Pesquisadora da Escola de Direito traz esclarecimentos sobre o tema
O cyberbullying surgiu como uma evolução do bullying, consistindo na prática deste no ambiente virtual/ Foto: Giordano Toldo
O bullying é uma prática extremamente nociva e, infelizmente, bastante comum entre crianças e adolescentes em ambientes de convivência dessas faixas etárias, como escolas. O bullying consiste basicamente em perseguição, humilhação e agressão sistemáticas contra um indivíduo. Porém, com o avanço da internet e das redes sociais, principalmente entre os mais jovens, contribuiu para que se originasse um tipo mais específico dessa prática: o cyberbullying.
O cyberbullying nada mais é do que as práticas do bullying cometidas em espaços virtuais, como redes sociais e aplicativos de mensagens, e já apresenta números alarmantes: segundo uma pesquisa realizada em 2022, pela McAfee Corp, 22% das crianças e adolescentes brasileiros admitiram já ter praticado cyberbullying com alguém conhecido – número que se assemelha à média global, que é de 21%.
Regina Linden Ruaro, professora e pesquisadora da Escola de Direito da PUCRS, realiza estudos acerca da temática do cyberbullying e de como este é tratado no meio jurídico: “Nossas pesquisas abarcam o aspecto do direito constitucional pelo princípio da dignidade da pessoa humana, pelo livre desenvolvimento da personalidade, pela proteção da intimidade, privacidade e dos dados pessoais seus contornos e consequências pela infringência”, explica ela. Conversamos com a docente para entender mais sobre o cyberbullying e como combatê-lo.
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Conforme reitera a pesquisadora, o bullying começou a evoluir para o cyberbullying a partir do surgimento da internet, das redes sociais e dos smartphones. Ela ainda acrescenta que há alguns fatores que agravam o problema, como:
Uma das principais diferenças do cyberbullying em relação ao bullying convencional é que o primeiro não se limita a um espaço físico, sendo próprio de ambientes virtuais. O bullying praticado em escolas, por exemplo, costuma ter seu combate delegado à própria instituição e às famílias. Na esfera do cyberbullying, a escola também pode agir.
Combate ao cyberbullying também é dever da escola/ Foto: Unsplash
“Muitas vezes, a prática se origina por fatores que vêm do interior da escola. Assim, apesar de não poderem vigiar os e-mails e smartphones, deve-se adotar políticas de prevenção através de medidas educativas. Além disso, a escola também deve fazer a apuração dos casos que são levados a seu conhecimento ou onde haja a suspeita que determinado/a aluno/a esteja sofrendo bullying ou cyberbullying, sob pena de ser responsabilizada na forma da Lei caso não o faça”, esclarece.
Ela pontua que há outros respaldos na lei, como o Art. 932, que diz que “são também responsáveis pela reparação civil, inciso IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos”.
No caso de escolas, aplica-se o Código de Defesa do Consumidor (CDC) bem como o que dispõe o código civil no acaso da responsabilidade a qual se apresenta a culpa pela falta de vigilância e da adoção das medidas capazes de evitar ou corrigir. Há quem defenda também a responsabilidade prevista no artigo 37, § 6º da Constituição Federal no que concerne às Escolas Públicas.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
É notório que o bullying possui consequências extremamente nocivas para quem sofre com ele, como a sensação de menosprezo por si mesmo/a, impacto na vivência prática do dia a dia e prejuízo no livre desenvolvimento da personalidade. Mas o que leva essa prática a ser cometida? O cyberbullying, bem como a do bullying em geral, se dá quando os “valentões”, ou “bullies” querem se impor, muitas vezes para se colocarem como os mais fortes de um grupo, e querem fazê-lo por meio da violência, ultraje, difamação e calúnia reiterada, por exemplo. Para Ruaro, são pessoas que têm sentimentos negativos dentro de si e, ao invés de dialogar, preferem transformá-los em violência. Nesses casos, os jovens sabem o que estão fazendo, mas nem sempre é o caso.
“Algumas vezes os jovens não têm consciência da prática. Em outras, apesar de constatarem que estão causando violência e sofrimento, não se importam com o sentimento do/a colega. Há também a falta de conhecimento da repercussão legal para os próprios jovens, seus pais ou responsáveis e escola. Muitos jovens acreditam que estão apenas ‘zoando’ com o/a colega”, pontua.
