Os professores Juremir Machado e Eduardo Pellanda foram convidados a integrar painel sobre desinformação  na Suíça/ Foto: Matheus Gomes

O tema da Cúpula do Prêmio Nobel deste ano, realizada no final do mês de maio, em Washington D.C., nos Estados Unidos, abordou o combate à desinformação e a crise de confiança em sociedades democráticas. Durante a programação foi lançado o Painel Internacional sobre o Ambiente Informacional (IPIE, sigla em inglês), um consórcio independente e global de cientistas que busca fornecer conhecimento sobre ameaças ao ambiente internacional de informações. Os professores e pesquisadores Eduardo Pellanda e Juremir Machado, da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos), foram convidados a integrar a iniciativa. 

De acordo com o diretor do IPIE e professor da Universidade de Oxford, Phil Howard, a iniciativa é a maior rede global de pesquisa comprometida em construir um ambiente informacional mais saudável. Manipulação algorítmica, vieses, discurso de ódio e deep fakes são algumas das temáticas tratadas pelo consórcio. O projeto conta com mais de 200 pesquisadores de 55 países que irão contribuir com pesquisas e produções em áreas de conhecimento distintas. 

Para Juremir, o painel é uma iniciativa de caráter internacional muito relevante, reunindo instituições e pesquisadores de várias partes do mundo.  

“A ideia é refletir sobre o universo da informação e especialmente da desinformação em tempos de aceleração tecnológica. A questão da desinformação está entre as mais preocupantes da atualidade pelo potencial que tem de ameaçar democracias e de fortalecer perspectivas de negação inclusive da ciência”, comenta. 

Para Pellanda, é uma oportunidade de entender a desinformação como algo multidisciplinar e multicultural. 

“Sentar para discutir o tema com pesquisadores de outros 55 países é extremamente valioso e é uma honra poder colaborar de alguma forma com este tema tão importante. Cada discussão que gerou o painel mostrou a quantidade de desdobramentos prejudiciais que a desinformação pode causar na sociedade. Poder pesquisar com um impacto direto na sociedade é motivador”, adiciona. 

conheça os cursos da escola de comunicação, artes e design

Rosângela Florczak, decana da Famecos, comenta sobre o futuro da comunicação/ Foto: Giordano Toldo

A chegada de tecnologias cada vez mais sofisticadas vem ditando tendências no mercado de trabalho, nas mais diversas áreas. Entre as mais impactadas está, sem dúvida, a da comunicação e aquelas que envolvem a criatividade: em meio a novidades como metaverso e ChatGPT, os profissionais desse mercado precisam estar atentos às novas possibilidades de atuação. Mas como se tornar esse profissional de um futuro que já começou? Conversamos com a professora e decana da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da PUCRS, Rosângela Florczak, para responder essa e outras questões sobre o mercado dos cursos da área da comunicação, das artes e do design. 

Tendências e novidades do mercado 

Recursos tecnológicos, principalmente envolvendo inteligência artificial, vêm crescendo e ganhando importância tanto no debate público quanto na vida de profissionais – seja para fazer uma revisão de texto ou para ajudar na composição de imagens. Segundo Rosângela, ao mesmo tempo que esses recursos surgem no universo dessas profissões, há também uma redescoberta e uma revalorização da área por parte da sociedade.  

“Para mim, a maior novidade, acima dos recursos técnicos, é esse novo olhar de entender que um profissional cuja função social é baseada na criatividade, na construção de estratégias e conteúdos, tem um valor e representa um segmento econômico importante para a sociedade. Então eu vejo que nunca tivemos tanto espaço, e um espaço valorizado”, pontua. 

Além das tendências para o mercado da comunicação em geral, cada área específica possui suas particularidades. Os coordenadores dos cursos de Comunicação Empresarial, Produção Audiovisual, Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Design da Famecos comentam sobre as principais perspectivas de cada área. 

Para Denise Pagnussat, coordenadora do curso de Comunicação Empresarial, as perspectivas para os futuros profissionais são promissoras. As relações de diálogo entre as organizações e os seus públicos de interesse oferecem aos profissionais de comunicação uma atuação mais estratégica nas tomadas de decisões de negócio”. A docente cita as principais áreas de destaque dentro da Comunicação Empresarial: comunicação estratégica e relacionamento com públicos de interesse como governos, ativistas, comunidades; reputação, gestão de crise, sustentabilidade; estratégias digitais e inteligência competitiva. Essas áreas se entrelaçam e ajudam as organizações a serem protagonistas em seus setores de atuação.  

