O Programa de Oportunidades de Pesquisa para estudantes internacionais tem atraído alunos de diferentes partes do mundo em busca de experiência na área acadêmica. Atualmente, 55 laboratórios, estruturas e grupos de pesquisa têm vagas para estudantes de graduação e pós-graduação com interesse em uma vivência prática, com supervisão direta dos professores da PUCRS.
Os franceses Erick Rajaonarivony, Julien Virassamy e Othmane El Yousfi, da EI.CESI, são estudantes de Engenharia e chegaram à PUCRS em junho. Os alunos estão atuando no Grupo de Realidade Virtual, Grupo de Pesquisa em Neurofilosofia e no Laboratório de Motores e Combustíveis Alternativos, respectivamente. Juntamente com eles, outros dois estudantes internacionais estão atualmente na Universidade participando do programa.
Para Rajaonarivony, que está cursando a graduação, o programa tem sido uma oportunidade para descobrir o universo da realidade virtual, além de contribuir com seu aprendizado no desenvolvimento de novos softwares e habilidades de programação. “A experiência tem me permitido conhecer novas pessoas e criar networkings, além de fortalecer meu currículo. Uma experiência internacional contribui diretamente na criação de um perfil mais aberto e preparado para novas experiências”, adiciona o estudante.
Julien Virassamy optou por uma área bastante diferente da sua formação. Estudante de Engenharia em Sistemas Aplicados, o estudante optou por uma experiência no campo da neurofilosofia para turbinar o currículo. “Eu optei por essa área, pois pretendo trabalhar com gerência, assim poderei entender melhor meu time e organizar meu trabalho”, afirma. Para o estudante, a vivência internacional traz inúmeros benefícios, em destaque o aprendizado de um novo idioma e o desenvolvimento de habilidades de adaptação.
Já Yousfi buscou a oportunidade como parte da sua formação de mestrado. Vivendo sua primeira experiência internacional, o estudante afirma que a experiência tem sido marcada por aprendizados e contato com novas culturas. “Esse tempo no Brasil tem me permitido sair da zona de conforto e aprender muito, desde o idioma até os costumes do dia a dia”, conta.
No laboratório, Yousfi analisa o comportamento do biodiesel usando motores convencionais. “É uma oportunidade muito rica, porque há muito trabalho manual e precisamos fazer profundo estudo para entender bem o impacto do biodiesel no desempenho do motor e suas emissões”, completa o aluno.
O programa coordenado pelo Escritório de Cooperação Internacional visa a internacionalização do Campus, além de fomentar um ambiente multicultural nos diversos espaços da Universidade. As oportunidades são voltadas para todas as áreas do conhecimento e contemplam estudantes em diferentes estágios da graduação e pós-graduação. A duração do programa, assim como a carga horária, é flexível, variando de acordo com cada oportunidade. Para ser elegível ao programa, o estudante internacional deverá estar vinculado a uma instituição conveniada à PUCRS.
Alunos internacionais interessados em desenvolver uma prática profissional na área da pesquisa podem conhecer as oportunidades neste link. As inscrições têm fluxo contínuo. Mais informações sobre as oportunidades de pesquisa podem ser obtidas pelo e-mail [email protected].
Reconhecido nacional e internacionalmente, o Programa de Pós-Graduação em Direito da PUCRS mantém sua posição entre os oito melhores programas da área no Brasil, atingindo o conceito 6 na Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de 2017. Destacado pela sua inserção internacional, impacto regional e nacional na formação de docentes e com teses premiadas, o programa está com inscrições abertas até de 19 outubro. Para o mestrado, são oferecidas 25 vagas para titulares e duas para suplentes. Para o doutorado, são dez vagas para titulares e duas para suplentes.
Fundado em 1988, com o curso de mestrado, e posteriormente com o curso de doutorado em 2001, o Programa tem duas áreas de concentração: Fundamentos Constitucionais do Direito Público e do Direito Privado e Teoria Geral da Jurisdição e Processo. Nesses 30 anos de experiência, acumula o maior número de prêmios no Direito concedidos pela Capes, que escolhe a cada ano as duas melhores teses das diferentes áreas de todo o Brasil. Além de um Prêmio Capes de Tese e uma menção honrosa, o PPG é o único na área a ter conquistado um Grande Prêmio Capes de Tese, na categoria de Ciências Humanas, Linguística, Letras e Artes e Ciências Sociais Aplicadas e Multidisciplinar, com o trabalho de Amanda Travincas, em 2017.
Inserção internacional
De acordo com o coordenador Ingo Sarlet, a inserção internacional é um dos principais diferenciais. Além de ter muitas parcerias, tanto convênios formais quanto relações efetivas dos próprios professores, no desenvolvimento de projetos de pesquisa, eventos e publicações conjuntas, é recorrente a vinda de profissionais estrangeiros, assim como de outras regiões do Brasil, para a realização de cursos, seminários, palestras, aulas e bancas. “Isso significa não apenas um mecanismo de internacionalização do Programa, mas também a oxigenação do debate interno sobre os temas caros aos seus professores. Assim, os alunos têm acesso a muita informação e a profissionais de peso na área”, explica o docente. Entre os países com trocas recorrentes estão Alemanha, Espanha, Itália, França e Portugal, na Europa, e Peru, Chile, Colômbia e Argentina, na América Latina.
