O Centro de Treinamento de Voo Simulado (CTVoo) da PUCRS é referência em ensino prático de pilotagem. Com infraestrutura moderna, atende tanto alunos do curso de Ciências Aeronáuticas quanto pilotos habilitados que desejam aprimorar suas competências operacionais. São dez simuladores de voo, incluindo dispositivos AATD e FTD, além de um laboratório especializado em fraseologia aeronáutica. Os treinamentos utilizam simulações de aeronaves classe – monomotor e multimotor terrestre – e aeronave tipo – Boeing 737-800NG –, garantindo uma experiência realista e alinhada aos padrões da indústria aeronáutica.

TREINAMENTOS DISPONÍVEIS:

• Treinamento IFR – Monomotor
• Treinamento IFR – Multimotor
• Multi Crew Cooperation Training (MCCT)
• Jet Training – Boeing 737-800NG


ONDE FAZER:

• Local: Sala 124 do Prédio 10
• Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 22h
• Agendamentos: ctvoo@pucrs.br
ou (51) 3320-3977 / (51) 3353-7678, das 8h às 18h

A Escola Politécnica da PUCRS realiza no dia 29 de maio de 2025 o evento comemorativo de 10 anos do curso de Engenharia de Software, fundado oficialmente em 02 de março de 2015.

A celebração ocorre sob o tema: “Hello, World! Relembre, reencontre e comemore: 10 Anos de Engenharia de Software.”

O encontro será no Teatro do Prédio 40, com início das atividades às 17:30. O evento reunirá professores, Alumni, estudantes e profissionais da área em um momento especial de homenagens, reflexões e trocas sobre a trajetória do curso. A organização está é liderada pela professora Ana Paula Terra Bacelo, coordenadora do curso.

📌 Programação

17:30 – Entrega dos Méritos Acadêmicos dos Estudantes dos cursos de Ciências da Computação, Ciências de Dados e Inteligência Artificial e Sistemas de Informação
18:00 – Abertura oficial e resgate histórico do curso
18:40 – Palestra: Uma Jornada pela Inovação, com Rogério Timmers – Diretor de P&D da Hewlett Packard Enterprise (HPE)
19:20 – Mesa-redonda com representantes da HPE, HP Inc., DB, Telus Digital e Preto no Branco
20:30 – Painel: Experiências Acadêmicas e Profissionais em Engenharia de Software no Exterior
21:20 – Entrega dos Méritos Acadêmicos do Curso de Engenharia de Software
21:40 – Encerramento

Palestrantes confirmados

Com uma programação que une conhecimento, história, cultura e reconhecimento, o evento marca uma década de excelência acadêmica e inovação tecnológica do curso de Engenharia de Software.

Palestra com coordenadora da SEMA-RS destacou o papel da ciência e da governança climática nas estratégias de adaptação e resiliência frente às mudanças climáticas no Estado.

A Escola Politécnica da PUCRS, por meio do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA), promove, no dia 22 de maio, a palestra O enfrentamento das Mudanças Climáticas no Estado do Rio Grande do Sul, com a Profa. Daniela Muller de Lara, coordenadora da Assessoria do Clima da SEMA-RS (Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS) e docente do Programa de Pós-graduação em Ambiente e Sustentabilidade (PPGAS/UERGS).

Durante o evento, serão apresentadas as principais ações do ProClima2050, agenda estratégica estadual de enfrentamento das mudanças climáticas. Destaques incluem o Roadmap Climático, o software EstimaGás, o fortalecimento da governança climática multinível por meio de comissões municipais, e as atuais estratégias de adaptação e resiliência climática em desenvolvimento no RS.

A atividade oferecerá uma visão integrada sobre os avanços em mitigação, educação ambiental e inovação institucional, ressaltando o papel essencial da ciência e das universidades na construção e aplicação de políticas públicas ambientais.

Data: 22 de maio de 2025, às 19h30
Local: Prédio 32, auditório 517 – Escola Politécnica da PUCRS

Palestra com professor da COPPE/UFRJ destacou o papel das tecnologias digitais e da inteligência artificial na transformação da indústria de petróleo e gás.

Prof. Argimiro Secchi, da COPPE/UFRJ / Foto: Thanael Cararo

No dia 24 de abril, a Escola Politécnica da PUCRS realizou a Aula Inaugural dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA), Ciência da Computação (PPGCC) e Educação em Ciências e Matemática (PPGEduCEM). O evento teve como convidado o Prof. Argimiro Secchi, da COPPE/UFRJ, renomado pesquisador na área de Engenharia Química, que ministrou a palestra “Indústria 4.0 no Petróleo e Gás: potencial das Tecnologias Digitais e de Inteligência Artificial”.

Na ocasião, o palestrante abordou a importância da convergência entre o conhecimento fenomenológico e as novas ferramentas digitais, como a inteligência artificial, destacando o papel estratégico dessas tecnologias no avanço e na transformação da indústria de petróleo e gás. A exposição evidenciou o potencial dessas inovações para promover maior eficiência, sustentabilidade e competitividade no setor.

A atividade contou com a presença do professor Luiz Gustavo Leão Fernandes, Diretor de Pós-Graduação da PUCRS, além de graduandos, pós-graduandos, docentes e pesquisadores da comunidade acadêmica. O momento foi propício para promover reflexões qualificadas sobre o papel das diferentes áreas do conhecimento na contribuição integrada para o desenvolvimento de soluções inovadoras e de alto impacto frente aos desafios complexos da indústria.A Aula Inaugural marcou o início oficial do calendário acadêmico dos programas de pós-graduação da Escola Politécnica e reafirmou o compromisso da PUCRS com a excelência na formação científica e tecnológica, bem como com a articulação entre universidade e setor produtivo.

