Qualificar-se para trabalhar como síndico profissional ou aprender técnicas de marketing digital para melhorar o desempenho do seu negócio no Instagram. Essas são algumas das possibilidades oferecidas pelos cursos de extensão da Escola de Negócios com início no mês de novembro. Com aulas online realizadas pelo Zoom, as turmas têm a possibilidade de interação em tempo real, ampliando as oportunidades de troca de experiências e conhecimentos. As inscrições estão abertas e a primeira formação começa no dia 6 de novembro.
Segundo o coordenador dos cursos de extensão da Escola de Negócios, professor Denis Bohnenberger, no mercado altamente competitivo e dinâmico, a qualificação permanente não se trata mais de diferenciação, mas sim de participação. E essa modalidade de curso é uma boa opção para se qualificar em qualquer momento da vida. Além de estarem na vanguarda da realidade e das tendências mercadológicas, são capacitações de curta duração, ideais para aprender e se aprofundar em um determinado assunto de forma rápida e assertiva.
Bohnenberger destaca que os cursos qualificam tecnicamente, estrategicamente e gerencialmente o estudante em sua área de atuação. Com professores reconhecidos, promovem aprendizados que podem gerar grande impacto na carreira, ampliando as possibilidades de atuação profissional:
“De maneira altamente aplicada, contando com profissionais de relevância mercadológica, os cursos de extensão da Escola de Negócios agregam conhecimento científico com práticas profissionais”, conclui.
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A inovação é um dos pontos mais discutidos quando se fala na criação de empresas e negócios. Ter uma ideia inovadora e que se diferencie no mercado é a maior busca de quem empreende atualmente. Porém, para que a ideia saia do papel e se torne viável, é fundamental estar atento a itens básicos, como a gestão financeira da sua empresa.
Pensando nisso, a professora da Escola de Negócios da PUCRS Frederike Mette organizou sugestões sobre conceitos básicos que você precisa saber quando decide empreender. Confira as dicas:
1. Entenda seu fluxo de caixa: você já deve ter ouvido falar de fluxo de caixa, não é? Então, o controle de entradas e saídas de dinheiro é a principal ferramenta de organização financeira para a sua empresa. Além disso, para uma gestão eficiente de capital de giro, entender o fluxo de caixa é essencial, pois ele demonstra a real geração de recursos que a empresa teve (diferente do lucro do exercício).
Gerir o fluxo também auxilia a compreender qual a necessidade de recursos que uma empresa precisa manter em caixa a fim de cumprir suas obrigações e gastos mensais em dia. Afinal, na maioria das vezes, uma venda (principalmente aquelas realizadas de forma parcelada e a prazo) pode demorar para ser convertida em dinheiro no caixa.
2. Não misture finanças pessoais com as finanças da empresa: nunca, jamais,misture suas finanças pessoais e familiares com as finanças empresariais. No momento em que cometemos essa falha, fica difícil de identificar qual é o real erro de gestão, caso a conta caia no “vermelho”. Ou seja, muitas vezes o/a empreendedor/a acaba pagando algumas contas pessoais com o dinheiro do caixa da empresa, assim como cobre alguma eventual necessidade empresarial com seu próprio recurso. O problema é que, na maioria dos casos, tudo é feito sem um controle efetivo dessas entradas e saídas. Essa falha também pode ser cometida no momento de captar algum empréstimo. Por isso, evite utilizar sua conta pessoal para captar recursos para a empresa. Resumidamente, nunca misture seu CPF com seu CNPJ.
3. O segredo não é o quanto você ganha, mas o quanto você gasta: sim, o essencial não é ter receita e sim ter um lucro. Mas qual a diferença entre ambos? A receita incorre o valor monetário ganho em decorrência das vendas, já o lucro é a sobra de recursos a partir da diferença da minha receita e dos meus gastos. Portanto, a regra básica é, além de maximizar suas vendas, reduzir ao máximo os seus gastos.
Nem sempre um aumento no faturamento garante um aumento nos lucros. Também é importante lembrar que, o lucro é diferente do saldo que você terá em caixa. O lucro somente analisa o que você ganhou e gastou em um período, já o saldo de caixa identifica o que realmente entrou e saiu de dinheiro no mesmo período.
4. Saiba a diferença entre dívida boa e dívida ruim: nem sempre estar endividado significa que há algo errado. É fundamental saber a diferença entre dívidas boas e dívidas ruins. A dívida ruim todos conhecem: é àquela que possui altas taxas de juros e que crescem de forma exponencial, como as dívidas de cheque especial e cartão de crédito. Mas o que seria uma dívida boa? São àquelas com juros baixos e que utilizamos, normalmente, para aumentar o nosso patrimônio. Por exemplo, linhas de financiamento habitacionais tendem a apresentar taxas de juros atrativas (melhores do que a maioria dos investimentos com menor risco) ou linhas de crédito empresariais subsidiadas pelo governo. Uma dívida boa pode potencializar seu negócio.
5. Compreenda a precificação dos seus produtos: para precificar um produto, ou seja, colocar o valor monetário que será cobrado para adquiri-lo,você precisa compreender muito mais do que os custos e taxas que pagos durante a produção. O segredo é identificar qual é a percepção de valor agregado que o cliente busca ao adquirir o produto. Se seus produtos entregarem o valor desejado, quem consome estará disposto a pagar o preço. Assim, o segredo é convergir o valor percebido e o preço a ser cobrado.
