Sabe aquela crônica que você escreveu, mas deixou guardada no fundo da gaveta? Aquela poesia que está na última folha do caderno? Aquele conto que estava esquecido nos arquivos do seu computador? Ou então aquele texto que você ainda nem escreveu, porém sempre teve em mente? Chegou a hora de dar ao mundo a chance de ler seu talento.

A quinta edição do Concurso Rasuras está com inscrições abertas até o dia 6 de maio. Podem participar estudantes de graduação de qualquer curso da UniversidadeO concurso contemplará as modalidades Conto, Crônica, Poesia e, a novidade deste ano, a categoria de Texto Dramático/Roteiroque aceitará textos em formato de roteiro para curta-metragem e textos teatrais pequenos. Mais informações sobre o regulamento e as inscrições estão disponíveis neste link.

O concurso literário é promovido pela turma de Empreendedorismo Criativo do curso de Escrita Criativa, sob coordenação do professor Cristiano Baldi, e visa promover e incentivar a produção literária dos alunos da PUCRS. “O Rasuras foi se consolidando, e a cada edição temos novidades e melhoramentos, a partir do que foi aprendido. Na última edição, tivemos premiações mais atrativas, por exemplo. Além de kits de livros, os vencedores levaram também cursos de extensão na PUCRS, cursos externos e ingressos para o teatro”, comenta Baldi.

O professor também destaca que nas quatro edições anteriores o concurso recebeu mais de 400 textos inscritos. “Nosso desafio sempre é fazer que alunos de outros cursos participem, além daqueles que fazem Letras e Escrita Criativa. Na última edição, tivemos já uma participação maior de alunos e alunas da Psicologia, do Jornalismo e de alguns outros cursos da Escola de Humanidades“, completa.

Saiba mais: 5 dicas: como começar a escrever 

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Alguns estímulos podem ajudar a iniciar uma narrativa / Foto: Pexels

Uma barreira frequente para muitos escritores – sejam eles iniciantes ou experientes – é a dificuldade para começar o texto. A página em branco, com o cursor piscando, gera apreensão em quase todos que se dedicam à literatura. Segundo o professor da Escola de Humanidades e do curso de Escrita Criativa da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) Cristiano Ordovas Baldi, não existe uma resposta objetiva que vá solucionar essa questão. “Mas existem possibilidades de se iniciar a narrativa, utilizando algum estímulo para isso”, relata.

Confira cinco caminhos sugeridos por Baldi para se começar a escrever:

1. Tema: uma opção pode ser pensar, inicialmente, qual assunto se quer discutir, qual será a questão humana profunda que o texto vai levantar. Não se trata do enredo em si, mas do que está por trás dele. É uma boa alternativa para sair da imobilidade do início do trabalho, principalmente para quem já possui algum interesse particular.

2. Forma: pensar na forma do texto também auxilia a delimitar o começo da escrita. Existe alguma forma visual ou uma inspiração que talvez não seja literária para transformá-la em literatura? A escolha da forma já cria um desafio, o que pode ser, de alguma maneira, um motor para a criação. Um exemplo seria escrever um conto ou romance epistolar, que é construído a partir de trocas de correspondências. Trata-se de “pegar emprestando” uma forma que não é originalmente literária e fazer literatura com isso.

3. Personagem: um dos modos mais tradicionais de se iniciar um texto. Muitos processos de escritores começam com o desenvolvimento de um personagem. Para isso, pode-se pensar em um personagem parecido com alguém que se conheça na vida real ou uma ideia de perfil que se considere interessante. Quando se pensa em um personagem, ele já traz algumas possibilidades particulares de conflito. Partir de um personagem e buscar aquele conflito perfeito para ele é uma alternativa para se começar o texto.

4. Ploté a linha principal do enredo, aquilo que resume a história. Pode-se ter a ideia de um conflito ou acontecimento muito forte e partir disso na hora da criação. Quando sentar para escrever, buscar um plot ajuda a delimitar o campo criativo.

5. Atualização: trata-se de escolher uma história literária, mitológica ou mesmo histórica e fazer uma releitura, com adaptações criativas. É um caminho que pode ser mais prático, no sentido de que se pode investigar algo, algum acontecimento real, por exemplo, e então tirar as ideias principais daí.

