olimpismo esporte e educação

Nelson Todt, professor da Escola de ciências da Saúde e da Vida, é um dos coordenadores do curso/ Foto: Camila Cunha

A PUCRS está lançando uma nova pós-graduação lato sensu criada especialmente para quem quer se aprofundar na temática esportiva e no universo Olímpico: a especialização Esporte, Educação e Olimpismo, promovida pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O curso é indicado principalmente para profissionais das áreas de Educação Física, Esporte, Ciências da Educação, Ciências Humanas e Ciências Sociais.  

A proposta abrange aspectos educacionais, formativos, sociais, ecológicos e operacionais do esporte, e visa conhecer, refletir e agir sobre essa realidade, promovendo também reflexões e ações acerca do movimento Olímpico atual. 

Outro diferencial da especialização é o seu caráter internacional. Com um corpo docente composto por professores de várias partes da América Latina e também da Europa, o curso conta com dupla coordenação: o professor Nelson Todt, do Brasil, e Daniel Gustavo de la Cueva, da Argentina. Conversamos com os coordenadores para entender tudo sobre a proposta. Confira: 

Interdisciplinaridade e relevância social 

O Olimpismo se trata de uma filosofia olímpica de vida, que se utiliza do esporte como base para promover valores como a paz, a união, o respeito às regras e a adversários e o respeito às diferenças étnicas, culturais e religiosas. Para Nelson, a filosofia do Olimpismo vem a calhar em um contexto de crise de valores globais: 

“O Olimpismo tem se mostrado uma importante ferramenta para oferecer contrapontos a este contexto, utilizando-se do Esporte e da Educação como principais elementos. O curso caminha na direção de oferecer uma formação para profissionais destas áreas (e outras afins) a partir de temas atuais e que, de alguma forma, se apresentam em escala global”, pontua. 

O curso é dividido em três eixos temáticos de aprendizagem: História Olímpica, Pedagogia Olímpica e Filosofia Olímpica. Esses eixos, segundo Todt, se intercalam criando uma base sólida para discussões de grande relevância para a sociedade moderna, oferecendo elementos para o desenvolvimento de propostas voltadas para um desenvolvimento humano harmonioso e uma sociedade mais justa e fraterna. 

Já na visão de Daniel, os três eixos são pontos de vista diferentes sobre uma força sociológica que pode ser a mais notável dos últimos dois séculos. Ele explica que o conceito que une o conhecimento da história e da filosofia olímpica está em desenvolvimento desde a Grécia clássica. 

Um instrumento de transformação global 

olimpismo esporte e educação

Foto: Pexels

Nelson, que coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, explica que o Olimpismo é não apenas uma filosofia esportiva, mas uma filosofia de vida. “A ideia é que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie a vida de todos em ambientes educacionais, coorporativos e esportivos.” 

Conectados aos desafios globais, os ensinamentos do curso têm um alto grau de importância na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e princípios ESG (Environmental, Social and Governance) da Organização das Nações Unidas (ONU), que há muito tempo reconhece a importância do esporte para o desenvolvimento da paz. A colaboração entre a ONU e o Comitê Olímpico Internacional (COI) vem promovendo a difusão da aceitação do esporte como meio de promover objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente. 

Em 2015, em um momento histórico para o esporte e para o Movimento Olímpico, o esporte foi oficialmente reconhecido como um “importante facilitador” do desenvolvimento sustentável e incluído na Agenda 2030 da ONU. A Agenda estabeleceu onze princípios de desenvolvimento sustentável, entre eles estão: garantir educação inclusiva e de qualidade para todos; tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; e promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. “Boa parte dos temas nortearão as discussões propostas neste curso”, destaca o professor Todt. 

Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Paris, que ocorrem em 2024, é de se esperar que surjam novos temas para o debate sobre o Olimpismo. Entre eles, Daniel de la Cueva destaca alguns assuntos, como a perspectiva de gênero: 

“Isso deve fazer parte de uma perspectiva integral de alto desempenho, gerando um tratamento mais profundo e equitativo e lidando em particular com as questões de intersexualidade e transexualidade. Protegendo a perspectiva de gênero, por um lado, mas não prejudicando o esporte para as mulheres”, comenta o coordenador. 

Ele também chama a atenção para consequências do conflito entre Rússia e Ucrânia: 

“Pode significar um problema real que já é anunciado desde o seio do movimento olímpico. Todos os atletas russos e da Bielorrússia estão suspensos de competições esportivas olímpicas, embora os períodos de classificação para os jogos de 2024 Paris já tenham começado. Uma equipe de atletas olímpicos de refugiados participará novamente, que será protegida pelo COI”, explica. 

Internacionalização da trajetória acadêmica 

olimpismo esporte e educação

Foto: Unsplash

Em uma especialização que debate temas tão plurais e internacionais como esporte e Olimpismo, um corpo docente composto por professores internacionais é um ponto forte. O curso vai contar com a participação não só de professores da América Latina, mas também da Europa. Nelson destaca a importância da presença desses especialistas no curso, que, por ser online, facilitará a integração e proporcionará um raro ambiente internacional de especialistas e estudantes. 

A PUCRS hoje é uma referência no âmbito dos Estudos Olímpicos. A rede criada pelas ações do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos e do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, ambos com sede na Universidade, para além do prestígio global, gerou um importante protagonismo na América Latina”, comenta. 

