O engenheiro químico é o profissional que utiliza conhecimentos da matemática, física, biologia, ciência da computação e, claro, química para transformar diversos tipos de matéria-prima em produtos. / Foto: Envarto
Você já parou para pensar em como são feitas as embalagens plásticas dos produtos que usamos no dia a dia? Ou quais materiais e como produzir o sabonete que usamos no banho? E sobre como conservamos e quais são os ingredientes utilizados na produção de alimentos que consumimos com frequência, como bolachas recheadas e pizzas congeladas?
Pois é, muitas vezes não nos damos conta de que há toda uma cadeia produtiva por trás dos alimentos, bebidas, roupas, cosméticos, combustíveis, tintas e tantos outros itens que fazem parte da nossa rotina, mas essa indústria não só existe como precisa de profissionais de diferentes áreas para criar produtos seguros e eficientes. Uma das carreiras que se envolve nesse processo é a Engenharia Química, que tem a missão de transformar matérias-primas em objetos e viabilizar a fabricação em grande escala.
Quer entender melhor como é o trabalho do engenheiro químico, quais são as possibilidades de atuação e como está o mercado na área? É só seguir lendo o artigo para descobrir!
O trabalho dele pode até parecer mágica, mas é pura ciência. Esse profissional utiliza conhecimentos da matemática, física, biologia, ciência da computação e, claro, química para transformar diversos tipos de matéria-prima em produtos. Ele é responsável por projetar, desenvolver, operar e aprimorar processos, levando a química da escala laboratorial para industrial, o que possibilita a fabricação em grande volume.
Ou seja, quase tudo que utilizamos no dia a dia está direta ou indiretamente relacionado ao trabalho do engenheiro químico, como a qualidade da água que sai das torneiras, os produtos de higiene e cosmética que usamos, os alimentos e bebidas que ingerimos, o combustível que faz os meios de transporte circularem, o papel que usamos no cotidiano, as cerâmicas das louças de cozinha, os vidros das janelas, os plásticos das embalagens, os tecidos das roupas, os remédios das farmácias e muito mais.
O grande papel desse engenheiro é contribuir para o desenvolvimento tecnológico, a otimização de processos químicos e biológicos, a segurança dos produtos, a preservação do meio ambiente e, como resultado de tudo isso, a melhora da qualidade de vida das pessoas. Mas onde ele realiza essas atividades? Geralmente em indústrias, no entanto há vários outros lugares e áreas de atuação que o profissional pode seguir.
É verdade que as indústrias, tanto de pequeno quanto de médio e grande porte, são as empresas que mais contratam engenheiros químicos, mas esse não é o único caminho. Existem diversas outras possibilidades para esse profissional. Pode atuar em institutos de pesquisa, órgãos de assessoria e universidades.
Outra opção é prestar um concurso para se tornar servidor público em órgãos como prefeituras, secretarias, companhias de água e saneamento, entre outros. Já como autônomo, o engenheiro químico pode trabalhar na área de consultoria, auxiliando empresas a desenvolverem projetos e melhorarem seu processo de fabricação.
Mas vamos voltar à indústria e explicar melhor que atividades esse profissional realiza. O engenheiro químico pode participar da pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, materiais ou processos; desenvolver projetos e planejamentos de plantas industriais e métodos de fabricação; conceber novo uso a resíduos e efluentes industriais utilizando o conceito de Upcycling; implementar, dimensionar e operar equipamentos industriais; fazer o controle de qualidade dos processos e produtos; otimizar processos existentes; e elaborar documentos técnicos e legais.
Algumas das indústrias em que o engenheiro químico pode atuar são:
Só a industria farmáceutica, uma das quais um engenheiro químico pode atuar, movimentou mais de 124 bilhões em 2023. / Foto: Envato
A carreira de engenheiro químico é bastante dinâmica e promissora. Então esse profissional não costuma ter problemas para encontrar ótimas oportunidades no mercado. Podemos usar como exemplo a indústria farmacêutica, que movimentou mais de R$ 124 bilhões em 2023 e deve gerar novas vagas nos próximos anos. Isso porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou um investimento de R$ 139 bilhões para elaboração de pesquisas e desenvolvimento de medicamentos inovadores.
