Nas últimas semanas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou novos casos da varíola dos macacos em países que são não endêmicos para o vírus. A doença se manifestou em países da Europa, como Reino Unido, Espanha e Portugal e também na América do Norte, nos Estados Unidos e Canadá. Por enquanto, no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são três casos suspeitos, um deles no Rio Grande do Sul, e a varíola dos macacos já causa alerta na população e na comunidade científica.
O professor da Escola de Medicina e Chefe do Serviço de Infectologia e Controle de Infeccção do Hospital São Lucas da PUCRS, Diego Rodrigues Falci, destaca a importância de diferenciar as doenças varíola e varíola dos macacos para não causar mais alvoroço na população. O docente explica que a varíola é uma doença que já foi erradicada e que o nome “varíola dos macacos” surgiu de uma tradução do termo em inglês “monkeypox”.
A professora de Infectologia da Escola de Medicina, Patrícia Fisch ressalta que os principais fatores que contribuíram para a erradicação da varíola foram a existência de uma vacina efetiva e disponível, a inexistência de portadores assintomáticos da doença e o fato de que apenas os humanos eram reservatórios para os vírus. Já a varíola dos macacos (monkeypox em inglês) é uma doença viral, causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, com sintomas similares aos da varíola, porém menos graves.
“Diferentemente da varíola que foi erradicada no mundo, a varíola dos macacos segue ocorrendo em países da África Central e Ocidental e é considerada uma zoonose – uma doença transmitida de animais para humanos. Vários animais já foram relacionados a essa transmissão, como esquilos, ratos e diferentes espécies de macacos”, explica a docente.
A transmissão da Monkeypox ocorre principalmente em áreas de floresta tropical da África e ocasionalmente dissemina-se para outras regiões do globo, de acordo com Falci. Sua transmissão é chamada de zoonótica, quando transmite do animal para o homem, através de mordidas, arranhões, consumo e preparação de carne contaminada, contato direto ou indireto com fluidos ou lesões. Além disso, a doença pode ser transmitida de humano para humano através de gotículas respiratórias e contato prolongado direto ou indireto com fluidos corporais ou material das lesões.
Por conta disso, a professora Patrícia destaca que a transmissão de varíola dos macacos entre humanos é considerada limitada. A docente destaca que diferente de outros vírus com transmissão facilitada entre humanos, como o da Covid-19 ou o sarampo, acredita-se que para a transmissão de varíola dos macacos é necessário contato físico próximo com uma pessoa que apresente sintomas, como ocorre durante as relações sexuais, quando há contato pele a pele mais intenso, além de exposição de mucosas.
Os infectologistas da Escola de Medicina também informam que os principais sintomas da varíola dos macacos são febre, erupção cutânea com bolhas em rosto, mãos, pés e/ou genitais, aumento de linfonodos, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza. Já o período de incubação varia entre 5 a 21 dias, e a doença geralmente dura de 2 a 4 semanas, uma condição autolimitada associada a uma baixa taxa de letalidade (cerca de 1%).
Entre os dias 13 e 21 de maio de 2022, foram notificados à OMS 92 casos confirmados e 28 casos suspeitos em 12 países não-endêmicos para varíola dos macacos. Os casos foram identificados em vários países da Europa, na América do Norte e na Austrália. Já os países onde a doença é considerada endêmica são Benin, Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Gabão, Gana, Costa do marfim, Libéria, Nigéria, República do Congo, Serra Leoa e Sudão do Sul. No dia 30 de maio o Ministério da Saúde do Brasil confirmou que investiga e monitora três casos suspeitos em território nacional.
Patrícia comenta que, com esse novo surto em países não-endêmicos, existe a possibilidade de a doença chegar ao Brasil já que atualmente o mundo todo é uma grande aldeia global conectada por vasta malha aérea. Porém com uma identificação precoce de casos suspeitos é possível realizar o manejo clínico adequado e a rápida instituição das medidas necessárias para bloqueio da transmissão. Para isso, também é importante intensificar as medidas de vigilância e de informação da população a fim de promover o rápido reconhecimento dos eventuais casos.
O professor Diego Falci evidencia que os cuidados para serem tomados são a higiene das mãos, essencial para a prevenção de diversas doenças infecciosas, e evitar contato com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. Além disso, Patrícia realça o isolamento domiciliar dos casos (suspeitos e confirmados) e usar máscara se necessidade de contato próximo a alguém com sintomas.