Daniel, que coordena o curso juntamente com Nelson, conta como surgiu a vontade de montar um curso com especialistas internacionais. 

Compartilho com Nelson o interesse, a dedicação especial e a vocação acadêmica para estudos olímpicos, mas em particular para a educação olímpica e o olimpismo, a filosofia da ideologia de Pierre de Coubertin. Seguindo a proposta acadêmica de outras universidades, decidimos formalizar e dar status formal a essa especialização.” 

Presidente do Comitê Pierre de Coubertin da Argentina, de la Cueva destaca as contribuições de sua trajetória à frente da organização aos temas presentes no curso. Como colega de Nelson, ambos geraram espaços de trabalho conjunto harmoniosos, cooperaram e ocuparam constantemente o local do membro correspondente para América Latina do Comitê. “Cuidamos de espalhar e viralizar a figura, o trabalho e o legado de Pierre de Coubertin na América Latina. Atividades regionais constantes são geradas e participamos ativamente de outros centros internacionais, sejam acadêmicos ou institucionais.” 

INSCREVA-SE NA ESPECIALIZAÇÃO EM Olimpismo, ESPORTE, EDUCAÇÃO

Foto: Olga Ferreira/ GaúchaZH

A agilidade e o comprometimento no combate a incêndios são essenciais para prevenir e informar a população sobre como agir nesses casos. Por causa disso, eventos como as simulações auxiliam para que tudo seja feito com o máximo de excelência para proporcionar às vítimas o melhor atendimento. Para isso, é necessário um trabalho em equipe entre bombeiros, socorristas das ambulâncias e profissionais do trânsito. 

Pensando nisso, alunos e alunas do curso de Enfermagem da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS representaram a Universidade na simulação promovida pelo Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa). A professora Janete Urbanetto acompanhou os estudantes nessa atividade. 

A encenação contou também com a participação de oito hospitais da capital. Os/as estudantes foram divididos/as em grupos: os/as alunos/as de enfermagem da PUCRS e da Liga Acadêmica de Urgência e Emergência da Faculdade FACTUM representaram as vítimas do incêndio. Já os/as alunos/as da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) foram denominados/as “sombras”, responsáveis por acompanhar cada etapa do processo.  

Iniciativa beneficia vivência acadêmica    

Para Gabriela de Souza, estudante de Enfermagem, a experiência na simulação proporcionou uma vivência para além da sala de aula.   

“Participar do simulado foi uma experiência ímpar, me fez enxergar ainda mais a importância não somente dos/as profissionais da saúde, mas de todos/as os envolvidos/as quando acontece esse tipo de situação. Foi um movimento enorme, quase 200 pessoas foram envolvidas para capacitar ainda mais os profissionais”. 

Esta não é a primeira vez que os estudantes de enfermagem participam de uma ação da Sindihospa, a edição anterior resultou num feedback positivo dos alunos o que foi uma das motivações para participarem novamente.  

“O convite foi realizado pelos organizadores da atividade em função de já termos participado com os estudantes de enfermagem da PUCRS de ação similar em 2018. Na época o feedback dos estudantes e dos organizadores foi excelente o que provavelmente implicou no convite para estarmos presentes nesta atividade também”. 

A ação conjunta com centenas de profissionais do Hospital Moinhos de Ventos, além de agentes de órgãos de segurança militares e civis do Estado e município serviu para aperfeiçoar a prática desses especialistas em suas determinarias áreas. Também contribuiu para que os alunos da professora Janete experimentassem novamente uma experiência ímpar para a sua formação.  

“Os estudantes de enfermagem já utilizam a experiência baseada em simulação no curso. O processo de ensino e de aprendizagem reforça os elementos da avaliação e atendimento em situações de baixa, média e alta complexidade. Na experiência deste ano, eles simularam as vítimas com sinais e sintomas representando as diferentes complexidades/gravidades para que as equipes de saúde pudessem avaliar e tomar as decisões de atendimento no local ou transferência para os hospitais da cidade. Desta forma, mesmo não desempenhando o papel de profissional da saúde eles tiveram a oportunidade de aprender pela ação do outro”, finaliza a professora.  

Foto: Igor Bandera

O Brasil já foi mais feliz: de acordo com o ranking World Happiness Report (WHR), uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU) criado em 2011, o país caiu 11 posições no ranking que mede a felicidade da população. A pesquisa é atualizada a partir de triênios, e o Brasil que ocupava a posição 38º no último ranking (2019 a 2021), se encontra agora na 49ª posição com dados referentes ao triênio de 2020 a 2022.  

Para chegar nesses resultados, o Relatório Mundial da Felicidade é medido a partir de sete indicadores principais, tendo a pergunta “qual nota, entre 0 e 10, você daria a sua vida?” como indicador principal. O estudo também leva em consideração as realidades de cada país, como PIB per capita, apoio social, expectativa de vida saudável, liberdade, generosidade e percepção de corrupção. 

A partir da apresentação do Relatório Mundial da Felicidade ao primeiro-ministro do Butão Jigmi Y. Thinley e ao economista norte-americano Jeffrey D. Sachs, a ONU decidiu proclamar o dia 20 de março como o Dia Internacional da Felicidade. Como uma forma de promover a felicidade e a alegria entre os povos, a criação da data está alinhada a uma agenda global que busca proporcionar felicidade a todos os povos do planeta. 

O pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Wagner De Lara Machado destaca que a felicidade é um fenômeno complexo que envolve nosso cérebro e a experiência subjetiva.  

