Home Office, Dia do Trabalho

Professor Eugênio Hainzenreder Júnior / Foto: TRT4

Nunca se imaginou que o Dia do Trabalho pudesse fazer tanto sentido para o mundo, como acontece neste momento que vivemos a pandemia da Covid-19. Com ela, além de todas as angústias e receios sobre a nossa saúde, passamos a viver incertezas também no mundo do trabalho. Da noite para o dia, sentimos a necessidade de expandir a tecnologia, entender a economia de compartilhamento e até mesmo reformular nosso setting de trabalho.

Estamos vivendo tempos antes impensáveis, com crise sanitária, população desamparada, trabalhadores com seus ofícios ameaçados e empresas com suas receitas comprometidas. Todas essas questões graves suscitaram um esforço coletivo. Pode parecer ambivalente: embora isolados, em pleno confinamento, nunca estivemos tão próximos uns dos outros, repensando a solidariedade e a nossa própria condição humana.

No universo do trabalho, o contexto pandêmico veio como um terremoto. As fissuras que se abriram colocaram o Direito do Trabalho a criar soluções jurídicas com a finalidade de mediar os interesses de seus protagonistas: empregado e empregador. Ademais, a problemática dos autônomos e informais é outra resultante dessa atividade sísmica.

Neste momento de crise, novas discussões sobre ideias de proteção social e do trabalho surgiram, e o Estado foi obrigado a repensar programas para garantir a renda básica, preservar os empregos e as empresas. Trata-se de um momento de reinvenção e de superação nos mais diversos âmbitos de nossas vidas: o home office deixou de ser um fantasma; muitas famílias ressignificaram sua convivência; as pessoas passaram a temer menos o encontro consigo mesmas; e, principalmente, nunca se viu uma corrente de solidariedade tão forte.

Nos últimos anos se chegou a cogitar a extinção da Justiça do Trabalho, e inúmeros foram os comentários no sentido de que o Direito do Trabalho não tinha mais utilidade. Porém, essa doença veio nos lembrar de seu inquestionável papel como regulador da sociedade. Assim como os profissionais da saúde estão sendo expoentes no front de combate à pandemia no que diz respeito à saúde fisiológica e mental das pessoas, o Direito do Trabalho tem se mostrado indispensável no sentido de zelar pela saúde econômica do país, harmonizando seus pilares de sustentação: valor social do trabalho e livre iniciativa.

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Objetivo é incentivar que alunos encontrem soluções para problemas reais / Foto: Diego Furtado

Os alunos da Escola de Direito tiveram a oportunidade de integrar o conhecimento acadêmico com a prática de mercado em um ambiente de empreendedorismo durante a última Maratona de Inovação PUCRS (MIP) do ano. Ocorrido nos dias 29 e 30 de novembro, o evento teve como objetivo incentivar que os alunos encontrem soluções para problemas reais a partir do raciocínio investigativo, da empatia e da interação com outros participantes. A MIP é uma parceria entre o Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS (Idear), o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e Escolas da Universidade.

O tema da MIP Direito foi O consumidor na era digital. Para o professor da Escola de Direito Ricardo Lupion, coordenador da Maratona, a prova do sucesso do evento foi o engajamento dos alunos, que, mesmo no fim do semestre, dedicaram três turnos – sendo dois deles em um “sábado ensolarado” – para a atividade. “Essas novas modalidades de relacionamento da Escola com os alunos é algo que não é para o futuro – é para hoje. Ficamos muito felizes com o engajamento e os resultados”, conta.

Diferente de outras MIPs, essa edição foi realizada apenas com uma escola pela necessidade de debater o assunto do consumo na era digital na área jurídica. Para a executiva no Tecnopuc Flavia Fiorin, essa foi uma oportunidade para os alunos buscarem soluções inovadoras para problemas que, tradicionalmente, são encaminhados dentro de um processo burocrático. “O Tecnopuc tem essa característica de aproximar os estudantes da realidade do mercado e estimular que as tecnologias sejam utilizadas para a resolução de problemas multiáreas – o que é um grande ganho para esse momento de transformação do mercado de trabalho como um todo e de novas relações de consumo”, ressalta.

