Uma pesquisa da Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. / Foto: Pexels
Quem nunca estipulou como meta ler mais? Uma atividade com múltiplas funções, ler pode ser uma forma de entretenimento, um meio de informação ou um caminho simples e acessível para adquirir conhecimento. Independente da motivação, o processo de leitura também é capaz de auxiliar no desenvolvimento de habilidades, contribuindo, inclusive, para a saúde mental. De acordo com o professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Augusto Buchweitz, ler pode atuar como um exercício que estimula o cérebro.
O hábito de leitura tem relação comprovada com uma melhor qualidade de saúde mental. A leitura, por envolver imaginação, mentalização, antecipação e aprendizagem (sempre aprendemos, ao menos, palavras novas), funciona como um ‘exercício’ para o cérebro humano. Apesar de não ser um músculo, o nosso cérebro precisa ser estimulado, destaca o pesquisador.
Outro fator que enfatiza a relação entre a leitura e a qualidade de saúde mental é ação da atividade na redução do estresse. A professora Aline Fay, coordenadora do curso de licenciatura em Letras com ênfase na Língua Inglesa, ressalta que pesquisas já demonstraram resultados positivos sobre essa contribuição.
“Uma pesquisa realizada pela Universidade de Sussex mostrou que ler ajuda a reduzir em até 68% os níveis de estresse. Durante o estudo, os sujeitos analisados diminuíram a frequência cardíaca e aliviaram a tensão dos músculos”, salienta a professora.
É importante entender que nem todos os gêneros literários agem da mesma forma no cérebro. / Foto: Pexels
Os benefícios da leitura não atuam no nosso cérebro apenas no presente. Estudos apontam que ler pode ser uma forma de proteger a mente contra o surgimento de doenças neurodegenerativas. Segundo a professora Aline, quando lemos melhoramos o funcionamento cerebral, o que ajuda a “atrasar” sintomas de doenças como demência e Alzheimer.
A professora destaca que inúmeras pesquisas comprovam o aumento das conexões neurais durante a leitura. Um destes estudos, realizado pela Universidade Emory, descobriu que ler afeta nosso cérebro da mesma forma como se realmente tivéssemos vivenciado os eventos sobre os quais estamos lendo. Diante disso, a professora ainda aponta que, ao lermos, podemos aumentar nossa empatia, ou seja, a capacidade de compreender e se solidarizar emocionalmente com o outro.
Mas nem todos os gêneros literários agem da mesma forma. O professor Augusto afirma que, de acordo com o conteúdo de cada história, outras regiões cerebrais são ativadas, resultando em comportamentos, emoções e experiências distintas.
Durante a leitura de histórias de suspense, por exemplo, a ativação do cérebro tem relação direta com a experiência do leitor. Os leitores que relataram ter ficado mais envolvidos com a narrativa foram os mesmos que tiveram maior ativação de uma circuitaria do cérebro, que envolve tentar antecipar o que vai acontecer (inferências futuras) explica.
Ele também frisa que especialistas no estudo da memória reforçam a importância do aprendizado constante e do hábito de leitura.
“O ilustre professor Ivan Izquierdo [falecido em 2021], um dos maiores especialistas em memória do mundo, frequentemente ressaltava em suas entrevistas que profissões como a de professor e artista de teatro, entre outras, por envolverem a leitura e aprendizagem constante, são profissões que ajudam a ‘proteger’ o cérebro de quem as desempenha”, comenta o professor.
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Além de ser uma atividade benéfica para o funcionamento e para a saúde da mente, a leitura participa do desenvolvimento de habilidades específicas. Para a professora Aline, ler é uma forma de ampliar competências. “A leitura favorece a melhora da escrita, expande o vocabulário, trabalha a criatividade e auxilia na formação do senso crítico (capacidade de reflexão sobre algo)”, afirma. Segundo ela, não há um tempo diário específico a ser dedicado à leitura para que as habilidades sejam desenvolvidas.
“O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, por exemplo, diz ler um livro a cada duas semanas, já Bill Gates diz ler todos os dias durante uma hora. Tudo varia em função do tempo e disponibilidade de cada um. O importante é desenvolvermos o hábito da leitura diária e criar estratégias, tais como reservar um momento do dia somente para a leitura, selecionar livros/temas que achamos interessantes, ter sempre um livro na cabeceira e, acima de tudo, ter paciência e resiliência”, recomenda a professora.
Para Augusto, a leitura pode estimular desde habilidades e conhecimentos mais fundamentais até aprendizagens que abrangem outros domínios, como o desenvolvimento de raciocínio e do pensamento científico. “Se pensarmos que aprendemos a ler e, por fim, podemos ler para aprender, o que estiver ao alcance da aprendizagem pela leitura está ao alcance do leitor”, conclui.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Veja algumas sugestões e tire dúvidas sobre esta modalidade esportiva
Ter companhia e um acompanhamento profissional podem ajudar a sua prática esportiva. | Foto: Bruno Todeschini
A corrida é uma atividade física que está em alta e pode ser praticada em diferentes lugares. Realizar esse tipo de exercício pode trazer diversos benefícios para a saúde, possibilitando a prevenção de problemas cardiovasculares, ansiedades, depressão e outros transtornos. No entanto, é necessário alguns cuidados ao começar a correr.
Para estar bem-preparado para a prática da corrida, confira as orientações do professor Rafael Baptista, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
Não existe um biotipo ideal para praticar a corrida. No entanto, pessoas com sobrepeso ou obesidade podem sofrer um impacto muito grande sobre as articulações durante a prática. Por isso, nesses casos, é importante ter o acompanhamento profissional e iniciar a prática esportiva com outra atividade, como musculação, pilates ou caminhada.