Novas tecnologias impactam diretamente diversas áreas da comunicação/ Foto: Eduardo Seidl

Os bons ventos também sopram na área de Produção Audiovisual, mercado que apresenta cada vez mais possibilidades de inserção – é o que diz o coordenador do curso, Fabiano Grendene. Ele afirma que as pessoas nunca consumiram tanto conteúdo audiovisual de forma espontânea. Para ele, todos somos seres audiovisuais e potenciais realizadores.  

“Com a relação cotidiana do audiovisual em constante evolução, a profissionalização da área não passa só por grandes produções de conteúdo para cinema, TV ou séries; ou comerciais para publicidade e institucionais, mas inicia também em uma nova base, centrada em conteúdo artístico, comercial, social e de entretenimento para as redes sociais, com uma demanda inesgotável e crescente”, comenta. 

Já o que o mercado de Publicidade e Propaganda precisa é de profissionais estratégicos, capazes de articular criatividade e eficiência. “A Covid-19 e o distanciamento social vividos em 2020 e 2021 evidenciaram ainda mais a importância da comunicação e da publicidade. As marcas precisaram se reinventar, e o mercado publicitário acompanhou essa transformação”, aponta a coordenadora do curso, Marcia Christofoli. Atualmente, as marcas precisam de propósitos que vão além de preços e descontos, se quiserem efetivamente alcançar um público que é cada vez mais engajado e preocupado com questões sociais.  

No Jornalismo, o mercado lida com uma crescente circulação de informação e, ao mesmo tempo, desinformação, como afirma o coordenador do curso, Deivison Campos.  Uma das principais funções de um jornalista é filtrar, fazer a curadoria das informações para entregá-las ao seu público. “Selecionar o que importa e dar uma forma adequada e acessível para conferir visibilidade a informação trabalhada pode ser aplicada em diferentes áreas profissionais tradicionais e em estruturação. Dessa forma, o jornalismo revigora sua função social e se mantém como uma profissão e área determinantes para a sociedade e para a democracia”, destaca. 

O futuro do Design, conforme a coordenadora Claudia Nichetti, está diretamente conectado com a evolução tecnológica e com as mudanças das necessidades de empresas e consumidores. Entre os principais pontos de atenção para os profissionais em termos de futuro da área estão: inteligência artificial e análise de dados; soluções para o meio ambiente e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas; design emocional; serviços de design e experiência do usuário.  

“É importante que os profissionais do design estejam atentos a essas tendências e busquem aprimorar suas habilidades e conhecimentos para se destacarem no mercado de trabalho. Além disso, é fundamental que os designers sejam capazes de se adaptar às mudanças e inovações que surgem constantemente, mantendo-se sempre atualizados e preparados para lidar com novos desafios”, pontua. 

O comunicador como mediador da sociedade 

Profissional da comunicação é um mediador das relações da sociedade/ Foto: Eduardo Seidl

No mundo, o cenário de hiperinformação e evolução da tecnologia torna o profissional da comunicação mais necessário do que nunca. O principal papel, segundo Rosângela Florczak, é mediar as relações da sociedade. “A gente nunca aprendeu tanto, nunca teve tanto acesso a tudo. Mas também há muita informação equivocada, muita bolha, muita gente se fechando, muita polarização, fundamentalismo retornando”, pontua.  

O papel da Universidade, segundo ela, é construir com os estudantes da área a visão desse papel de mediadores, seja em qual ramo da comunicação no qual escolherem atuar. Muitas vezes pode haver receio, principalmente por parte das famílias dos estudantes, quanto à escolha pela carreira na área, com relação às possibilidades de empregabilidade e remuneração. No entanto, a decana ressalta que há muitas novas oportunidades. “Hoje, em qualquer organização é preciso haver estratégias de relacionamento, produção de conteúdo, informação confiável, , portanto, precisa-se de comunicação e de criatividade. Então há muitas vagas em lugares novos e boas remunerações”. 

