O conceito de sucesso é relativo. Segundo o dicionário é a “consequência exitosa, positiva, resultado feliz, projeto bem-sucedido”. Para quem ingressa na graduação, a ideia de chegar ao final do curso escolhido com habilidades voltadas à trajetória profissional, uma trajetória profissional pautada em propósito, e maior autoconhecimento é um salto gigante rumo à realização. A jornalista Laura Paré, garota-propaganda que você já viu ou ainda vai ver na tela inicial do Moodle da PUCRS, tem alguns aprendizados sobre carreira para compartilhar.
Formada em Jornalismo pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, Laura teve a oportunidade de se tornar a primeira pessoa da sua família a ingressar no ensino superior, graças ao ProUni, o Programa Universidade para Todos, do Ministério da Educação. Com a bolsa integral, ela pôde vislumbrar um futuro que tinha – literalmente – a sua cara.
Ela, que sempre imaginou que seria a “próxima Glória Maria” da televisão, trabalhando em frente às telinhas, descobriu logo no começo da graduação que não era isso que queria. Com a possibilidade de experimentar diferentes formas de atuação e conhecer profissionais renomados de todas as áreas durante a formação, Laura acabou se apaixonando pela Publicidade.
A jornalista tinha uma missão: descobrir do que ela não gostava. “Eu sempre pensei como que eu poderia ter o maior número de experiências possível dentro do meu curso. Então eu consegui identificar no meu primeiro estágio, em assessoria de imprensa, que também não era aquilo que eu gostava”. Mas ela ainda sentia que precisava testar coisas diferentes e deu o próximo passo.
E logo ao entrar em uma grande agência de publicidade de Porto Alegre, Laura, em suas palavras, “se encontrou”, permanecendo por quase quatro anos na mesma empresa: “Eu vi que, apesar de estar realizando uma formação em Jornalismo, eu poderia trabalhar com Publicidade também, entendendo que a área da comunicação tem migrado cada vez mais para um modelo integrado”.
Depois desse emprego Laura já teve outras oportunidades, que a proporcionam também novas experiências e até um outro estilo de vida. Atualmente ela é pós-graduanda em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela PUCRS e atua atendendo grandes clientes da indústria de cosméticos e cuidados pessoais, em outra agência conhecida nacionalmente.
Para Laura, as experiências acadêmicas reverberam no futuro de diferentes formas, por isso defende a importância da qualificação profissional. Mas ela também enfatiza que cargos e salários são apenas uma parte da importante equação da vida, à qual também devem se somar os pesos de trabalhar com o que gosta, ter realização pessoal e propósito:
“Eu confesso que a minha trajetória profissional é algo que me dá muito orgulho. Porque quando entrei na PUCRS eu trabalhava como vendedora, atuei em duas lojas, e na Universidade, ao longo dos semestres, eu tive a oportunidade de conseguir ingressar na minha área. Essa não é uma realização só minha, mas sim de toda a minha família e de outras pessoas que têm origens parecidas com as nossas”.
Laura acrescenta que é fundamental começar a graduação com a mente aberta. “Eu entrei com várias certezas e logo de cara vi que tinha outras 99 possibilidades. O estágio, por exemplo, é um dos melhores períodos para aprender, desenvolver-se e descobrir o que você gosta muito de fazer e o que não quer fazer depois de se formar, o que é tão importante quanto”, revela.
Já formada, Laura ensina que “a gente precisa olhar para o percurso na graduação por inteiro, aproveitando todas as possibilidades” e lista algumas formas de atingir seus objetivos após a graduação:
Hoje Laura considera que ter contato com a estrutura da PUCRS, que vai muito além do Campus, é um diferencial em seu currículo. “As pessoas reconhecem o valor de estudar aqui, como um todo. De fato, hoje isso impacta nas minhas experiências, tanto em estágio quanto agora depois de formada. É um tipo de ‘selo’ que faz a diferença para o resto da vida”.
A PUCRS já formou mais de 170 mil profissionais nos seus mais de 55 cursos de graduação e se consolidou como referência em empregabilidade e incentivo a qualificação profissional. Ingresse no seu curso dos sonhos e vislumbrar um novo futuro: conheça os cursos da PUCRS!
A professora da Escola de Comunicação, Artes e Desing – Famecos e coordenadora acadêmica do Laboratório Interdisciplinar de Inovação e Empreendedorismo (Idear), Ana Cecília Bisso Nunes, está realizando doutorado em cotutela com a Universidade Beira Interior (UBI) e o Programa de Pós-graduação em Comunicação. Com bolsa CAPES/PDSE, ela desenvolveu parte de seus estudos na UBI entre novembro e junho de 2019. Ana Cecília defendeu os resultados preliminares de sua tese sobre papéis, desafios e resultados de laboratórios de inovação de mídia no encerramento do semestre na UBI, em 21 de junho.
A pesquisa conta com uma parceria da World Association of Newspaper and Newspublisher (WAN-IFRA) e é uma abordagem complementar ao seu projeto de Mapeamento de Inovação de Mídia. Ana Cecília criou um banco de dados de laboratório de mídia e identificou mais de 100 laboratórios de inovação de mídia em todo o mundo, que apresentam características diferentes de acordo com cada região. Segundo ela, a América Latina mostrou um número crescente de laboratórios independentes, especialmente dentro das universidades, enquanto laboratórios corporativos não são tão populares.
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Orientada por Eduardo Campos Pellanda (PUCRS) e João Canavilhas (UBI), realizou a primeira rodada de pesquisas em agosto de 2018 com líderes de laboratórios de mídia, com base principalmente na América Latina, América do Norte e Europa. Dez laboratórios no Brasil, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos responderam à pesquisa e forneceram insights preliminares sobre o papel dos laboratórios de mídia no futuro do jornalismo.
Os resultados iniciais mostram diferentes tipos de laboratórios de mídia dentro das regiões pesquisadas, bem como uma diversidade de projetos, que vão desde ferramentas digitais e novas narrativas até tópicos jornalísticos mais amplos, enquanto fomentam a cultura da mídia de inovação. Ana Cecília deve entregar a tese até o final de 2019, fazendo sua defesa até março do ano seguinte. Com isso, será acreditada como doutora por ambas universidades.