A sugestão é começar pela esteira, onde há menos impacto, além de evitar problemas relacionados ao clima, especialmente no verão. Depois de ganhar certo condicionamento utilizando o aparelho, você pode passar a se exercitar na rua. No entanto, nesse caso, é necessário tomar alguns cuidados: não se expor excessivamente ao sol ou a temperaturas elevadas, manter uma boa hidratação e cuidar o tipo de solo, para que seja o mais nivelado possível, prevenindo lesões.
O ideal, antes de começar a correr, é fortalecer alguns grupos musculares e melhorar o alongamento de outros. Sabe-se que o treino de força, como a musculação, é capaz de melhorar a resistência na corrida. Manter-se constante, o que exige uma organização para não faltar aos treinos, também é importante, pois, com a prática, o fôlego aumenta, melhorando o desempenho no exercício. Você ainda pode adquirir algum equipamento ou aplicativo para celular que ajude a contabilizar os treinos de corrida.
Existem divergências sobre se faz diferença utilizar um calçado adaptado para cada tipo de pisada. No entanto, é importante considerar que essa é uma escolha que deve levar em conta as características individuais e que pode ser orientada por um profissional de Educação Física. Ainda é preciso considerar as roupas adequadas, que permitem o movimento livre do corpo, sem causar atritos ou desconfortos. Mulheres, por exemplo, precisam utilizar um top esportivo adequado para o impacto.
Para começar a correr é essencial procurar o auxílio de um profissional de Educação Física, que poderá realizar a avaliação da biomecânica da corrida para prevenir lesões. Além disso, é importante realizar uma consulta com um cardiologista, para verificar a existência de contraindicações, e, caso exista algum histórico de dor nas articulações, buscar um ortopedista para realizar uma avaliação. Caso, ao iniciar a prática de corrida, sinta algum desconforto articular, é recomendado suspender a atividade e realizar uma consulta ortopédica.
Muitas vezes pode ser difícil começar uma nova prática esportiva sozinho. Para incentivar a si mesmo, e outros, chame amigos para correr aos finais de semana, e se der certo, pode virar um compromisso semanal. Ou, então, se junte a grupos de corrida ao ar livre, você verá que cada pessoa tem um ritmo e o importante é se exercitar.
O Parque Esportivo da Universidade é um local que pode ser utilizado por aqueles que desejam começar a correr: além das esteiras presentes na academia, o complexo possui uma pista externa de atletismo e ainda possui atividades de corrida em grupo. Saiba mais no site do Parque.
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Segundo relatório publicado pela Unicef, uma a cada sete crianças e jovens entre dez e 19 anos é diagnosticado com algum transtorno mental
De acordo com a Unicef pelo menos uma em cada sete crianças e jovens de dez a 19 anos convive com algum transtorno mental diagnosticado no mundo. / Foto: Pexels
Cuidar da saúde mental vem se tornando tão importante quanto cuidar da saúde física, especialmente entre crianças e adolescentes. O tema foi incluído pela primeira vez em 2021 pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) no Tratado de Pediatria, a principal publicação destinada a médicos que cuidam da saúde de pessoas com até 18 anos no país. Ainda no mesmo ano, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em parceria com o instituto Gallup, publicou o relatório Situação Mundial da Infância 2021. Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças, também elegendo a temática como prioridade de atuação.
Os dados levantados pela pesquisa da Unicef servem de alerta: pelo menos uma em cada sete crianças e jovens de dez a 19 anos convive com algum transtorno mental diagnosticado no mundo. Além disso, cerca de 46 adolescentes morrem por suicídio a cada ano no mundo, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária. Em crianças e adolescentes, os casos mais comuns quando falamos de saúde mental são: depressão, transtornos de ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno por uso de substâncias e transtorno de conduta.
O psicólogo, psicanalista e professor do curso de Psicologia da Escola de Ciências e Saúde da Vida da PUCRS Jefferson Silva Krug, destaca que comportamentos como birra e falta de atenção devem ser considerados em seu poder comunicativo, ou seja, podem indicar que alguma experiência emocional da criança necessita ser avaliada para melhor auxiliá-la. O apoio emocional, principalmente quando ofertado pelos pais, é fundamental para conseguir encontrar um diagnóstico o mais rápido possível.
“Muitas vezes os pais e responsáveis acabam passando muitos anos sem nenhum tipo de orientação e auxílio para o estabelecimento dessa escuta de comunicação entre o que a criança está demonstrando e aquilo que eles conseguem enxergar e acabam tendo medidas de cuidado que podem não ser as mais adequadas – e isso sim pode levar a pioras de quadros emocionais e relacionais também.”
Além do acompanhamento médico, há algumas ações que podem ajudar na prevenção de suicídios e outros problemas relacionados à saúde mental. / Foto: Pexels
Antes de tudo, é preciso prestar atenção aos sinais que crianças e adolescentes podem apresentar quando estão com a saúde mental debilitada. Os mais novos não conseguem se expressar como os adultos, por isso, é importante atentar aos sinais. Entre esses sinais podem estar, por exemplo, mudanças de comportamento e humor, dificuldade de concentração, perda ou ganho de peso repentino, vontade de se machucar e emoções intensas, como um medo excessivo de morrer e dores físicas. Em adolescentes, também vale a recomendação de cuidar se há vontade excessiva de usar álcool e drogas, além de comportamentos de isolamento social.
O aumento do número de diagnósticos de crianças com diferentes transtornos mentais pode assustar, mas para Jefferson, a preocupação deveria ser em como ajudar crianças e adolescentes a lidarem com essa condição. Evitar estereotipar doenças e transtornos mentais e fazer uma divulgação correta sobre quais emoções podem ser vividas durante a experiência infantil e adolescente pode ser um bom começo, que pode ajudar não só os pais, mas também as crianças e adolescentes a buscarem ajuda.