“A felicidade está associada à modulação emocional e ao melhor funcionamento das células de defesa do corpo humano, por exemplo. Da mesma forma, a felicidade quando relacionada à autorrealização, se mostra associada a uma melhor regulação neuroendócrina, isto é, menos indicadores inflamatórios e aumentos dos neurotransmissores que geram bem-estar, como a serotonina, endorfina, dopamina e outros”, explica.     

Quais estímulos provocam a felicidade? 

Foto: Igor Bandera

A felicidade com frequência é descrita por especialistas como um estado de alegria, contentamento, satisfação, euforia entre outros afetos. Wagner explica que essa parte mais emocional da felicidade possui disparadores conhecidos como atividades prazerosas, eventos de vida positivos, e estados internos que possuem grande influência da personalidade.  

Nos casos em que a felicidade é concebida através da autorrealização, isto é, a expressão máxima do potencial pessoal, ela depende mais do engajamento em atividades que geram sentido e desenvolvimento contínuo alinhadas aos propósitos de vida de cada um.  

O docente da PUCRS conta que existem vários circuitos cerebrais envolvidos na experiência da felicidade. Por exemplo, as atividades que geram envolvimento profundo e sensação de significado, tendem a se associar com uma atividade do córtex pré-frontal e frontal. Já a felicidade advinda de estados emocionais mais intensos está associada a uma atividade do córtex orbitofrontal e do sistema límbico.   

Durante a pandemia de Covid-19, pesquisas evidenciaram o papel da felicidade na resiliência individual frente ao enfrentamento ao momento. De acordo com Wagner, nesses casos, a felicidade é tanto antecedente como consequência do processo de resiliência, dependendo do aspecto observado e da dinâmica do indivíduo.  

“Por exemplo, pessoas com uma percepção mais nítida do seu sentido e propósito de vida conseguiam lidar melhor com adversidades, mantendo seus níveis de motivação. Já os afetos positivos eram tanto resultado deste processo quanto antecedentes, uma vez que pessoas que experimentam mais afetos positivos podem ter uma melhor autorregulação emocional, mesmo frente a novos estressores”, finaliza o professor.

Foto: Camila Cunha

Segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os idosos representam atualmente 14,7% da população brasileira – 31,23 milhões de pessoas, em números absolutos. O dado é da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada em julho de 2022. Diante de um contexto em que as pessoas acima dos 60 anos ocupam uma parcela demográfica cada vez maior, é fundamental que se pense em quais aspectos podem melhorar a qualidade de vida delas, promovendo o envelhecimento saudável. 

Esse é o tema da pesquisa Avaliação do Programa de Incentivo à Atividade Física Para Idosos (PIAFI), coordenada por Rafael Baptista, professor e pesquisador do Instituto de Geriatria e Gerontologia (IGG), da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. O objetivo da pesquisa é investigar os fatores que podem contribuir para o envelhecimento saudável, como a cognição e a interação social, tendo como foco a promoção de atividades físicas e cognitivas para idosos. Entrevistas, avaliações físicas e cognitivas, e análises de dados qualitativos e quantitativos estão entre os métodos utilizados na pesquisa.  

Fatores que contribuem para o envelhecimento saudável 

O estudo realizado pelo Laboratório de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física da PUCRS, a partir dos idosos que participam do Programa PIAFI, também da PUCRS, busca investigar as relações entre a saúde e o bem-estar dos idosos. O professor Rafael explica que isso é feito por meio da implementação de atividades físicas, cognitivas e sociais que atendam às necessidades individuais de cada participante. “Isso envolve a avaliação biomecânica da marcha dos idosos, testes funcionais e avaliação da composição corporal. Esses procedimentos fornecem informações importantes sobre o estado de saúde geral do indivíduo e ajudam a orientar a prescrição de exercícios e outras atividades”, destaca ele. 

Rafael conta que os resultados da pesquisa têm se mostrado promissores: segundo ele, as descobertas iniciais apontam que a prática regular de atividades físicas da melhor idade traz grandes benefícios para o envelhecimento saudável, principalmente em termos de mobilidade, autonomia e funcionalidade dos idosos. No entanto, ele destaca que os exercícios físicos não são um fator isolado: 

“A nossa pesquisa adota uma abordagem mais holística e integrada, que considera uma variedade de fatores, incluindo atividades físicas, cognitivas e sociais, avaliação biomecânica da marcha, testes funcionais e composição corporal, a fim de promover o bem-estar e a saúde dos idosos de forma geral.” 

Rafael Baptista, professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, coordena o projeto/ Foto: Jonathan Heckler

O projeto de pesquisa, coordenado por Rafael, também envolve aproximadamente dez pesquisadores e professores, além de alunos de graduação e pós-graduação da Universidade que participam como bolsistas ou voluntários. A pesquisa também conta com uma parceria entre a PUCRS e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), por meio da participação de professores e doutorandos da instituição. Outra parceria que, segundo o coordenador, tem se mostrado fundamental para o sucesso da pesquisa, é com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que fornece recursos para a implementação do PIAFI. “Isso também possibilita a identificação de idosos que podem participar da pesquisa e a coleta de dados em um contexto real de atendimento à população idosa”, acrescenta ele. 

Quer se aprofundar no assunto?  