Galeria de Fotos

Prof. Herbert Huppert

Palestra internacional com Herbert Huppert discute futuro do clima

A PUCRS será palco, na próxima terça-feira, 6 de maio, de uma palestra com o Prof. Herbert Huppert, da Universidade de Cambridge. O evento acontece das 9h30 às 13h, no Auditório do Living, e é promovido pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (PGETEMA) da Escola Politécnica.

Com o tema “Will the Earth become too hot for your grandchildren to handle?” (“A Terra se tornará quente demais para os seus netos suportarem?”), o cientista britânico — reconhecido como um dos maiores nomes da geofísica mundial — abordará os impactos do aquecimento global e os desafios que ameaçam as futuras gerações. A palestra, conduzida em inglês, será aberta à comunidade acadêmica e acessível a participantes de todas as áreas do conhecimento, com foco especial em multiplicadores de iniciativas ligadas à sustentabilidade.

Trajetória de destaque na ciência e na formulação de políticas públicas

Herbert Huppert é Professor Emérito de Geofísica Teórica e membro do King’s College desde 1970. Em sua trajetória acadêmica, publicou cerca de 295 artigos científicos, com mais de 24 mil citações, atuando em temas como geofísica, oceanografia, mecânica dos fluidos, meteorologia e políticas públicas para o clima.

Sua influência também se estende à formulação de políticas públicas, tendo presidido grupos de trabalho da Royal Society e do Parlamento Europeu, contribuindo diretamente para temas estratégicos como bioterrorismo e captura de carbono.

Seminário de Estudos sobre Correntes de Densidade amplia parcerias em pesquisa

A palestra também marca o início de um período de atividades que culminará no Seminário de Estudos sobre Correntes de Densidade, previsto para o início de maio de 2025. Organizado pelo PGETEMA, o seminário reunirá representantes da Petrobras, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH/UFRGS) e do Laboratório de Simulação de Escoamentos Turbulentos (LaSET).

Durante o seminário, o LaSET apresentará um panorama de seus 10 anos de pesquisas na área de correntes de densidade, com foco na abordagem numérica. O IPH/UFRGS contribuirá com sua perspectiva experimental, enquanto a Petrobras trará sua visão de campo. O encontro visa alinhar as diferentes metodologias de estudo, fortalecendo o diálogo entre universidade, indústria e centros de pesquisa.

Palestra:Will the Earth become too hot for your grandchildren to handle?
Data: 6 de maio de 2025
Hora: das 9h30 às 13h
Local: Auditório do Living – PUCRS
Palestrante: Prof. Herbert Huppert (Universidade de Cambridge)

Nos dias 15 e 16 de abril de 2025, a Escola Politécnica da PUCRS será palco do workshop “Um Olhar Atual sobre Sistemas Distribuídos: Da Pesquisa à Aplicação no Mundo Real”, um evento gratuito e aberto ao público, com participação presencial e online. O workshop é organizado pelos professores Fernando Dotti (PUCRS/Brasil) e Fernando Pedone (USI/Suíça) e conta com apoio da FAPERGS e CNPq.

O evento propõe uma imersão no universo dos Sistemas Distribuídos, abordando desde conceitos teóricos até aplicações reais em blockchain, computação em nuvem, bancos de dados e telecomunicações. Durante os dois dias, pesquisadores e profissionais do Brasil e da Suíça compartilharão conhecimentos sobre o desenvolvimento de sistemas confiáveis e escaláveis.

Temas em destaque:

Quem pode participar?

O workshop é destinado a estudantes de graduação e pós-graduação, jovens pesquisadores e profissionais interessados em blockchain, cloud computing e tolerância a falhas. O evento também é uma oportunidade para qualquer pessoa curiosa sobre tecnologia distribuída que deseja entender os desafios e avanços da área.

Sala de Reunião: 15 abr. 2025 13:30 (Horário de São Paulo)

ID da Reunião: 986 7972 8595
Senha: WSDC2025

Sala de Reunião: 16 abr. 2025 09:00 (Horário de São Paulo)

ID da reunião 933 1213 5677
Senha: WSDC2025

  • Programação – 15 de abril

     

    O que Blockchains, Telecomunicações e Bancos Têm em Comum – A Vida Secreta do Consenso em Sistemas Distribuídos

    • Palestrante: Fernando Pedone (USI – Suíça)
    • Horário: 13h30

    Resumo: O consenso é um problema fundamental em sistemas distribuídos, relacionado a fazer com que um grupo de máquinas concorde sobre um único valor, apesar de falhas ou atrasos. Desde o trabalho seminal de Lamport, Shostak e Pease, o consenso se tornou a espinha dorsal de muitos sistemas tolerantes a falhas. Esta palestra explora a teoria e a prática do consenso, começando por seus fundamentos e examinando como ele sustenta estratégias críticas de replicação. Serão abordados três estudos de caso do mundo real que o palestrante vivenciou em primeira mão: replicação de bancos de dados, que utiliza consenso para manter a consistência entre réplicas; sistemas de processamento de grafos em larga escala, onde a coordenação é essencial para garantir a consistência entre fragmentos do grafo; e blockchain, com foco em protocolos modernos de consenso, como o Proof of Stake. Por fim, discutiremos novas direções para o consenso e as oportunidades empolgantes que aguardam aqueles que dominam a arte e a ciência do acordo distribuído.