Adicionalmente, é muito importante conhecer a sua concorrência e qual o preço cobrado por produtos/serviços que podem ser alternativas àquilo que você comercializará. Nesta etapa, não economize em pesquisas de mercado, a fim de compreender o macro e micro ambiente que irá se inserir e, desta forma, desenvolver a estratégia mais adequada de inserção. Assim, a precificação acaba sendo uma consequência de etapas bem executadas.
Para responder às aspirações da população por melhores serviços, cada vez mais os governos têm sido transformados pela revolução digital e por estratégias e ações de governança inteligentes. Essa é uma das premissas das cidades inteligentes, que envolvem ainda questões relacionadas a território, mobilidade e cidadania, além das tecnologias da informação e comunicação. Esse novo conceito de cidades, tema da Maratona da Inovação deste ano, segue sendo debatido dentro da Universidade dentro do projeto Cidades, Ideias e Ideais, promovido pela Escola de Negócios.
A iniciativa consiste em uma série de eventos de curta duração abordando diferentes temas dentro do conceito cidades inteligentes, com o objetivo de conectar a graduação à pesquisa, proporcionando ao público uma oportunidade de aprendizado com caráter multidisciplinar e inclusivo. O primeiro encontro, que acontece nesta quarta-feira, 7 de outubro, irá debater a dimensão cidadão inteligente. A palestra será proferida pelo professor Marcos Diligenti, da Escola Politécnica, e a mediação será da professora Edimara Luciano, da Escola de Negócios. As inscrições podem ser feitas neste link.
Dentre as definições de cidades inteligentes, a que Edimara prefere é a de “cidades com melhor qualidade de vida para todos”. A professora explica que o conceito envolve dimensões como mobilidade, viver inteligente, governança inteligente e cidadão inteligente. “Sempre que se pensa em cidades inteligentes, se pensa em uma cidade tecnológica, digital. Mas cidade digital é uma etapa anterior, pois não necessariamente ela é inteligente, apesar de ser mais efetiva em alguns projetos“, explica.
Para a mediadora do evento, é importante trabalhar esse assunto para agrupar os diversos saberes da universidade e dar espaço a eles. “Esse é um tema multidisciplinar por natureza, por isso é importante debatê-lo em na universidade. Além disso, refletir sobre as questões que envolvem iniciativas de cidades inteligentes é também uma forma de exercer a cidadania”, completa.
O professor Diligenti aponta ainda que, a partir desses diálogos, é estimulada uma postura curiosa, que pode incentivar um avanço na conscientização das pessoas enquanto cidadãs: “A universidade, como um espaço reconhecido de construção de conhecimento, é fundamental nesse processo. A meu ver, a sociedade necessita tanto da universidade quanto esta necessita da sociedade, para que, neste caminho de ‘mão dupla‘, seja estimulado o avanço humanitário de ambas”.
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O encontro desta quarta-feira, que irá abordar a dimensão cidadão inteligente, acontece em um momento oportuno: pouco mais de um mês antes das eleições municipais. Comumente o exercício da cidadania é relacionado ao ato de votar, e o evento irá lembrar que ser um cidadão vai além disso, pois envolve uma preocupação constante com o seu papel na sociedade e com o uso que faz da cidade, do local onde vive.
Para Diligenti, cidadão inteligente é aquele que procura buscar a essência dos fenômenos para exercitar a plenitude da sua cidadania. E o desafio está justamente em desenvolver um pensamento crítico: “Essa postura exige conhecimento e o exercício de uma práxis cidadã, que muitas vezes é desestimulada e até mesmo cerceada na sociedade por confrontar interesses específicos de determinados grupos”.
O professor aponta que a democracia representativa que anuncia uma “pseudo” participação cidadã com o voto a cada quatro anos é um modelo de cidadania esgotado. Para realmente exercer o papel de cidadão e exercitar um projeto político no sentido genuíno da palavra, ele sugere buscar uma participação direta e cotidiana nos rumos da cidade por meio de ferramentas efetivas de participação e “deliberação” cidadã.
Confira mais informações sobre o primeiro encontro do projeto Cidades, Ideias e Ideais aqui.
Mensurar ou prever os reais impactos da pandemia na atividade econômica tem sido um desafio em todos os cantos do mundo. No Rio Grande do Sul, um estudo desenvolvido pelo Comitê de Dados do Governo do Estado no enfrentamento da Covid-19 prevê que os efeitos sejam superiores ao pico da recessão vivida em 2015.
O professor da Escola Negócios, Adelar Fochezatto, é um dos colaboradores deste Comitê, órgão responsável por elaborar análises e reunir dados para embasar decisões. Ele atua junto ao grupo de trabalho (GT) de Atividade Econômica, coordenado pela economista Vanessa Neumann Sulzbach, do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Rio Grande do Sul (Seplag).