“É preciso orientar os pais a respeito de como cuidar das crianças e dos adolescentes, abrindo espaços para diálogos dentro da família e também em espaços privados, como os atendimentos psicoterápicos. Também é preciso um esclarecimento acerca das possibilidades e benefícios que uma psicoterapia e uma análise com crianças e adolescentes podem trazer para toda a família. E esclarecer também o que elas podem trazer para o desenvolvimento emocional daquela criança ou daquele adolescente e da família como um todo.”
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Além do acompanhamento médico, há algumas ações que podem ajudar na prevenção de suicídios e outros problemas relacionados à saúde mental. Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Hospital Albert Einsten, essas ações, além de diminuir fatores de risco, também podem aumentar a qualidade de vida de crianças e adolescentes.
Relações afetivas com o círculo familiar, ambiente aberto ao diálogo e escuta ativa, praticar atividades prazerosas como ler ou ir ao cinema e também estabelecer uma rotina para diversas atividades. Uma boa alimentação, alinhada a uma boa noite de sono e exercícios físicos regulares também são fundamentais. Tanto a ABP como o Albert Einsten reforçam que crianças e adolescentes também precisam ir ao médico regularmente, além de aprender a administrar emoções.
O psicanalista ainda alerta que, antes de tudo, pais e responsáveis precisam escutar as crianças e adolescentes.
“Não existe uma receita a ser usada de maneira idêntica para todas as crianças. Estamos acostumados a educar dizendo o que elas devem fazer, mas precisamos aprender a ouvi-las e ajudá-las a formular suas percepções sobre si mesmas, auxiliá-las a buscar um sentido para o que estão sentindo. E a partir disso, ajudar as crianças e adolescentes a terem essas experiências e seguir investindo nisso”, finaliza Jefferson.
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Professora do curso de Psicologia explica os processos pelos quais passam as pessoas que perderam alguém
Foto: Envato
A morte de uma pessoa amada é considerada uma das experiências mais difíceis de serem superadas, individualmente e pelo núcleo familiar. A dor gerada pelo rompimento de um vínculo afetivo produz a necessidade de reorganização em uma nova realidade a ser experimentada sem a pessoa que faleceu.
“A perda desencadeia o chamado processo de luto, que pode se evidenciar de diferentes formas e intensidades, conforme o vínculo e o significado de quem nos deixou”, explica Ângela Seger, professora do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida da PUCRS.
A docente explica que o luto se manifesta por meio de uma série de reações que envolvem respostas emocionais (sentimentos de tristeza, culpa, raiva, autocensura, ansiedade, saudade), cognitivas (pensamentos de descrença, confusão, preocupação) e comportamentais (distúrbios do sono, do apetite, isolamento social, agitação, choro, evitação de lembranças).
“Essas manifestações são reações naturais e esperadas, e esse processo precisa ser vivido para as transformações necessárias serem efetivadas”, pontua.
A professora também destaca que, no contexto atual, algumas ações que atuam como facilitadoras para o luto, como acompanhar a pessoa em seus últimos dias, ter a sensação de que fez tudo que podia e realizar os rituais formais de despedida, ficaram comprometidas. “O distanciamento físico, as perdas secundárias e a dificuldade para receber apoio podem tornar este processo mais doloroso e as reações podem se intensificar, exigindo maior atenção do enlutado e sua família”, aponta Ângela.
No entanto, alguns comportamentos podem auxiliar a lidar com as perdas. Confira:
Após uma perda é esperado que sentimentos como medo, tristeza, culpa, raiva e insegurança sejam potencializados e, com isso, alguns comportamentos se evidenciem, como o desejo de ficar só e a sensação de falta de energia ou de motivação, por exemplo. É importante observar que, durante o período de luto, suas emoções são respostas às mudanças ocorridas a partir da falta que a pessoa faz em sua vida. Procure acolher seus sentimentos, sem evitá-los ou suprimi-los.
Foto: Envato
Procure não se cobrar ou exigir de outros familiares e amigos que as mesmas emoções sejam expressas de igual maneira, pois cada pessoa acessa e demonstra seus sentimentos de forma diferente. Lembre-se que o luto necessita de um período para ser vivido, mas que com o passar do tempo a dor da perda poderá se transformar em saudade.
As relações com pessoas afetivamente significativas são uma importante fonte de suporte emocional. Reforçar as estratégias de contato virtual, aumentando sua frequência, não substitui a relação presencial, mas minimiza a tendência ao isolamento, uma reação que, aliada a tristeza e ao desânimo, pode potencializar o afastamento e o sofrimento.
Manter contato com pessoas com quem você se sente confortável para falar sobre sua experiência e pedir auxílio nas atividades cotidianas que estão mais difíceis de serem realizadas são algumas das estratégias que podem ser utilizadas para que você se sinta acolhido/a.
Construir novas rotinas, preferencialmente que contemplem períodos de atividade mais organizadas (trabalho e estudos) e períodos de descanso e relaxamento, pode contribuir para que você se reestabeleça. Você também pode buscar diversificar as atividades, identificando novas possibilidades de interesse e desenvolvimento de habilidades que gerem satisfação e prazer. Fazer um planejamento objetivo dessas atividades permite que elas sejam “concretizadas” no papel, o que facilita a implementação prática.
Para algumas pessoas, a retomada das atividades pode ocorrer de forma mais rápida, como uma maneira de se conectar com outras pessoas e se ocupar de modo saudável, mas há quem necessite de um tempo maior para isso. Entenda seu próprio tempo e não se culpe.