    Quase 100 anos de cooperação em computação distribuída – Transcorrer, Resultados e Perspectivas

    • Palestrante: Fernando Dotti (PUCRS)
    • Horário: 14h

    Resumo: Esta apresentação contextualiza os assuntos e contribuições de pesquisa desenvolvidos no escopo da colaboração entre apresentadores deste workshop. Isto é feito mostrando tanto as relações entre os autores envolvidos como sumarizando os desafios e resultados enfrentados.

    Uma Carreira Consistente em Computação Distribuída

    • Palestrante: Lásaro Camargos
    • Horário: 14h30

    Resumo: A computação distribuída é a base que torna viáveis muitas das inovações tecnológicas que dominam a mídia, como inteligência artificial, blockchain, jogos online, computação em nuvem e plataformas de streaming. Essas tecnologias exigem arquiteturas distribuídas com alto grau de escalabilidade, confiabilidade e corretude—características que, muitas vezes, entram em conflito. Como profissionais da área, precisamos constantemente encontrar o melhor equilíbrio entre esses fatores, o que torna nosso trabalho desafiador e estimulante. Nesta apresentação, compartilharei minha trajetória como pesquisador e desenvolvedor em computação distribuída, discutindo os desafios e oportunidades dessa carreira essencial, mas frequentemente subestimada.

    Atomic Multicast: do Skeen ao Pacheco

    • Palestrante: Paulo Coelho (UFU)
    • Horário: 15h30

    Resumo: Construir aplicações distribuídas é uma tarefa complexa, e o particionamento de dados, ao mesmo tempo que possibilita aumentar a escalabilidade das aplicações, introduz complexidade adicional ao coordenar operações entre grupos de réplicas. O Multicast atômico é uma abstração de comunicação que simplifica o raciocínio e a construção de sistemas particionados. Ele permite que mensagens sejam entregues de forma confiável a um subconjunto dos grupos do sistema, garantindo ao mesmo tempo uma ordem parcial nas mensagens entregues. Esta apresentação apresenta um pouco do histórico do desenvolvimento de algoritmos de multicast atômico baseados em timestamp, enfatizando a importância de reduzir o número de passos de comunicação para melhor o desempenho de sistemas modernos geograficamente distribuídos.

    Compondo State Machine Replicas

    • Palestrante: Odorico Mendizabal (UFSC)
    • Horário: 16h

    Resumo: State Machine Replication (SMR) é uma técnica fundamental para construir serviços altamente disponíveis e tolerantes a falhas. Embora a SMR tenha sido amplamente estudada e otimizada ao longo dos anos, um aspecto permanece inexplorado: a composição de serviços. Esta palestra introduz uma nova perspectiva sobre a SMR, definindo sua composicionalidade e demonstrando como a combinação de máquinas de estado replicadas pode levar a sistemas mais modulares, escaláveis e flexíveis. Ao combinar SMR por meio da composição, possibilitamos a reutilização de SMRs existentes para construir serviços complexos, mantendo a tolerância a falhas e a consistência. Essa abordagem está alinhada com aplicações modernas em larga escala, especialmente na computação em nuvem e nas arquiteturas de microsserviços. A composição aprimora a SMR ao permitir que novas funcionalidades sejam adicionadas a réplicas existentes e que diferentes réplicas executem colaborativamente partes da mesma operação. Além disso, essa técnica facilita o particionamento de estado e a fragmentação (sharding), permitindo que variáveis de estado distintas sejam atribuídas a SMRs separadas, melhorando a eficiência. Ao longo da palestra, exploraremos exemplos ilustrativos que demonstram essas vantagens.

    Uma Forma Diferente de Consenso: Proof of Work & Proof of Stake

    • Palestrante: Enrique Fynn (Chorus One)
    • Horário: 16h30

    Resumo: Esta palestra explora os mecanismos de consenso em blockchains e seu papel na garantia da confiança descentralizada. Será apresentada uma visão geral da Proof of Work (PoW) e da Proof of Stake (PoS) , destacando seus pontos fortes e os compromissos envolvidos. Também abordaremos os contratos inteligentes: como eles possibilitam acordos seguros, automatizados e à prova de adulteração na blockchain. Por fim, compartilharei minha experiência prática no desenvolvimento de contratos inteligentes e os principais desafios enfrentados durante sua implementação. A sessão será encerrada com insights adquiridos e melhores práticas para a construção de aplicações baseadas em contratos inteligentes.

    Consenso Bizantino e Gossip Semântico: Escalando Sistemas Descentralizados

    • Palestrante: Ricardo Guimarães (PUCRS)
    • Horário: 17h

    Resumo: O Gossip permite escalar a comunicação para conjuntos maiores de nós e tem sido recentemente considerado como uma camada de comunicação para suportar consenso. Os protocolos de consenso tendem a apresentar alta redundância no número de mensagens trocadas entre as máquinas participantes, pois a conclusão do algoritmo exige apenas que um subconjunto das máquinas alcance um acordo. Da mesma forma, protocolos de comunicação epidêmica, como o Gossip, introduzem ainda mais redundância ao permitir que uma mesma máquina receba a mesma mensagem de diferentes pares. Por sua natureza, tanto os protocolos de consenso quanto o Gossip lidam com perdas de mensagens e falhas de processos. Essa redundância dupla levanta questões sobre a real eficiência do uso do Gossip como um bloco fundamental para consenso. Discutimos até que ponto a redundância pode ser eliminada sem comprometer a segurança e a vivacidade do consenso, e propomos uma abordagem para eliminar seletivamente a redundância considerando o uso combinado desses protocolos.