Mas quais habilidades um profissional precisa ter para garantir seu lugar no mercado? Para Rosângela, além das competências técnicas, é fundamental que os futuros comunicadores tenham um olhar inquieto diante do mundo e que o veja como um espaço de transformação. É preciso que eles tenham apreço pelo conhecimento, pela informação, por sair de dentro de suas bolhas. Também é importante construir repertório, seja através de filmes, livros, músicas, boas conversas com profissionais inspiradores, relacionamento em sala de aula e na universidade e até viagens. 

“A nossa grande missão como profissionais de comunicação, de artes, de tudo isso que tem aqui dentro da Famecos, é dar sentido para as coisas. A sociedade depende da gente para fazer suas leituras de mundo”, declara a docente. 

Famecos é o lugar para quem quer fazer a diferença na comunicação

Quando se trata de formar um profissional da comunicação e prepará-lo para o mercado de trabalho, a Famecos se destaca por seu portfólio rico em cursos de graduação, pós-graduação e extensão, além de estar dentro de um ecossistema completo de inovação que permite a junção de muitas possibilidades em um só lugar. Rosângela destaca o percurso formativo aberto, que permite que os alunos descubram e se encontrem com suas principais áreas de interesse. “O estudante pode fazer esses movimentos laterais, ele pode circular pelos cursos para ir compondo sua formação”. Além disso, a conexão com o mercado de trabalho é outro ponto forte da escola.  

O mercado está toda hora aqui dentro, nós trazemos profissionais para a sala de aula. Hoje, além do professor pesquisador, temos um perfil de professor que está crescendo aqui dentro da Famecos, que é aquele professor que também está no mercado, vivenciando as rotinas do dia a dia da comunicação. E isso é uma porta de entrada para o aluno que já faz seu networking durante as aulas”, destaca a decana. 

Em termos de estrutura, a Famecos possui um grande conjunto de laboratórios e estúdios, entre eles: estúdios de TV, de rádio, de fotografia e um laboratório de design. Confira: 

Por fim, Rosângela dá um recado para quem quer estudar comunicação na Famecos: 

“Quem está pensando em cursos de comunicação, arte e design, precisa vir nos conhecer. Aqui temos um lugar para pensar o mundo, para conviver com a diferença, com a diversidade. É uma escola que cuida muito da sua comunidade. Então as pessoas se sentem muito à vontade aqui dentro. É um lugar de vida, não é um lugar só de vir para a sala de aula estudar. É um lugar para vir conhecer, andar por aqui e se identificar com o espaço e as pessoas. A Famecos é um bom lugar para construir o futuro profissional e entrar no mercado em que se deseja.” 

Estude Comunicação na PUCRS

Carolina Luz Paulo foi premiada no 34º Troféu HQMIX / Foto: Giordano Toldo

Uma forma de literatura expressiva que cada vez mais conquista fãs mundo afora e, mais que isso, inspira novos talentos e publicações aqui no Brasil. O mercado das histórias em quadrinhos vive um momento plural e rico no País, com autores/as, editores/as, tradutores/as, que se destacam por produções criativas e inovadoras e, por que não, pesquisar sobre o tema durante a graduação? Foi o que fez Carolina Luz Paulo, que se formou em Relações Públicas pela Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS, a Famecos. Com a pesquisa Conversações em Rede: Uma análise da interação da Editora Pipoca & Nanquim com seus fãs-clientes nas plataformas digitais, seu trabalho de conclusão de curso (TCC), ela foi premiada no 34º Troféu HQMIX.  

Neste cenário de tantas novas produções o conteúdo encontra-se espalhado em blogs, nas redes sociais, sites e publicações independentes, fazendo com que seja praticamente impossível acompanhar tudo. E ainda bem, uma evidência de que as histórias em quadrinhos se tornam cada vez mais acessíveis às pessoas. A pesquisa de Carolina analisou a interação da empresa Pipoca & Nanquim com seus respectivos fãs-clientes nas plataformas digitais YouTube e Facebook, considerando também a interação realizada por e sobre a editora, nos grupos privados do Facebook e canais 2 Quadrinhos e Comix Zone.  

O tema da pesquisa está diretamente conectado com o gosto pessoal de Carolina, que é fã de quadrinhos e acompanha o Pipoca & Nanquim há mais de dez anos.  