Foto: Envato
Durante o processo de luto, há a necessidade de ampliar o autocuidado, pois os impactos produzidos pela perda podem fazer com que sejam alterados hábitos como sono, alimentação e cuidado na manutenção de tratamentos de saúde prolongados. A saúde mental também pode ser afetada, pois o sofrimento desencadeado pode levar ao uso de respostas não adaptativas e à busca de estratégias pouco saudáveis. A identificação e realização de atividades que gerem bem-estar e satisfação podem ser utilizadas e incrementadas conforme o interesse do enlutado.
Algumas pessoas podem encontrar esta sensação de bem-estar, mesmo que de maneira temporária, na leitura de um livro, na música, em uma caminhada, em uma conversa com alguém, na pintura, entre outras. A espiritualidade também pode exercer uma função significativa de conforto e proteção nestes momentos. É importante assinalar que cada pessoa deve se observar e descobrir qual ou quais estratégias respondem melhor a sua necessidade e estão de acordo com seus valores e crenças.
Busque ajuda caso perceba que seu sofrimento está muito intenso, se prolongando ou mesmo impedindo que consiga manter suas atividades, causando muito impacto na sua vida e em suas relações. Outro sinal de que é preciso buscar suporte emocional pode surgir quando as pessoas a sua volta sinalizam que estão preocupadas com sua saúde mental. Esses sinais podem significar que as perdas vivenciadas neste período estejam lhe sobrecarregando e, neste caso, pode ser necessário o auxílio de um profissional qualificado para não haver agravamento das dificuldades.
O Núcleo de Apoio Psicossocial realiza atendimentos a estudantes e professores/as com orientações sobre os cuidados com a saúde mental e seus impactos nos processos de ensino e aprendizagem. O acolhimento está sendo feito por profissionais da Psicologia com apoio da equipe multidisciplinar.
Atendimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, mediante agendamento pelo e-mail [email protected], pelo telefone (51) 3320-3703 ou diretamente na sala 301 do Centro de Apoio Discente (no 3º andar do Living 360°, prédio 15).
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Professora de Nutrição da PUCRS Carolina Abud promove workshop para colaboradoras e alunas. Evento acontece nos dias 26 e 27 de agosto
Agosto é o mês mundial do incentivo ao aleitamento materno/ Foto: Giordano Toldo
Essencial para a sobrevivência, a nutrição e o desenvolvimento nos primeiros meses de vida e no início da infância, o leite materno é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o “alimento de ouro” para os bebês. Para conscientizar a população sobre a importância da amamentação, o Agosto Dourado marca a campanha mundial de incentivo ao aleitamento materno.
Mas, afinal, por que a prática do aleitamento é tão essencial? Caroline Abud é nutricionista materno infantil, pesquisadora e professora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e da Escola de Medicina, e afirma que além da questão da saúde, a amamentação também traz benefícios psicológicos e de qualidade de vida. “A amamentação é uma das formas de estabelecimento de vínculo entre mãe e bebê”.
A amamentação possui inúmeros benefícios para a saúde da criança como um todo. Caroline explica que o leite humano é um alimento completo e personalizado em termos de nutrientes, proporcionando o adequado crescimento e desenvolvimento do bebê.
“Há evidências associando a exposição ao leite humano (quanto mais prolongada, melhor) à prevenção de sobrepeso, obesidade e diabete tipo II ao longo da vida, maior potencial intelectual, menos chances de má oclusão dental e até mesmo redução de mortalidade e morbidade no recém-nascido e lactante. Para as mães, os achados dos estudos consideram a prática como forma de prevenção de câncer de mama e ovário e contribuição para controle de natalidade”, pontua.
O leite materno possui nutrientes específicos necessários para os bebês, que não podem ser nem mesmo replicados em formulações artificiais. Os principais componentes desse leite são carboidratos, proteínas, lipídeos (gorduras), vitaminas, minerais, compostos imunológicos e componentes que favorecem a melhor colonização de bactérias para o intestino. Todos esses componentes se fazem presentes no leite em proporções exatas, que variam conforme as etapas da vida da criança. Caroline destaca, inclusive, que uma dieta saudável por parte da mãe pode contribuir significativamente para a qualidade do leite.
Falta de informação adequada e a ausência de uma rede de apoio contribuem para o desmame precoce/ Foto: Giordano Toldo
A nutricionista alerta que o desmame precoce, ou seja, quando as mães deixam de amamentar seus filhos, pode ser um fator de risco para alterações de saúde, crescimento e desenvolvimento da criança. Além disso, a alimentação do bebê em caso de desmame também é um fator determinante, com alguns aspectos a serem considerados, como a exposição precoce ao leite de vaca (antes dos 12 meses), alimentos ultraprocessados e açúcar (24 meses). Também é importante considerar os fatores socioeconômicos e de informação envolvidos. Apesar de tudo isso, Caroline deixa um alerta:
“É importante olhar para essa questão com empatia, e que estes dados não levem as mães que não amamentaram por algum motivo a se sentirem menos mães ou como algum tipo de fracasso.”
Caroline também destaca os principais motivos que levam mães a não amamentarem seus filhos. Um deles, que acaba permeando todos os outros, é a ausência de uma rede de apoio – que deve ser composta pela sociedade como um todo: familiares, amigos, profissionais de saúde, empresas. A pouca acolhida para com a mãe pode dificultar a produção de ocitocina, hormônio relacionado à ejeção de leite, que está ligado às emoções.