    Consenso Bizantino e Gossip Semântico: Escalando Sistemas Descentralizados

    • Palestrante: Ricardo Guimarães (PUCRS)
    • Horário: 17h

    Resumo: O Gossip permite escalar a comunicação para conjuntos maiores de nós e tem sido recentemente considerado como uma camada de comunicação para suportar consenso. Os protocolos de consenso tendem a apresentar alta redundância no número de mensagens trocadas entre as máquinas participantes, pois a conclusão do algoritmo exige apenas que um subconjunto das máquinas alcance um acordo. Da mesma forma, protocolos de comunicação epidêmica, como o Gossip, introduzem ainda mais redundância ao permitir que uma mesma máquina receba a mesma mensagem de diferentes pares. Por sua natureza, tanto os protocolos de consenso quanto o Gossip lidam com perdas de mensagens e falhas de processos. Essa redundância dupla levanta questões sobre a real eficiência do uso do Gossip como um bloco fundamental para consenso. Discutimos até que ponto a redundância pode ser eliminada sem comprometer a segurança e a vivacidade do consenso, e propomos uma abordagem para eliminar seletivamente a redundância considerando o uso combinado desses protocolos.

  • Programação – 16 de abril

    Armazenamento Cloud-of-Clouds: da Teoria à Produção

    • Palestrante: Alysson Bessani (Universidade de Lisboa)
    • Horário: 9h

    Resumo: As nuvens públicas se tornaram um pilar fundamental para muitas empresas e serviços em escala global. Em particular, o crescimento exponencial na quantidade de dados gerados tornou os serviços de armazenamento em nuvem uma infraestrutura essencial para lidar com esse volume de informações. Apesar dos grandes esforços dos provedores de nuvem para garantir a segurança de seus serviços, ainda há uma abundância de eventos relacionados a invasões, indisponibilidade e até corrupção ou destruição de dados. Uma maneira de minimizar esses riscos é explorar a diversidade do mercado de nuvem e armazenar dados em diferentes provedores, implementando uma estratégia de armazenamento em nuvem-de-nuvens. Para isso, os usuários da nuvem devem confiar em abstrações de armazenamento tolerantes a falhas construídas sobre serviços individuais, que são suscetíveis a falhas, como registros de leitura/escrita e objetos de concessão (lease objects). Muitas propostas para essas abstrações vêm tanto da comunidade teórica quanto da área de sistemas. Com base em um subconjunto desses trabalhos, selecionamos e apresentamos quatro construções (três tipos de registros e um objeto de concessão), comparando suas propriedades e custos, além de discutir como foram usadas para implementar serviços práticos de armazenamento em nuvem-de-nuvens – desde uma biblioteca de programação até um serviço comercial de armazenamento, o vawlt.io. Por fim, compartilharemos nossa experiência na transformação de pesquisas acadêmicas fundamentais em uma startup que garantiu mais de 3 milhões de euros em financiamento de capital de risco.

    How Far Can Synchronous BFT Consensus Go?

    • Palestrante: Nenad Milošević (USI – Informal Systems)
    • Horário: 9h30
    • Idioma: Inglês

    Resumo: Synchronous BFT consensus protocols offer strong fault tolerance but are often met with skepticism and viewed as impractical due to their reliance on strict timing bounds. In this talk, we present a fresh perspective on this problem and share our recent efforts toward designing more practical synchronous protocols. We start by analyzing how synchrony violations can compromise protocol correctness, even in the presence of malicious behavior. Using the BoundBFT protocol as a case study, we show that communication redundancy allows some synchronous protocols to tolerate a degree of synchrony violations without breaking safety. These results motivated a three-month empirical study of message delays in real-world networks. Based on the findings, we introduced a hybrid synchrony model that captures the observed latency patterns by distinguishing between small and large messages. Within this model, we designed AlterBFT, a new protocol that retains the fault tolerance of synchronous protocols while offering significantly better performance. This work represents a first step toward reassessing the practicality of synchronous consensus, and we plan to further explore their real-world applicability.

    Consenso Bizantino Baseado em uma Camada de Rede com Ordenação de Mensagens Tolerante a Intrusões

    • Palestrante: Eduardo Alchieri (UnB)
    • Horário: 10h

    Resumo: Trabalhos recentes propuseram protocolos de consenso que dividem as tarefas de garantir as propriedades de acordo e de terminação entre as camadas de rede e de aplicação, respectivamente. A camada de rede precisa entregar as mensagens já ordenadas para garantir acordo. Para tanto, essas soluções normalmente utilizam um sequenciador. No entanto, tolerar um sequenciador malicioso traz novos desafios, uma vez que um mesmo número de sequência pode ser atribuído para diferentes mensagens e enviadas para diferentes réplicas. Para contornar tais problemas, o NeoBFT emprega um passo adicional de comunicação entre as réplicas. Apesar de lidar com o problema, essa abordagem impacta o desempenho do sistema, uma vez que sincronizações adicionais são necessárias nas réplicas antes da execução das requisições. Este trabalho propõe o NsoBFT (Network secure ordered BFT), um protocolo de consenso que utiliza uma camada de rede com um serviço seguro de ordenação de mensagens implementado através do componente seguro USIG (Unique Sequential Identifier Generator). Desta forma, não é necessário executar sincronizações adicionais nas réplicas antes de executar as requisições. Resultados experimentais comparam as propostas similares encontradas na literatura e mostram que esta característica faz com que o NsoBFT tenha um desempenho superior ao NeoBFT.