Há também um forte intercâmbio de alunos em doutorado sanduíche no exterior, principalmente nos Estados Unidos, França, Alemanha, Portugal e Espanha. Desde 2001, os doutorandos têm a oportunidade de aprofundar sua pesquisa, a ser defendida no Brasil. “Nós temos tanto discentes de doutorado que vão com o sistema formal da Capes com bolsa, como outros que vão com recursos próprios, com liberação do seu trabalho, mantendo a remuneração, e ficam um período maior ou menor fora”, informa o coordenador. O curso oferece também algo que poucos programas em Direito têm no país: regimes de cotutela, que disponibilizam diplomas em dupla titulação. No Programa, esse acordo já foi estabelecido com Universidade de Sevilha, e mais recentemente, com a Universidade de Zaragoza, ambas da Espanha.
Contribuição Nacional
A excelência do Programa atrai discentes de todo o Brasil, principalmente doutorandos e pedidos de pós-doutorado. Entre os estudantes atuais e egressos estão 15 alunos, vindos de Salvador, Maranhão, Santa Catarina, Curitiba, Brasília, São Paulo, Piauí, Pará e Espanha, e outros 12 alunos de Maceió na modalidade Doutorado Interinstitucional (Dinter), caracterizada por formar mestres e doutores do quadro permanente de docentes de instituições distantes dos grandes centros de ensino e pesquisa, de modo a diminuir as assimetrias entre regiões. Com um mínimo de 6 meses de duração, todos os 25 pedidos de estágio pós-doutoral que o Programa recebeu foram aprovados. Dessa forma, tem papel significativo na formação de professores e pesquisadores, com dezenas de titulados atuando em PPGs em Direito no Rio Grande do Sul e em outros estados da federação.
Perfil do aluno
De acordo com Sarlet, o perfil de aluno é muito heterogêneo. No doutorado, predominam os alunos que já atuam profissionalmente, e, no mestrado, cresce o número daqueles focados apenas na pesquisa acadêmica. “Temos alunos de todas as carreiras jurídicas, como advogados, juízes federais e estaduais, juízes do trabalho, procuradores, desembargadores, etc. Na maioria são pessoas atuantes e até mesmo com destaque em suas áreas”, afirma o coordenador.
SAIBA MAIS |
Inscrições até 19 de outubro |
Teses defendidas |
67 |
Dissertações defendidas |
488 |
Professores doutores e pós-doutores titulados no exterior |
9 doutores |
8 pós-doutores |
Alunos de fora do Estado |
Alunos vindos do Salvador, Maranhão, Santa Catarina, Curitiba, Brasília, São Paulo, Piauí, Pará e Maceió |
Alunos de fora do País |
Alunos da Espanha |
Alunos em estágio pós-doutoral |
25 |
Bolsas de estudo |
35 CAPES (mestrado e doutorado) |
2 CNPQ (mestrado) |
Valor da bolsa integral Capes/CNPq |
Mestrado: R$ 1.500 |
Doutorado: R$ 2.200 |
Quatro professores da PUCRS foram indicados para atuarem como coordenadores de áreas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Foram nomeados: coordenador da área de Filosofia, Nythamar de Oliveira, da Escola de Humanidades; coordenador adjunto da área de Ensino, Maurivan Ramos, da Escola de Ciências; coordenador adjunto da área de Direito, Ingo Sarlet, da Escola de Direito, e coordenador adjunto do Mestrado Profissional na área de Ciência da Computação, Avelino Zorzo, da Escola Politécnica.
Segundo o diretor de Pós-Graduação da Universidade, Christian Haag Kristensen, a nomeação indica o alto grau de representatividade destes professores junto à comunidade científica. “É o reconhecimento não apenas de uma trajetória acadêmica alicerçada na expressiva produção científica e na formação de recursos humanos, mas também do empenho destes colegas no avanço e na qualificação de sua área. Em termos institucionais, indica também o reconhecimento da qualidade dos Programas de Pós-Graduação da PUCRS, muitos dos quais elencados entre os melhores do país”, comenta.
Cada uma das 49 áreas possui um coordenador, um coordenador adjunto e um coordenador adjunto de mestrado profissional. Os representantes terão mandato de quatro anos, com encerramento em 2022.
Durante a seleção dos coordenadores, cada programa de pós-graduação indicou cinco nomes usando o sistema da Plataforma Sucupira em dezembro de 2017. Em seguida, a Diretoria de Avaliação da Capes elaborou relatórios contendo as indicações, a manifestação individual de aceite do candidato e a apresentação de um plano de atividades. O Conselho Superior da CAPES recebeu e analisou os dados e submeteu uma lista tríplice à Presidência da fundação, que emitiu o parecer final.