Outro fator que pode contribuir é falta de informação assertiva em diferentes momentos (gestação, pós-parto imediato e ao longo do tempo de amamentação). Além disso, também há a questão de orientações inadequadas quanto ao início da alimentação complementar, que deve iniciar após os seis meses de vida, e também quanto ao manejo de intercorrências, como ganho de peso, problemas de pega, fissuras nas mamas. “Muitos profissionais acabam iniciando complementos de forma precoce, o que pode contribuir para menor produção de leite”, explica a pesquisadora. Há ainda a ação das indústrias alimentícias, que contribui para esse desmame.
Em casos onde a mãe não pode amamentar diretamente, o bebê pode receber o leite ordenhado ou doado/ Foto: Giordano Toldo
“A indústria de fórmulas infantis, a propaganda abusiva de produtos alimentícios e dispositivos que podem favorecer ao desmame (bicos e mamadeiras, por exemplo). Para isso temos normativas de controlam alguns aspectos relacionados a indústria e o quanto se atingem os vulneráveis (pais e crianças na primeira infância)”, pontua Caroline.
A separação do binômio mãe/bebê, em casos de um nascimento prematuro, por exemplo, também pode ser um fator determinante. “Neste caso, assim que o bebê pode ser alimentado (muitas vezes não diretamente ao seio materno), ele pode receber o leite da mãe ordenhado, ou ainda, doado. Para esse processo existem os bancos de leite humano”, explica a docente.
Entre as situações específicas que impedem que a mãe amamente seu bebê estão a presença do vírus HIV e HTLV, galactosemia (erro inato do metabolismo) e o uso de algumas medicações e drogas ilícitas. Nesses casos, é sempre importante consultar um médico para fazer as avaliações necessárias.
Com o objetivo de expressar apoio e acolhimento para as mulheres que são mães, a PUCRS possui sua própria Sala de Amamentação. Localizada na sala 220 do Living 360 (prédio 15), o espaço é frequentado por estudantes e colaboradoras que desejam ter um espaço seguro e confortável para a extração e armazenamento de leite materno. Egressas podem utilizar o espaço mediante a apresentação da carteirinha Alumni PUCRS.
A Universidade também realiza diversas pesquisas sobre o tema. Em abril, o Grupo Interdisciplinar de Pesquisas em Nutrição e Saúde da Criança, coordenado pela professora Caroline Abud, apresentou quatro trabalhos sobre aleitamento materno no XVI Encontro Nacional de Aleitamento Materno (ENAM), no VI Encontro Nacional de Alimentação Complementar Saudável (ENACS) e no I Encuentro Latino Americano y Caribeño de Lactancia Materna (ELACLAM) realizado pela Rede Internacional em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN).
No evento, que conta com o apoio do Ministério da Saúde, CAPES, CNPq, UNICEF e OPAS, uma das pesquisas apresentadas foi sobre o próprio espaço no Campus: “Implantação de Sala de Apoio à Amamentação no Campus de uma Universidade Privada no Sul do Brasil: um estudo de caso”.
As Escolas de Medicina e de Ciências da Saúde e da Vida promovem, nos dias 26 e 27 de agosto, o V Encontro PUCRS em Homenagem ao Agosto Dourado. O evento, que acontece na sala 321 do Prédio 15 (Living), compartilhará informação e conhecimento, além de proporcionar discussões relacionadas à importância do leite materno e prática da amamentação. Você pode encontrar mais informações sobre e o encontro e fazer sua inscrição aqui.
A professora Caroline coordena o evento, realizado anualmente em apoio à Semana Mundial do Aleitamento Materno, e convida todos os alunos, profissionais e comunidade a participarem.
“Entendemos como nossa responsabilidade, enquanto universidade, promover a prática, por meio desta e outras ações de incentivo. Quem participa carrega alguma informação importante a ser multiplicada, contribuindo assim para a formação da rede de apoio que queremos.”
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Currículo renovado e conectado com as exigências sociais são destaque da graduação
Georges Hilal se formou no curso de Psicologia da PUCRS, em 2024. / Foto: Giordano Toldo
Georges Hilal é de Sant’anna do Livramento e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa é natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar-comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS.
Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:
“Escolhi a PUCRS, pois ela oferece excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.”
Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora:
“Considero a PUCRS uma universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso, devido às oportunidades da universidade dentro e fora do campus. Considero que a Universidade, com tantos serviços e ações no campus e articulações fora dele, com tanta qualidade e compromisso, é um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar na PUCRS.”
Hoje, Ketlin Costa é mestranda do Programa de Pós-graduação em Psicologia da PUCRS / Foto: Giordano Toldo
Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de cada vez mais profissionais para cuidar da saúde mental da população e na promoção da saúde. Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde.
Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.
Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras.
“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele.
O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.
“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.
Prédio 11 abriga salas e outros espaços de aprendizagem do curso de Psicologia/ Foto: Divulgação
Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas.
“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.”
Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma.
Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela também exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha.
O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade.
“Quase a totalidade dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhado atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano.
Tradição do curso, currículo consistente e carga prática estão entre os principais diferenciais do curso/ Foto: Giordano Toldo
O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.
Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.
“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele.
Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins. Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece.
Com o avanço tecnológico e científico em todas as áreas da medicina, em especial na oncologia, cardiologia e neurologia, a demanda por profissionais com conhecimento em Radiofarmácia tem aumentado a cada dia. Para suprir essa necessidade, a PUCRS, por meio da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, está lançando o primeiro curso de pós-graduação na área oferecido por universidade privada no Brasil.
“Dentro de um curto espaço de tempo, os profissionais que forem atuar em Radiofarmácia deverão ter um certificado de especialista ou apresentar comprovação de atuação na área nos últimos anos”, afirma a professora Cristina Jeckel, coordenadora do curso.