O estudo, que já foi apresentado ao Gabinete de Crise com a presença do governador Eduardo Leite, reuniu, a partir de uma série de indicadores sobre o consumo e a circulação das pessoas, dois modelos distintos, mas complementares, para fazer projeções de crescimento da economia gaúcha em 2020. Um deles foi conduzido por Fochezatto e o outro pelo professor Régis Augusto Ely, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
O trabalho iniciou em março e, segundo Fochezatto, o maior desafio foi reunir informações e dados estatísticos para a realização das análises. “Os próprios estudos fazem projeções sobre um futuro que não sabemos bem como será. Até que ponto o novo normal será diferente do anterior? A pesquisa científica, assim como a participação da Universidade, é crucial em momentos como este. O trabalho de pesquisa tem sido fundamental para a tomada de decisões em todas as áreas”, ressalta.
Mesmo em cenários menos pessimistas, os modelos utilizados mostram que 2020 será pior do que 2015, quando o País viveu o pico de uma recessão. Em uma das análises de curto prazo, a retração do IBCR-RS (Índice de Atividade Econômica do Banco Central para o RS) seria na ordem de 10%, isso na hipótese de se retomar gradativamente os índices de atividade pré-pandemia.
O modelo de estudo utilizado por Fochezatto desenvolveu estimativas sobre os impactos da pandemia se valendo de projeções de cenários agregados e setoriais para o Valor Adicionado Bruto (VAB) e em termos de arrecadação do ICMS. Ele avaliou o desempenho dos principais segmentos produtivos do RS por meio de indicadores como o choque de demanda de energia em cada setor, os níveis de recolhimento do principal imposto estadual e a queda de oferta de produtos primários por conta da forte estiagem que atingiu o Estado.
A partir disso, o modelo trabalhou em dois cenários: um deles com a crise perdurando quatro meses e o segundo, se prolongando por nove meses. Mesmo quando sofre por menos tempo, a economia gaúcha pode variar negativamente entre 6,5% e 8,1%. As perdas, em termos de arrecadação do ICMS, devem ficar entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,3 bilhões e entre R$ 21,7 bilhões e R$ 27,1 bilhões em termos de VAB.
Na situação mais extrema, a queda na cobrança do imposto ficaria entre R$ 4,1 bilhões e R$ 5,1 bilhões (variação negativa entre 14,6% e 18,2%), no mínimo o dobro do volume de repasses com o socorro que o Estado receberá da União em quatro parcelas. Nessa situação mais extrema, as perdas de VAB ficariam entre R$ 48,8 bilhões e R$ 61,1 bilhões. Nos cenários analisados, o setor automobilístico, a agropecuária, a indústria metalúrgica e a fabricação de aço são os que apresentam maiores variações negativas, tanto no VAB como na arrecadação de ICMS.
O Pacto Alegre uniu iniciativas de apoio aos negócios locais e criou o Supera: uma plataforma online com serviços gratuitos de apoio aos micro e pequenos empreendedores durante a pandemia do coronavírus para a retomada econômica de Porto Alegre. O portal pode ser acessado neste link. Entre os serviços estão cursos e oficinas, mentorias em gestão, plataforma para divulgação dos empreendedores, conteúdos como podcasts e programas online, e rede de assessoria empresarial. As soluções estão categorizadas em quatro grupos de ação: quero fazer negócios; quero me atualizar; quero ajuda; ferramentas para o empreendedor.
De acordo com o coordenador do Pacto Alegre, Luiz Carlos Pinto, a plataforma une as capacidades de várias entidades, mostrando mais uma vez como o Pacto Alegre atua conectando e facilitando a vida das pessoas para o melhor uso das poderosas forças que existem no ecossistema da capital. “O objetivo é fazer com que o esforço conjunto seja mais poderoso, reunindo o que as Universidades e entidades estão fazendo com a preocupação comum de apoiar e qualificar os negócios. Não só fazer com que sobrevivam a crise, mas que se qualifiquem e possam ser ainda melhores no pós pandemia. É um portal para que os empresários conheçam as possibilidades e tenham acesso a apoios e soluções ofertadas pelos vários setores do nosso ecossistema”, sintetizou.
O projeto é o resultado da integração dos esforços de Universidades, entidades e especialistas do setor para atender os micro e pequeno empreendedores. A realização é do Pacto Alegre, da Prefeitura de Porto Alegre, do Open Innovation Lab, STARTAIDEIA, Pocket, StartSe e Exohub Lia. O apoio é da UFRGS, PUCRS, Unisinos, Sindilojas Porto Alegre, SEBRAE, Sistema Fecomércio RS/ Sesc / Senac, IXL CENTER, Poa na Rua e do Grupo RBS.
O lançamento aconteceu nesta quinta-feira, dia 2 de julho, no canal do YouTube da Prefeitura de Porto Alegre. Segundo a professora da PUCRS, Frederike Mette, coordenadora do SOS PME na PUCRS, o Supera foi importante desde o primeiro dia porque aproximou ainda mais a Universidade do programa. “O engajamento está bem legal por parte dos empreendedores do Parque, professores e alunos da Escola de Negócios da PUCRS. Num curto prazo já queremos envolver outras escolas da Universidade. Acredito muito que a palavra do momento é esperança. Temos que ter esperança e nos preparar para o que está por vir. Tentar ver o que pode vir de bom para a mudança humana e social. Além disso, trazemos algumas ferramentas que o próprio Parque já tem e conteúdos da Escola. O Supera vem no momento certo para unir as ações e os agentes”, ressaltou.