No que se refere ao combate ao cyberbullying na esfera da lei, a professora afirma que já há movimentos em relação às plataformas digitais para regular a responsabilidade e as medidas impeditivas da proliferação da violência. Em sua pesquisa, a docente atesta que, de fato, devem ser adotadas as medidas previstas na Lei 13.185/15, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, e conceitua o bullying e o cyberbullying, afinal, é necessário reprimir as práticas com a utilização dos mecanismos que a atual legislação prevê.
A lei possui recursos para aplicar as devidas penalidades contra quem pratica cyberbullying, afirma Regina Linden Ruaro, docente da Escola de Direito/ Foto: Arquivo pessoal
“Associado a isto, está o fato de que a internet não é terra sem lei e, enquanto não houver uma legislação específica punitiva no âmbito do mundo virtual, se é que há essa necessidade, pois ainda não chegamos a uma conclusão, a legislação atual nos crimes contra a honra se aplica”, acrescenta ela.
Quanto às penalizações, Ruaro explica que elas podem ser tanto penais quanto civis. Embora não haja uma lei específica para a repressão do cyberbullying, pode ser aplicado o código penal, na incidência dos crimes de ameaça ou grave ameaça, injúria, injúria grave, injuria racial, difamação, calúnia e perseguição (stalking). Já no âmbito civil, há a aplicação de incidência de dano moral ou material e a consequente responsabilidade. Os procedimentos da Justiça variam dependendo de fatores como: se a esfera for penal ou civil e se o jovem for maior de idade ou não.
A professora também dá algumas dicas de como conduzir o assunto com os jovens, a fim de prevenir práticas e efeitos nocivos advindos do bullying e do cyberbullying:
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O cyberbullying é um exemplo claro de como a sociedade – e seus problemas – vão se transformando com o avanço das novas tecnologias. A resolução desses problemas modernos exige profissionais inovadores e conectados com a realidade atual. A graduação em Direito da PUCRS proporciona aos/as alunos/as uma experiência única, multidisciplinar e conectada com as necessidades do mercado atual. Por meio do desenvolvimento de competências técnicas e humanas, o curso prepara os/as estudantes para atuar nas mais diversas áreas e resolver problemas complexos e reais da atualidade.
O professor e pesquisador da Escola de Direito Ingo Wolfgang Sarlet foi homenageado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) durante o Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Direito, realizado na Universidade de São Paulo (USP), no final do mês de março. Sarlet foi reconhecido pela sua atuação como representante da área entre 2018 e 2019, e por participar da comissão de avaliação de trienais e quadrienais desde 2004.
O encontro reuniu os representantes da Área do Direito na CAPES. A homenagem foi voltada àqueles que marcaram a história do Direito ao longo dos anos e participaram da construção e aperfeiçoamento dos critérios da avaliação dos programas de pós-graduação na área.
Para o pesquisador, que atualmente coordena o Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS (PPGD), o destaque representa “um sentimento de dever cumprido e reconhecimento por um trabalho de elevada responsabilidade, com significativo dispêndio de tempo”.
Para Sarlet, a pós-graduação em Direito no Brasil tem evoluído muito, seja na perspectiva quantitativa (hoje são cerca de 130 Programas, incluídos cerca de 50 cursos de doutorado) ou qualitativa. Em termos de distribuição regional ainda persistem assimetrias, mas a oferta de muitos Mestrados e Doutorados Interinstitucionais – MINTER e DINTER – alavancou de modo significativo o surgimento de novos programas.
“Tanto o PPGD, quanto o Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da PUCRS, tem contribuído muito nesse processo, com a oferta de MINTER e DINTER nas regiões Norte e Nordeste (Rondônia, Maranhão, Piauí e Alagoas). Houve avanços decisivos também com relação ao controle na aprovação de propostas de cursos novos, assim como na ficha de critérios e exigências para as avaliações da CAPES”, comenta.