Desafios incentivam desenvolvimento de habilidades

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Foto: Diego Furtado

Após a abertura oficial do evento, no dia 29, os participantes iniciaram a Maratona com uma atividade de integração conduzida pelo Idear e, após responderem a um mini quiz lúdico e interativo, seguiram para as salas de trabalho. Em equipes de até seis pessoas, eles foram instigados a aprofundar a investigação sobre os desafios propostos com o auxílio de diversas ferramentas e metodologias, exercitando a empatia. A atividade permitiu que os alunos pudessem aprender na prática como gerar ideias e soluções em um processo criativo e colaborativo – sempre amparados por instrutores e mentores.

Conforme a professora da Escola de Negócios Katine Fasolo, coordenadora do evento e integrante da equipe do Idear – laboratório responsável pela metodologia das MIPs -, iniciativas de incentivo à inovação e ao empreendedorismo são muito importantes, tanto para os participantes, quanto para a comunidade em geral. “Além da discussão das ideias sobre as temáticas sugeridas pelos desafios e da geração de propostas de soluções inovadoras e criativas, esses ambientes oferecem a oportunidade de melhorar o seu autoconhecimento e suas habilidades, de trabalhar e interagir em grupo e, muitas vezes, de descobrir novas potencialidades e até mesmo outras possibilidades de atuação em suas carreiras”, aponta.

Para a aluna da Escola de Direito Larissa Bodin, da equipe Partyfavors, que desenvolveu um projeto no desafio de Solução ou Composição Extrajudicial de Litígios entre Fornecedores e Consumidores, a MIP foi uma experiência única: “As palestras foram muito relevantes e estavam de acordo com o tema trabalhado durante o evento. Certamente foi um sucesso”.

Segundo a diretora de graduação Adriana Kampff, as MIPs acontecem dentro de um contexto de integração cada vez maior entre as Escolas. Ao longo de 2019, foram desenvolvidos quatro espaços neste sentido: o Famecos Startups Tecnopuc (Fast); a MIP da Escola de Direito e as outras duas maratonas que agruparam mais de uma escola. “Para o próximo ano, nossa intenção é dar seguimento às maratonas, sempre com uma construção coletiva junto às escolas, observando convergências e possibilidades de reunir áreas distintas para ampliar o potencial das soluções que os estudantes vão criando”, declara.

Projetos destaque

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Foto: Diego Furtado

Ao final do segundo dia de Maratona, os alunos estruturaram a apresentação das suas ideias em um formato de pitch (apresentação direta e curta, com o objetivo de “vender” um projeto) e expuseram para uma banca composta de professores e mentores avaliadores. Três destaques foram contemplados com horas de mentoria no Idear:

Visão Voluntária: auxílio para idosos deficientes visuais por uma plataforma feita por rede de jovens voluntários.

FAN: Facilitação do Adimplemento Negocial

Ajuc: Plataforma que esclarece dúvidas consumeristas, feita por estudantes e totalmente gratuita.

Confira como foram as outras MIPs

MIP das Escolas de Medicina, de Negócios e Politécnica

MIP das Escolas de Humanidades e de Ciências da Saúde e da Vida

ciclo_diversidade_escola_direito(907x550)Com o propósito de fomentar o debate sobre temas atuais do Direito, o 9º Ciclo de Debates Jurídicos Sobre Diversidade acontece entre os dias 4 e 6 de novembro, das 17h30min às 19h30min, no auditório do prédio 11 da Universidade (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre/RS). O evento é promovido pela Escola de Direito da PUCRS em parceria com o Grupo de Pesquisa Gestão Integrada da Segurança Pública. A programação é gratuita e aberta ao público. As inscrições podem ser feitas no link.

Entre os temas dos debates estão: Migrações forçadas e acesso à moradia: ausência de políticas de acolhimento em Porto Alegre, A inclusão das mulheres no mercado de trabalho: obstáculos e conquistas, Da despatologização ao acesso à saúde pela população trans: causas e efeitos. A participação é válida como seis horas de Atividade Complementar para alunos do curso de Direito da PUCRS.