O Pacto Alegre é uma proposta de movimento de articulação e eficiência na realização de projetos transformadores e com amplo impacto para a cidade. O objetivo é criar condições para que a cidade se transforme em um polo de inovação, atração de investimentos e empreendedorismo. O convênio prevê o compartilhamento de recursos e parcerias com o poder público e a iniciativa privada. A ideia é unir forças da cidade, de todos os segmentos, em prol de uma agenda comum.
Provavelmente você já ouviu falar em consumo consciente ou sustentável – mas você realmente sabe o que isso significa e por que é importante colocá-lo em prática? Desde 1970, há um índice que mede o Dia de Sobrecarga da Terra, data em que todos os recursos naturais que o planeta pode renovar durante todo o ano se esgota. Em 2019, isso aconteceu no dia 29 de julho – mais cedo que em todo o histórico do índice. Neste ano, segundo a Global Footprint Network, organização internacional que calcula a pegada ecológica, contabilizando quanto de recurso natural é usado para as necessidades de um indivíduo ou população, será em 22 de agosto.
Apesar de em 2020 entrarmos em défice ecológico quase um mês mais tarde que no ano passado (há 15 anos essa data não chegava tão “tarde”), não há motivos para comemorar: certamente isso se deve à crise gerada pelo coronavírus, que acabou impactando nos hábitos das pessoas em todo o mundo. Porém, existem formas de manter e de melhorar a marca do Dia da Sobrecarga. Uma delas é justamente praticar o consumo de uma forma consciente.
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Segundo a professora da Escola de Negócios Maira Petrini, o conceito de consciência para consumo sustentável é definido como um estado de preocupação em consumir de maneira a melhorar a qualidade de vida a longo prazo. “Estamos falando de um movimento social global que se baseia no aumento da conscientização sobre o impacto das decisões de compra no meio ambiente, na saúde e na vida dos consumidores em geral”, explica. A docente coordena o Grupo de Pesquisa sobre Sustentabilidade e Negócios com Impacto Social, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração.
Maira destaca que, consumindo dessa forma, problemas como o desperdício, a poluição e a desigualdade social se agravam. “Nesse contexto, o consumo e produção sustentáveis tratam de dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental, aumentando a eficiência dos recursos e promovendo estilos de vida sustentáveis”, pontua.
Apesar de parecer um conceito complexo e distante da realidade, a professora reforça que essa mudança está em nossas mãos. Para isso, adaptar pequenos hábitos, todos os dias, é o caminho para nos tornarmos consumidores conscientes, contribuindo para uma grande mudança.
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Para inspirar quem deseja começar a praticar o consumo consciente, a professora Maira dá algumas dicas:
1. Preste atenção no que você compra: consumir produtos orgânicos é bom para o meio ambiente e para a saúde. Comece substituindo os hortifrútis convencionais por orgânicos. Uma vez por semana, experimente substituir a carne por alimentos com alto teor de proteínas, como feijão, grão de bico, soja, tofu, quinoa, aveia. Com isso, mantém sua ingestão nutricional de proteína e reduz sua pegada de carbono, uma vez que a pecuária tem um forte impacto na produção de gases efeito estufa, além de demandar uma grande quantidade de água para a criação de animais.
2. Observe de quem você compra: privilegie o produtor e as marcas da sua localidade, promovendo o desenvolvimento da economia local e apoiando pequenas empresas. Você reduzirá as emissões de gases de efeito estufa (GEE) associadas ao transporte de mercadorias e embalagens e aumentará o senso de comunidade.
3. Prefira empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável: que medidas a empresa toma para, por exemplo, reduzir o impacto ambiental de suas operações ou desenvolver a comunidade local? Qual a origem dos produtos? Algumas empresas já são reconhecidas pela alta incidência de trabalho infantil e escravo. Há muita informação disponível: com uma pesquisa rápida na internet, é possível descobrir marcas e empresas éticas. A partir do momento que as empresas com propósito passarem a vender mais, as outras seguirão.
4. Fuja do plástico de uso único: leve sua caneca reutilizável com você em vez de usar copos de plástico ou papel para café e água. Outra ação simples é levar sempre sacolas reutilizáveis quando for fazer compras. Assim, você ajuda a reduzir a quantidade sacos plásticos no lixo e nos oceanos. Reciclar a enorme quantidade de resíduos que produzimos é um grande desafio. Mundialmente, somente 7% do lixo plástico é reciclado. Portanto, a melhor solução é tentar não produzi-lo.
5. Compre menos: comece repensando se você realmente precisa de algo ou apenas deseja os produtos que consome. Compras impulsivas nos fazem ter muitas coisas que mal usamos. Mas, se você realmente precisa desse item, opte por comprar produtos de qualidade que durem mais, não quebram com facilidade e reduzem a produção de resíduos.
E volte à primeira dica.