Outro aspecto destacado pelo coordenador é o aumento gradual das notas (conceitos) obtidos pelos programas em Direito nas avaliações da CAPES. No caso dos dois programas da Escola de Direito da PUCRS, ambos têm reconhecida excelência e reputação nacional e internacional, com nota 6 (Direito) e 5 (Ciências Criminais).
Ingo Wolfgang Sarlet é jurista, advogado e ex-magistrado brasileiro, professor titular de direito constitucional e coordenador do PPGD da Escola de Direito da PUCRS, além de atuar como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da mesma Escola. Foi pesquisador e professor visitante em várias Universidades estrangeiras (EUA, Portugal, Alemanha e Espanha). Foi Juiz de Direito e Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (TJ-RS), tendo composto também o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS).
Conhecido principalmente por seus trabalhos acadêmicos sobre direito constitucional, direitos humanos, direitos fundamentais, dignidade da pessoa humana e direito ambiental, é membro catedrático da Academia Brasileira de Direito Constitucional. É pesquisador produtividade do CNPQ, foi pesquisador destaque FAPERGS para a área de humanidades em 2011.
Autor de mais de duzentas e cinquenta publicações entre livros próprios, coordenação de obras coletivas, capítulos de livros e artigos em periódicos no Brasil e no exterior, em diversos países e línguas. Tem sido apontado como o autor mais citado no Brasil na área de direito público no Google Scholar, atualmente com mais de 28 mil referências.
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A Escola de Direito da PUCRS realizará uma sessão de julgamento em parceria com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Será no dia 7 de março, às 9h30, no Teatro do Prédio 40. O caso trata-se de uma tentativa de homicídio, ocorrida em Porto Alegre, em 18 de julho de 2019.
O plenário contará com a presença da Juíza Titular da 4ª Vara do Júri, Cristiane Busatto Zardo, sete jurados, advogados do réu e representante do Ministério Público.
A iniciativa faz parte de uma parceria inédita firmada entre a Escola de Direito da PUCRS e o TJRS e é mais uma oportunidade para que os estudantes vivenciem a prática da profissão ao longo de todo curso. A ação conta com a coordenação dos professores da Escola de Direito da PUCRS Sandro André Bobrzyk, Elton Somensi de Oliveira, Marco Félix Jobim, Marcelo Machado Bertoluci e Marcos Eberhardt.
“O nosso curso de Direito da PUCRS se destaca pela presença da prática em todo o percurso formativo. A Sessão de Julgamento da 4ª Vara do Júri é uma dessas atividades que envolvem os nossos discentes, desde o primeiro semestre, em vivências de prática real. É um pouco do que o Mundo PUCRS proporciona”, destaca o professor Marcos Eberhardt, coordenador do Núcleo de Prática Jurídica da PUCRS.
De acordo com o professor Marcelo Machado Bertoluci, coordenador do Núcleo de Ciências Criminais e Segurança Pública da PUCRS, a realização da sessão de julgamento na Escola de Direito da PUCRS é uma grande oportunidade para alunos e professores.
“A iniciativa representa uma excelente chance para vivenciarmos a experiência de um dos ritos e símbolos mais importantes do Direito e da cidadania, com a apresentação de várias possibilidades de atuação profissional no mundo jurídico”, ressalta.
Em 2022, a PUCRS recebeu outras duas sessões com caráter didático e explicativo, em parceria com o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e com a 17ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Este ano, a Universidade contará com outras sessões que ainda não estão com datas definidas.
A sessão é aberta ao público e, para participar, os interessados podem se inscrever aqui.
A empatia é descrita como a capacidade das pessoas se colocarem no lugar das outras, sentir o que o outro está sentindo ou conseguir entender através de outras perspectivas. Já a compaixão é o desejo de diminuir o sofrimento do outro, ou seja, se motivar e agir para aliviar alguma situação negativa que esteja acontecendo com o próximo. Essas atitudes capazes de enriquecer as relações e as experiências afetivas em sociedade, são historicamente assuntos estudados pela Filosofia e pela Psicologia, porém mais recentemente o professor e pesquisador da Escola de Direito da PUCRS Fabio Roberto D’Avila vem desenvolvendo estudos inéditos que unem as duas características com Direito Penal.