Vídeo traz referências para se pensar em como começar um texto

O professor Baldi gravou um vídeo para os alunos da Escrita Criativa da Unati detalhando esses cinco caminhos possíveis para se começar a escrever e apresentando algumas referências. Confira:

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Professor Juan Mosquera / Foto: Arquivo PUCRS

Na tarde do último domingo, 22 de março, a comunidade universitária se despediu de um dos grandes pesquisadores da PUCRS. Natural da cidade de La Coruña, na Espanha, Juan José Mouriño Mosquera escolheu a cidade de Porto Alegre para trabalhar e viver. Graduado em Pedagogia pela UFRGS, mestre em Educação pela mesma universidade e doutor também em Educação pela PUCRS, com pós-doutorado em Psicologia pela Universidad Autónoma de Madrid e livre-docência pela PUCRS, Mosquera deixa um legado de diversas publicações voltadas à área da Educação e saudade para quem teve o prazer de conviver e aprender com ele.

Na PUCRS, Mosquera também foi professor, pesquisador, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação e assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa em Pós-Graduação (PROPESQ). “Com uma extensa produção científica em temas como Educação de Professores, contribuiu para a formação de mais de 60 mestres e doutores na área. Sua atuação como Assessor na PROPESQ foi pautada pela sabedoria, gentileza e generosidade, compartilhando com todos seu vasto conhecimento e sabedoria”, diz a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, professora Carla Denise Bonan.

Uma vida dedicada à Educação

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Foto: Arquivo PUCRS

Mosquera dedicou mais de 50 anos dos 83 que viveu à pesquisa e à docência. Considerado um dos mais importantes pesquisadores do Brasil no campo da Educação, desenvolveu estudos relacionados a temas como formação do professor, educação inclusiva, educação para a saúde e metodologia científica. Entre seus livros publicados, estão Psicodinâmica do aprender (Sulina, 1977), Educação: Novas perspectivas (Sulina, 1973) e Psicologia Social do Ensino (Sulina, 1973).

Para a professora da Escola de Humanidades e coordenadora do curso de Especialização em Psicopedagogia, Bettina Steren, Mosquera era um homem à frente do seu tempo, tendo iniciado o estudo de vários pensadores e temas fundamentais para avançar na área. “A Educação está de luto. Perdemos um amigo, colega e profissional exemplar, que trouxe à Porto Alegre autores internacionais e que compartilhou os seus conhecimentos com quem por ele cruzava. Nos deixa um legado inestimável e só nos resta agradecer por ter tido a possibilidade de conviver com ele”, conclui.

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Foto: Edison Huttner

Uma peça produzida no período das reduções jesuítas foi identificada em uma capela no município de São Martinho da Serra, no interior do Rio Grande do Sul. Trata-se de um busto de São Martinho de Tours de mais de 200 anos: “Este pode ser considerado um exemplar único no Brasil deste modelo, no padrão da arte sacra missioneira jesuítico-guarani”, afirmao professor da Escola de Humanidades da PUCRS, professor Edison Huttner, responsável pela descoberta. A confecção de bustos faz parte da arte sacra missioneira, e neste caso é caracterizado como de “peanhas”, quando são colocados em cima de um pedestal. Atualmente existem outras quatro obras semelhantes, São Leão Magno e São Gregório Magno, que estão no Museu de Ciencias Naturais de La Plata; e Santo Ambrósio e Santo Agostinho, que estão no Museu Jesuítico San Ignácio Mini, ambos na Argentina.

Após um ano de estudos, Huttner viu na peça características da arte sacra jesuíta, como barba, sobrancelha e cabelos no estilo barroco e túnica com relevo de arte de friso jesuítico-guarani (folhagens, medalhão e florões). A peça é composta de madeira policromada, posteriormente revestida de gesso e tinta, possui 97 cm com a mitra, 70 cm de largura, 18 cm de espessura e 21 quilos.