Nessa linha, o curso oferece uma capacitação aprofundada e inédita com foco prático na fabricação de radioisótopos de uso médico, incluindo a realização de um estágio no Instituto do Cérebro da PUCRS (InsCer). Referência nas áreas de Medicina Nuclear e Radiofarmácia, o InsCer atua há mais de dez anos pesquisando, produzindo e distribuindo fármacos e especializando-se em diagnósticos mais precisos de diversas doenças através de seu Centro de Imagem Molecular.
O produto desta especialidade farmacêutica é o radiofármaco, um medicamento formado por uma molécula ligada a um elemento radioativo. Conforme o tipo de radiação emitida, os medicamentos podem ter função diagnóstica ou terapêutica.
Na Medicina Nuclear, os radiofármacos são essenciais para a realização dos exames PET/CT e SPECT, que geram imagens metabólicas do corpo humano. A partir da injeção do medicamento, os aparelhos otimizam, junto ao radiofármaco, a localização das células associadas à patologia, permitindo uma possível detecção precoce de diversas doenças, além de auxiliarem no diagnóstico de casos clínicos oncológicos e neurodegenerativos. “No futuro, a Radiofarmácia terá uma projeção cada vez maior. Além da detecção precoce, os métodos de investigação e de terapia são não invasivos, gerando mais segurança e conforto para os pacientes”, aponta Cristina.
Aulas com professores/as que são profissionais atuantes na área de Radiofarmácia com alta qualificação acadêmica e acumulam experiências tanto na rotina quanto na pesquisa, fatores que impactam no nível das atividades ministradas. Compõem o time profissionais de renome que fazem parte de institutos, centros de pesquisa e corporações, como a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), o Instituto do Câncer – RJ (INCA), o Laboratório de Medicina Nuclear da Faculdade de Medicina da USP (LIM43- FMUSP) e a University Medical Center Groningen, na Holanda;
“O curso é um grande diferencial na carreira de qualquer profissional da Radiofarmácia. Estamos comprometidos em formar profissionais que estejam aptos às atividades práticas que o mercado de trabalho exige nos dias de hoje”, informa Frederico Werlang, coordenador de produção de Radiofármacos do InsCer.
Por meio do Centro de Produção de Radiofármacos (CPR), o InsCer desenvolve, produz e distribui fármacos altamente especializados para o diagnóstico de câncer e, de forma pioneira, para o diagnóstico de doença de Alzheimer. Estes radiofármacos são enviados para toda a região Sul do Brasil e alguns grandes polos do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, além da utilização para os exames de imagem realizados no Centro de Imagem Molecular (CIM), do próprio Instituto.
O Centro de Produção de Radiofármacos do InsCer tem área aproximada de 900 m². Nele, ficam localizados os Laboratórios de Produção, de Controle de Qualidade Físico-Químico e de Controle de Qualidade Microbiológico. O CPR abriga um cíclotron, que é o acelerador de partículas responsável pela produção do material radioativo utilizado como matéria-prima para a fabricação de radiofármacos.
“Possibilitar que alunos façam parte deste ambiente multidisciplinar no qual temos a produção dos medicamentos em cíclotron, manejo com pacientes e realização de exames são alguns dos maiores diferenciais oferecidos pelo curso”, diz Frederico.
Georges Hilal, de 22 anos, é de Sant’anna do Livramento, e sempre teve o desejo de escutar e compreender o funcionamento da mente humana. Já Ketlin Costa, de 26 anos e natural de Viamão, tinha um objetivo mais específico: aprender sobre como se dão as relações étnico-raciais no contexto brasileiro e os efeitos psicossociais causados pelo racismo, principalmente na população negra. O interesse e a curiosidade pelas particularidades das relações humanas os levaram a um lugar em comum: atualmente, ambos estão no último semestre do curso de Psicologia da PUCRS.
Para eles, a graduação em Psicologia da PUCRS é um privilégio e um diferencial e tanto na carreira. Georges destaca a excelência do ensino, que o fez escolher estudar na Universidade:
“Escolhi a PUCRS pela excelência no ensino e reconhecimento no mercado de trabalho, sendo uma das mais renomadas no Brasil e nas Américas. Aqui temos uma experiência completa: das salas de aula bem equipadas aos espaços de lazer, da maior biblioteca da América Latina aos eventos culturais na Rua da Cultura. Além disso, a possibilidade de internacionalização é mais um atrativo. Tudo é pensado para a realização de um futuro promissor.”
Ketlin descreve a experiência de cursar Psicologia na PUCRS como gratificante e transformadora:
“Considero a PUCRS uma Universidade incrível, que proporciona vivências plurais e diversas ao longo do curso. Os serviços e ações dentro do campus e articulações fora dele são um diferencial transformador na formação profissional. Sinto-me muito alegre e grata por estudar aqui.”
Nos últimos anos, a preocupação com a saúde mental vem aumentando cada vez mais, juntamente com o número de pessoas atingidas por transtornos psicológicos. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais pessoas com ansiedade e o quinto com mais diagnósticos de depressão. Nesse contexto, é essencial a formação de profissionais para cuidar da saúde mental da população e para a promoção da saúde.
Em vista disso, o curso de Psicologia da PUCRS tem como principal foco formar psicólogos/as generalistas, teórica e tecnicamente embasados/as para atuar em diferentes cenários socioculturais e profissionais; capazes de compreender os sujeitos e seus processos de subjetivação de forma integral, empenhados/as no desenvolvimento profissional, na atuação ética, na transformação social e na promoção da saúde.
Ocorrida em 1953, a fundação da graduação em Psicologia da PUCRS é anterior até mesmo à regulamentação da profissão no Brasil, pela lei 4119/62. Foi o segundo curso da área a ser fundado no País, permitindo que muitos dos psicólogos que participaram da constituição da psicologia como área de prática profissional e científica fizessem sua formação na PUCRS.