Com sua pesquisa intitulada Empatia e Compaixão no Direito Penal: Estudos a Partir da Neurociência Cognitiva do Fundamento Onto-antropológico do Direito Penal, o docente apresenta descobertas da neurociência cognitiva sobre as noções de empatia e compaixão para buscar desdobramentos para o direito penal nos processos de conformação do crime e da pena.
Para o pesquisador, os grandes problemas penais da atualidade precisam da compreensão que o Direito não é apenas um instrumento, mas também, um legado de direitos e garantias que conformam um dado estado civilizacional. Com isso, a pesquisa conduzida no Grupo de Pesquisa em Direito Penal Contemporâneo do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da PUCRS parte do fundamento onto-ontropológico, que recoloca o ser-pessoa no centro do entendimento jurídico-penal e propõe o desenvolvimento de um Direito Penal do Cuidado.
As primeiras investigações neurocientíficas sobre empatia e compaixão foram imediatamente associadas aos campos da economia, saúde, educação e não ao Direito ou ao Direito Penal. Porém, conforme explica o docente, os pontos em contato que unem os estudos de neurociência cognitiva e Direito Penal estão nas resoluções sobre a condição humana e a forma como as pessoas se veem e se relacionam em sociedade.
D’Avila complementa que, enquanto os estudos de neurociência cognitiva se debruçam sobre o comportamento humano, sobre a forma de pensar e agir, o Direito Penal formula proposições e respostas a partir justamente de uma dada compreensão do ser do humano e da sua expressão em comunidade. Desta forma, a empatia e a compaixão surgem como elementos-chave para uma melhor compreensão do ser de estar no mundo e, com ela, de toda uma série de possíveis desdobramentos que afetam diretamente o Sistema de Justiça Penal.
Com isso, a pesquisa desenvolvida na PUCRS parte de descobertas da neurociência cognitiva na abordagem sobre a presença do outro na vivência individual e comunitária, tanto o fenômeno do contágio emocional, quanto as comprovações que afirmam a importância da empatia e da compaixão nas relações sociais. Essas noções foram ponto de partida para o desenvolvimento dos estudos que unem o fenômeno empático com a perspectiva do Direito e do Direito Penal.
Primeiramente, conforme apresentado na pesquisa, entender a empatia e compaixão permite uma nova visão, outra concretude e densidade a toda uma forma de compreender a presença humana no mundo. Entendimento que comprova o esgotamento de determinados modelos explicativos da condição comunitária e reivindica a ascensão de um novo Modelo de Pessoa (Menschenbild).
“Seria um Modelo de Pessoa já não mais centrado em interesses individuais, mas construído a partir de um outro que também sou eu, a inaugurar novos olhares sobre a nossa condição humana em sociedade. Ou seja, um necessário e definitivo passo no caminho de uma melhor compreensão da nossa existência e do sentido que essa existência reclama”, complementa.
Outra conclusão apresentada no estudo explica que a forma pela qual as respostas empáticas do cérebro são moduladas, a denotar defeitos de empatia, lança luz sobre dimensões invisíveis do Direito. Desta forma, o tema se destaca de forma relevante sobre grandes campos da juridicidade penal, como ao processo penal, ao direito penal material, à atuação policial e à questão penitenciária. Conforme explica o professor, em todos estes campos, observa-se pontos especialmente sensíveis a fatores inibidores da resposta empática, a colocar riscos relevantes ao bom funcionamento do Sistema de Justiça Penal.
O Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências Criminais vem se distinguindo, desde a criação do Mestrado em 1997, por inovar profundamente na abordagem dos problemas relacionados ao sistema penal e à violência em sentido amplo. Mais recentemente o curso foi reconhecido pela nota 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Interessados em iniciar uma pós-graduação stricto sensu já podem se inscrever para ingressar na PUCRS em 2023. O processo seletivo está aberto para 20 programas de mestrado e doutorado em diferentes áreas, até o dia 2 de dezembro. mundo precisa de você em uma das melhores Universidades da América Latina, inscrições abertas para 2023/1, acesse.
Na PUCRS, alunos que atuam no Balcão do Consumidor – espaço que atende gratuitamente quem busca a resolução de problemas nas relações de consumo – farão o acolhimento, coleta de documentos, entre outros andamentos. Posteriormente, encaminharão os casos para a Câmara de Conciliação da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul (DPE/RS), que fará sessões presenciais e virtuais visando a repactuação das dívidas.