O Hospital São Lucas da PUCRS está à disposição e atento para a evolução desta reemergência da doença e todas as medidas serão seguidas para garantir a segurança da comunidade e de todas e todos os usuários e profissionais do Hospital. Acesse o site para mais informações.
Nas últimas semanas, publicamos as primeiras matérias da série PUCRS contra a Covid-19, que abordaram as soluções desenvolvidas com o apoio do Tecnopuc e as ações lideradas por quatro das sete Escolas da Universidade. Hoje, o destaque vai para algumas iniciativas de enfrentamento ao coronavírus conduzidas pelas Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica.
De acordo com o vice-reitor da PUCRS, Irmão Manuir Mentges, em uma crise sanitária como essa, as soluções devem vir da ciência. “Esse é o nosso papel enquanto Universidade. Tentamos realizar diversas ações por meio de nossas Escolas, sejam elas de caráter solidário, como a produção e distribuição de escudos faciais (face shields), de cuidados relacionados à saúde mental ou por meio da pesquisa. Todas as áreas realizaram ações importantes”, relata.
O vice-reitor acrescenta que muitas iniciativas partiram das Escolas e tiveram participação de outras instituições ligadas à PUCRS, como o Instituto do Cérebro (InsCer) e o Hospital São Lucas (HSL). “Todas essas ações visam contribuir para a região em que a Universidade está inserida”.
Em breve, você conhecerá algumas ações desenvolvidas pelos Institutos da PUCRS. Continue acompanhando!
Em abril de 2020, há poucas semanas do início da pandemia no Brasil, pesquisadores e professores da PUCRS desenvolveram um novo teste para identificar pessoas negativas para o coronavírus. Coordenado por Daniel Marinowic, professor da Escola de Medicina da Universidade, a alternativa de exame é mais barata e os resultados ficam prontos em menos tempo, sem perder o padrão de qualidade, pois também é utilizada a metodologia de diagnóstico molecular, usado no exame padrão.
Ao lado de profissionais do HSL, pesquisadores da Escola também participaram do desenvolvimento de um protótipo conector para sistema de alto fluxo impresso em 3D que possibilita que pacientes em tratamento com Covid-19 recebam maior fluxo de oxigênio, diminuindo a necessidade de intubação. Até o momento, já foram produzidos 221 protótipos que estão sendo utilizados em nove hospitais do Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Com a ajuda de Inteligência Artificial (IA) e uma equipe multidisciplinar, o professor da Escola de Medicina e pesquisador do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer), Bruno Hochhegger desenvolveu um método que deve estimar a quantidade de leitos necessários para pacientes com Covid-19. Por meio da verificação do registro médico eletrônico, já foram incluídos atendimentos realizados no HSL e em outros hospitais do País.
No segundo semestre do ano passado, estudantes de Medicina foram premiados pelo Congresso Online de Cirurgia (CONCIR), com o estudo “COVID-19: análise do impacto da pandemia na realização de ressecção pulmonar por neoplasia no Hospital São Lucas da PUCRS no ano de 2020”. A pesquisa foi desenvolvida por alunos do 6° ao 12° semestre, com a supervisão da professora Maria Teresa Ruiz Tsukazan.
Além disso, em meio à corrida para encontrar a possível cura ou vacina da Covid-19, dois pesquisadores uniram recursos e esforços na busca de um tratamento alternativo. Marcus Jones, professor da Escola de Medicina, e Marcelo Cypel, ex-aluno da PUCRS que hoje atua na Universidade de Toronto, estão desenvolvendo um estudo com a utilização do gás de óxido nítrico para combater infecções. De acordo com o professor, esse estudo provavelmente irá além do tratamento para o coronavírus, podendo ser efetivo também para outras infecções pulmonares e novos vírus. Em novembro, o primeiro paciente recebeu esse tratamento em Porto Alegre.
Luis Humberto Villwock, professor da Escola de Negócios, coordenou o movimento Brothers in Arms, que conta com o trabalho voluntário de pessoas interessadas em combater a Covid-19. Nessa ação, o grupo de voluntários elaborou boletins atualizados com as carências e demandas de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) dos hospitais e unidades de saúde de Porto Alegre e do Estado do Rio Grande do Sul.