A condição de fã também foi um ponto de conexão importante que, somado à minha paixão pelas artes gráficas, potencializou ainda mais a pesquisa sobre o tema. Costumo pensar: não tem como falar de quadrinhos sem considerar os fãs, uma vez que são o público final dessa maravilhosa arte e fomentam o mercado”, comenta ela.  

Para ela, a editora foi a escolha perfeita para ser o foco do trabalho, pois além de ser uma empresa resultante da publicização de links por meio do programa “Associados da Amazon BR” nos vídeos do seu canal YouTube, ela tem em seu DNA o slogan “de fã para fã”. Esse ideal é expresso em seus vídeos e na apresentação no site:  “O amor pelos quadrinhos e o respeito pelos fãs colecionadores são o eixo da Pipoca & Nanquim, cujo mote é prezar pela melhor qualidade gráfica e editorial, oferecer uma curadoria cuidadosa de títulos e promover o crescimento do mercado”. 

“Por meio da análise de postagens de vídeos e conteúdos publicados pelos canais mencionados, de 2017 a 2021, foi possível compreender que a interação da editora nestas plataformas é propagativa, com alto poder de repercussão e de impacto em sua reputação. No discurso de seus conteúdos, elementos da comunicação humanizada e da conversação em rede ampliam o alcance da editora e engajam fãs-clientes, aumentando ainda mais a venda de seus produtos. É uma empresa que se apropria da cultura de fãs e das diversas narrativas comunicacionais para transformá-los em fãs-clientes”, conta Carolina.  

A professora Silvana Sandini, que foi sua orientadora na Famecos, destaca que o processo de orientação do trabalho foi muito prazeroso e gratificante. 

A professora Silvana Sandini foi a orientadora de Carolina durante sua pesquisa / Foto: Giordano Toldo

“A Carol foi uma ótima aluna, ela dava conta de todo esse processo que é muito sistemático, técnico. Ao longo da semana ela evoluía com a pesquisa, de uma maneira que nos possibilitou efetivamente discutir os resultados, as descobertas dela. Isso foi gerando um texto bastante consistente e muito prazeroso de ler, porque a Carol escreve muito bem. É muito bacana ela ter recebido esse prêmio, porque é um reconhecimento desse olhar que a gente tem da pesquisa e uma conexão também com elementos do mercado. Cada vez mais eu vejo a Universidade vindo ao encontro de interesses da sociedade, que promovem transformação. Então ver um prêmio como esse, que é tão identificado com uma comunidade, que é tão especial para aquele nicho específico, é muito gratificante também”, ressalta ela. 

Carolina conta que o apoio da professora foi essencial para a concretização da pesquisa: “Desde o início, por sua aprovação do tema proposto e adequação ao universo dos quadrinhos. Debatemos muito sobre as possibilidades imaginadas por mim e a transformação dessas nas realidades que permitiram a conclusão do trabalho”. Além disso, ela ressalta que, apesar de ter sido um processo desafiador – a pesquisa foi iniciada em meio à pandemia e ao ensino remoto, além da preocupação em concluir o curso – também foi repleto de aprendizados. 

“Foram os recursos da Universidade, humanos e físicos, quem amenizaram o desespero e cimentaram o chão da pesquisa. O fim dessa jornada me fez valorizar imensamente as etapas de todo processo, de seu início à premiação recente. Foram etapas que não só me atualizaram a nível acadêmico, sobre inúmeros aspectos da comunicação, mas também me permitiram crescimento individual e humano”, destaca a estudante. 

O Oscar dos Quadrinhos Brasileiros 

O Troféu HQMIX foi criado em 1988, pela dupla JAL e Gualberto Costa, no programa TV MIX, da TV Gazeta. O prêmio logo foi apadrinhado pelo então apresentador do programa, Serginho Groisman. A votação nacional é feita pela categoria dos desenhistas de HQs e Humor Gráfico, por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB) e do Instituto do Memorial de Artes Gráficas do Brasil (IMAG).  

Após passar pela banca do júri oficial, que trabalhou por cinco meses para analisar os inscritos nas diversas categorias, e pelo júri nacional composto por mais de dois mil profissionais da área de quadrinhos, entre autores e editores, o 34º Troféu HQMIX divulga a lista dos vencedores, escolhidos como os melhores de 2021. 