O desemprego e os inúmeros reflexos da crise econômica fizeram com que muitas pessoas passassem a contrair dívidas e não conseguissem mais arcar com os pagamentos. Pensando neste público, a DPE/RS e a PUCRS firmaram um Termo de Cooperação para aumentar o atendimento a pessoas endividadas no Rio Grande do Sul.
Conforme o Termo, o trabalho será feito em conjunto entre as duas instituições. O acordo foi assinado na Câmara de Conciliação Cível e contou com as presenças do Reitor da Universidade, Evilázio Teixeira, do Decano da Escola de Direito, professor Sandro Andre Bobrzyk, da subdefensora pública-geral para Assuntos Institucionais, Melissa Torres Silveira, da coordenadora da Câmara, defensora pública Ana Carolina Sampaio Pinheiro de Castro Zacher e do defensor público, professor da Escola de Direito da PUCRS, Felipe Kirchner.
“A ideia principal desse Termo é unir esforços para atender o público mais vulnerável. Além disso, o trabalho em conjunto fomentará ainda mais o aprendizado dos alunos”, destacou a coordenadora da Câmara de Conciliação Cível.
O projeto da Escola de Direito da PUCRS realiza atendimento aos cidadãos e empresas em relação de consumo que não obteve êxito na relação contratual. É uma iniciativa realizada a partir do convênio realizado em 2017 entre a PUCRS e o PROCON RS, que objetiva a resolução de eventuais reclamações nas relações de consumo, com base no Código de Defesa do Consumidor. Qualquer pessoa que resida no Rio Grande do Sul pode usufruir do serviço. O atendimento aos consumidores é presencial e ocorre nas quartas-feiras das 11:30 às 13:30 ou das 16:00 às 18:00 (mediante agendamento), no prédio 8, sala 134. Confira informações completas sobre o serviço.
Quem nunca ficou aflito com um filme de tribunal? Tramas que envolvem um júri e investigações costumam prender a atenção do espectador, que fica na torcida para que a justiça seja feita ao final. Essas produções, que trazem muitas questões que envolvem assuntos estudados na Escola de Direito, além serem uma boa opção de entretenimento, apresentam dilemas que provocam muitas reflexões sobre o que é justo. Para você, que quer saber por onde começar a desbravar esse tema no cinema, o professor Marco Félix Jobim, coordenador do núcleo de Direito Processual Civil, dá algumas sugestões. Confira:
1. Terra fria (2005), de Niki Caro
Josey Aimes é uma mãe solteira que faz parte do grupo das primeiras mulheres a trabalharem em minas de ferro, em Minnesota. Considerada uma situação inadequada para a época conversadora, os homens ficam ofendidos por terem que trabalhar com mulheres.
“Uma aula sobre relações de trabalho e assédio moral e sexual. É baseado na primeira ação coletiva sobre o caso de assédio numa mineradora”.
2. 12 homens e uma sentença (1997), de William Friedkin
Após ser acusado de assassinato, o destino de um adolescente está nas mãos do júri, formado por 12 indivíduos. Enquanto estão trancados em uma sala tentando tomar uma decisão, 11 votam pela condenação, mas um acredita na inocência do jovem e tenta convencê-los a mudar seus votos.
“Espetacular filme, que mostra os bastidores do que pode ser uma decisão tomada em um tribunal de júri”.
3. O julgamento de Nuremberg (2000), de Yves Simoneau
Filme sobre os julgamentos realizados em Nuremberg, na Alemanha, após a Segunda Guerra Mundial, para decidirem o destino de oficiais nazistas pelos crimes cometidos nos campos de concentração.
“Aula espetacular sobre os princípios do juiz natural e da vedação da criação de tribunal de exceção”.
4. A qualquer preço (1999), de Steven Zaillian
Baseado em acontecimentos reais, conta a história de Jan Schlichtmann, um advogado que se envolve em uma campanha a favor de famílias em Massachusetts que perderam seus filhos por causa de poluição tóxica na água.