Seguindo essa linha, o PUCRS Online abriu as inscrições para a Pós-Graduação em Envelhecimento saudável: Prevenção, Tratamento e Cuidado. O curso tem o objetivo de formar profissionais capacitados para atuar no campo do envelhecimento humano, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Além disso, aborda temas como biologia do envelhecimento, cuidado em saúde, políticas públicas, entre outros.  

O curso é 100% online, trazendo em seu corpo docente tanto professores da PUCRS quanto professores convidados. “Pessoas interessadas em realizar apenas uma ou outra disciplina do curso podem fazê-lo como disciplinas isoladas e recebem um certificado de curso de extensão”, pontua Rafael. Além disso, a pós-graduação se conecta com a pesquisa em andamento: 

“Há planos de promover a integração entre a pesquisa e o curso, por meio da realização de atividades em conjunto, como a promoção de eventos, seminários e cursos para a comunidade. Mas a principal integração é que o PIAFI pode se apresentar como um excelente laboratório para a realização de TCCs”, revela.

Quero me inscrever

Foto: Luis Fortes/ MEC

Em dezembro, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), lançou os Parâmetros Nacionais para a Internacionalização na Educação Básica no Brasil, o guia de Internacionalização na Educação Básica: Práticas no Contexto Brasileiro e apresentou o aplicativo Escolas pelo Mundo, que busca reunir as práticas de internacionalização já implementadas nas escolas de todo o país. As ações partiram da Diretoria de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação (DIFOR) do MEC, coordenada pelo professor dos cursos de pós-graduação da PUCRS Online Renato de Oliveira Brito. 

As iniciativas passaram também pela Coordenação-Geral de Formação Professores da Educação Básica, que tem como coordenador geral o professor da Escola de Humanidades da PUCRS Alexandre Anselmo Guilherme, que contribuiu com a elaboração dos documentos para a educação brasileira. A equipe responsável contou com a coordenação da pesquisadora da Escola Marilia Morosini, com a atuação da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Vanessa Gabrielle Woicolesco e da professora da Universidade Federal de Santa Catarina Luciane Stallivieri.  

O objetivo era construir uma proposta de ações de internacionalização da Educação Básica brasileira, originada a partir de um ciclo de discussões globais sobre a importância do intercâmbio educacional de boas práticas na formação inicial dos estudantes. O desenvolvimento dos Parâmetros Nacionais busca auxiliar na reflexão e na construção de novas práticas pedagógicas, novas trilhas de ensino e de aprendizagem que busquem o desenvolvimento de competências internacionais e interculturais para interação e integração de estudantes, professores, demais profissionais da educação e da comunidade escolar em uma sociedade plurilíngue e multicultural.  

PUCRS é protagonista  

Os Parâmetros Nacionais foram desenvolvidos com base em reflexões sobre o momento educacional brasileiro e mundial, nas experiências de Internacionalização existentes em escolas brasileiras e no conhecimento de especialistas e pesquisadores que trabalharam de forma colaborativa para apresentar propostas e propor formas de internacionalizar a Educação Básica do país. A metodologia se deu por meio das parcerias com pesquisadores responsáveis pela elaboração de políticas brasileiras para a Educação Básica, agências de fomento, organismos nacionais e internacionais, representantes de escolas de Educação Básica, entre outros.  

Foto: Luis Fortes/ MEC

Desta forma, a equipe responsável organizou quatro seminários temáticos, que trataram respectivamente do Conceito da Internacionalização na Educação Básica, Contexto educacional brasileiro e a formação de professores, Estratégias para a Internacionalização na Educação Básica e da Avaliação e monitoramento da Internacionalização na Educação Básica. Neste último participaram as professoras da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Carla Bonan e Monica Ryff Vianna que contribuíram com as reflexões que subsidiaram a elaboração do documento com estratégias e resultados do Projeto Institucional de Internacionalização da PUCRS (PUCRS-PrInt) e suas possíveis aplicabilidades. 

A concepção de cada parâmetro considerou as diferentes realidades e contextos educacionais brasileiros, os diferentes repertórios linguísticos e manifestações culturais, valorizando o plurilinguismo e a multiculturalidade tão presentes na formação da sociedade brasileira. Foram levadas em contas nos Parâmetros Nacionais as escolas de fronteira, escolas indígenas, escolas ribeirinhas, escolas rurais, escolas quilombolas, educação de jovens e adultos, escolas regulares, escolas internacionais, escolas bilíngues, escolas com currículos internacionalizados, entre outras.  

De acordo com a professora Marília Morosini a relevância da Internacionalização na Educação Básica está no olhar atento para a formação, oportunizando que todos os seus estudantes, professores e demais profissionais estejam expostos a situações em que os conhecimentos internacionais e interculturais sejam aplicados. A docente complementa destacando que os Parâmetros Nacionais buscam valorizar os ambientes educacionais internacionalizados já existentes e para subsidiar a construção de novos, fomentar a reflexão sobre práticas pedagógicas que observem os critérios necessários para o desenvolvimento das competências internacionais e interculturais e para a formação de cidadãos globais.  

“Dessa forma, a escola cumpre com o seu papel fundamental de formar para o exercício da cidadania global e qualificação para o trabalho, preparando cidadãos conscientes da sua responsabilidade no desenvolvimento de uma sociedade crítica, mas acolhedora para todos os repertórios linguísticos e culturais apresentados por aqueles que nela convivem”, finaliza a pesquisadora. 