Origem da peça

Segundo o pesquisador, há várias hipóteses para a origem da escultura. Ela pode ter sido trazida da redução de Trindade, no Paraguai, onde estavam os bustos de São Gregório Magno e São Leão Magno, que apresentam o mesmo estilo e arte de confecção. Outra possibilidade é de que a peça estaria em uma antiga capela de São Martinho, que ficava próxima à Redução de Yapejú, na Argentina; ou ainda, ter sido produzida no município de São Borja, onde o artista José Brasanelli tinha um atelier entre os anos de 1696 e 1706. Brasanelli foi um dos grandes escultores e artistas jesuítas da época.

escultura sacra, São Martinho

Foto: Edison Huttner

Quem foi São Martinho de Tours?

Martinho nasceu pelo ano de 316, na Panônia (hoje Hungria). Numa ocasião, sem dinheiro para dar a um mendigo que havia pedido esmola, cortou seu manto e ofereceu para que ele pudesse se aquecer. Naquela noite, Jesus teria aparecido a Martinho, na outra metade do manto. Após, ele abandonou o exército e dedicou-se à fé cristã, sendo ordenado bispo em Tours. É um dos mais populares santos da Europa, primeiro santo não-mártir que foi cultuado pela Igreja Católica.

 

Imigrantes

Imigrantes participam de projetos sociais / Foto: Camila Cunha

Qualificar profissionais a ensinar português em contextos nos quais essa não é a língua materna dos estudantes: esse é o objetivo do curso de Formação de Professores de Português Como Língua Adicional, oferecido pela Escola de Humanidades da PUCRS. Com pedagogias variadas, os educadores podem se capacitar para ensinar o idioma para imigrantes, refugiados e estrangeiros que chegam no Brasil e em outros países de língua portuguesa. Ao enfrentar preconceitos e outras barreiras além da comunicação, quem vem de fora do Brasil também encontra na Universidade o Serviço de Assessoria em Direitos Humanos para Imigrantes e Refugiados (Sadhir), um atendimento gratuito em Porto Alegre para um recomeço fora de casa, ou na nova casa.

A ideia do curso surgiu a partir do projeto realizado pela PUCRS em parceria com a Cáritas, iniciativa que fomenta a economia popular solidária e os direitos humanos. Imigrantes haitianos recebiam aulas de português, com uma metodologia diferenciada, levando em consideração a troca de culturas com empatia. Com o tempo, venezuelanos e colombianos também integraram a turma de Plac: Português Como Língua de Acolhimento. O curso oferecido pela PUCRS é pioneiro do Estado na modalidade presencial.

Após três anos de atividades na Paróquia Santa Clara, na Lomba do Pinheiro, o projeto gerou vários frutos para a comunidade. Um convênio com a prefeitura foi firmado, alguns alunos foram contratados pela PUCRS e o primeiro livro sobre o tema foi lançando por Cristina Perna, professora de Letras e do Programa de Pós-Graduação da PUCRS. Docente e decana associada da Escola de Humanidades, Regina Kohlrausch também participou da liderança do projeto, que durou de 2017 a 2019.

Quem são os imigrantes no Brasil e no mundo

O Brasil recebeu 774,2 mil imigrantes de 2010 a 2018. Mais de 36 mil carteiras de trabalho foram emitidas para essa população em 2018, o maior índice dos últimos anos. A maioria dos chegados são homens jovens e com nível de escolaridade médio e superior, segundo o Relatório Anual do Observatório das Migrações Internacionais – OBMigra 2019, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O movimento migratório é uma realidade cada vez mais presente em diferentes países. Um levantamento divulgado em 2019 pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que existem pelo menos 272 milhões de imigrante ao redor do mundo. Os países que mais recebem essa população são os Estados Unidos, Alemanha e Arábia Saudita, que vem em sua maioria da Índia, México e China.

Português como língua de acolhimento e a formação de educadores - Um recomeço fora de casa e o papel da Universidade na ajuda a imigrantes

Peterson em Porto Alegre / Foto: Arquivo Pessoal

Culturas vivas são aquelas em movimento

“O Brasil é um país formado por imigrantes, forçados ou não. O mundo também”, explica Lucia Muller, antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS. Os processos sociais mobilizados pela imigração contribuem para a riqueza cultural da sociedade e ressignificam as fronteiras regionais as quais as pessoas estão acostumadas, acrescenta a docente. Lucia conta que “culturas vivas são aquelas que estão sempre acumulando e se modificando”, ou seja, conviver com as diferenças “é sempre uma contribuição, a arte vive disso” finaliza.