“Filme espetacular para o estudante compreender o tema da responsabilidade civil na prática, ainda mais no que concerne à construção do nexo de causalidade numa causa”.
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5. Justiça para todos (1979), de Norman Jewison
Filme com Al Pacino, no qual interpreta um advogado “convidado” a defender um – juiz com o qual já teve desentendimentos – acusado de estupro. Em retribuição, o juiz promete colocar em liberdade um cliente inocente que está preso.
“Grande interpretação de Al Pacino como advogado que coloca a ética como princípio basilar da atividade advocatícia”.
No curso de Direito da PUCRS são oferecidas diferentes atividades práticas e disciplinas que integram a prestação de serviços importantes para a comunidade, a preocupação com o impacto social, além do desenvolvimento de habilidades técnicas e humanas. Se interessou? Anota na agenda: o Vestibular da PUCRS já tem data – nos dias 5 e 6 de novembro, os portões do Campus estarão abertos esperando por você. Não quer perder nenhuma novidade sobre o Vestibular? Manifeste o interesse pelo site: https://pucrs.apprbs.com.br/vestibular20231/.
Entre os dias 3 e 7 de outubro acontecerá o 23º Salão de Iniciação Científica (SIC) da PUCRS, o encontro que visa proporcionar o intercâmbio de conhecimento e resultados das pesquisas desenvolvidas pelos/as bolsistas de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores. As inscrições estão abertas até o dia 12 de setembro através do link. Na PUCRS, muitos/as estudantes se envolvem com projetos de pesquisa com professores e alunos/as de pós-graduação de diferentes áreas do conhecimento. A oportunidade proporciona a conexão com a pesquisa científica, explorando na prática diferentes métodos, assuntos e possibilidades.
A universidade conta com a participação de diversos/as estudantes de graduação, que se destacaram ao longo de sua trajetória em grupos e laboratórios de pesquisa. Saiba de que forma o Programa de Iniciação Científica influenciou na jornada profissional e acadêmica de alguns destes alunos:
O estudante da Escola de Humanidades Guylherme Rodrigues Selli desenvolveu o projeto Ambientes de inovação e sinergia: inteligência geoespacial aplicada à captação e mapeamento de talentos na PUCRS, que recebeu a Premiação de Trabalho Destaque na última edição do SIC. O aluno se destacou desde os primeiros semestres do curso, quando foi convidado por um dos seus professores de sala de aula para ingressar na iniciação científica como bolsista. Atualmente, Guylherme está em seu último semestre e participou do programa por dois anos. De acordo com o estudante, esta oportunidade permitiu que ele conhecesse ainda mais sua área.
“Graças ao contato que tive com a pesquisa, pude conhecer ainda mais na prática quais são as possibilidades que tenho profissionalmente na minha área. Com isso, consegui definir meu foco no ramo de Agronomia, Agronegócio e Tecnologia, depois de aprender mais sobre utilizar softwares e desenvolver autonomia ao longo destes anos na Iniciação Científica”, destacou o aluno.
Pedro Antonio Fiori, estudante da Escola de Direito, também recebeu o reconhecimento de Trabalho Destaque no SIC 2021, com o projeto Trabalho e Previdência em situação de calamidade – altos estudos em tempos de emergência sanitária por Covid-19. O aluno conta que seu interesse com a pesquisa existe desde o início da faculdade, quando resolveu buscar por conta própria se envolver com a iniciação científica. Nesta busca, entrou em contato com a professora Denise Pires Fincato, que logo se tornou sua orientadora. Desde 2020 envolvido com o Programa, o estudante desenvolveu diversos projetos relacionando as leis trabalhistas e a pandemia de Covid-19, sempre em contato com outros colegas e profissionais da área.
“A experiência da Iniciação Científica proporciona o contato próximo com o professor e com outros colegas que estão no mestrado e doutorado. Essa aproximação proporciona bastante aprendizado de desenvolver projetos com pessoas que já atuam profissionalmente na área, tudo isso estando na graduação, por isso se torna uma experiência rica e única que a PUCRS oferece”, ressaltou o estudante.