A cerimônia de lançamento dos Parâmetros para a Internacionalização na Educação Básica, do guia Internacionalização na Educação Básica: práticas no contexto brasileiro e do app Escolas pelo mundo foi realizada no dia 13 de dezembro de 2022 na Sede do Ministério da Educação em Brasília e está disponível no Youtube do Ministério da Educação 

Foto: Jonathan Heckler

O professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Rafael Reimann Baptista foi convidado para organizar e ser editor associado na revista Frontiers In Physiology, da Suíça. Na oportunidade, o docente foi responsável por organizar um Tópico de Pesquisa que apresentou 16 estudos, de 96 cientistas do mundo todo, nas áreas de áreas de biomecânica, exercício e outras intervenções em idosos – tanto saudáveis quanto aqueles com alguma patologia (câncer, cardiopatias, doenças imunológicas, problemas neurológicos). 

O professor Baptista atua no Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica onde desenvolve pesquisas reconhecidas internacionalmente nas áreas de exercício físico, fisiologia e saúde do idoso. Com o convite, assumiu o papel de convidar cientistas da Itália e da Austrália para integrar a banca responsável por selecionar estudos que apresentaram importantes evidências clínicas da eficácia de diferentes intervenções no envelhecimento. 

De acordo com o docente, a importância deste tema de pesquisa se deve ao fato de que no envelhecimento humano ocorrem alterações fisiológicas e biomecânicas que podem estar relacionadas a prejuízos na saúde física e déficits no controle motor dos idosos. Baptista explica que alterações no sistema nervoso, unidade músculo-tendínea e função articular e óssea podem afetar a postura e o movimento em idosos, iniciando com comprometimento funcional leve e progredindo para repouso no leito. 

“Devido ao aumento da expectativa de vida, há uma preocupação mundial e necessidade de desenvolver estratégias para prevenir o comprometimento físico em idosos, promovendo qualidade de vida. Estratégias de tratamento não farmacológico, como o exercício físico, têm sido destacadas em diversos estudos”, finaliza o professor. 

Biomecânica é foco de pesquisas nos laboratórios da PUCRS 

A biomecânica, ciência que estuda as funções motoras realizadas pelo corpo humano, é o foco de estudos do Laboratório de Avaliação e Pesquisa em Atividade Física (LAPAFI), que é um dos espaços da Universidade que reúne mais tecnologia de ponta. O recente sistema de biomecânica do laboratório conta com um serviço complexo de equipamentos, incluindo um sistema de cinemática. Através dele é possível realizar análises do movimento humano em alta resolução, com diferentes aplicações, como a avaliação de atletas e pessoas com problemas de locomoção. O aparelho, avaliado em mais de R$ 2 milhões, é composto por um conjunto de câmeras, sensores e computadores de última geração que capturam os movimentos do corpo e os transformam em dados gráficos, permitindo a modelagem e reconstrução da trajetória em diferentes condições. 

Coordenado pelo professor Rafael, o LAPAFI está situado no prédio 81, mesmo prédio que abriga o Parque Esportivo da PUCRS, e atende a uma ampla gama de cursos e especializações, como Educação Física, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Odontologia e Gerontologia. O espaço também serve para aulas práticas na graduação e pós-graduação, como pesquisas, Trabalhos de Conclusão de Curso, dissertações de mestrado, teses de doutorado, monografias de especializações, prestação de serviços e projetos com empresas. 

Sobre a Frontiers in Physiology 

Frontiers in Physiology é uma revista líder em seu campo, publicando pesquisas rigorosamente revisadas por pares sobre a fisiologia dos sistemas vivos, dos domínios subcelular e molecular ao organismo intacto e sua interação com o meio ambiente. Atualmente, a revista multidisciplinar de acesso aberto está na vanguarda da disseminação e comunicação de conhecimento científico e descobertas impactantes para pesquisadores, acadêmicos, clínicos e o público em todo o mundo. 

Sua missão é fornecer uma plataforma única para publicar as pesquisas mais destacadas em todas as subespecialidades abrangidas pela fisiologia e criar uma comunidade mundial de indivíduos com ideias semelhantes, a fim de facilitar a troca de ideias e promover interações entre os investigadores de todas as especialidades. Os Tópicos de Pesquisa da Frontiers são particularmente adequados para cumprir esta missão. 

Foto: Divulgação

Entre os dias 31 de outubro e 27de novembro, a professora aposentada da PUCRS Vera Lúcia Brauner realizou uma experiência de voluntariado na Região Amazônica. A docente teve uma passagem rápida por Lábrea, mas esteve em Camaruã por vinte dias, sendo que ambas as cidades localizam-se no estado do Amazonas. Ela ficou hospedada na Comunidade dos Irmãos Maristas.

A atuação de Vera na localidade foi relacionada à área de educação, na qual teve contato com professores/as da Educação Infantil, 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. “Observei as aulas e depois fizemos algumas reuniões de compartilhamento de saberes para alinhar atividades importantes a serem incluídas nas rotinas escolares de forma a contribuir com os processos de alfabetização das crianças”, explica.

A voluntária também visitou uma comunidade indígena. Em conversa com uma das professoras, Vera se surpreendeu com o quanto o trabalho desenvolvido é conectado com currículo, embora a educadora não tenha formação acadêmica.  “Ela investe sua criatividade em metodologias ativas e interdisciplinaridade de forma intuitiva, fazendo com que as crianças possam se manter conectadas com os conteúdos escolares mesmo quando necessitam se ausentar das aulas em função de demandas de trabalho/pesca/garantia de sobrevivência da família”, destaca.