Os coordenadores de área são consultores que supervisionam, planejam e executam as atividades de suas áreas junto à CAPES, inclusas as ações relativas à avaliação dos programas de pós-graduação. Dentre os 24 membros do Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), 18 são coordenadores de área. O Conselho delibera em última instância sobre propostas de cursos novos e notas atribuídas na avaliação periódica dos programas de pós-graduação.
A universidade como espaço de aprendizagem ético foi o tema abordado na palestra de encerramento do Seminário Internacional Universidade, Inovação e Sustentabilidade Ambiental nesta quinta-feira, 15 de setembro. Miquel Martínez, professor de Teoria da Educação e Membro do Grupo de Pesquisa em Educação de Valores e Desenvolvimento Moral da Universidade de Barcelona, falou sobre a importância de aproveitar o período de formação universitária para aprofundar a aprendizagem de valores e o aprendizado ético. Por cerca de uma hora, propôs algumas maneiras para melhorar as práticas de docência e aquisição de conhecimento na universidade, para fomentar a dimensão ética e a responsabilidade social dos futuros profissionais.
Para Martinez, é preciso haver mudanças importantes na maneira de entender a tarefa educativa: “No mundo universitário, creio que não nos preocupamos com a dimensão pedagógica como deveríamos. É preciso uma mudança de cultura, de olhar a tarefa dos docentes com os estudantes”. Ressaltou que uma das missões da universidade é o equilíbrio entre a tradição e a inovação, entre conservar os valores e abrir-se ao desenvolvimento da ciência. Neste contexto, é preciso situar-se em um nível muito avançado de cultura da ciência, mas acompanhada cada vez mais pela cultura da qualidade: “Às vezes se confunde a qualidade com a excelência. Só uma instituição que combina excelência com igualdade é uma instituição de qualidade”, afirmou. A responsabilidade social da universidade, segundo ele, passa pela questão ambiental e pelo compromisso com projetos solidários, mas também pela construção que permita um diálogo maior entre os saberes derivados do conhecimento popular e os derivados da pesquisa acadêmica. “Em muitos contextos da aprendizagem, não é só o conteúdo que ensina, mas a prática social associada a esta situação de aprendizado”, exemplificou.
Segundo o pesquisador, hoje em dia o desenvolvimento da ciência e da pedagogia não enfrenta somente problemas científicos e tecnológicos, mas também problemas de impacto social e ético: “Um bom profissional, um bom cientista, hoje não pode não estar bem treinado neste sentido”, reiterou. Para concluir, ressaltou a importância da universidade formar pessoas de altíssimo nível, excelentes profissionais: “Quanto maior a excelência do profissional, maior foi a sua formação ética. Separar estes dois caminhos é um grande erro que está sendo cometido muitas vezes. Uma universidade de qualidade, preocupada com a excelência, não separa excelência de igualdade”, completou.
As inscrições para o Open Campus PUCRS 2016 podem ser feitas até esta quarta-feira, 31 de agosto. O evento, realizado nos dias 15 e 16 de setembro, tem como objetivo apresentar para os estudantes do Ensino Médio os cursos de Graduação da Universidade. Durante os dois dias de atividades são esperadas cerca de 4 mil pessoas no Campus. Os visitantes serão recebidos em cada curso por professores para desenvolverem experiências práticas relacionadas com as áreas escolhidas. Cada estudante poderá participar de até duas atividades por dia (manhã e tarde), escolhidas no momento da inscrição.
O Open Campus é um evento anual que busca auxiliar os futuros vestibulandos a esclarecer dúvidas quanto à escolha profissional e as possibilidades de inserção no mercado de trabalho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio do site eventos.pucrs.br/opencampus2016. A Universidade oferece transporte gratuito para colégios e cursos pré-vestibulares de Porto Alegre e colégios Maristas do interior. No entanto, as vagas são limitadas. Informações adicionais estão disponíveis no site citado ou podem ser obtidas pelos telefones (51) 3353-7717 ou (51) 3353-4701.
Durante os dois dias de evento, os estudantes poderão conhecer a PUCRS e visitar, por exemplo, a Biblioteca Central, o Instituto do Cérebro (InsCer/RS), o Museu de Ciências e Tecnologia, o Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), o Centro de Microgravidade, o Idear e o Parque Esportivo.
Os interessados em compreender como funciona o Programa de Mobilidade Acadêmica da PUCRS terão a oportunidade de tirar suas dúvidas em quatro reuniões com estudantes estrangeiros e alunos que já passaram por essa experiência. A primeira ocorre nesta quinta-feira, 17 de março, das 18h às 19h30min, na Arena do prédio 15 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Na primeira edição a conversa será sobre Portugal, Suécia e Coreia do Sul. Na próxima segunda-feira, dia 21 de março, ocorre a segunda edição dos debates. Os Estados Unidos, Japão, Chile e Inglaterra estarão na pauta. No dia 22 de março, Alemanha, México, Itália e Espanha serão os temas da conversa. O último encontro tratará de possibilidades de intercâmbio em países como o Canadá, Colômbia e França, no dia 23 de março.