Os ganhadores receberão o troféu “Kabelluda”, personagem da desenhista e poeta Pagu, que foi esculpido pelo artista Wilson Iguti. Pagu é considerada um ícone do movimento “Semana de Arte Moderna”, que completou 100 anos de sua realização em 2022. Assim como nos dois últimos eventos, 2020 e 2021, ainda por conta da pandemia de Covid-19, a cerimônia deste ano será novamente virtual e acontecerá no canal do YouTube da unidade do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP, no dia 10 de dezembro, às 19h, com apresentação de Serginho Groisman, padrinho do evento, e dos organizadores Jal e Dani Baptista. A a lista dos vencedores como “Melhores de 2021” está publicada no site HQMIX. 

Para Carolina, ter sido premiada no Troféu HQMIX foi como um sonho, pois ela acompanha a premiação há anos, a fim de coletar referências de autores para aumentar sua coleção de HQs. Além disso, a vitória a impulsionou a continuar o desenvolvimento de sua pesquisa. 

“As histórias em quadrinhos podem ser consideradas por muitos como um hobby, até mesmo infantil. Mas o HQMIX é o prêmio brasileiro que busca desmistificar esse posicionamento, divulgando a seriedade das publicações e impulsionando o mercado brasileiro. Esse reconhecimento é fundamental para que eu continue desenvolvendo a minha carreira acadêmica. Definitivamente todo esse processo, incluindo o encerramento, rendeu aquela famosa frase: ‘Fui mordida pelo bichinho da pesquisa!”

Saiba mais sobre os cursos da famecos

Transmissão ao vivo da 16ª edição do Sem Estúdio

Transmissão ao vivo da 16ª edição do Sem Estúdio

Visando a produção de conteúdo de valor e a experiência proporcionada aos estudantes, a equipe de professores que coordena o Editorial J, Laboratório Convergente do Curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos criou o Sem Estúdio. O quadro semanal de entrevista coletiva, conduzido por alunos do curso, exibiu dezesseis episódios transmitidos todas as sextas-feiras na página oficial do Editorial J no Facebook.

Para o mundo virtual, não há distâncias

O primeiro episódio foi ao ar em 28 de abril, ainda no início do período de isolamento social. Desde lá, contou com participações de jornalistas de veículos como New York Post, Vatican News, Headline News, CNN Brasil e Rede Globo. “Isso mostra um pouco como é possível chegar nas pessoas, convidar e fazer um produto de qualidade. É uma prova clara, para eles mesmos, que tendo um propósito, trabalhando sério e mantendo uma estratégia, dá para fazer sim” comenta o professor Fabio Canatta, coordenador do Laboratório. Ele afirma que a atividade é encarada de maneira séria pelos professores e alunos que passaram por uma experiência única e, para muitos, a primeira do mercado. “O Sem Estúdio mostrou, de forma prática, que sempre existe um jeito de fazer. E se tornou um dos produtos de maior sucesso que o Editorial J já produziu”, completa.

“Um laboratório fundamental para exercitar a arte da entrevista” – Mônica Teixeira, repórter da Rede Globo.

Mônica participou do décimo sexto episódio do programa e ressalta que o uso da plataforma digital para aproximação do público, alunos e jornalistas nesse período de isolamento, foi uma excelente ideia. “Uma troca saudável para ambos os lados. De um lado, os alunos compreendem melhor a nossa rotina e os dilemas da profissão e do outro, nós paramos pra refletir sobre ela a partir das perguntas e provocações dos estudantes. Um laboratório fundamental para exercitar a arte da entrevista” acrescenta.

Vivência partilhada

Com o objetivo de integração com outros centros de ensino, o programa recebeu estudantes da Universidade Federal do Cariri (UFCA – Ceará), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro – Paraná), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF – Minas Gerais) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Todos que, de forma integrada com os alunos da Famecos , tiveram a oportunidade de passar pela experiência.

Com o tema Trabalho, renda e consumo – para onde iremos após a pandemia?, a Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos promoverá um bate-papo com Renato Meirelles, presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva. O evento é gratuito e acontece de forma online no dia 13 de julho, segunda-feira, das 19h às 20h. As inscrições podem ser feitas acessando o link. O evento valerá horas complementares para estudantes de graduação.