    SkipLists em SMR: Simplificando e Aprimorando Transferência e Validação de Estado

    • Palestrante: Eliã Batista (USI – PUCRS)
    • Horário: 11h

    Resumo: A replicação de máquina de estado (SMR) garante tolerância a falhas em sistemas distribuídos ao fazer com que as réplicas executem requisições de maneira consistente. Um aspecto fundamental para o desempenho do SMR é a gestão do estado das réplicas. A gestão do estado é essencial para garantir durabilidade e consistência, mesmo quando algumas réplicas falham ou apresentam comportamento arbitrário. Investigamos o uso de estruturas de dados otimizadas para agrupar dados, permitindo a transferência paralela de estado e validação separada dos clusters. Em particular, exploramos o uso de SkipLists como estruturas de dados agrupadas autovalidáveis. Propomos uma nova estrutura baseada em SkipLists que suporta tanto a autovalidação quanto a eficiente clusterização de dados. As SkipLists oferecem algumas vantagens sobre as árvores de Merkle, amplamente utilizadas. Embora as árvores de Merkle forneçam provas criptográficas de integridade, sua estrutura hierárquica balanceada gera sobrecarga e atualizações complexas. Em contraste, as SkipLists apresentam desempenho semelhante para operações de inserção e busca, mantendo uma abordagem mais simples devido ao balanceamento probabilístico. Além disso, o design em camadas das SkipLists suporta naturalmente a clusterização e validação de clusters sem a necessidade de percorrer toda a estrutura. Ao aproveitar essas propriedades, nossa abordagem baseada em SkipLists busca aprimorar a eficiência e a escalabilidade dos sistemas SMR, melhorando a tolerância a falhas e o desempenho na recuperação de estado.

    Avaliação de Desempenho de um Algoritmo de Consenso

    • Palestrante: Lucca Dornelles Cezar (PUCRS)
    • Horário: 11h15

    Resumo: Esta palestra apresenta as experiências e resultados atuais na avaliação do desempenho do protocolo de consenso Tendermint, conduzida no âmbito de uma colaboração entre a PUCRS e a Informal Systems.

     

Programação completa em inglês: https://bit.ly/4iQOIdB

Cada novo semestre é uma oportunidade para explorar tudo que a Universidade oferece. 

As aulas da graduação retornam na segunda-feira, dia 5 de agosto, com uma programação especial para os nossos estudantes. Desejamos que calouros/as e veteranos/as aproveitem muito este semestre.

Continue seu FUTURO na PUCRS!✨


7 AGO

🕑 19h
📍   Prédio 32
👥 Público: Calouros
🟡 Café de Boas-vindas: Recepção e acolhida com coffee break e bate-papo com calouros dos cursos de Engenharia de Software e Sistemas de Informação, Decanato da Escola, Coordenadores e professores.

9 AGO

🕑 8h15min
📍   Prédio 32
👥 Público: Calouros
🟡 Café de Boas-vindas: Recepção e acolhida com coffee break e bate-papo aos alunos dos cursos de Ciência da Computação, Ciência de Dados e Inteligência Artificial e Engenharia de Computação pelo Decanato da Escola, Coordenadores e professores.

🕑 17h30min
📍   AGEPE – Prédio 30
👥 Público: Calouros
🟡 Bate-papo: Recepção e acolhida com coffee break e bate-papo aos alunos dos cursos de Engenharias e Arquitetura pelo Decanato da Escola, Coordenadores e professores.

14 AGO

🕑 19h30 às 20h30
📍   Prédio 30 – Sala 320A
👥 Público: Calouros e Veteranos
🟡 Bate papo com a Comissão Coordenadora do Curso de Engenharia de Computação

21 AGO

🕑 19h30 às 20h30
📍   Prédio 30 – Sala 106 B
👥 Público: Calouros e Veteranos
🟡 Bate papo com professores e veteranos do curso de Arquitetura e Urbanismo

22 AGO

🕑 17h30
📍   Prédio 30 – Bloco F | Sala 204
👥 Público: Calouros e Veteranos
🟡 Bate papo: Oportunidades Área Energia

22 AGO

🕑 17h30
📍   Prédio 32 – Sala 205
👥 Público: Calouros e Veteranos
🟡 Bate papo: Carreira e Oportunidades de Mercado

23 AGO

🕑 17h30
📍   Prédio 30 – AGEPE
👥 Público: Calouros e Veteranos
🟡 Bate papo: Carreira e Oportunidades de Mercado

23 AGO

🕑 17h30
📍   Prédio 10 – Auditório
👥 Público: Calouros e Veteranos
🟡 Bate papo: com a Comissão Coordenadora do Curso de EngenhariaQuímica

Pesquisadores da Escola Politécnica oferecem instruções e alertas sobre o consumo de água 

As enchentes que causaram estragos em grande parte do Rio Grande do Sul deixaram milhares de desabrigados, incluindo famílias inteiras, animais de estimação e muitas crianças. Neste momento de calamidade, a PUCRS é um dos abrigos emergenciais em Porto Alegre, com estrutura montada em seu Parque Esportivo, e recebe e encaminha doações. Como consequência dos alagamentos de equipamentos técnicos de abastecimento de água, grande parte da população está sem água encanada em casa. O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Ideia) e o Laboratórios de Processos Ambientais, da Escola Politécnica da Universidade, investigaram como as pessoas podem ter acesso à água, principalmente potável, visto que o produto está em falta em muitos mercados. Os pesquisadores também alertam sobre quais tipos de água não são adequados para consumo humano. 