 

 

constelações, escola de direito, evento, palestraEm sua segunda edição, o ciclo de palestras Falando de Constelações tem como objetivo apresentar as constelações e a justiça sistêmica como uma ferramenta a ser utilizada na autocomposição dos conflitos judiciais, extrajudiciais e no autoconhecimento. A palestra Constelações e relacionamentos de casais, ministrada pela advogada Rochel Vellinho, acontece no dia 29 de outubro, das 17h às 19h, no Auditório do Living 360°, prédio 15 da PUCRS (Av. Ipiranga 6681 – Porto Alegre/RS). O evento é promovido pela Escola de Direito e a participação vale horas complementares para alunos da Escola. Os encontros são coordenados pelos professores Álvaro Severo, Fernanda Pozzebon e Liane Thomé. A programação é gratuita e aberta ao público. Inscrições podem ser feitas no link, mediante preenchimento do formulário.

Congresso_Ciências_CriminaisReunindo conferencistas nacionais e internacionais, pesquisadores, estudantes e profissionais de diversas áreas, a Escola de Direito da PUCRS promove o 10º Congresso Internacional de Ciências Criminais – Memória e Ciências Criminais/19º Congresso Transdisciplinar de Ciências Criminais. O evento tem por objetivo desenvolver ainda mais a ênfase no olhar interdisciplinar sobre as ciências criminais, com a troca de experiências e de conhecimentos científicos sobre a temática. O congresso acontece no Teatro do Prédio 40 da PUCRS (Av. Ipiranga 6681 – Porto Alegre/RS). Durante a programação, haverá a cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa ao professor Fernando Catroga, da Universidade de Coimbra (Portugal). Mais informações sobre o programa, inscrições e valores podem ser conferidas aqui.

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O Centro de Estudos Europeus e Alemães (CDEA), em parceria com o Institute of European Studies/Center for German and European Studies (IES/CGES) da University of California, Berkeley, nos Estados Unidos, está com inscrições abertas para o curso internacional Migration in a Global World: Challenges in Germany, Brazil and in the USA. Brasileiros têm até o dia 19 de agosto de 2019 estrangeiros até o dia 29 de julho para se inscrever. A programação ocorre de 30 de setembro a 7 de outubro, nos turnos da manhã e tarde, e será ministrado em inglês.

A oportunidade é voltada para mestrandos e doutorandos vinculados aos Centros de Estudos Alemães e Europeus espalhados pelo mundo. Esta será a primeira edição sediada em Porto Alegre, realizado em conjunto pela PUCRS e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Serão 12 vagas destinadas a estudantes brasileiros e 12 a estrangeiros.

Sobre o curso

O curso incluirá palestras, debates e workshops sobre migração. O encontro interdisciplinar incidirá sobre os desafios da migração em um mundo global (trabalho, mercado, cultura e integração). O principal objetivo é considerar as regulamentações nacionais e internacionais e fazer sugestões sobre a melhor forma de compreender melhor as várias dimensões relacionadas à migração (ou seja, aspectos históricos, culturais, linguísticos, legais, políticos e éticos). Além das discussões acadêmicas, a conferência promoverá oportunidades para pesquisadores em início de carreira dos Centros do DAAD em todo o mundo para desenvolver sua rede de contatos.

Quem pode participar

Alunos da PUCRS matriculados nos Programas de Pós-Graduação da Escola de Direito, Escola de Humanidades e Escola de Negócios poderão se candidatar até o dia 19 de agosto pelo e-mail [email protected]. Alunos da UFGRS também poderão participar, devendo verificar seus respectivos programas vinculados ao CDEA. Interessados deverão enviar uma carta de motivação, pequeno texto biográfico, cópia do passaporte, certificado de matrícula, carta de recomendação de algum professor e resumo de artigo a ser elaborado ao longo do curso (máximo de 300 palavras).

O curso é financiado pelo DAAD e pelo CDEA e não terá custo para os estudantes selecionados. Candidatos estrangeiros terão cobertura nos custos de viagem, acomodação e alimentação. Para obter mais informações: [email protected].

Conferência Marista contra a Violência Infantil

Evento recebeu autoridades, estudantes e profissionais que atuam com crianças e adolescentes / Foto: Bruno Todeschini

O relatório da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos registra, anualmente, mais de 80 mil denúncias de violações contra crianças e adolescentes, que representam 70% das vítimas de abuso sexual no Brasil. Para debater e levantar soluções para esse grave problema social, a PUCRS sediou a 1ª Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil, na manhã desta sexta-feira, 31 de maio, no Teatro do prédio 40. Promovido pelo Centro Marista de Promoção de Direitos da Criança e do Adolescente, em parceria com a Escola de Direito, o evento contou com palestras de psiquiatras, policiais, juristas e outros especialistas no tema, abordando desde o perfil dos agressores aos impactos na saúde mental de quem sofre esse tipo de abuso, além do sistema de acolhimento às vítimas. A atividade foi prestigiada pelo vice-reitor Jaderson Costa da Costa, docentes, estudantes e profissionais com atuação em organizações voltadas à infância e juventude.