Em um momento de muitas incertezas no mundo, a pandemia forçou a mudanças e a adaptações em vários sentidos, tanto no pessoal como no profissional. O isolamento social, necessário neste momento, trouxe consequências econômicas globais muito sérias. As empresas estão enfrentando muitos desafios e dificuldades para se manterem vivas, buscando modos de se reinventar e sobreviverem a esta crise. Segundo dados do Sebrae, o coronavírus mudou o funcionamento de 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, interromperam as atividades temporariamente. Além disso, 77,7% das pequenas e médias Empresas tiveram impacto negativo em suas receitas com a pandemia, conforme aponta a pesquisa Panorama PMEs, feita em parceria por Resultados Digitais, Endeavor Brasil e PEGN.
Diante deste cenário, a Escola de Negócios promoveu algumas iniciativas desde o início da quarentena para auxiliar empresas e instituições a buscarem caminhos para superarem essas dificuldades momentâneas. Conheça algumas dessas ações:
Coordenado pelo professor da Escola Luis Humberto Villwock, o movimento Brothers in Arms – Voluntários contra a Covid-19 – é constituído por mulheres e homens imbuídos do sentimento de ajudar a sociedade gaúcha neste momento tão delicado. Diariamente, os voluntários do Brothers in Arms elaboram boletins atualizados com as carências e demandas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dos hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul.
Em paralelo a esta atividade, os voluntários do Movimento junto com entidades filantrópicas, universidades e empresas atua também em outras frentes como: compra de materiais de EPIs, coleta e entrega de doações de equipamentos de proteção às unidades de saúde, manutenção de respiradores inoperantes, Impressão 3D de peças para protetores faciais, entre outras ações.
O Comitê Científico do Governo do Estado, para o acompanhamento multidisciplinar do combate à Pandemia, conta com a participação do professor Ely de Mattos. Este grupo multidisciplinar presta aconselhamento ao Governo do RS, que foca desde questões médicas até orientações gerais. Dentro deste Comitê, existe o Grupo de Trabalho Políticas Sociais e Educação que inclui os professores Ely de Mattos e Izete Bagolin, que trabalham de forma mais concentrada nestes temas, atendendo demandas pontuais como análise de dados ou proposição de ações.
A professora da Escola de Negócios e coordenadora do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), Naira Libermann, criou o desafio aos estudantes de ajudar pequenas empresas a rever seus empreendimentos para se adaptarem às mudanças ocorridas devido à pandemia. Atualmente, são 29 estudantes na disciplina de Planejamento de Negócios, trabalhando com seis pequenas empresas, utilizando a metodologia service learning, nas seguintes atividades empresariais: ótica, agência de comunicação, área de entretenimento e na área de alimentação.
Diversos pequenos negócios precisam de orientação para esse momento, tais como: rever custos, organizar a empresa, buscar fontes alternativas de receitas e formas inovadoras de operar. O auxílio dos estudantes é bem-vindo nesse momento.
Nesta disciplina de Planejamento de Negócios é ensinado previamente os estudantes de como se portar perante eventos adversos e, em contrapartida, estão auxiliando pequenas empresas na “saúde” de sua gestão. Desta maneira, os alunos irão aprender o real sentido do que seja empatia e entendimento de solução de problemas complexos e competências fundamentais para este milênio.
Empresas de pequeno a grande porte tem buscado atendimentos sobre renegociação e análise de fluxo de caixa para sobreviver em tempos de pandemia por meio de orientações da Escola de Negócios. Com a coordenação do professor Gustavo de Moraes e envolvimento voluntario de alunos de graduação e mestrado e ex-alunos, esses suportes técnicos foram realizados a empresas de vários segmentos: alimentação, educação, vestuário e transportadoras. “Nesse atendimentos, destacam-se duas empresas do setor de jogos educativos, que resolveram pela fusão mantendo a produção e até pensando em uma nova linha de produtos unindo o expertise de ambas”, destaca o professor.
Esse serviço de help desk tem como premissa estudar reposicionamento da linha de produtos, canais de comercialização, renegociação dos contratos com fornecedores e renegociação de contratos de imóveis.
O Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves vem ofertando aos associados uma assessoria gratuita para ajudar a enxergar oportunidades, discutir estratégias e levantar informações. São encontros à distância, conduzidos pela professora da Escola de Negócios, Ana Cristina Schneider, e pelo economista Eduardo Santarossa, que também trabalha junto a equipe. Nestes atendimentos já realizados, as empresas pudem tirar dúvidas sobre a percepção sobre mercado e retomada, a eleição de canais de distribuição e as alternativas de e-commerce nacional e internacional.
O Laboratório de Experiências do Consumidor (Labex) lançou o Hub de Conteúdos para apoiar o varejo e a sociedade no período durante e pós crise da pandemia. Essa iniciativa é composta de um portal de conteúdo, um espaço para análise de experts e um estudo de mercado. O tripé é baseado na análise de fatores sociais, individuais/humanos e econômicos, que impactam o varejo e a sociedade.
A pesquisa tem como objetivo analisar os impactos no comportamento de consumo decorrentes da pandemia do coronavírus, considerando as dimensões “individual”, “social” e “econômica”, no curto, médio e longo prazos.
A Escola de Negócios busca alunos voluntários para o programa SOS-PME da UFRGS. A força-tarefa nasceu a partir do cenário econômico que reflete os impactos da Covid-19, com fechamento do comércio, economia em lockdown, e empresas buscando alternativas para enfrentar as consequências disso. Até o momento, 125 empresas estão inscritas, 227 voluntários envolvidos na iniciativa e 70 empresas atendidas. A média de atendimento para cada empresa é de duas semanas.