A aluna da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Júlia Maria Kuhl da Silva se destacou por sua atuação com o projeto Efeitos da berberina sobre os déficits cognitivos e comportamentais induzidos por crises convulsivas em peixe-zebra. A estudante ingressou na iniciação científica através de uma colega de turma que avisou de uma oportunidade para bolsista de iniciação científica. Sem conhecer muito sobre a área científica, a aluna resolveu ingressar no programa, participando por mais de três anos em diversos projetos de pesquisa, com orientação da pesquisadora Carla Denise Bonan. Nesta trajetória, Júlia pôde trabalhar com colegas de variadas áreas e projetos em diferentes campos da Biologia.
“A Biologia é uma área muito ampla, tem diversos nichos diferentes do que fazer. Essa experiência me ajudou muito a definir o que eu gosto, conhecer novas áreas e explorar diferentes possibilidades. Além disso, trabalhar com colegas engajados e que se apoiam faz toda a diferença para desenvolver o espírito de equipe e autonomia que vão fazer diferença profissionalmente”, comentou a estudante.
O aluno Arthur Angonese, da Escola de Medicina, desenvolveu o projeto Identificação dos Mecanismos e das Alterações Celulares pela Infecção com SARS-CoV-2 – Um estudo In Vitro. Seu interesse na área de pesquisa veio desde sua infância por influência familiar do seu pai, que desenvolve estudos na área de Tecnologia. Com isso, o estudante buscou a iniciação científica desde seu primeiro momento na graduação, quando encontrou a oportunidade de atuar como bolsista do programa no Laboratório de Biologia Molecular, com a orientação da pesquisadora Denise Cantarelli Machado. Desde então, Arthur se envolve há mais de dois anos em atividades de pesquisa com outros pesquisadores da área.
“Com a iniciação científica pude me aproximar dessa rotina de pesquisa, escrever artigos, conviver com colegas da área e ter aproximação com áreas e professores que me incentivam diretamente. Com essa experiência ficou muito claro que eu quero seguir nessa área de ciência e docência”, finalizou.
Para qualificar ainda mais as práticas acadêmicas para o início do semestre letivo, entre os dias 23 e 25 de fevereiro acontece o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico da PUCRS. Realizado anualmente pela Pró-Reitoria de Graduação e Educação Continuada (Prograd), o encontro reúne os diferentes públicos internos da Universidade para discussões sobre temas institucionais relevantes, buscando convergências e alinhamentos frente aos cenários educacionais em transformação. A programação ocorrerá em formato híbrido, com atividades presenciais e online.
A abertura do encontro acontece às 10h do dia 23, pelo canal da PUCRS no YouTube, e será realizada pelo reitor Ir. Evilázio Teixeira. Também participam o vice-reitor da PUCRS, Ir. Manuir Mentges; a pró-reitora de Graduação e Educação Continuada, Adriana Justin Cerveira Kampff; o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Carlos Eduardo Lobo e Silva; o pró-reitor de Identidade Institucional, Ir. Marcelo Bonhemberger; o pró-reitor de Administração e Finanças, Alam de Oliveira Casartelli; e o capelão Carlos Gustavo Haas.
“Estamos prestes a iniciar o primeiro semestre letivo de 2022. Um novo começo é sempre marcado pela preparação para aquilo que vamos experimentar. Por isso, nesses dias de Seminário de Desenvolvimento Acadêmico, o convite é para que tomemos consciência pessoal para o recomeço, recebamos as informações necessárias para o dia a dia e, principalmente, tenhamos a mente aberta para novas aprendizagens que de maneira muito pragmática colocaremos a serviço de nossos estudantes. A programação deste Seminário foi pensada com o foco da retomada plena da presencialidade de modo a estarmos ainda mais habilitados tecnicamente e afetivamente para este momento histórico”, destaca o reitor.
O painel de abertura e algumas atividades estão disponíveis para participação de toda comunidade universitária. A programação também conta com atividades direcionadas por Escola e painéis com temáticas direcionadas a públicos específicos, envolvidos estrategicamente em determinados temas.
Entre as atividades estão painéis sobre internacionalização, educação corporativa, engajamento e permanência no Ensino Superior e educação empreendedora. Mais informações sobre o evento e a programação completa estão disponíveis no site do Seminário de Desenvolvimento Acadêmico.