“Hoje posso sofrer, mas amanhã não”

Em abril, faz três anos que Peterson Darson chegou ao Brasil. Para se afastar da guerra do Haiti, ele deixou a capital Porto Príncipe e reencontrou a mãe, que já estava em território brasileiro a mais tempo. “Vivi várias coisas, muitas são novidades“ conta Darson ao lembrar das experiências que teve no novo País. Segundo ele, a principal dificuldade no começo foi o idioma que ele não conhecia. Hoje, a língua já é uma barreira vencida e Darson inclusive ajuda os colegas haitianos a se comunicarem com outras pessoas. O segundo desafio foi conseguir trabalho, por questões burocráticas. Atualmente, ele trabalha na PUCRS, no setor de Gerência de Operações.

No Haiti, Darson era aluno de medicina e já estava no segundo ano. Ele pretende voltar a estudar, mas agora em outra carreira. “Hoje posso sofrer, mas amanhã não” declara ao falar sobre o preconceito sofrido no Brasil e a expectativa de ter uma vida diferente após concluir os estudos. Ele conta que aprendeu muito com os gaúchos e considera muito importante iniciativas como o Sadhir e as aulas de Plac.

Preconceito tem região, cor e sotaque

“Existem hierarquias, barreiras e preconceitos” afirma Lucia Muller ao explicar que as pessoas têm medo do diferente e muitas vezes não estão abertas ao diálogo. Entre os problemas enfrentados pelos imigrantes estão a xenofobia e o racismo. Estrangeiros vindos da Europa, como na época da colonização brasileira, costumam ser recordados com orgulho, mas o mesmo não acontece com outras regiões, como a África, principal origem de pessoas escravizadas no período. “Os senegaleses, por exemplo, encontram barreiras. Sofrem para ter acesso pois a cultura africana foi discriminada por muito tempo e está sempre por um triz. O Brasil não conhece a cultura africana. Não trata como algo oficial” aponta Lucia.

Porém, com o aumento do movimento migratório, as novas levas são diferentes das já vividas. Lucia explica que as colônias não são mais tão visíveis, agora são urbanas, espalhadas nos grandes centros, mas sem perder a relação com as origens. Os tipos de formação se tornaram globalizados, com redes que são mais complexas. “Os imigrantes não são todos iguais. Quem é nativo, afinal? E quem é imigrante?”, questiona Lucia.

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Foto: Nathana Fouchy

O trabalho realizado pelo Sadhir

Composto por alunos e profissionais da Universidade, familiarizados com as dificuldades e inseguranças enfrentadas por indivíduos em situação de vulnerabilidade no Brasil, o Sadhir atua na solução de diversas demandas relacionadas ao cenário migracional brasileiro. A iniciativa auxilia os imigrantes a se estabelecerem no Brasil e a solucionarem eventuais demandas judiciais e dúvidas relativas a assuntos como documentação, moradia e saúde.

Como o volume de atendimentos é grande e com naturezas diferentes, é comum a equipe se deslocar para ajudar com problemas. Coordenador do Sadhir, Gustavo Pereira conta que além das atividades acadêmicas e das reivindicações por políticas públicas, o plano é expandir o projeto para falar sobre Direitos Humanos em escolas, preparar cursos para imigrantes e a publicação de um livro. O atendimento presencial é realizado durante o período de aulas, nas segundas-feiras, das 18h às 19h, e já recebeu cerca de 500 pessoas.

Formação de Professores: Português Como Língua de Acolhimento

O curso de especialização de Português como língua adicional capacita profissionais da área da educação a ensinar português para pessoas que não são originárias do idioma. A teórica e a prática pedagógica são inseridas numa proposta crítica e intercultural de ensino e aprendizagem. É a formação ideal para diplomados em Letras, Pedagogia, História, Filosofia e outros cursos das Humanidades ou interessados na área. Clique aqui e conheça mais sobre o curso!