Durante o momento das falas iniciais, representantes de diferentes órgãos parceiros na causa evidenciaram a importância da discussão pública do assunto. “Não podemos ficar indiferentes a essa realidade. Para nós, maristas, o cuidado e a promoção da vida, em todas as suas fases, são de extrema importância”, destacou o Ir. Inácio Etges, presidente da Rede Marista. Ele recordou as políticas institucionais de proteção integral à criança e aos jovens, que embasam a atuação dos profissionais dos empreendimentos – como Colégios, PUCRS, Hospital São Lucas, Instituto do Cérebro – e unidades sociais. Também lembrou as cartas apostólicas do Papa Francisco, nas quais o sumo pontífice alerta para situações como negligência a crianças e jovens, os impactos da retirada do afeto, o uso dos pequeninos em negócios ilícitos, o bullying e a importância de um sistema de educação eficiente.

Conferência Marista contra a Violência Infantil

Ir. Inácio Etges, presidente da Rede Marista, abriu o evento / Foto: Bruno Todeschini

O coordenador do Centro Marista de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolscente, Ir. Sandro Bobrzyk, afirmou que “a conferência somente trará frutos se constantemente assegurarmos aquele que deve proteger jamais tenha uma conduta de destruir ou violar os direitos de seres inocentes”. Representando o governador Eduardo Leite, o secretário de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Catarina Paladini, mencionou a interface envolvendo o Ministério Público, a Polícia Civil, os conselhos tutelares e o Governo do Estado, que mobiliza esforços para uma atuação conjunta, como a reedição do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente. “O crime se movimenta mais rápido que o Estado. Por isso, os instrumentos de controle e de fiscalização precisam estar ligados diretamente, estabelecendo ações e chegando de forma direta na vida da sociedade”, enfatizou. O presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS), lembrou que o mês de maio, em especial o dia 18, é dedicado à conscientização contra a violência sexual infantil, por meio da a lei federal 9.970/2000, além de citar a audiência pública que a entidade promoveu, em 2018.

Perfil do agressor sexual

O Ministério da Saúde define agressão sexual como toda ação na qual uma pessoa em relação de poder e por meio da força física, coerção ou intimidação psicológica, obriga outra ao ato sexual contra a vontade, e que a exponha em interações sexuais que propiciem sua vitimização. A psiquiatra e professora universitária Lisieux Telles fez sua exposição a partir desse conceito, e apresentou dados, artigos científicos, matérias jornalísticas e relatos obtidos fruto de sua atuação profissional. De acordo com a docente e pesquisadora, o comportamento de agressão sexual é progressivo, ampliando o nível da violência com o tempo, o que tira de questão uma ação extemporânea, motivada por problemas emocionais pontuais. “A violência sexual não é um crime de impulso. Ela é fruto de algo premeditado. Serve muito mais para atender à necessidade de exprimir raiva, o que é relatado por 95% dos indivíduos, mostrando que a agressão é maior que o desejo sexual”, alertou.

Dados

Fatores de risco – agressor

Conferência Marista contra a Violência Infantil

Professora e psiquiatra Lisieux Telles / Foto: Bruno Todeschini

As pesquisas nacionais e internacionais convergem em apontar que os antissociais correspondem a 84% dos agressores. Os estupradores, apontam os estudos, são sociopatas, demonstram insegurança quanto à sua sexualidade e apresentam tendências sádicas. Em relação ao incesto, os dados apontam que este ato lidera as agressões a crianças. Pais (41%), padrastos (20%), tios (13%) e primos (10%) correspondem, nesta ordem, aos principais abusadores. Quando interrogados quanto ao crime ou em tratamento psiquiátrico, alegam motivações emocionais e, em grande parte das vezes, atribuem a culpa às crianças. A psiquiatra concluiu afirmando que “a pedofilia tende a ser crônica, sendo um impulso perverso que não passa – apenas se atenua – com a idade ou com tratamentos para a impotência sexual. É bom estar atento, pois um pedófilo sempre será um pedófilo”, asseverou.