O encontro será realizado na plataforma Zoom. Após a exposição dos convidados, ocorrerá um espaço de diálogo, mediado pelo professor Fábian Chelkanoff Thier, coordenador do curso de Jornalismo da Famecos.

Sobre o convidado

Renato Meirelles é presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva, fundador da Data Favela e membro do conselho de professores do IBMEC, onde é o titular da Cadeira de Ciências do Consumo e Opinião Pública. Meirelles fez parte da comissão que estudou a nova Classe Média Brasileira, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República – SAE. Foi colaborador do livro “Varejo para Baixa Renda”, publicado pela Fundação Getúlio Vargas e autor dos livros “Guia para enfrentar situações novas sem medo” e “Um País Chamado Favela”.

sem estúdio, editorial j, famecos, jornalismo, isabel vincent, new york post

Foto: Divulgação

Nesta terça-feira, o quadro semanal de entrevista coletiva, realizado por alunos de jornalismo com profissionais da área, recebe, às 21h, Isabel Vincent, repórter investigativa do portal de notícias New York Post. A transmissão acontece na página do Facebook do Editorial J e os espectadores podem enviar suas perguntas por meio dos comentários que serão lidos ao vivo.

Produzido pelo Editorial J, Laboratório Convergente do Curso de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos), o programa Sem Estúdio exibe seu nono episódio ao vivo. Com a participação de alunos da PUCRS e de outras universidades, as edições anteriores podem ser assistidas a qualquer momento pela página do Facebook.

Além de Isabel Vicent, entre os convidados dos episódios anteriores estavam Cecília Olliveira (The Intercept Brasil), Andrei Netto (Headline News Brasil), Núria Saldanha (CNN Brasil), Luiza Bodenmuller (Aos Fatos), Andressa Collet (Vatican News), Marcelo Canellas (Rede Globo), Cristine Gallisa (RBS TV) e Cristiano Dalcin (Record TV).

Jornalista e escritora

Autora do livro Uma Questão de Justiça escrito enquanto trabalhava no Brasil como correspondente do jornal canadense The Globe and Mail. Ela escreveu ainda outros quatro livros, recebendo prêmios por Hitler’s Silent Partners (1997) e Bodies and Souls (2005). Isabel é especialista em corrupção política e responsável por reportagens que levaram a investigações estaduais e federais, envolvendo, por exemplo, a censura de um congressista norte-americano e a prisão de dois senadores do estado de Nova York.

Sobre o Editorial J

Há oito anos, o Laboratório Convergente do Curso de Jornalismo recebe estagiários e alunos voluntários dos mais variados semestres, para que produzam, diariamente, conteúdos em diversas linguagens e plataformas. Neste período, o grupo já conquistou 27 prêmios regionais e nacionais. O trabalho realizado por eles,  pode ser encontrado no site e nas redes sociais do @editorialj.

Durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19) a necessidade de informações claras e verdadeiras tem sido cada vez maior. Porém, com as medidas de distanciamento social, manter a produção e a divulgação de notícias se tornou um desafio para os profissionais do jornalismo. Para debater sobre isso, os alunos que integram o Editorial J, Laboratório de Jornalismo Convergente da Famecos, estão realizando um programa de entrevistas com jornalistas de veículos da imprensa local e nacional. O programa, intitulado #SemEstúdio, ocorre todas as terças-feiras, com transmissão ao vivo pelo Facebook do Editorial J.

Toda a produção das reportagens e programas do Editorial J está sendo realizada de forma remota pelos estudantes, com supervisão de professores do curso de Jornalismo de Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos.

Na edição desta terça, 12 de maio, o #SemEstúdio entrevistará o repórter do programa Fantástico (Rede Globo) Marcelo Canellas. Em sua trajetória, o jornalista conta com mais de 40 prêmios nacionais internacionais por suas matérias focadas em problemas sociais do país. Além do repórter, o programa terá a participação de três alunos do Laboratório de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A proposta é que, a cada semana, uma universidade diferente seja convidada a participar do #SemEstúdio.

Interação do público e entrevistas registradas no Facebook

Os espectadores também podem participar enviando perguntas que serão lidas ao vivo pelos alunos. Os principais momentos do programa serão narrados simultaneamente pelo Twitter no @EditorialJ.