Saiba o que mais se faz na Universidade: Projeto investiga novos aditivos e materiais para construção de poços de petróleo.

Professor Altair Martins / Foto: Davi Boaventura

Professor Altair Martins / Foto: Davi Boaventura

Uma atividade de lazer que pode ser realizada a qualquer hora, independentemente do lugar e da previsão do tempo, é a leitura. Seja na praia, no campo ou mesmo na cidade, as férias podem ser uma boa oportunidade para colocar a leitura em dia, descobrir histórias e se envolver com personagens.

O escritor e professor Altair Martins, da Escola de Humanidades da PUCRS, dá sugestões de leitura para esse período, em que muitas pessoas aproveitam para tirar alguns dias de descanso. Confira:

2020_01_09-dicas_livros_a_escrita1. A escrita, de Vilém Flusser (São Paulo: Annablume, 2010)

“Trata-se de uma obra ensaística que põe em discussão o ato da escrita (como atividade física e mental), mostrando como a criação de um código comum a uma comunidade não só desencadeou a conquista da História como também permitiu que cada ser humano pudesse narrar a sua. Para nós da Escrita Criativa, é um livro indispensável.”

2020_01_09-dicas_livros_os_cadernos_da_solidao2. Os cadernos de solidão de Mario Lavale, de Arthur Telló (Porto Alegre: Zouk, 2019)

“Eis um livro de contos dos mais surpreendentes, mostrando como a arte da narrativa curta mantém-se inventiva ao flertar, nas fronteiras entre o lúdico e o poético, com as questões humanas mais imprescindíveis.”

2020_01_09-dicas_livros_lobo_de_oculos3. Lobo de óculos: trilogia onírica, de Carina Corá (Porto Alegre: Edipucrs, 2018)

“Peça de teatro que, além de genialmente escrita, põe em discussão o lugar do estrangeiro (e, por que não?, do diferente) e a renovação dos mitos mais caros ao Ocidente, como o destino de Édipo.”

2020_01_09-dicas_livros_dessa_cor4. Dessa cor, de Fernanda Bastos (Porto Alegre: Figura de Linguagem, 2019)

“Os poemas dessa autora que esbanja inteligência propõem dar voz e fazer escutar, entre outros temas, o que seria essa poesia “afrocentrada” que infla de significados a mulher negra brasileira.”

2020_01_09-dicas_livros_os_donos_do_inverno5. Os donos do inverno (Porto Alegre: Não editora, 2019)

“Sem ser indelicado, gostaria de indicar, por último, esse meu romance, que conta a trajetória de dois irmãos, Elias e Fernando. De táxi, eles levam os ossos do irmão mais velho, o jóquei C. Martins, para uma corrida de cavalos em Buenos Aires.”

Sobre o professor

Altair Martins atua como professor nos cursos de Letras e Escrita Criativa. Como escritor, publicou, entre outros, A parede no escuro, Prêmio São Paulo de Literatura.

Os cursos de Escrita Criativa e Letras

Os apaixonados por literatura – seja para ler ou para ler e escrever – encontram na PUCRS alternativas para explorar esse universo.

Como principal polo de Escrita Criativa em ambiente acadêmico no Brasil, a Universidade capacita alunos do curso a escrever diferentes tipos de narrativas. O diplomado ainda pode atuar como escritor, editor, revisor de texto, agente, redator ou roteirista, em diversos gêneros e linguagens, em um mercado de trabalho que está crescendo.

O curso de Licenciatura em Letras da PUCRS é classificado com cinco estrelas no Guia de Estudantes Abril. Quem conclui o curso está habilitado a ser professor, tendo como principal campo de atuação o ensino de língua e literatura em escolas de nível básico e médio, em escolas de idiomas e em instituições de ensino similares. Além disso, o profissional pode atuar em empresas ligadas à área de comunicação e em editoras.