Para o educador social Rodrigo Mainardo, do Serviço de Abordagem Social Calábria, a conferência foi importante no sentido de promover o debate e a conscientização sobre o abuso e exploração sexual. “Os temas foram apresentados de maneira clara, o que contribui no processo de mobilização e sensibilização da Rede de Atendimento e Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. Também fomenta os profissionais envolvidos a convocarem toda a sociedade a participar da luta em defesa dos direitos deste público, para que possam se desenvolver forma segura e protegida, livres do abuso e da exploração sexual”, avaliou.

Mais informações sobre o evento podem ser conferidas neste link.

Denúncias

O Disque 100 funciona diariamente, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel (celular), bastando discar 100. O serviço atende graves situações de violações aos direitos humanos que acabaram de ocorrer ou que ainda estão em curso, acionando os órgãos competentes, possibilitando o flagrante. Para identificar casos de violência sexual infanto-juvenil, a Rede Marista elaborou um vídeo com orientações a respeito.

Conferência Marista, Escola de Direito, debateA primeira Conferência Marista sobre Enfrentamento à Violência Sexual Infanto-Juvenil acontece no dia 31 de maio, sexta-feira. Em homenagem ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infanto-Juvenil, o encontro busca conscientizar sobre a violência sexual contra jovens. Psicólogos, psiquiatras e juristas se reúnem no auditório do Prédio 11 do Campus (Avenida Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre) para discutir o perfil dos agressores, impactos na saúde mental dos abusados e serviços de acolhimento às vítimas. A conferência é uma parceria entre o Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Escola de Direito da PUCRS. O evento é aberto ao público, gratuito e tem início às 8h. As inscrições são limitas e podem ser feitas até 29 de maio, através do link.

Confira a programação completa:

Credenciamento – 8h

Abertura oficial – 8h20min

Anatomia da violência sexual – Perfil psicológico e comportamental do agressor – 8h30min
Palestrante Lisieux Elaine de Borba Telles 

Perfil do Abusador sob a ótica da investigação – 9h10min
Palestrante Luiz Walmocyr Jr 

Intervalo – 9h50min

Os impactos do abuso sexual infantil na saúde mental do abusado – 10h
Palestrante Maria Lucrécia Scherer Zavaschi

O olhar do Sistema de Justiça à Criança e ao Adolescente Vítima – 10h50min
Palestrante Maria Regina Fay de Azambuja

Painel de perguntas – 11h35min
Mediador Carlos Kremer

Encerramento – 12h

Compromisso com a proteção da vida

Na busca pela garantia dos direitos desses jovens, a Rede Marista conta com o trabalho do Centro Marista de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente desde 2018. O órgão é responsável por ações de formação e conscientização, como debates, palestras e visitas aos órgãos públicos vinculados à proteção infantil. Ainda, elabora materiais com orientações para auxiliar na identificação e resolução do problema. O contato com a equipe do Centro pode ser feito presencialmente, na Fundação Irmão José Otão, no prédio 2 do Campus, através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (51) 3205-3107.

 

 

 

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Os estudantes precisaram defender seus argumentos em inglês. Foto: Divulgação Escola de Direito

A equipe de Mediação da PUCRS conquistou o primeiro lugar nas categorias de Melhor Advogado e Melhores Memoriais Escritos durante o 2019 CPR International Mediation Competition, ocorrido nos dias 5 e 6 de abril. O evento, promovido pelo International Institute for Conflict Prevention & Resolution, realiza competições de mediação (técnica extrajudicial de resolução de conflitos) em inglês entre universidades de todo o mundo. A disputa, que reuniu 18 instituições de ensino superior no Centro de Arbitragem e Mediação, em São Paulo, é a única de caráter internacional a ocorrer na América Latina.

Network e preparação

Além das faculdades de Direito brasileiras, estiveram presentes representações dos Estados Unidos, Índia e Quênia. De acordo com Andressa Garcia, 28 anos, coach de mediação da PUCRS, o concurso é uma excelente forma de gerar trocas culturais e explorar possibilidades no mercado. “As diferenças de cultura refletem na forma como os conflitos são conduzidos por cada time, e os integrantes adoram conhecer as realidades uns dos outros fora do processo, descobrir coisas em comum e peculiaridades”, comenta.

