e parâmetros necessários para um fluxo de trabalho mais assertivo na elaboração de projetos e construções. A partir de 2021, o BIM será obrigatório para editais e licitações públicas no Brasil. O curso da PUCRS é o primeiro a ser oferecido por uma universidade no Estado e permite que os profissionais do ramo se atualizem de forma ágil. Clique aqui para saber mais.
Os cursos de especialização em Arquitetura de Interiores e BIM estão com matrículas abertas. Ambos são promovidos pela Escola Politécnica e têm o começo das aulas programado para março.
O sonho de fazer parte de uma família deixa de ser uma realidade distante na vida de diversas crianças do Rio Grande do Sul. Um ano após o lançamento do aplicativo Adoção do Tribunal de Justiça do RS (TJ RS), pelo menos nove crianças e adolescentes já foram adotados através da plataforma. Outras cinco estão em fase de aproximação e 12 em estágio de convivência com as novas famílias. Atualmente, mais de 3,2 mil pretendentes a pais e mães já estão cadastrados na ferramenta desenvolvida por alunos da Escola Politécnica da PUCRS, sob a coordenação do professor e cientista da computação Eduardo Arruda.
Arruda conta que a Escola Politécnica segue acompanhando a evolução dos resultados alcançados com o app, que, segundo ele, já atingiu o seu objetivo: ajudar crianças e adolescentes a terem uma família. “São vidas impactadas. Isso faz com que a gente tenha uma grande satisfação”, conta. Desde o seu lançamento, em agosto de 2018, o aplicativo de adoção já teve mais de 13 mil downloads para aparelhos Android e iOS.
Um dos grandes problemas que dificultam a adoção é que os candidatos têm objetivos muito limitantes, como faixa etária, cor das crianças, número de irmãos, entre outros, lembra Arruda. “No app nós retiramos essa possibilidade. É possível apenas organizar a ordem dos resultados com alguns critérios, mas todos os adolescentes também são exibidos”, explica. Ao assistir os vídeos, ver as fotos ou ler as mensagens de cada criança, os futuros pais e mães se sensibilizam e, muitas vezes, percebem que a idade é apenas um número.
Matheus Vaccaro, de 22 anos, foi um dos alunos que participaram da construção do aplicativo. Ele conta que o projeto influenciou também as suas decisões pessoais e, dois anos após ter se formado, decidiu seguir atuando na área de desenvolvimento de software para aparelhos mobile: “O projeto que a gente desenvolveu foi para uma cadeira, mas o mais legal é que a Universidade foca em ideias que têm um retorno importante para a comunidade”.
Durante o projeto, os participantes tiveram conversas e entrevistas com o a equipe do TJ para entender quais eram as necessidades do aplicativo. “Foi muito bom ter esse envolvimento desde o início”, destaca Vaccaro.
“O espírito do curso é assim, mão na massa”, conta Eduardo Arruda sobre o curso de Engenharia de Software, que prepara os alunos com toda a carga teórica para a prática com projetos, clientes e problemas reais ainda na formação. A Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) também fica aberta para novas ideias e desafios a cada semestre. Qualquer empresa, pública ou privada, que tenha atuação de impacto social pode procurar a agência para construir uma parceria ou projeto.
Além da coordenação do professor e da criação dos alunos, o projeto também contou com a ajuda da Agese da Apple Developer Academy, sediadas no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc). A tecnologia como ferramenta de transformação: essa foi a ideia do time que trabalhou junto para impactar vidas e ajudar a formas novas famílias.
O portal oficial do TJ RS responde algumas das dúvidas mais frequentes dos interessados em adotar. Entre elas, o que é adoção, qual a preparação necessária para adotar, período de espera do processo, direitos das famílias, entre outras. Confira abaixo algumas delas:
Segundo o dicionário, bondade é a “qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem”. Mas essa é uma característica que também pode ser incentivada, principalmente nas crianças. E é a isso que se propõe o aplicativo Passaporte da Bondade, desenvolvido pelos alunos do curso de Engenharia de Software da Escola Politécnica da PUCRS. Em forma de jogo infantil, incentiva crianças de 6 a 10 anos a fazerem o bem para as pessoas, para os animais e ao mundo, ajudando a torna-la um adulto saudável e cuidadoso com os demais.
O Passaporte já era utilizado em papel, como um instrumento de psicoterapia. Agora, o aplicativo possibilita o acesso a crianças, adolescentes, pais, psicólogos e escolas de forma on-line. O sistema funciona assim: por meio de um mapa mundial lúdico, as crianças são incentivadas a “conquistarem” os países após completarem desafios, que incluem atividades do bem como ser cordial e oferecer ajuda; fazer uma nova amizade; e ensinar algo a alguém. Jaqueline Malheiros, idealizadora do projeto, é psicóloga clínica e percebeu a necessidade de incentivar a bondade nas crianças. “Existem estudos que comprovam que pessoas bondosas possuem melhor qualidade de vida e têm uma saúde emocional melhor. Pensamos em fazer o projeto usando a tecnologia a favor das crianças”, afirma.
O aplicativo foi desenvolvido na Agência Experimental de Engenharia de Software – AGES. A professora Alessandra Costa Smolenaars Dutra, coordenadora da AGES e orientadora do projeto, salienta a dedicação dos alunos e a importância do aprendizado por se tratar de uma ferramenta real utilizada nos consultórios de psicologia. “A Jaqueline nos trouxe o desafio de transformar um material impresso em digital. Os alunos aprenderam muito com neste projeto, se dedicaram, estudaram, desenvolveram toda a programação Android para celular e vivenciaram em conjunto com a Jaqueline todas as entregas do projeto, desde a construção das telas, programação e a validação do cliente”, lembra.
Os participantes do projeto foram os alunos Douglas Paz, Enzo Russo, Gabriel Fanto, Giuseppe Menti, Guilherme Deconto, José Goulart, Julia Dorneles, Luiza Pereira, Mariana Borges, Matheus Hrymalak, Pércio Reinert, Rafael Cardoso, Victoria Azevedo e Virgilius Santos. O aplicativo está disponível para plataforma Android e a versão iOS encontra-se em desenvolvimento.
Projeto de pesquisa do Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais (IPR), financiado pela Petrobras, vem alcançando sucesso na busca de aditivos para cimentos utilizados na construção de poços de petróleo. O objetivo é utilizar materiais que têm maior resistência química em ambientes ricos em dióxido de carbono (CO2), como os encontrados nos poços dos campos de óleo. O grupo chegou a fórmulas utilizando polímeros e cargas minerais, com bons resultados em laboratório, tanto que a iniciativa está na segunda fase, tendo recebido mais que o dobro dos recursos previstos no começo, em 2015. Até o momento, foram feitos 100 experimentos diferentes incluindo acima de 20 compostos. O estudo da segunda fase tem a duração de mais dois anos e meio.
Os pesquisadores sugeriram à Petrobras a realização de pesquisa e desenvolvimento de materiais que assegurem a funcionalidade e a segurança dos processos de extração de óleo/gás e reinjeção de CO2. O projeto foi iniciado no curso de Química, sob a liderança da professora Sandra Einloft, decana da Escola Politécnica.
Leia a matéria completa na Revista PUCRS.
Esta é uma das ações do O que se faz em uma Universidade?