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Além disso, os voluntários do Movimento, junto com entidades filantrópicas, universidades e empresas, atuam também em outras frentes como: compra de materiais de EPIs, coleta e entrega de doações de equipamentos de proteção às unidades de saúde, manutenção de respiradores inoperantes, Impressão 3D de peças para protetores faciais, entre outras ações.
A Escola de Negócios também contribui com orientações para empresas de pequeno a grande porte sobre renegociação e análise de fluxo de caixa para sobreviver em tempos de pandemia. Com a coordenação do professor Gustavo de Moraes e o envolvimento voluntário de ex-alunos e estudantes de graduação e mestrado, esses suportes técnicos foram dados a empresas de vários segmentos como alimentação, educação e vestuário.
No ano passado, também nasceu o Hub de Conteúdos, importante lançamento do Laboratório de Experiências do Consumidor (Labex). Seu objetivo é apoiar o varejo durante e após a crise da pandemia. Para isso, o projeto contempla um portal de conteúdo, um espaço para análise e um estudo de mercado. O último analisou os impactos no comportamento de consumo decorrentes da pandemia do coronavírus, considerando as dimensões “individual”, “social” e “econômica”, no curto, médio e longo prazo.
No início de 2021, a PUCRS e o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MP/RS) assinaram um convênio para restauração de centenas de celulares apreendidos na rede prisional. Os aparelhos recuperados estão sendo disponibilizados para estudantes, da rede pública de ensino, que não têm os recursos necessários para acompanhar as aulas remotas durante a pandemia. O trabalho de triagem e recondicionamento dos smartphones está sendo realizado no Laboratório de Projetos em Engenharia (LPE) da Escola Politécnica.
Observando o déficit de produção de máscaras de proteção no Brasil, os alunos do curso de Engenharia Mecânica desenvolveram um maquinário e abriram uma empresa voltada para equipamentos de proteção individual (EPIs). Com a missão de tornar o País autossuficiente nessa área, a Bioelegance já conta com certificação da Anvisa para as máscaras que produz. Esse é um exemplo da utilização dos conhecimentos aprendidos em aula e aplicados na inovação e no empreendedorismo que, ao mesmo tempo, contribui para o controle da disseminação da Covid-19.
Por fim, os estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo também participaram da doação de 197 máscaras infantis para a Instituição Casa Madre Giovanna, que atua no acolhimento de crianças, adolescentes e famílias em vulnerabilidade. A ação fez parte do projeto Voluntariado, da Pastoral da PUCRS.
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Tradicionalmente, as ligas acadêmicas da Escola de Medicina da PUCRS promovem ações solidárias em diferentes frentes de atuação da área da saúde. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia da Covid-19, as boas ações não podem parar. Como forma de continuar ajudando a quem mais precisa, elas têm realizado diversas campanhas de arrecadação de doações em parceria com outras empresas e projetos sociais.
Confira campanhas solidárias que estão acontecendo até o final do mês de maio e saiba como você pode ajudar:
A campanha solidária Combatendo a Pobreza Menstrual tem o objetivo de promover o cuidado integral da saúde de meninas e mulheres adultas e é uma iniciativa da diretoria da Liga de Ginecologia e Obstetrícia (Ligo). A pobreza menstrual refere-se à falta de acesso a saneamento básico e itens de proteção para o período menstrual, fazendo com que mulheres em vulnerabilidade social faltem a compromissos escolares e no trabalho.
Esse impacto negativo causa prejuízos educacionais, profissionais, sociais, mentais, físicos e de autoestima. “Muitas mulheres usam métodos inseguros para tentar manter a rotina e a higiene durante o período menstrual, como miolo de pão, folhas de jornal, folhas de papel higiênico e até mesmo folhas de árvores”, explica a professora Nadiessa Almeida, uma das organizadoras da ação.
Como forma de ajudar, a Liga está arrecadando desde março produtos de higiene, como absorventes, escova e pasta de dentes, fio dental, sabonete, desodorante, shampoo, condicionador e papel higiênico. As doações serão enviadas ao projeto social +EMPATIA (@maisempatiapoa) e ao Centro de Extensão Universitária Vila Fátima, que realizarão a distribuição.
Como ajudar: você pode doar nos pontos de coleta da PUCRS, no saguão do prédio 12A ou na Panvel (prédio 12); Centro Clínico do Hospital São Lucas da PUCRS (sala 701); e Centro de Extensão Universitária Vila Fátima. Em caso de dúvidas entre em contato pelo Instagram (@ligaginecopucrs) ou no e-mail [email protected].