Um setor com potencial ainda maior é o de alimentos e bebidas. O faturamento dessa indústria, que gera mais de dois milhões de empregos diretos, representa 10,7% do Produto Interno Bruno (PIB) do País. Além disso, o Brasil é o maior exportador de alimentos industrializados do mundo em volume, enviando mercadorias para 190 nações. Aparece na segunda colocação entre os países que mais geram empregos no setor de energia renováveis no mundo, o que demonstra que essa é mais uma indústria em alta. Inclusive novas usinas eólicas, solares e hidrelétricas estão entrando em operação no Brasil. Assim, o mercado de trabalho na área só tende a crescer nos próximos anos.
Pode parecer óbvio, mas quem quer se tornar um profissional diferenciado, independentemente da área, deve ter uma formação de qualidade e um bom nível de autoconhecimento. Saber identificar suas habilidades, seus pontos fracos e o que ainda precisa aprimorar são atitudes muito importantes para evoluir na carreira, assim como desenvolver competências sociais que envolvem uma boa comunicação, capacidade de trabalhar em equipe, postura ética, pensamento analítico e criatividade.
Outro fator essencial para o sucesso profissional é demonstrar interesse em continuar aprendendo e buscando qualificação. A PUCRS, por exemplo, tem pós-graduações em áreas diversas para que cada profissional possa escolher em qual deseja aprofundar seus conhecimentos. Algumas opções são as especializações em Energias Renováveis e Crédito de Carbono: Projeto e Mercado, e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais. As duas primeiras são voltadas para quem busca um curso mais direcionado para o mercado de trabalho, já a terceira é mais indicada para os profissionais que querem realizar pesquisas acadêmicas.
Você se dá bem com biologia, física e química? Se considera uma pessoa criativa e que gosta de inovação? Tem facilidade para lidar com as tecnologias e tem interesse em saber como as coisas são fabricadas? Sempre lê os ingredientes/componentes de um produto antes de comprá-lo? Se as suas respostas para essas perguntas forem “sim”, a graduação em Engenharia Química definitivamente deve estar na sua lista de opções.
Mas, para entender melhor o que o estudante do curso aprende, confira as disciplinas do primeiro semestre do curso da PUCRS:
As primeiras atividades são mais introdutórias, mas a partir do segundo semestre as disciplinas passam a focar nos conteúdos específicos da profissão, como:
Além de ser multidisciplinar, possibilitando a interação com outros cursos, o currículo da Engenharia Química da PUCRS conta com diversas atividades práticas, projetos experimentais e, principalmente, uma forte relação com problemas reais de empresas e demandas sociais. O curso também favorece a conexão com o mercado de trabalho por meio da integração com o Tecnopuc e com o Instituto do Petróleo e de Recursos Naturais (IPR).
Na graduação da PUCRS, ainda é possível participar de projetos de iniciação científica com bolsa, utilizar a infraestrutura de laboratórios e equipamentos de última geração, fazer estágios no campus e ter experiências internacionais, seja cursando uma disciplina em inglês ou realizando um intercâmbio em alguma universidade do exterior. O time de professores, formado por profissionais com diferentes vivências de mercado e trajetórias acadêmicas, é mais um diferencial do curso.
A Engenharia Química é demais, concorda? Essa é uma das profissões mais importantes para o funcionamento da sociedade, afinal ela desenvolve novos produtos, possibilita a fabricação em larga escala e, ainda, se preocupa com a segurança de cada material para proporcionar qualidade de vida para a população. Está pensando em fazer o curso, mas quer saber mais?
Laboratórios especializados, equipamentos e recursos estão entre os principais diferenciais do curso de graduação oferecido pela PUCRS
Engenharia Química alia conhecimentos de diversas áreas na fabricação e desenvolvimentos de fármacos, alimentos e cosméticos. / Foto: Giordano Toldo
Conhecida como a “engenharia universal”, a Engenharia Química mistura conhecimentos da Biologia, Matemática, Química e Física e os aplica na formulação de novos produtos como alimentos, cosméticos e medicamentos, por exemplo, além de melhorar processos focados em eficiência energética e a sustentabilidade ambiental.
Aliando teoria e prática desde os primeiros semestres, o curso de Engenharia Química da Escola Politécnica da PUCRS prepara estudantes para os desafios do mercado, ofertando um currículo atualizado, aprendizagem com professores qualificados e infraestrutura de ponta. A coordenadora do curso, a professora Dra. Gerti Weber Brun, destaca os ambientes de aprendizagem únicos que a PUCRS oferece aos estudantes: “Neles, os estudantes fazem aulas práticas usando equipamentos iguais e em escala menor aos que vão encontrar na prática profissional”, pontua.