Para quem está com a chegada de água por encanamento, após passar por uma Estação de Tratamento de Água (ETA), pode beber e usar para alimentação, pois esta água é potável. Terá uma certa turbidez em função da água coletada, mas dentro do permitido pela legislação. Outra situação é no caso de casas ou prédios que ficaram sem água e tem caixa d’água inda abastecida. A caixa d’água precisa ser limpa com uma frequência e caso isso não ocorra, quando o nível reduz, a sujeira do fundo também surge.  

Existem ainda fontes públicas espalhadas por Porto Alegre, mas destes locais não é aconselhado o consumo, pois apresentam valores de coliformes e E. Coli acima dos considerados seguros para a saúde pública. E os procedimentos de potabilidade da água citados abaixo, não se aplicam nestes casos. A água de fontes públicas é segura apenas para uso de limpeza ou descargas. Ainda é possível, nestes dias chuvosos, coletar com o auxílio de baldes ou de outras maneiras, a água da chuva, para posterior filtragem, pois também não é indicada para consumo imediato. Já a água de alagamentos não deve ser utilizada para nenhum uso, deve-se evitar contato. 

Como tornar a água potável

Água da chuva, rede, cisternas ou poços artesianos:

Opção 1: 

Opção 2: 

Além do filtro de barro também é possível utilizar outros tipos, como coador de papel, tela de nylon, pano limpo ou ainda um filtro doméstico. Outro ponto importante é o consumo consciente de água, visto que muitas pessoas estão sem acesso. É preciso usar apenas o necessário para garantir que não falte para ninguém. Os abrigos provisórios continuam pedindo doações de água mineral, item essencial para a saúde das pessoas.  

Leia tambémSaiba como ajudar a cuidar e a garantir a segurança das crianças nos abrigos 

Dia Mundial do Urbanismo

Foto: Camila Cunha

Responsável por moldar parte importante da cultura e história da sociedade, arquitetura pode ser um verdadeiro universo a explorar. A primeira coisa que quem deseja atuar nessa área precisa saber é: há muitas possibilidades no mercado para esses profissionais. Abrangendo temas como paisagismo e urbanismo, a Arquitetura é intrínseca ao caminhar da humanidade e, obviamente, o progresso da tecnologia também se faz presente e influente neste campo do conhecimento. 

Camila Fujita, professora e integrante da comissão coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica da PUCRS contextualiza:  

“Os avanços científicos e tecnológicos recentes têm influenciado tanto a forma de pensar como fazer e experienciar a arquitetura, por meio da interação em ambientes virtuais e de realidade aumentada, de novos softwares de criação e gerenciamento, de tecnologias e da automação para a construção civil, bem como das tecnologias da informação e comunicação aplicadas às cidades e aos espaços públicos, dentre muitos outros.” 

Inovações tecnológicas traçam novos caminhos para a área 

Assim como em tantas outras áreas do conhecimento, a arquitetura entra em uma nova era, na qual novas tecnologias modificam cada vez mais tanto o trabalho de arquitetos/as quanto ambientes projetados por esses profissionais. A coordenadora do curso, Maria Alice Medeiros Dias, elenca como importantes e inovadoras as tecnologias relacionadas à modelagem 3D, realidade aumentada, automação residencial e nanotecnologia. 

De acordo com a pesquisadora, que tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase no Projeto de Espaços Livres Urbanos, ferramentas de modelagem tridimensional possibilitam maior eficiência, economia e integração à execução de projetos de casas e edifícios. Um exemplo de inovação nessa área é o Building Information Modeling (BIM), ou Modelagem da Informação da Construção, em português. Trata-se de uma metodologia que estabelece diretrizes e parâmetros para melhorar o fluxo de trabalho em áreas como Arquitetura, Engenharia, Administração Economia e Ciência da Computação. O BIM geralmente é comportado por softwares de modelagem como o Autodesk Revit e o Graphisoft Archicad. 

Foto: Jonathan Heckler

A automação residencial modifica a forma como o ser humano interage com os ambientes e equipamentos à sua volta. Além disso, a realidade aumentada tem se mostrado útil em transações no mercado imobiliário e a nanotecnologia vem contribuindo para a descoberta de materiais inovadores e mais sustentáveis. “A arquitetura se transforma na mesma medida que o conhecimento e a tecnologia, pois tudo e todos necessitam estar e interagir em algum lugar, seja esse real e/ou virtual”, diz. 

Outro tema constante, cuja incorporação ao trabalho dos arquitetos já se mostra como um passo natural, é o metaverso. Isso se deve ao fato de que a proposta de integração entre os ambientes real e virtual já é algo presente no cotidiano da profissão por meio do crescente uso de recursos computacionais.  

“Nesta nova camada de experiências da realidade, em qualquer que seja a oportunidade de negócio ou desenvolvimento de serviços será necessário trazer referências espaciais de lugares e ambientes, oportunizando a participação do arquiteto e urbanista. Temos, inclusive, egressos do curso que já estão atuando nesta área”, comenta Maria Alice. 

Um curso que prepara para um mercado repleto de novidades 

Em constante atualização, o curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola Politécnica é composto de uma nova e atual matriz curricular que inclui muitas das novas transformações tecnológicas e mercadológicas. Entre as reflexões e atividades propostas estão uma maior integração e aplicação dos conhecimentos por meio de aulas e práticas nos diversos ateliês do curso, laboratórios, além de viagens de estudo, vivências com profissionais do mercado e aproveitamento de ambientes de aprendizagem dentro e fora do Campus. O ensino, sobretudo nos ateliês de projeto, ocorre essencialmente por meio de metodologias ativas que buscam dar conta de transmitir as melhores práticas da atualidade e realizar um acompanhamento próximo e atento ao desenvolvimento do/da estudante.  