Durante o mês de maio as Ligas de Pediatria (Liped) e de Ginecologia e Obstetrícia irão arrecadar doações para o projeto AHMIbebê, o qual desenvolveu uma caixa que se transforma em berço e que vem recheada de doações para ajudar mães em situação de vulnerabilidade e seus bebês. A iniciativa foi criada pela Associação dos Amigos do Hospital Presidente Vargas (HPV).
Como ajudar: com doações de roupas de recém-nascidos/as, fraldas de tecido e descartáveis, shampoos, sabonetes, cremes para assaduras, cotonetes, lenços umedecidos, algodão, lençóis, mosqueteiros e toalhas de banho. E para as mães: absorventes, sabonetes, escovas de dente, creme dental e álcool em gel.
Os pontos de coleta são na secretaria da Escola de Medicina (prédio 12) e em diversos bairros de Porto Alegre, além de Gravataí, Canoas, Montenegro, Viamão e Osório. Consulte a disponibilidade pelos e-mails [email protected] e [email protected].
Em maio, mês que marca o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, a Liga de Pediatria também está recebendo doações de itens para a SOS-Casas de Acolhida, um programa de Proteção Especial às crianças que foram vítimas de violência.
Como ajudar: com doações de fraldas G e GG, leite NAN Confort 1, lenços umedecidos, luvas látex M, papel higiênico, papel toalha, pomada de assadura, sabão em pó e soro fisiológico. O ponto de coleta é na secretaria da Escola de Medicina (prédio 12).
Desde 2020 a Liga de Pediatria (Liped) vem promovendo mensalmente campanhas solidárias, e as doações arrecadadas são destinadas para diferentes instituições parceiras. Em abril deste ano, o objetivo foi arrecadar livros, que foram entregues para o Banco de Livros do RS.
Outras instituições beneficiadas pelas ações da Liped são: Kinder, Centro de Integração da Criança Especial, Associação de Amigos do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (AHMI), Vila São Judas e Escola Marista de Ensino Infantil da Tia Jussara.
Confira as próximas ações pelos perfis da liga e do projeto no Instagram (@lipedpucrs e @doutoresdasolidariedade).
As Ligas de Geriatria e Gerontologia e de Fisiopatologia estão arrecadando até o mês de agosto itens de higiene e alimentos para o Asilo Padre Cacique e a Sociedade Porto-alegrense de Auxílio aos Necessitados (Spaan), locais os quais acolhem pessoas da terceira idade que se encontravam em situação de vulnerabilidade social. Ambos os locais utilizam cerca de 500 fraldas e de 120 litros de leite por dia, além de vários outros produtos, e dependem de contribuições da comunidade para se manter.
Como ajudar: doando produtos como fraldas (G e GG) — que são os itens mais necessários, hidratantes, desodorantes sprays, sabonete líquido, fraldas (G e GG), lâminas de barbear, alimentos não perecíveis no geral, alimentos dietéticos e leite. Também é possível doar pelo site de apoio coletivo Vakinha, com o ID 2009787.
Os pontos de coleta presenciais estão localizados na entrada principal do HSL, na farmácia Droga Raia do bairro Três Figueiras, em quatro sedes do cursinho pré-vestibular Método Medicina (Porto Alegre, Bento Gonçalves e Novo Hamburgo) e em quatro sedes do laboratório Exame (nos bairros Mont’ Serrat, Praia de Belas, Centro Histórico e Tristeza).
Confira os endereços nossa página do projeto no Facebook e nos perfis das ligas no Instagram (@ligg.pucrs e @lifpa.pucrs).
Conhecido como Maio Roxo, o mês também é símbolo da conscientização sobre as doenças inflamatórias intestinais. Para ajudar mais pessoas a ter acesso à alimentação básica, o que pode influenciar na saúde do sistema digestivo, a Liga de Gastroenterologia (Ligastro) fez uma parceria com a empresa Comida Y Amor.
Parte do valor obtido em maio com as vendas de barras de chocolate (de 30% a 50%, de acordo com o público) será destinado para o Cozinheiros do Bem, projeto que desde 2015 distribui refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, aos sábados, em diferentes regiões de Porto Alegre.