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A Equipe de Arbitragem da Escola de Direito da PUCRS participou, entre os dias 22 e 24 de outubro, da 12° edição da Competição Brasileira de Arbitragem. Em abril, um caso havia sido apresentado para os alunos e alunas participantes. A partir de então, os estudantes elaboram memoriais escritos e participaram de rodadas orais, enfrentando equipes de diferentes partes do país.
Nas etapas regionais, a PUCRS foi considerada campeã da Competição Regional Norte, na qual a estudante Marina Fischer recebeu o prêmio de melhor oradora e Giovana Torres menção honrosa, e também e classificou-se em primeiro lugar nas rodadas gerais da Competição Sul, na qual Marcelo Bitencourt foi considerado melhor orador e Eduardo Pacheco recebeu o terceiro lugar na mesma categoria. Já na competição nacional, a equipe avançou até as quartas de final.
A arbitragem é um método utilizado para a resolução extrajudicial de conflitos. Nele, as partes envolvidas na disputa elegem um ou mais árbitros da sua confiança para decidir sobre o caso. O árbitro não necessariamente precisa ser graduado em Direito, basta possuir capacidade para ocupar a posição.
“Participar de competições como essa é uma prática excelente, pois os alunos não apenas estudam arbitragem, mas também desenvolvem muitas habilidades, como argumentação, resolução de problemas complexos e trabalho em equipe”, explica a professora Gabriela Wallau.
De onde vem a vontade de ajudar o próximo? Para Ana Tiara Moraes, estudante da Escola de Direito da PUCRS, surgiu a partir de um sonho. Nele, Nossa Senhora da Conceição pedia para que Ana estivesse junto a ela e, a partir de então, a jovem passou a buscar uma missão de vida e a cultivar sua espiritualidade.
Para isso, começou a viajar para diferentes destinos: primeiro o Rio de Janeiro, depois, Florianópolis. Na capital catarinense a acadêmica teve seu primeiro contato com o voluntariado, chegou a morar em uma comunidade Hare Krishna e fez muitos amigos. Apesar de ter tido a possibilidade de vivenciar experiências diversas – e ter gostado de ajudar as pessoas – ainda estava em busca de seu propósito. E foi no Centro de Pastoral e Solidariedade que o encontrou:
“Eu precisei sair de Porto Alegre para entender que tudo que eu precisava estava aqui perto de mim, na Universidade e, desde então, participo de diferentes frentes: realizo voluntariado, meditação e, ainda, faço parte da Liga de Saúde e Espiritualidade”, conta Ana.
Sua história com a Pastoral começou durante a pandemia de Covid-19 quando, ao saber que havia a possibilidade de participar de atividades que ajudam pessoas, se inscreveu. A atuação voluntária da estudante está vinculada ao Centro Social Marista de Porto Alegre (Cesmar), que conta com diversas iniciativas a partir de parcerias com escolas e entidades locais. Por conta da pandemia, o trabalho é realizado por meio de ligações telefônicas, com o objetivo de acolher aos jovens atendidos pelo Cesmar neste momento de dificuldades e incertezas.
Para Ana, a palavra que define o voluntariado é amor, por ser algo incondicional que você dá sem esperar algo em troca. Por fim, ela traz uma dica para quem pensa em fazer voluntário: “Procure encontrar as respostas das suas angústias dentro de você, se conheça bem e, então, vá fazer a sua parte em ajudar o outro”.
Neste sábado, 28 de agosto, é o Dia Nacional do Voluntariado, data que celebra a importância da solidariedade. Histórias como a de Ana confirmam essa relevância e lembram a importância de estar disponível para aqueles que necessitam de ajuda, principalmente em um momento tão delicado quanto uma pandemia.
O Centro de Pastoral e Solidariedade atua de forma integrada às unidades universitárias nos âmbitos da espiritualidade, formação e solidariedade, com projetos para alunos, professores, gestores, técnicos-administrativos e diplomados.
Justamente para compreender a relevância da solidariedade, realiza o Voluntariado PUCRS, possibilitando que a comunidade acadêmica doe seu tempo para atividades de educação e bem-estar social e contribuam ativamente na sociedade.
Saiba mais sobre o Voluntariado PUCRS no site da Pastoral.