A ação conta com professores da Escola de Administração da UFRGS, com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisas em Administração (CEPA) e do Parque Científico e Tecnológico Zenit da UFRGS. A PUCRS se organiza para tornar-se um hub da ação, por meio da Escola de Negócios e do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc).
Com o intuito de trazer conteúdo com temas que orientam empresas a agirem, principalmente neste momento de pandemia, desde o dia 3 de abril, a Escola transmite a Live de Negócios. Toda sexta-feira, às 18h30, um convidado diferente com a participação de professores da casa conversa temáticas da atualidade, trazendo e debatendo dicas e orientações que auxiliem nossos alunos, empresários e comunidade em geral. A live é transmitida por meio do Facebook da Escola de Negócios da PUCRS.
O podcast Conversa de Fundamento nasceu da ideia de levar até os ouvintes os debates sobre o que existe de mais moderno e instigante no mundo da economia e dos negócios. Lançado em 2019, os temas dos episódios do podcast da Escola de Negócios dialogam com outras áreas do conhecimento, como cultura, inovação, comportamento e outros. Os bate-papos, conduzidos pelo professor Ely de Mattos, contam a presença dos docentes Lelis Balestrin Espartel, Stefania Almeida e Osmar de Souza.
Desde o início da pandemia, os episódios envolveram temas diversos relacionados a crise e à situação atual como investimentos, auxílio a empresas, gestão de trabalho e vida privada, etc. Todas as quintas-feiras, o público pode ouvir um assunto novo, nas principais plataformas de streaming, como: Spotify, Deezer, Apple Podcast e Soundcloud. As sugestões de tema podem ser enviadas pelo Facebook da Escola de Negócios.
Quando a transmissão do novo coronavírus começou a aumentar, tornando-se uma epidemia e, posteriormente, uma pandemia, uma das medidas tomadas em muitos países foi a quarentena. Com o distanciamento social, menos pessoas circulam pelas ruas, fazendo com que a tão falada “curva de contágio” seja “achatada”. Enquanto não há uma vacina nem um medicamento para a Covid-19, diminuir ao máximo possível o número de infectados parece ser a melhor solução para evitar o colapso do sistema de saúde, com o esgotamento dos leitos de UTI disponíveis.
Entretanto, o cálculo é mais complexo do que parece, uma vez que a distribuição desses leitos de UTI nem sempre é equilibrada em diferentes municípios e regiões. E é sobre isso que trata a pesquisa Desigualdade espacial na acessibilidade aos leitos de UTI nos municípios do Brasil, desenvolvida dentro do Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento (PPGE), da Escola de Negócios da PUCRS.
O estudo tem como base uma metodologia apresentada previamente pelo professor Adelar Fochezatto, que tinha como objetivo analisar a desigualdade de acesso a hospitais, de uma maneira geral. Logo que a pandemia começou, Natássia Bayer, que concluiu o mestrado em 2019, e o doutorando Paulo Uranga começaram a organizar os dados, aplicando essa metodologia.
Segundo Fochezatto, o mapeamento realizado a partir da pesquisa mostra as diferenças nessa distribuição. “Desenvolvemos um estudo mostrando onde estão os leitos em todo o Brasil, utilizando coordenadas dos municípios e dos próprios leitos. Fizemos essa análise por grupos de idade, focando na questão dos idosos, que são mais propensos a ter quadros graves da doença; e de gênero”, explica.
Para o professor, a pesquisa permite que sejam recomendadas políticas públicas mais assertivas para melhorar a infraestrutura de leitos e de profissionais onde mais precisa. “A acessibilidade de leitos no Brasil não é das melhores – o número para cada 100 mil habitantes é muito baixo”, aponta Uranga. Ele acredita que o estudo consiga apontar onde devem ser realizadas melhorias nesse setor: “Agora estamos vendo vários investimentos sendo feitos, mas parece ser sempre nos mesmos centros urbanos. E, quando as epidemias avançam no interior, as pessoas precisam se deslocar”.
Um outro estudo realizado por Natássia, sobre doenças decorrentes de inadequações no saneamento básico, chama a atenção para a importância de que o trabalho seja feito em conjunto entre as cidades. “É uma política que precisa ser pensada não individualmente no município, mas considerando uma região maior, uma vez que os problemas relacionados à falta de saneamento ultrapassam essas fronteiras”, ressalta.
Natássia conta que, no PPGE, os alunos aprendem diversos métodos e, a partir deles, conseguem aplicar à realidade e propor políticas públicas para resolver outros problemas. Para Fochezatto, desenvolvimento se trata justamente isso: “pensar em saúde, educação, segurança. As pessoas precisam ter boas condições para ter uma vida digna. E ter renda, também”, pontua, afirmando que há muitas possibilidades para um profissional da Economia do Desenvolvimento atuar na sociedade.
“Lembro de uma aula do professor em que ele falava sobre desenvolvimento regional e nós comentávamos sobre espaços no País que não tinham nenhum atrativo para mão de obra jovem. Uma das coisas que pensávamos era nos investimentos tecnológicos na área da saúde”, conta Natássia. Ela acredita que, nessa situação, seria interessante investir em estudos que possam desenvolver a região para atuar na prevenção de pandemias e pensar no desenvolvimento a longo prazo desses espaços.