Como ajudar: a ação é válida até o fim do mês, para as compras de barras de chocolate no site da loja. Acompanhe as próximas ações no Instagram da liga (@ligastropucrs)
E você sabe o que fazem as ligas acadêmicas? Elas são uma estratégia extracurricular que busca complementar a formação de estudantes. Com práticas que promovem o senso crítico e o raciocínio científico, alunos e alunas têm protagonismo em diversas ações e integração com docentes e profissionais da Universidade.
Acompanhe as redes sociais da Escola de Medicina (Instagram e Facebook) e da PUCRS (Instagram, Facebook e Twitter) para ficar sabendo desses e outros projetos.
A Escola de Medicina da PUCRS recebeu no começo do mês março a acreditação do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme), se tornando a única instituição privada de Porto Alegre e da região metropolitana com a certificação e uma das quatro do Rio Grande do Sul. Vinculado ao Conselho Federal de Medicina (CFM), o Saeme avalia os cursos de graduação em Medicina a partir de critérios relacionados à Gestão educacional, ao Programa educacional, aos Corpos docente e discente e ao Ambiente educacional.
De acordo com o decano da Escola, professor Leonardo Araújo Pinto, a acreditação é um reconhecimento da excelência, qualidade e dedicação da Universidade em formar profissionais com capacitação de padrão internacional:
“Recebemos a certificação em um momento de muitas mudanças, em meio à pandemia, porém com muita felicidade. Mesmo neste cenário desafiador, as aulas se mantiveram firmes, assim como o desenvolvendo das atividades de forma exemplar, graças à atuação do corpo docente e discente e da Universidade”.
O Saeme é composto por professores/as da área de Medicina – não necessariamente médicos/as – e estudantes de Medicina de diferentes regiões do País.
Por ser pré-requisito para o desenvolvimento de diferentes projetos, a acreditação facilitará o processo para que estudantes trabalhem e estudem no exterior. “Hoje, nos Estados Unidos já é solicitada a confirmação de que as escolas de origem dos/as estudantes tenham a certificação para renovações ou emissões de contratos de trabalho”, explica o decano.
A acreditação da Saeme é reconhecida pela World Federation for Medical Education, organização que estabelece altos padrões científicos e éticos na educação médica globalmente. Entre seus benefícios está o apoio para que estudantes da América do Sul possam atuar na América do Norte ou fora da Europa, por exemplo.
Inicialmente, é realizada uma autoavaliação por parte da Escola no momento da submissão. Em seguida, no mês de novembro de 2020, um grupo de avaliadores/as conheceu as instalações da PUCRS e participou de plenárias e grupos focais junto à comunidade acadêmica para a elaboração de um dossiê.
No total, são mais de 80 quesitos que precisam ser respondidos, comprovados com a documentação relacionada e enviados para a Comissão de Avaliação, a qual é composta por docentes que não tenham qualquer tipo de vínculo com a instituição. Por fim, a equipe destinada pelo Saeme realiza uma nova visita à Escola durante alguns dias e elabora um novo relatório para que a Comissão de Acreditação possa dar o seu veredito.
Além de identificar áreas e aspectos de excelência educacional, o processo também é um importante indicador para áreas que necessitem de aprimoramento. O relatório final do Saeme mostra que várias Escolas não foram aprovadas para a acreditação, podendo ser feita uma nova solicitação após as melhorias.
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A pandemia de Covid-19 tem levado a números trágicos de mortalidade em diversos países, incluindo o Brasil. Além da dificuldade natural no enfrentamento de um agente com rápida disseminação e elevada mortalidade em populações de risco, outro fator tem dificultado o combate à Covid-19: a desconsideração aos princípios da ciência e da medicina baseada em evidências científicas.
Nesse contexto, no papel de educadores, pesquisadores e profissionais da Saúde de uma Universidade Comunitária e Marista, a Escola de Medicina e o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) firmaram um posicionamento com a intenção de subsidiar tecnicamente as ações do poder público municipal acerca dessas temáticas, além de se colocar à disposição para diálogos e contribuições de toda ordem à sociedade. Confira o texto na íntegra:
Assinam o documento o decano da Escola de Medicina e representante dos membros do Colegiado da Escola, professor Leonardo Araujo Pinto, e o chefe do setor de Infectologia do HSL, Fabiano Ramos. Acesse neste link o documento na íntegra.