Nas duas primeiras edições do #SemEstúdio, os estudantes de jornalismo da Famecos entrevistaram os repórteres Cristiano Dalcin, da Record TV, e Cristine Galiza, da RBSTV. Os programas atingiram mais de dois mil espectadores em cada edição. As entrevistas podem ser conferidas aqui.

Saiba mais: Famecos cria serviço de curadoria de conteúdos sobre a Covid-19

Professora Helena Stigger trouxe dicas sobre audiovisual / Foto: Mariana Haupental

Professora Helena Stigger trazendo dicas sobre audiovisual / Foto: Mariana Haupental

Nesta sexta-feira, dia 10 de janeiro, pesquisadores se reuniram no Estúdio A da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos para participar do workshop da Rede Sapiens, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq). A rede lançada em novembro de 2019 visa conectar o conhecimento produzido por pesquisadores, mestres e doutores com empresas e sociedade, viabilizando a aplicação prática destes estudos. Para isso, criou uma plataforma onde disponibiliza vídeos curtos sobre pesquisas produzidas pelos cientistas do Estado.

O workshop foi conduzido pela professora da Famecos Helena Stigger e trouxe dicas sobre audiovisual, linguagem e postura em frente às câmeras, visando auxiliar os interessados em participar da rede. A iniciativa convida mestres e doutores diplomados nos últimos 5 anos a apresentar em vídeos de até 3 minutos suas teses e dissertações, com linguagem acessível. A partir do encontro, os participantes receberão apoio da Escola na elaboração e captação de seus vídeos.

Como participar da Rede Sapiens

Para participar, mestres ou doutores devem acessar o site da rede, preencher o formulário de inscrição e enviar o vídeo de até 3 minutos. Com uma perspectiva colaborativa, a Rede Sapiens conta com apoio de dezenas de empresas e entidades que reuniram um aporte de 35 mil reais para premiação dos estudantes em duas categorias – Prêmio Conexão com o Mercado e Prêmio Engajamento.

2019_11_12-pucrs_cultura-agenda-um_horizonte_alem_do_ceu_da_bocaNo dia 21 de novembro, às 20h, o bate-papo Um horizonte além do céu da boca traz para o auditório da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos (prédio 7) a oportunidade de escutar histórias do rádio e das artes produzidos no Rio Grande do Sul. Promovido em parceria com a editora BesouroBox, Famecos e Instituto de Cultura da PUCRS, o evento é mediado por Carlos Gerbase e traz como convidados Léo Gerchmann, Mauro Borba, Katia Suman e Hique Gomez. O encontro é gratuito, aberto ao público e vale horas complementares.

Cada um dos convidados estará lançando livros sobre sua história pessoal e profissional com o rádio e as artes. Todas as obras estarão à venda no local. O evento é uma oportunidade de escutar pessoas que têm amor pelo que fazem e compartilham suas histórias na comunicação e nas artes, com cinema, humor, literatura, teatro, jornalismo e música. Conheça os convidados:

 

 

2019_11_12-pucrs_cultura-agenda-um_horizonte_alem_do_ceu_da_boca-carlos_gerbase(fernanda_chemale)Carlos Gerbase  – Durante cinco anos, o jornalista Carlos Gerbase assinou uma coluna de opinião no caderno de cultura da Zero Hora. Mas Gerbase, além de jornalista, é cineasta, professor, ficcionista e, por duas décadas, fez parte de uma banda de punk rock – Os Replicantes. Toda essa versatilidade fica evidente neste livro Anarquia é Utopia – faça uma todo o dia, seu primeiro livro de crônicas. Com estilo leve e uma grande capacidade de abordar temas cotidianos com ironia, o autor faz de suas crônicas um passeio cultural pelo Brasil de ontem e de hoje.

 

 

 

 

2019_11_12-pucrs_cultura-agenda-um_horizonte_alem_do_ceu_da_boca-leo_gerchmannLéo Gerchmann é atualmente comunicador da rádio gaúcha, mestre da interatividade e escuta dos ouvintes. Também é autor dos livros “Coligay – Tricolor e de todas as cores”, “Somos azuis, pretos e brancos”, “Viagem à alma Tricolor em 7 epopeias”, “Meu pequeno imortal”, e “Reconquista”. Em seu novo livro, escreve a biografia de Jayme Copstein em Jayme ao Quadrado, em que escreve sobre a história do famoso radialista da Rádio Gaúcha.