“Em pequenas localidades, poucos profissionais especializados já fazem uma grande diferença. E isso, aliado a pesquisa, gera efeitos sobre outros setores da economia”, conclui Fochezatto. A pesquisa Desigualdade espacial na acessibilidade aos leitos de UTI nos municípios do Brasil já foi concluída e os resultados poderão ser conhecidos em breve.
Modelar e simular o avanço da pandemia de Covid-19 no Rio Grande do sul é o objetivo do PampaNerds, grupo formado por cientistas pesquisadores do Estado. O professor do PPGE Ely Mattos é um dos integrantes. Conforme ele explica, essa é uma iniciativa autônoma, que conta com pesquisadores de diversas áreas. “Nossa ideia é trabalhar com modelagem computacional de diferentes aspectos da pandemia, e meu papel no grupo é apresentar a visão do economista, discutindo questões que podem influenciar a dinâmica da epidemia”, diz.
Mattos acredita que toda iniciativa nesse contexto é bem-vinda e que o PampaNerds tem contribuído com o debate para buscar soluções para a atual situação. Em relação à área da Economia, diz existir um debate sobre a sua relação com a saúde no Brasil. “As pesquisas na área ajudam a situar melhor essa discussão e apontam para uma complementariedade das dimensões, ao invés de uma competição”, conclui. O professor Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, também faz parte do grupo.
O Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento está com inscrições abertas para os cursos de mestrado e doutorado. Dentro das áreas de concentração Desenvolvimento Econômico e Economia Regional, abrange as linhas de pesquisa Crescimento, Inovação e Equidade e Aglomeração Produtiva, Agronegócio e Meio Ambiente, respectivamente. Interessados em ingressar ainda neste ano podem se inscrever até o dia 19 de junho. Neste edital, a entrega da documentação será feita online.
Com mais de 100 espectadoras de vários lugares do mundo, a 1ª Maratona Online de Empreendedorismo Feminino 4.0 promovida pela Escola de Negócios da PUCRS e o Centro Brasil de Baden-Württemberg, na Alemanha, estreou no dia 1º de junho. Com encontros sempre às 12h (horário de Brasília e 17h horário de Berlim), no Instagram @escoladenegociospucrs, as conversas acontecem até o dia 13 de junho e todas as lives ficarão disponíveis no perfil.
A conversa-piloto entre a professora Letícia Hoppe e as empreendedoras Kaka Cerutti e Verônica Sales inaugurou a série de lives com o tema negócios e os desafios enfrentados (e superados) neste momento de pandemia mundial.
Segundo a professora Ionara Rech, coordenadora do curso de Administração da PUCRS e uma das organizadoras do livro Empreendedorismo Feminino: protagonistas em ação, compartilhar experiências e vivências é uma forma de fazer com que as mulheres saibam que não estão sozinhas e compartilhem os desafios e soluções encontradas. “Estamos vencendo algumas batalhas e fazendo a mudança para as próximas gerações. Precisamos compartilhar as nossas histórias. Se eu pudesse dar um conselho para nós, mulheres, seria: que a gente cuide mais de si e estabeleça um olhar com mais confiança naquilo que podemos realizar”, ressalta.
Desde 2016 a Escola de Negócios promove ações voltadas ao Empreendedorismo Feminino com objetivo de proporcionar conexões entre empreendedoras e a apresentação de técnicas e soluções para seus negócios. O incentivo ao tema visa que cada vez mais mulheres se tornem protagonistas e ocupem cargos de liderança no mundo dos negócios, nas mais diversas áreas. Até o momento, mais de 3 mil empreendedoras já foram beneficiadas com as atividades.
A professora Ionara frisa que uma das principais dificuldades das mulheres é a falta de confiança nas suas próprias capacidades, mas que estão evoluindo e mudando o cenário de maneira gradual em diversos âmbitos. “Parte desde a forma como educamos as meninas: para que tipo de atividade elas são preparadas nas famílias e até mesmo nas escolas? É a partir daqui que são construídas as perspectivas, para que, quando elas cheguem a vida adulta, sintam-se fortalecidas e capazes de competir de igual para igual em qualquer área”, argumenta.