Ficou interessado em um dos cursos? Os dois estão com inscrições abertas para o próximo semestre. Saiba mais sobre como ingressar em Escrita Criativa ou em Letras.

maratona de inovação, escola de ciências da saúde e da vida

Grupo PAS. Foto: Jean Lucas Nunes

No último fim de semana,  dias 22 e 23 de novembro, foi a vez dos alunos da Escola de Humanidades e da Escola de Ciências da Saúde e da Vida de serem desafiados a resolver desafios com ideias criativas e inovadoras na 2ª Edição da Maratona de Inovação da PUCRS. O evento é promovido pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear)Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e Escolas da Universidade. A próxima edição, com participação de alunos da Escola de Direito, será nos dias 29 e 30 de novembro.

O Superintendente de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Jorge Audy, ressalta que “a atuação conjunta de estudantes das duas Escolas deu um tom especial ao desafio. As temáticas sociais e da diversidade foram destacadas e refletem as preocupações atuais das ações do nosso ecossistema de inovação com relação aos projetos de impacto social”, acredita.

O agente de inovação da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, professor Lúcio Brandt, destaca que o evento foi uma oportunidade de integrar acadêmicos e professores de diferentes áreas de conhecimento: “A maratona de inovação permite momentos únicos de trocas de conhecimento, aprendizado, criação e integração. Além disso proporciona um espaço para relacionar conhecimentos teóricos com a prática na busca de soluções inovadoras para problemas na sociedade” afirma.

Uma das coordenadoras do Núcleo de Inovação Pedagógica da Escola de Humanidades, a professora Bettina Steren dos Santos reforça a importância desta Maratona. “É uma nova proposta de realizar atividades e os alunos que participaram adoraram. A troca entre colegas de diferentes cursos, a busca de soluções criativas. Também ocorreu de professores terem a possibilidade de trocar ideias”, diz.

maratona de inovação, escola de ciências da saúde e da vida

Grupo Rosemary. Foto: Jean Lucas Nunes

Projetos destaque

Dois projetos foram destaque nesta edição. O grupo “Você Conhece uma Rosemary?” trouxe como inspiração incentivar e ajudar no empoderamento feminino de mulheres com vulnerabilidade social através de um aplicativo de comércio. Já o grupo PAS – Pulseira de Acesso ao Serviço –projetou uma nova tecnologia de acessibilidade, que busca incluir pessoas que tem alguma deficiência sensorial como cegueira ou surdez.

Segundo Giorgia Galvan, aluna de Ciências Sociais, o projeto Rosemary nasceu da realidade. “É uma pessoa real, que representa uma situação de milhões de mulheres em uma situação de vulnerabilidade. A gente queria dar esse abraço de tu pode, tu consegues, a gente te dá oportunidade, mas a força e a criatividade são tuas”, comenta.

No grupo PAS, Letícia Espinosa, do curso de Biomedicina, disse que a iniciativa veio da aula. “A ideia veio a partir de uma dificuldade que percebi em uma atividade na disciplina de Língua Brasileira de Sinais que fiz, como cadeira”, revela.

revista_PUCRS

Foto: Arquivo pessoal

Um país rico em recursos naturais, com grandes reservas de minerais e de petróleo, e alta concentração de renda, mas sofre com os efeitos de guerras que, juntas, duraram mais de 40 anos. A guerra civil, travada entre o Movimento Popular de Libertação de Angola e a União Nacional para a Independência Total de Angola, de 1975 a 2002, e a guerra de libertação do país, de 61 a 74, deixaram marcas. Produziram uma fortíssima migração no sentido rural-urbano, além de terem acarretado a um forte armamento. O resultado é uma concentração populacional na grande Luanda, com o aumento de favelas, as chamadas de musseques, e problemas de infraestrutura urbana.

A educação é ferramenta fundamental para o desenvolvimento econômico, social e político de um país, para a garantia de liberdades e respeito às diversidades. A PUCRS vem realizando uma importante parceria com Huambo, no país africano, com foco em  formação e instrumentalização de professores para produção e disseminação de conhecimento.

Leia a reportagem completa na Revista PUCRS.

Foto: divulgação

Foto: divulgação

No Dia Nacional Consciência Negra, celebrado nesta quarta-feira, 20 de novembro, a Escola de Humanidades promove o Cine Debate #HeforShe com o filme Quanto vale ou é por quilo? A doutoranda em Serviço Social, Cassia Engress Mocelin, será a debatedora, após a exibição. A atividade acontece das 14h às 16h30min, é gratuita e aberta ao público, na sala 305 do prédio 8 do Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Haverá distribuição de certificado aos participantes.