 

 

 

 

2019_11_12-pucrs_cultura-agenda-um_horizonte_alem_do_ceu_da_boca-mauro_borbaMauro Borba é jornalista e criador da rádio Pop Rock – 107.1, em 1997, onde atuou até 2013 na função de Gerente Geral. Atualmente é Diretor Geral da Rádio Mix Porto Alegre e apresenta o programa Cafezinho. Em seu novo livro conta suas memórias no POP, ROCK e Cafezinho – aconteceu desse jeito sua trajetória na Felusp, 107.1, Pop Rock e Mix através das suas memórias.

 

 

 

 

2019_11_12-pucrs_cultura-agenda-um_horizonte_alem_do_ceu_da_boca-katia_sumanKatia Suman é radialista, graduada em ciências sociais, com mestrado em comunicação e doutorado em letras. Trabalhou durante quase 20 anos na Ipanema FM, tendo passagens também pela FM Cultura e Unisinos FM.  Em seu livro Katia Suman e os Diários secretos da Rádio Ipanema fm a radialista traz para o impresso suas diversas anotações no tempo em que trabalho na Ipanema FM.

 

 

 

 

2019_11_12-pucrs_cultura-agenda-um_horizonte_alem_do_ceu_da_boca-hique_gomez(otavio_fortes)Hique Gomez é músico, diretor, ator e comediante, um dos criadores do espetáculo Tangos e Tragédias. É criador e diretor de projetos da Sbørnia Records e trabalha também com shows, concertos, eventos, artes performáticas, Audiovisual e Mapping. Em sua biografia Hique Gomez: para além da Sbørnia mostra sua história que surge intrínseco nesse registro escrito, alternando entre Hique e Kraunus, que nos presenteiam com sua trajetória artística reveladora.

Premio Jose Lutzenberger,Editorial J,ARI,Jornalismo

Foto: Divulgação ARI

O projeto Seja a Mudança, desenvolvido por estudantes de Jornalismo da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, foi o vencedor na categoria universitária do sexto Prêmio José Lutzenberger de Jornalismo Ambiental. O reconhecimento, promovido pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, seção Rio Grande do Sul (Abes), tem parceria com a empresa Braskem, que dá nome ao prêmio no segmento acadêmico. O evento aconteceu na terça-feira, 22 de outubro.

O trabalho foi construído pelos estudantes no Editorial J, Laboratório de Jornalismo Convergente do Curso de Jornalismo da Famecos. “O projeto surgiu da ideia de mostrarmos iniciativas que trabalham com o meio ambiente para mudar a vida das pessoas. Então, fizemos quatro reportagens e cada uma abordou uma iniciativa diferente. O maior aprendizado nessa construção foi a esperança de ver que há pessoas ensinando a preservação ambiental”, conta Luana Martins, 32 anos, estudante do 5º semestre de Jornalismo.

A estudante Camila Pires, 20 anos, graduanda do 6º semestre de Jornalismo, ressalta que o projeto Seja a Mudança possui um viés inovador ao pensar a produção das reportagens diretamente para o Instagram. “A plataforma é muito utilizada pelo público do Editorial J, mas o conteúdo jornalístico não é tão abrangente dentro dela. Utilizamos a linguagem da rede social a nosso favor para mostrar os projetos sociais, e isso foi um diferencial”.

Para o professor Fábio Canatta, coordenador do Editorial J, a conquista é um importante passo na trajetória dos estudantes, que constroem um portfólio de qualidade. O docente ainda destaca que as produções voltadas para o meio ambiente auxiliam na formação cidadã. “O Prêmio Lutzenberger tem uma importância ainda mais especial neste momento no qual a pauta ambiental é tão central no debate político. Envolver os alunos em reportagens voltadas para esse tema é uma questão também de cidadania”, afirma.

Com esse reconhecimento, o Editorial J soma 21 prêmios em 8 anos de história. Participaram, também, da iniciativa Seja a Mudança os alunos Hebert Kiniphoff Garcia, Lucas Picarelli Canever, Lourenço Moreira Marchezan, Maria Eduarda Nascimento da Rocha e Manuela Neves Ribeiro.