Cristiano Dal Forno, professor da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e coordenador do curso, reitera a tradição e destaca o currículo renovado e conectado com as exigências sociais, além da localização em um campus universitário que oportuniza aos estudantes intercâmbios com as diversas áreas do saber e vivências transformadoras.
“O curso conta com um Laboratório de Processos Psicológicos Básicos, no qual se podem realizar experimentos virtuais, além de incomparável estrutura física e humana para a realização das práticas supervisionadas, com mais de 22 salas para atendimentos individuais e de grupos, sala de espelho para atendimentos e observações e mais de dez psicólogos supervisores”, explica ele.
O curso de Psicologia conta com diversos espaços de aprendizagem que fomentam o desenvolvimento acadêmico e profissional dos estudantes. O maior destaque é o Serviço Escola do Curso, destaque na área por contar com variados núcleos de estágio: psicologia social-comunitária, escolar, do trabalho, clínica psicanalítica, comportamental e sistêmica e, também, os recém implantados núcleo de avaliação psicológica e núcleo de estágios básicos.
“Como campos de práticas supervisionadas, as instalações do Hospital São Lucas e do Centro de Extensão Universitária Vila Fátima recebem muitos dos alunos do curso em estágios básicos e profissionalizantes”, acrescenta Cristiano.
Além desses espaços, há ainda mais de 100 locais externos à Universidade credenciados para estágio obrigatório, em diferentes áreas de atuação: psicologia clínica (diferentes abordagens teóricas), psicologia do trabalho, jurídica, do esporte, comunitária, hospitalar. O coordenador afirma que esses espaços proporcionam aos alunos contato com o amplo campo da psicologia e do ofício do psicólogo, por meio de práticas supervisionadas por profissionais com experiências em suas áreas.
“Um dos princípios que direcionam a formação ofertada pelo curso de Psicologia da PUCRS é a ética profissional e atenção aos Direitos Humanos, preceitos fundamentais. Em virtude disso, os espaços de aprendizagem ofertam oportunidades de práticas que colocam o estudante em contato direto com o fazer técnico, mas fomentam, em grande medida, a reflexão ética e a função cidadã da profissão.”
Georges elogia muito a estrutura física do curso, principalmente as salas de aula, nas quais os alunos passam longas horas de estudo. Além das salas, o espaço que ele mais utiliza – e seu favorito – é o Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia (SAPP), que ele descreve como excelente e um terreno fértil para os estudantes que desejam se aventurar nas diferentes áreas da Psicologia. “Lá, inaugurei a minha escuta clínica e vivi instantes marcantes. A sala de espelhos é uma relíquia! Circular pela estrutura física do curso é um privilégio”, afirma.
Quem também adora o SAPP e a sala de espelhos é Ketlin, que realiza seu estágio obrigatório no serviço. Além disso, ela exalta os diversos espaços do prédio 11, incluindo as secretarias, o auditório e os grupos de pesquisa do curso. Entre estes últimos, destaca a sala do grupo de pesquisa Psicologia, Saúde e Comunidades, coordenado pela professora Kátia Bones Rocha.
O quadro docente do curso merece especial destaque: é constituído por professores com consistente formação acadêmica, possuindo pós-graduação stricto sensu, dos quais mais de 70% são doutores em suas áreas de especialidade.
“Grande parte dos docentes estão vinculados ao mercado de trabalho da psicologia, desempenhando atividades em clínicas, empresas, consultorias e/ou escolas. Tal característica permite que os professores ofertem conteúdos e experiências em sala de aula diretamente relacionados à atualidade do fazer em psicologia, permeados por exemplos de suas próprias práticas profissionais”, destaca o professor Cristiano.
O aluno graduado em Psicologia pela PUCRS sai preparado para lidar com os mais diversos desafios da profissão. O histórico consolidado do curso propicia reconhecimento por parte do mercado de trabalho, sendo um diferencial competitivo para os egressos. Além disso, as disciplinas práticas e os estágios obrigatórios exercem papel fundamental na preparação dos alunos para atuar na área. “O fato de os alunos terem dois anos de prática em estágios básicos e obrigatórios os coloca diretamente em contato com o mundo do trabalho, em diferentes áreas de atuação da psicologia”, acrescenta o docente.
Ele destaca os principais atrativos e diferenciais do curso para aqueles que pensam em seguir carreira na Psicologia: a junção da tradição com a inovação, infraestrutura atualizada e excelentes professores.
“O estudante tem a possibilidade de ter contato com as principais linhas teóricas e áreas de atuação da Psicologia na contemporaneidade, em uma formação abrangente, atualizada e que permite a construção de diferentes trajetórias após a graduação. Além das disciplinas obrigatórias do curso, o estudante poderá acessar conhecimentos de diversas áreas por meio de disciplinas eletivas e projetos de extensão, ampliando sua visão de mundo e experiências de vida”, pontua ele.
Além disso, há a integração da graduação com a pós, por meio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP). Fundado em 1987, possui avaliação nota 7 pela CAPES (maior nota que um programa de pesquisa pode atingir no país) e é referência nacional e internacional em suas áreas de concentração, mantendo convênios e parcerias com outros programas internacionais de excelência em Psicologia e áreas afins.
Por meio da integração com a graduação, os alunos podem desenvolver práticas de iniciação científica, bem como cursar disciplinas do mestrado, por meio de programas de fomento à pesquisa que a Universidade oferece.