1 de junho
Empreendedoras: Kaká Cerutti e Verônica Sales
Mediadora: Professora Dra. Letícia Hoppe
2 de junho
Empreendedoras: Jaqueline Selva e Cíntia Lucarelli
Mediadora: Daniele Mazutti
3 de junho
Empreendedoras: Tatiane Silva e Hannah Kathren
Mediadora: Karen Romero
4 de junho
Empreendedoras: Lessandra Dralf e Lu Sellman
Mediadora: Carolina Barbosa
5 de junho
Empreendedoras: Ana Manssour e Aline Schumache
Mediadora: Professora Ionara Rech
6 de junho
Empreendedoras: Marta Duenas e Cláudia Merz
Mediadora: Professora Letícia Hoppe
7 de junho
Empreendedoras: Lú Brito e Francine Krüger
Mediadora: Professora Kellen Fraga
8 de junho
Empreendedoras: Giovana e Lúcia de Jesus
Mediadora: Professora Ionara Rech
9 de junho
Empreendedoras: Elaine Deboni e Tatiane Bungardt
Mediadora: Professora Letícia Hoppe
10 de junho
Empreendedoras: Márcia Brites e Vera Lúcia
Mediadora: Professora Naira Libermann
11 de junho
Empreendedoras: Cláudia Moreira e Adriana Escotero Felipe
Mediadora: Professora Loraine Muller
12 de junho
Empreendedoras: Michele Pereira e Bianca
Mediadora: Monica Carvalho
13 de junho
Empreendedoras: Mileine Vargas e Rosani Hart
Mediadora: Professora Letícia Hoppe
Dinheiro na mão não precisa ser vendaval. Ao contrário do dito popular, consagrado pela canção de Paulinho da Viola, o dinheiro pode ser bem administrado e, inclusive, gerar bons rendimentos a longo prazo. Para isso, a organização financeira é essencial.
E para quem deseja cuidar melhor do próprio dinheiro, a equipe do Sistema Universal de Finanças (SUF), que faz parte do Estúdio de Finanças da Escola de Negócios da PUCRS, traz 5 dicas. Confira:
1. Estabeleça objetivos: ter objetivos claros permite que você possa avaliar as estratégias disponíveis para alcançá-los e optar por aquela que melhor se adequa para você (não existe “o melhor investimento, existe aquele que melhor se encaixa no seu objetivo). Seja o mais específico possível ao estabelecer seus objetivos, estipulando o valor que você pretende acumular, qual o prazo para atingi-lo e para qual finalidade ele será utilizado. Alcançar objetivos financeiros exige disciplina e, boa parte das vezes, longo prazo. Por isso, dividir grandes metas em partes menores também é uma estratégia para que você mantenha o “fôlego” e não desanime.
2. Organize seu orçamento e mantenha uma reserva de emergência: um dos conceitos mais populares no mundo das finanças é de que você não deve investir o que sobra depois de gastar, mas sim gastar o que sobra depois de investir.Cumprir isso não é uma tarefa fácil e necessita de um bom planejamento. Uma boa maneira de organizar seu orçamento é dividir seus gastos entre aqueles que são essenciais e os não essenciais. Dessa forma, se torna mais fácil visualizar para onde seu dinheiro está sendo destinado e cortar gastos (iniciando pelos não essenciais). Para começar a organizar seu orçamento você pode utilizar planilhas. A Bovespa disponibiliza gratuitamente um modelo, disponível aqui.
Ter o seu orçamento em dia também é fundamental para que você possa conhecer de fato seu custo mensal (o valor necessário para que você consiga manter seu padrão de vida). Sabemos que imprevistos acontecem e que estar preparado para eles é importante. Ao começar a investir, o primeiro passo é formar uma reserva de emergência. Ela consiste em acumular de 6 a 12 meses do seu custo mensal em um investimento de baixo risco e alta liquidez (que lhe permite resgatar a qualquer momento). Assim, você poderá passar pelos imprevistos com mais tranquilidade.
3. Conheça seu perfil de investidor: autoconhecimento também é uma ferramenta utilizada nas finanças. Conhecer seu perfil de investidor é a base para que você possa direcionar melhor o seu dinheiro. Além de estarem alinhados com seus objetivos, os investimentos também devem estar de acordo com seu perfil. Os principais perfis de investidores são: conservador, moderado e arrojado/agressivo. Perfis conservadores, por exemplo, tendem a ter mais sensibilidade ao risco, não se sentindo tão confortáveis com aplicações que possuem maior volatilidade, como as de renda variável. Os testes de perfil são realizados quando você abre conta em uma corretora de investimentos ou quando inicia aplicações no seu banco.
4. Diversifique seus investimentos: outro conceito famoso no mundo dos investimentos é o conselho “nunca coloque todos os ovos em uma mesma cesta”. Diversificar suas aplicações permite diminuir o risco de “quebrar todos os ovos de uma só vez”. Existem múltiplos níveis de diversificação, sendo o mais básico entre renda fixa e variável. Dentro desses grandes níveis, também é essencial diversificar entre os ativos.
5. Busque conhecimento e mantenha-se atualizado: ter conhecimento é essencial para que você possa tomar boas decisões.O PUCRS Online disponibiliza gratuitamente o curso Como alcançar objetivos profissionais e metas financeiras. Saiba mais sobre o curso neste link. Outra forma de se manter atualizado é acompanhar a série de vídeos produzidos pelo Estúdio de Finanças sobre economia e relações de consumo. Para assistir basta acessar a página.
O Sistema Universal de Finanças é formado por profissionais da PUCRS, com sede na Escola de Negócios da Universidade. O SUF tem como objetivo prover uma melhor vida financeira para a população. Visando atender o público não apenas para resolver um problema, mas para receber um tratamento íntegro em finanças, o SUF também disponibiliza um serviço de orientação financeira gratuita. No atendimento são abordados temas tópicos como endividamento, planejamento de aposentadoria, organização financeira e investimentos.
Entre 2018 e 2019, foram realizados mais de 100 atendimentos gratuitos para toda a comunidade, fornecendo orientações para mais de 220 usuários cadastrados.