​​Além das atividades pedagógicas, a professora afirma que a vivência do voluntariado se completa por uma infinidade de experiências de vida que foram maravilhosas. “A alimentação muito diferente da que estou acostumada, a visita às casas de farinha para conhecer o processo de produção de farinha de mandioca, as visitas aos moradores, conhecendo seus modos de vida, os deslocamentos de barco pelo rio em cada visita às comunidades. Tudo está guardado com carinho na memória. Volto feliz, de alma leve e com a certeza de que ficará em meu coração a saudade de tudo o que vi e vivi”, conclui.

Voluntariado em Roraima em janeiro

Quatro voluntários/as irão atuar na cidade de Boa Vista, em Roraima, em janeiro do próximo ano. Diego Brandão, professor do Colégio Marista Rosário, de Porto Alegre (RS), e Aline Grings, agente de pastoral do Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo (RS), embarcam no dia 6 de janeiro de 2023 e retornam no dia 20. Já Regina Kohlrausch, professora da Escola de Humanidades da PUCRS, e Glauramar Marques Barbosa, colaboradora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, viajam no dia 21de janeiro e retornam dia 4 de fevereiro.

As duplas ficarão hospedadas na Comunidade dos Irmãos Maristas da cidade, serão acompanhadas pelo Irmão Danilo Bezerra e atuarão junto aos/às imigrantes venezuelanos/as e comunidade local.

Desde 1988, a Editora Universitária da PUCRS (ediPUCRS) é comprometida com a publicação de obras de relevância científica, social, cultural, literária ou didática, das mais diversas áreas do conhecimento. A ediPUCRS realiza a publicação de 20 periódicos científicos sobre múltiplos assuntos, em mídia eletrônica no Portal de Periódicos da PUCRS, com livre acesso aos conteúdos apresentados.

Periódicos das áreas de Letras e Saúde

Livro da professora do curso de Letras foi destaque na 68ª Feira do Livro de Porto Alegre

A atuação da Editora também tem como objetivo publicar obras sobre temas contemporâneos e/ou resultantes de pesquisas acadêmicas, com caráter de divulgação científica, de todas as áreas do conhecimento. O livro “Quem conta um conto…”, da professora do curso de Letras da Escola de Humanidades da PUCRS Ana Márcia Martins da Silva, lançado durante a 68ª Feira do Livro de Porto Alegre é um dos exemplos.

Leia mais: EdiPUCRS participa de 68ª Feira do Livro de Porto Alegre

Todos os periódicos da ediPUCRS são membros do Committee on Publication Ethics (COPE) e contam com o Digital Object Identifier (DOI), código identificador importante para maior inserção, disseminação e divulgação dos periódicos. Conheça alguns dos periódicos nas áreas de Letras, Escrita Criativa e Saúde:

Conheça os periódicos de Letras e Escrita Criativa

BELT – Brazilian English Language Teaching Journal: A BELT apresenta artigos originais, resenhas de artigos, entrevistas e atividades didáticas relativos à área de Letras, abordando Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa e Portuguesa como línguas adicionais. Editor: Cristina Perna.

Letras de Hoje: A Letras de Hoje é responsável por apresentar artigos originais, resenhas de artigos, entrevistas e criação literária. Os temas abordados são relativos às áreas de Linguística, Teoria da Literatura, Literatura e Língua Portuguesa. Editores: Cláudio Primo Delanoy e Regina Kohlrausch.

Letrônica: A Letrônica traz textos originais, entrevistas e resenhas de livros acadêmicos relativos às áreas de Linguística e Literatura e suas interfaces. Editores: Maria da Glória Di Fanti e Pedro Theobald.

Navegações: A Navegações: Revista de Cultura e Literaturas de Língua Portuguesa, instituída em 2007, é uma revista científica semestral que contém textos relativos à área de Literatura de Língua Portuguesa, sendo publicados artigos originais, entrevistas, resenhas. Editores: Alva Martínez Teixeiro e Paulo Ricardo Kralik Angelini.

Scriptorium: A Scriptorium é uma revista científica da Escrita Criativa e seu escopo primário é publicar textos relativos à área de Escrita Criativa, abordando como temáticas a literatura, a criação e a recepção literária, sendo publicados artigos e ensaios originais, traduções, resenhas literárias e textos literários como poesia, ficção e não ficção. Editor: Altair Martins.

Conheça os periódicos das áreas da Saúde

PAJAR – Pan-American Journal of Aging Research: A PAJAR (Pan-American Journal of Aging Research) é uma revista científica do Instituto de Geriatria e Gerontologia e do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica da Escola de Medicina da PUCRS. Ela veicula textos inéditos relativos às áreas de Gerontologia e envelhecimento humano, sendo publicados artigos originais, artigos de revisão a convite da equipe editorial e editoriais. Editor: Alfredo Cataldo Neto.

Psico: A PSICO é uma revista científica do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS. A publicação disponibiliza textos relacionados à área da Ciência Psicológica, como artigos originais e revisões sistemáticas. Editoras: Adriane Xavier Arteche e Kátia Bones Rocha.