O aforismo atribuído ao filósofo grego Sócrates, “conhece-te a ti mesmo”, é uma das referências mais citadas quando o assunto é o autoconhecimento. Saber identificar suas habilidades, vulnerabilidades, desejos e comportamentos é uma habilidade fundamental para o desenvolvimento individual. Conhecer a si mesmo, portanto, significa ampliar a autoconsciência e a visão sobre a autoimagem.
Praticar o autoconhecimento, no entanto, nem sempre é fácil. Para auxiliar, professora Manoela Ziebell, do curso de Psicologia da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, listou cinco ações que podem facilitar seu processo de desenvolvimento. Confira:
A pessoa que você é hoje foi construída ao longo de sua trajetória de vida a partir de interesses, tomadas de decisão e experiências. O exercício de repensar sobre momentos da sua história possibilita que você se pergunte o porquê de algumas escolhas. Essas respostas podem auxiliar a entender seus interesses, hábitos, relações e preferências atuais.
Conectar esses pontos também permite que você pense sobre o futuro com mais clareza, identificando objetivos com maior sentido em sua vida e estabelecendo metas mais factíveis considerando seu contexto atual. A clareza sobre seu ponto de partida, onde você está hoje e o que quer alcançar pode contribuir para aumentar o sucesso no cumprimento de suas metas.
Em que momentos do dia você tem mais energia? E em quais tem menos? Que tipos de atividade lhe dão mais prazer? Quais gostaria de não precisar fazer? Por que isso acontece? Responder essas perguntas pode ajudar você a organizar melhor seu dia e suas atividades de forma a ter mais prazer e mais energia quando as realiza.
Isso aumenta seu senso de autoeficácia e atende uma necessidade de competência que todas as pessoas têm. Se você não sabe a resposta, procure observar como se sente ao longo da semana e faça registros. Identifique, para cada atividade, como está sua energia e o quanto você se sente envolvido com ela.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Procure ter novas experiências e observe como se sente. Neste momento de distanciamento social, experimente diferentes formas de se organizar para estudar; fazer uma comida que você nunca fez; ampliar o tempo e a forma como lida com um hobby; ou aprender algo diferente.
Procure desafios compatíveis com o tempo de que você dispõe e com o seu nível de habilidade. Experimentar coisas novas e muito difíceis pode fazer com que você desanime ou avalie negativamente a experiência. Se você tentou algo novo e não teve certeza sobre o que pensa ou como se sente, experimente mais uma vez. E tome cuidado para não se expor a riscos desnecessários nesse processo. Se precisar, peça ajuda. E, se não tiver certeza de que é seguro, melhor não fazer.
Escolha pessoas com quem tenha intimidade o suficiente (para que elas não se sintam constrangidas em ser sinceras) e peça um feedback. Questione o que elas identificam em você como melhores e piores características. E, mais importante do que isso, peça exemplos de situações em que você mostra esses comportamentos. Esse exercício é importante para identificar pontos fortes e pontos de melhoria, mas principalmente para poder pensar em como melhorá-los. Se estiver disposto fazer esse exercício, lembre-se de escolher algum ponto para desenvolver e, depois de algum tempo, pergunte à mesma pessoa que lhe ajudou se ela consegue notar alguma mudança ou melhoria.
Na correria do dia a dia, não costumamos reservar um tempo para pensar sobre nós mesmos e como nos sentimos em relação às diferentes situações. Isso pode fazer com que a nossa ação seja sempre automática ou sempre uma reação (no sentido de responder ao que acontece e não de fazer com que as coisas aconteçam). Esse exercício de olhar para dentro não precisa ter hora marcada, mas, para quem não tem o costume, pode ser uma boa ideia tentar fazê-lo antes de dormir.
Refletir sobre como você pensa, sobre seus sentimentos e desejos pode ajudar a entender melhor como você reage a diferentes situações, sendo o primeiro passo para que você consiga administrar melhor suas respostas emocionais e comportamentais. Por exemplo, se você entrou em uma discussão com um amigo e respondeu de forma dura, pense sobre o que fez com que respondesse assim, como se sentiu e como gostaria de ter respondido. Avalie se teria como fazer diferente ou como poderia lidar com a mesma situação caso ela acontecesse de novo. Esses insights podem te ajudar a agir melhor e de forma mais coerente com quem você é e quem deseja.
No início deste mês, a PUCRS esteve presente no primeiro módulo do Mestrado Internacional em Estudos Olímpicos da German Sport University, na cidade de Colônia, na Alemanha. A Universidade foi representada pelo professor Nelson Todt, da Escola de Ciências da Saúde e da Vida.
O Mestrado Internacional em Estudos Olímpicos tem o suporte do Comitê Olímpico Internacional e é desenvolvido em parceria com outras universidades internacionais, como Universitat Autònoma, de Barcelona, na Espanha; University of Canterbury, da Nova Zelândia; Kiel University, da Alemanha; e Aarhus University, da Dinamarca. Agora, também conta também com a participação da PUCRS.
“Esta nova turma tem uma importante representatividade internacional, com estudantes de 26 diferentes países, e estabelece um importante passo em um processo de deseurocentralização dos Estudos Olímpicos no mundo e a valorização do trabalho realizado no Brasil neste âmbito de estudos e pesquisas”, destaca o docente.
Além de professor, Nelson Todt também é coordenador do módulo em “Ética, Valores e Educação Olímpica” do programa internacional. Na PUCRS, coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos (GPEO), que desenvolve pesquisas interdisciplinares há mais de 20 anos na área e alinha seu trabalho no âmbito Olímpico com o Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, que desde 2008 tem sua sede na PUCRS. Esta linha de pesquisa e trabalho permite estabelecer relações e o reconhecimento de instituições como a ONU, o Vaticano e o Comitê Olímpico Internacional.