Os times assistiram, no dia 4 de abril, a palestras relacionadas ao desafio proposto. Divididas em dois ciclos de três painéis, as apresentações foram conduzidas por nomes importantes da mediação e negociação internacional, como Thomas Valenti, Denise Shaw, Monica Costa, Adriana Braghetta, Clare Connellan e Olivier Andre. A meta era aperfeiçoar habilidades e fornecer uma visão profissional sobre o problema.

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O time da PUCRS comemorou a conquista dos prêmios de Melhor Advogado e Melhores Memorais. Foto: Divulgação Escola de Direito

Quem frequenta as competições está em contato direto com o mercado de mediadores. Conforme Alessandra, os eventos são uma porta de entrada para aqueles que pretendem atuar na área. “É um ambiente onde cruzamos com muitas pessoas, temos acesso à muitas ideias. Vindo todos os anos, acompanhamos os projetos nascendo, saindo do papel e decolando”. Em ascensão no Brasil, as mediações são hoje realizadas no âmbito do Poder Judiciário e em Câmaras Privadas de Mediação e Arbitragem.

Desafio, competição e resultados

Para Daniela Raad, 28 anos, advogada e também coach da equipe de mediação, o principal desafio dos times brasileiros é articular suas estratégias em inglês. “Montar um plano complexo, mas com espaço para improvisar e ter jogo de cintura, tudo em outra língua, é um aprendizado muito significativo”. As universidades se enfrentam nas posições de requeridas, requerentes e mediadoras, em duplas predefinidas. A PUCRS avançou até as oitavas de final, concorrendo com a Universidade de Harvard e Universidade de São Paulo e trouxe para casa os prêmios de Melhor Advogado, conquistado pela oradora Ana Vitória Zanatta, e Melhores Memoriais escritos.

“Um reconhecimento desses tem um peso importante para a Escola de Direito e para os nossos membros”, esclarece Daniela. De acordo com a advogada, as premiações indicam o alto nível do currículo da Escola e dos estudos realizados pelo grupo. “Estávamos competindo com Universidades de muita tradição e renome no mundo e ainda assim nos destacamos”, comemora. A conquista de Ana Vitória, ainda que individual, foi celebrada por todos. “É muito empenho, apostamos muito uns nos outros, voltar com dois títulos é gratificante e inspirador”, festeja.

Mediação, Negociação e Arbitragem

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Os participantes são alunos e diplomados PUCRS. Foto: Divulgação Escola de Direito

Alternativas para solucionar conflitos de forma extrajudicial, as técnicas de mediação, negociação e arbitragem se popularizaram nos últimos anos. Entre as vantagens dos métodos, estão a possibilidade de resolver as divergências sem a necessidade da presença de um magistrado e a diminuição do número de processos em curso na justiça, impactando diretamente na velocidade e eficiência do sistema jurídico.

Estudantes de graduação da PUCRS interessados no tema e na preparação para competições podem participar dos grupos de estudos ofertados pela Escola de Direito ou inscrever-se na disciplina Alternative Dispute Resolution: Mediation, Arbitration and Conciliation, que ocorre às sextas-feiras, das 8h às 10h40min, no espaço do Idear, sala 210 do Living 360

Fé e Cultura, Pastoral, Escola de DireitoCom o objetivo de refletir sobre a sociedade atual e os princípios da fé cristã, o Centro de Pastoral e Solidariedade da PUCRS organiza um bate-papo nesta segunda-feira, dia 1º de abril, sobre Políticas públicas e pena de morte – diálogos entre o Direito e o Catolicismo. A atividade é uma parceria com a Escola de Direito e será conduzida pelo professor Marcos Eberhardt, valendo horas complementares para estudantes. O encontro acontece no auditório térreo do prédio 11 (Avenida Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre), das 18h às 19h30min. Inscrições podem ser feitas através do link. Mais informações pelo telefone (51) 3320-3506 ou pelo site.

Fé e Cultura

A partir de 2019, as edições do Fé e Cultura acontecem em parceria com as Escolas da PUCRS. A proposta é desenvolver o pensamento crítico da comunidade acadêmica sobre realidades contemporâneas e os pontos de contato entre a ciência e fé, com orientação de professores com domínio dos assuntos.