Scientia Medica: A Scientia Medica é uma revista científica da Escola de Medicina e do Hospital São Lucas da PUCRS. Com textos relativos às áreas de Medicina e de outras Ciências da Saúde, trazem enfoque interdisciplinar e possui abrangência regional, nacional e internacional, na medida em que artigos públicos originais, relatos de simulação realística e cartas ao editor. Editor: Manoel Antonio da Silva Ribeiro.

Leia também: Editora da PUCRS publica revistas científicas sobre Humanidades

Centro de Extensão Universitária Vila Fátima

CEUVF recebe selo PREVINE pelo acompanhamento de hipertensos / Foto: Giordano Toldo

“A pressão é uma questão e venho sendo acompanhada. Tomo remédio a mais de dois anos, pois na época não sabiam bem se era pressão alta ou uma enxaqueca crônica. Eu tinha dores de cabeça diárias, dormência nos lábios, vários fatores, mas o tratamento mesmo só começou há dois anos, incluindo o acompanhamento. Duas vezes na semana eu venho aqui aferir a pressão e ver como está. Aumentei a medicação devido ao tempo, mas no mais está tudo ok”, conta Elisabete Marques Chaves, 42 anos, uma entre centenas de pacientes hipertensos que fazem acompanhamento no Centro de Extensão Universitária Vila Fátima (CEUVF), no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre.

Com 40 anos de história com a PUCRS e há dois anos em cooperação com o Município de Porto Alegre e a União Brasileira de Educação e Assistência (UBEA), o CEU Vila Fátima recebeu, em 19 de outubro, destaque no indicador do PREVINE BRASIL, pelo acompanhamento de hipertensos na Região Leste, atendendo cerca de 690 pacientes hipertensos por mês.

A professora adjunta da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenadora de Ensino-Serviço em Saúde/DAA/PROGRAD Andrea Bandeira, destaca que este reconhecimento demonstra o impacto na qualidade da atenção à saúde da população e motiva ainda mais a equipe que vem trabalhando na qualificação do serviço e dos registros nos sistemas de informação. Com a contratualização dos serviços junto à Secretaria Municipal de Saúde, compreende-se que há um grande benefício para a população da região e trouxe um ganho importante para o ensino, pois a Unidade de saúde Vila Fátima se adequa ao modelo de atenção preconizado pela Política Nacional de Atenção Básica e Diretrizes curriculares para os cursos da área da Saúde.

Melhorias no atendimento

Segundo a gerente da unidade e enfermeira Viviani Caroni, este prêmio é resultado do empenho de toda equipe motiva para o alcance dos outros indicadores. “A partir da assinatura do contrato, nós usamos um sistema unificado e o resultado começa a aparecer – antes não aparecia. Agora com o uso do sistema do e-SUS os números começam a aparecer, pois ali são registrados os pacientes hipertensos e todas as aferições realizadas”, explica.

Centro de Extensão Universitária Vila Fátima

O CEUVF está localizado no bairro Bom Jesus e presta serviços à comunidade / Foto: Giordano Toldo

Apenas em 2021 foram mais 35 mil atendimentos registrados e, até o momento, foram 29.329 atendimentos, sendo uma média de três mil atendimentos por mês. Os números falam dos atendimentos de forma geral, pois Viviani ensina que uma das mais importantes mudanças feita no CEU Vila Fátima, além da contabilização, foi deixar para trás o papel de uma clínica com diversas especialidades para tratar somente doenças e questões específicas, adotando nos últimos dois anos um modelo de atenção primária.

“Foi um grande desafio fazer com que todos entendessem esse atendimento compartilhado e tudo que acontece aqui nesse modelo de atenção primária que é a prevenção – onde está inclusa a aferição da pressão arterial pois ela é fundamental para a prevenção das doenças, evitando que o paciente precise chegar até um hospital. Às vezes, na pressão arterial que a gente verifica aqui, já temos um diagnóstico e tratamos precocemente, evitando a internação e problemas futuros”, comenta.

Vila Fátima como Centro de Extensão Universitária

Além dos pacientes e funcionários do local, por mês, uma média de 90 a 100 estudantes da PUCRS cumprem estágio da graduação ou pós-graduação no CEUVF. Além da Medicina, os cursos de Enfermagem, Odontologia, Psicologia, Nutrição, Serviço Social, Farmácia, Fisioterapia e Direito também estão presentes.

A busca por um estágio pode ser uma questão para muitos, especialmente na procura por um lugar que priorize o aprendizado. A estudante do último ano de Medicina Giulia Mota, 24 anos, deu início aos seus estudos na PUCRS através de transferência, quando estava no quarto ano do curso, e está cumprindo seu último mês de estágio no Vila Fátima.

“Esse é meu segundo estágio aqui no Vila Fátima, que é o da medicina de família. Aqui, especificamente, foi um dos meus melhores estágios pois é onde a gente se sente um pouquinho mais médico, atendendo a comunidade. Foi bem interessante fazer meu estágio aqui e por isso eu decidi voltar este mês, em função de ter apreciado a experiência anterior.”

Atenção primária

A gerente da unidade explica que uma das bases do atendimento primário é integrar todas as áreas, percebendo o ser-humano como um todo para ajudá-lo ao tomar conhecimento de uma queixa que talvez não seja a primeira do paciente. Ela cita o exemplo de pessoas que chegam no local apresentando algum problema de saúde e, se em algum momento, em conversa com o/a médico/a, é percebida a necessidade de encaminhamento para uma outra área, o que é realizado dentro da própria unidade.