As professoras explicam que os próprios edifícios e espaços abertos do Campus da PUCRS servem como verdadeiras aulas práticas nas áreas de arquitetura, paisagismo e urbanismo. Além de tudo isso, o curso de graduação oportuniza aos alunos viagens de estudo, que são essenciais para a construção de repertório profissional. Nessas viagens, estudantes visitam especialmente patrimônios edificados do Rio Grande do Sul, com o acompanhamento de professores especialistas na área. 

A interdisciplinaridade presente na Escola Politécnica, onde também estão diferentes cursos de Engenharia, promove no curso a abordagem de temas como eficiência energética, gestão, empreendedorismo e sustentabilidade. Este último, em especial, é um tema constante no mercado atual e em toda a sociedade, – conforme ressalta Raquel Rodrigues Lima, também integrante da comissão coordenadora da graduação: 

Foto: Jonathan Heckler

“Nosso curso tem tradição na discussão deste tema e proporciona ao estudante oportunidade de explorar e aprofundar este debate. O tema da sustentabilidade urbana comparece de modo transversal, do primeiro ao último nível da graduação, por meio do ensino nas disciplinas, atividades de extensão e pesquisa, palestras e eventos promovidos”. 

Escola Politécnica é berço de projetos que visam o impacto social 

Com um longo histórico de ensino, pesquisa e extensão, o curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS está direcionado especialmente a temas como inovação social e sustentabilidade. Um exemplo é o projeto Urbanistas Contra o Corona, realizado em 2020. A ação, que reuniu professores, alunos e egressos do curso, tinha como propósito formar uma rede de apoio no Estado e produzir soluções emergenciais a fim de garantir equidade social e espacial nos espaços periféricos, diante da pandemia de Covid-19. O projeto integra uma rede nacional de instituições de ensino, de classe e outras organizações.  

Também há o projeto Service Learning, que oportuniza parcerias entre disciplinas do curso e instituições que trazem para dentro da sala de aula desafios que precisam de soluções. A disciplina proporciona a interação dos estudantes com representantes de associações de moradores, como a Associação Integração dos Anjos e a Associação de Amigos da Praça David Ben-Gurion, além das prefeituras de Guaíba, Imbé, Osório e Porto Alegre, a Câmara de Vereadores da capital e a Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre (EPTC). 

Em cada semestre, estudantes desenvolvem projetos e posteriormente os apresentam aos representantes das instituições parceiras. Entre os resultados já foram entregues ideias para projetos urbanos em cidades, estudos para praças urbanas e habitação social, oficinas sobre arquitetura e sustentabilidade urbana para estudantes de comunidades carentes, entre outros.   

Estude Arquitetura e Urbanismo na PUCRS

Grupo MALTA conquista 4º lugar no desafio mRALE/ Foto: Divulgação

O laboratório de pesquisa MALTA (Machine Learning Theory and Application Lab) da Escola Politécnica da PUCRS, coordenado pelo professor Rodrigo Coelho Barros, e que faz parte do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação, ganhou mais um prêmio internacional: o laboratório conquistou o 4º lugar no prestigiado desafio mRALE do Medical Imaging and Data Resource Center (MIDRC), na temática “Inteligência Artificial para Predição da Severidade de COVID-19 em Radiografias de Tórax”. A conquista rendeu ao MALTA um prêmio em dinheiro de 5 mil dólares e destacou sua liderança e inovação nas áreas de inteligência artificial e processamento de imagens médicas. 

Organizado pelo MIDRC, o desafio mRALE contou com financiamento do National Institute of Biomedical Imaging and Bioengineering (NIBIB) e teve como sede a Universidade de Chicago. O esforço é uma colaboração entre entidades de renome, como o American College of Radiology (ACR), a Radiological Society of North America (RSNA) e a American Association of Physicists in Medicine (AAPM). 

“É um resultado impressionante e que me enche de orgulho. O MALTA foi a única instituição latino-americana a ser premiada, solidificando sua posição como um centro de excelência na pesquisa de inteligência artificial e imagens médicas. Diversos alunos do grupo de pesquisa possuem formação em física médica na própria PUCRS, o que reforça a qualidade de formação da instituição”, diz Barros.  

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A equipe do laboratório que disputou a competição foi formada por sete membros: professor Rodrigo Coelho Barros (coordenador), o professor Lucas Silveira Kupssinskü (vice coordenador), professor Otavio Parraga, os doutorandos Christian Mattjie e Rafaela C. Ravazio, o mestrando Luis Vinicius de Moura e o graduando Adilson Medronha.  

Não é a primeira vez que o laboratório chama a atenção da comunidade científica internacional. Anteriormente, o professor Rodrigo, juntamente com Luis Vinicius de Moura e Christian Mattjie, foi premiado com o Melhor Artigo em 2020 por sua pesquisa inovadora intitulada “Uma Abordagem Inovadora para Diferenciar Pneumonia da COVID-19 em Raios-X de Tórax”, apresentada na 20ª Conferência Internacional de Bioinformática e Bioengenharia da IEEE. 