A programação alusiva à data começou em 13 de novembro, com o 6° Seminário Juventudes Negras e Políticas Públicas. Na oportunidade, diversas atividades voltadas à reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil foram organizadas, como oficinas, exposições, debates, dinâmicas, palestras com especialistas em História da África, entre outras. A proposta do evento é promover vivências de elementos da cultura negra e refletir sobre a inserção dos negros na sociedade brasileira, na perspectiva dos direitos humanos.

Pesquisa e cultura
A Universidade possui iniciativas de grupos de estudos e pesquisas relacionados às juventudes negras. Um deles é o Núcleo de Estudos em Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Neabi), que tem como objetivo desenvolver pesquisas e realizar ações na comunidade, na Educação Básica e Superior, com enfoque na diversidade étnico-racial e valorização de histórias e culturas indígenas, afro-brasileiras e africanas.

Por meio do Instituto de Cultura da PUCRS, neste ano, a Universidade promoveu eventos com renomados artistas negros. Um deles foi o encerramento do FestiPoa Literária, com a atriz e cantora Zezé Motta, que realizou uma conversa com o público para contar a sua trajetória artística, com momentos marcantes da carreira na TV, no cinema, no teatro e na música. Em um outro momento estiveram presentes os atores Lázaro Ramos e Taís Araújo, que fizeram um bate-papo no qual falaram sobre a sua carreira no teatro, no cinema, na televisão e em outras atividades artísticas.

Dia Nacional da Consciência Negra

Foto: Camila Cunha

Em celebração à Consciência Negra, que tem o Dia Nacional comemorado em 20 de novembro, a Escola de Humanidades da PUCRS e parceiros promovem dois eventos. Nos dias 13 e 14, o 6° Seminário Juventudes Negras e Políticas Públicas trará diversas atividades voltadas à reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil, como: oficinas, exposições, debates, dinâmicas, palestras com especialistas em História da África, entre outras. Já no dia 20, haverá nova edição do Cine Debate #HeforShe com a exibição do filme Quanto vale ou é por quilo? (2005), dirigido por Sérgio Bianchi. Ambos eventos são gratuitos, abertos à comunidade e não necessitam de inscrições prévias. As vagas são limitadas à capacidade dos espaços.

O Seminário é uma promoção em parceria com o Centro de Pastoral e Solidariedade, Observatório JuventudesNúcleo de Estudos em Culturas Afro-Brasileira e Indigena (Neabi), Grupo de Estudos e Pesquisa em Violência (Nepevi) e Grupo de Estudos em Juventudes e Políticas Públicas (Gejup).

Confira a programação:

Dia 13 de novembro

Exposição Afro Black | Claudio BenevengaDisponível no átrio do prédio 9

Oficina de Stencil  | Adalberto Reis dos SantosSaguão do prédio 9

Oficina implementação da Lei 10.639/2003 na escola | Cláudia Duarte – especialista em História da África – sala 101, prédio 9

Oficina: A Invisibilidade da Mulher Negra na Política de Assistência Social | Silvia Duarte – assistente social – sala 206, prédio 9

Draiton Gonzaga | Decano da Escola de Humanidades
Leonardo Agostini | Coordenador do Centro de Pastoral e Solidariedade
Patricia Teixeira | Coordenadora do Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista

Reginete Bispo | Coordenadora do Instituto Akanni – Instituto de Pesquisa e Assessoria em Direitos Humanos, Gênero, Raça e Etnia
Leticia Marques Padilha | Membro da Comissão de Verdade sobre a Escravidão Negra – Assembléia Legislativa do RS
Rodrigo Sabiah | Empresa APAC –coordenador do programa “Reciclando Vidas”
Suellen Aires Gonçalves | Cientista Social. Mestre em Ciências Sociais – PUCRS Doutoranda em Sociologia na UFRGS
Coordenadora da Mesa: Karina Rosa da Rosa | assistente social, mestranda em Serviço Social da PUCRS

Dia 14 de novembro  

Dia 20 de novembro