A senhora Darci, de 66 anos, é um caso de acompanhamento que começou pela hipertensão e depois passou para outras de atuação do Vila Fátima. Darci teve o encaminhamento para diagnóstico e cirurgia de catarata depois de apresentar suas queixas na Unidade de Saúde, e também passou por acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ela lembra que durante a pandemia de Covid-19, em uma de suas consultas para aferição de pressão, relatou para a médica seu estado de tristeza em função do luto. Desde então ela frequenta o Vila Fátima com regularidade para os dois acompanhamentos.

Centro de Extensão Universitária Vila Fátima

Endereço: Rua Quatorze, 227 – Vila Nossa Sra. de Fátima, Porto Alegre – RS, 91420-742
Dias de funcionamento: segunda à sexta-feira
Horário de atendimento: 8h às 17h
Telefone: (51) 3320-3536
E-mail: [email protected]

Como prevenir cáries: Dentista avaliando a boca de uma paciente

Crédito: Bruno Todeschini

A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença. Neste processo, a saúde bucal é fundamental, pois sua precariedade tem impacto não apenas nos dentes, mas também no corpo como um todo. Dados do Instituto do Coração (Incor), apontam que doenças na região podem causar outras condições, como doenças renais, osteoarticulares e respiratórias, além de diabetes, câncer e a ocorrência de desfechos adversos durante a gravidez.

No dia 25 de outubro é celebrado o Dia Nacional do Dentista, data que marca a criação dos primeiros cursos de Graduação em Odontologia no Brasil. Na PUCRS, os cursos de graduação e Pós-Graduação em Odontologia são pioneiros na formação de profissionais com condições de atuar em qualquer instituição do país e do mundo no seu campo de saber odontológico.

O professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Paulo Floriani Kramer desenvolve projetos de pesquisa nas áreas de enfermidades orofaciais da criança ao idoso, epidemiologia e etiopatogenia das doenças e disfunções do sistema estomatognático, cárie dentária na primeira infância e traumatismo alvéolo-dentário na dentição decídua. De acordo com uma de suas pesquisas, tem sido a dedicação de pesquisadores, dentistas e gestores conseguir traduzir esse conhecimento científico em estratégias eficazes de prevenção e controle populacional e práticas clínicas.

Açúcar na infância e cárie

A cárie dentária é a doença crônica mais comum da humanidade. A cárie não tratada tem um grande impacto na qualidade de vida relacionada à saúde entre crianças, adolescentes e adultos em todo o mundo. Ela é determinada por fatores biológicos, psicossociais e ambientais, com contribuições comportamentais críticas que se acumulam ao longo da vida. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2015), fatores dietéticos, particularmente o consumo de açúcares livres, são proeminentes entre os fatores de risco.

Como prevenir cáries: três dentistas mulheres, uma de jaleco azul e outras duas de jalecos brancos, avaliando a situação de um paciente

Crédito: Bruno Todeschini

Apesar das diretrizes nacionais e internacionais para práticas alimentares saudáveis, o consumo de alimentos e bebidas ricos em açúcar desde o primeiro ano de vida tem sido descrito não apenas no Brasil, mas em diversas populações do mundo. De acordo com o estudo Padrões de consumo de açúcar no início da vida e cárie dentária nos dentes permanentes: um estudo de coorte de nascimentos, com autoria do professor Kramer e outros pesquisadores, existem três fatores de dieta que são associados à cárie dentária nos dentes permanentes: o ganho de peso da mãe durante a gestação, a introdução de alimentos doces na infância e a compra de açúcar durante a infância, até os seis anos de idade.

Como apontado na pesquisa, a infância é um período crítico em que as experiências com vários alimentos e gostos podem influenciar as preferências e comportamentos alimentares futuros. Além disso, dietas compartilhadas entre mãe e filho, que apresentam alimentos cariogênicos e ricos em açúcar, podem explicar a presença de cárie em longo prazo observadas na dentição permanente.

A pesquisa explica que esses dados sugerem que os comportamentos relacionados à dieta no nível familiar e infantil se manifestam desde a gravidez e continuam na infância, com potenciais consequências para a saúde que continuam nos dentes permanentes. Desta forma, esses achados indicam a necessidade de intervenções em vários níveis para interromper esse padrão e preservar a boa saúde bucal ao longo da vida.

Como prevenir a cárie

Odontologia na PUCRS

Na PUCRS, a graduação em Odontologia já formou cerca de 3.800 cirurgiões-dentistas, além de ser o mais bem avaliado entre as instituições privadas no Rio Grande do Sul, segundo o Ministério da Educação (MEC). A Escola de Ciências da Saúde e da Vida proporciona uma formação acadêmica, profissional e humana, com um completo ecossistema de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo da Universidade, situado em um único campus. Toda essa infraestrutura proporciona aos alunos vivências e oportunidades diferenciadas durante a jornada acadêmica.

O mundo precisa de você em uma das melhores Universidades da América Latina, inscrições abertas para 2023/1, acesse.

Na Pós-Graduação a universidade também é referência na área com o Programa de Pós-Graduação, em Odontologia, que apresenta nota 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Os estudantes de mestrado e doutorado tem acesso ao conhecimento avançado na Odontologia, assim como aprimoram habilidades como redação científica, espírito crítico, conhecimento das políticas de pesquisa, multidisciplinaridade e inserção em Odontologia digital.

Acesse o portal e inscreva-se!