MALTA realiza importantes estudos na área de imagens médicas 

Estudos feitos no laboratório buscam avanços tecnológicos na área de imagens médicas/ Foto: Divulgação

Christian Mattjie, que é graduado em Física e possui mestrado em Gerontologia Biomédica. Ele realiza sua pesquisa de doutorado, que está direcionada à identificação de subtipos da doença de Parkinson usando aprendizado de máquina não supervisionado e análise de dados biológicos. Ele se dedica a esse estudo paralelamente à sua participação no MALTA – que tem como um de seus principais focos de pesquisa a saúde e prima pela inovação e aplicação prática de modelos de redes neurais em problemas reais. Nosso trabalho busca não apenas avançar o estado da arte tecnológico, mas também promover a equidade (fairness) e o bem-estar social através da ciência de dados”, destaca ele. 

Alguns dos estudos mais recentes do laboratório incluem dois trabalhos aceitos no 23º IEEE International Conference on Bioinformatics and Bioengineering (BIBE). O primeiro, intitulado “Zero-shot performance of the Segment Anything Model (SAM) in 2D medical imaging”, oferece uma avaliação abrangente e diretrizes práticas para a implementação deste modelo em imagens médicas bidimensionais. O segundo, “Radiomics for predicting oxygen necessity in COVID-19 patients using longitudinal lung computed tomography”, investiga o potencial da radiômica na previsão da necessidade de oxigenação em pacientes com COVID-19, utilizando uma abordagem longitudinal em tomografias computadorizadas de pulmão. 

Além deste, um marco significativo para o MALTA foi a aprovação de um trabalho para apresentação oral no renomado SPIE Medical Imaging 2024, como explica Christian: 

“O estudo ‘Semi-supervised learning for mRALE score prediction in COVID-19 chest radiograph’ detalha a metodologia inovadora que nos levou ao quarto lugar na competição mRALE. Este reconhecimento é uma testemunha do nosso compromisso com a pesquisa de vanguarda e da relevância do nosso trabalho no cenário internacional.” 

Para ele, as pesquisas realizadas pelo laboratório são cruciais na dimensão científica, pois o objetivo constante do MALTA é estreitar a relação entre tecnologia de ponta e aplicabilidade prática em contextos que beneficiem a sociedade. 

“Através do desenvolvimento e aprimoramento de modelos de machine learning e deep learning, estamos contribuindo para o aumento da precisão diagnóstica, facilitando a identificação e classificação de doenças a partir de imagens e dados médicos. Isso não apenas eleva o patamar das pesquisas na área de inteligência artificial aplicada à saúde, mas também tem um impacto direto na qualidade e na eficiência do atendimento clínico, o que pode salvar vidas e otimizar recursos em sistemas de saúde já sobrecarregados”, afirma o doutorando. 

MALTA realiza pesquisas de relevância tanto científica quanto social/ Foto: Divulgação

A dimensão social também é abarcada pelas pesquisas do MALTA, pois vão além do escopo médico. O grupo também desenvolve um trabalho de desenvolvimento de bancos de dados de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e modelos de tradução a fim de facilitar a comunicação e inclusão de pessoas surdas. Tal projeto, também coordenado pelo professor Rodrigo, foi o único da América Latina a receber financiamento do Google através do Award for Inclusion Research (AIR), no final de 2022. “Estes projetos não apenas melhoram a acessibilidade e a qualidade de vida da comunidade surda, mas também promovem a conscientização e a importância da inclusão em todos os aspectos da sociedade”, acrescenta Christian. 

Ele afirma que receber a premiação do MIDRC é uma experiência gratificante e motivadora para toda a equipe do MALTA, sendo um reconhecimento do trabalho árduo, da dedicação e da inovação empregados nas pesquisas. 

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“O prêmio reflete não apenas o potencial individual de cada membro da equipe, mas também a força colaborativa de um grupo que está profundamente comprometido com a excelência científica. Para a Escola Politécnica e a PUCRS, este prêmio é uma vitrine de prestígio internacional que ressalta a capacidade da nossa instituição em produzir pesquisas de alto impacto. Demonstra que estamos no mesmo nível de competitividade que outras instituições renomadas globalmente, capazes de inovar, contribuir e liderar em campos desafiadores e altamente técnicos como o de inteligência artificial aplicada à saúde”. 

Prêmio será investido em infraestrutura para o laboratório 

Com esse novo reconhecimento, o laboratório MALTA tem planos ambiciosos para expandir ainda mais seu escopo de pesquisa. O prêmio de 5 mil dólares será investido em novas iniciativas que prometem trazer avanços significativos para o campo da inteligência artificial aplicada à medicina, beneficiando não apenas a comunidade científica, mas a sociedade em geral. Segundo Christian, o principal foco desses investimentos será a atualização e expansão das máquinas de alto desempenho, essencial para as demandas computacionais das pesquisas em deep learning. 

Urge, no contexto das pesquisas do MALTA, a necessidade de um hardware robusto para processar e analisar grandes quantidades de dados médicos – logo, o plano é adquirir e aprimorar servidores com GPUs avançadas e capacidades de processamento acelerado. Isso não só permitirá a realização de cálculos complexos com maior eficiência, mas também reduzirá significativamente o tempo necessário para a execução de algoritmos intensivos e o treinamento de modelos de inteligência artificial. 

“Este investimento reforça o nosso compromisso em permanecer na vanguarda da pesquisa científica e contribuir para o avanço da medicina diagnóstica, ao mesmo tempo em que consolidamos a posição da PUCRS como uma instituição de pesquisa de excelência, capaz de gerar impacto real na sociedade e na comunidade científica global”, pontua.