Ela destaca que as estruturas da Escola Politécnica oferecem inúmeras possibilidades de ensino e aprendizagem aos alunos/as, por meio de laboratórios especializados, equipamentos e recursos:
“Experimentos controlados por softwares supervisórios em que o controle pode ser feito à distância. Plantas piloto onde o processo de obtenção de algum produto ocorre em escala menor que a industrial, mas possuindo a mesma configuração de equipamentos, acessórios, controle e instrumentação do que aquela em escala real. Laboratórios computacionais atualizados permitem a utilização de softwares comerciais utilizados no mercado de trabalho para projeto e análise de processos, fazendo com o que o estudante conheça e saiba utilizar a ferramenta com eficiência ao entrar no mercado profissional”, enumera.
Todos estes ambientes favorecem o desenvolvimento de desafios, a integração de conteúdos e a ampla estrutura curricular do curso de Engenharia Química, que possibilita uma formação de excelência a estudantes por meio da diversificação do percurso formativo, certificações de estudos, integração de conhecimentos com outros cursos da Escola e também com a pós-graduação. “Este desenvolvimento acontece imerso num ambiente de referência em inovação e pesquisa de ponta, com a orientação de profissionais e pesquisadores renomados no Brasil e no mundo”, acrescenta a docente.
Profissional da Engenharia Química é o profissional do futuro. / Foto: Giordano Toldo
A estrutura do curso faz com que o aluno saia preparado para os desafios do mercado de trabalho – no qual a Engenharia Química ocupará uma posição de destaque. A professora Gerti explica que habilidades e competências para produzir novos materiais, alimentos, fármacos e otimizar processos considerando a eficiência energética e a sustentabilidade ambiental serão mais necessárias do que nunca nos próximos anos.
“A Engenharia Química é uma engenharia de processos. Para além da atuação em indústria química e petroquímica, seu leque de atuação abrange várias outras áreas, se estendendo em toda atividade humana de transformação de matérias-primas em produtos, que envolve conhecimentos de engenharia”, destaca a coordenadora do curso de Engenharia Química da PUCRS.
Entre as principais tendências tecnológicas na área, segundo a professora, estão:
A coordenadora também destaca a importância dos professores na formação de profissionais sintonizados com o futuro do trabalho na área. Os professores se mantêm constantemente atualizados por meio de cursos de capacitação tanto na área acadêmica como técnica. Além disso, mantêm contato com pesquisadores da área de outras instituições de renome, tanto nacionais como internacionais. Alguns, além de lecionar, atuam também no mercado, trazendo as últimas tendências para a sala de aula. “A PUCRS, como um ecossistema de conhecimento e inovação, com atuação de seus docentes e pesquisadores de forma transversal, possibilita a formação de um profissional que o mercado atual exige: com múltiplas facetas de atuação”, ressalta.
Juan Fajardo está no 8º semestre e atua no Laboratório de Operações Unitárias (LOPE). / Foto: Giordano Toldo
Para além da estrutura específica do curso de graduação em Engenharia Química, a Universidade possui um ecossistema completo de ensino, pesquisa, inovação e empreendedorismo ao dispor de seus estudantes. Por meio de estágios e da Iniciação Científica, é possível atuar junto ao Tecnopuc, aos Laboratórios Especializados em Eletroeletrônica (Labelo), ao Instituto de Petróleo e Recursos Naturais (IPR) e a diversos laboratórios da Universidade. Quando o assunto é internacionalização da carreira, os estudantes também são incentivados a participar do programa de Mobilidade Acadêmica da PUCRS. Além disso, podem cursar disciplinas em inglês periodicamente, realizando networking e trocas de conhecimentos com professores e alunos estrangeiros. “Também proporcionamos encontros com alumni que trabalham fora do País através de palestras ou conversas em sala de aula, bem como com professores estrangeiros visitantes”, acrescenta Gerti.
O estudante Juan Mora Fajardo, de 21 anos, está no 8º semestre do curso e conta que decidiu cursar Engenharia Química ainda quando estava no Ensino Médio por gostar muito da área das ciências exatas: “a partir disso, fui pesquisando qual curso que eu mais gostava da matriz curricular e da vida pós formação”, conta ele.
Juan participa do Programa G+1, que permite cursar disciplinas do mestrado ainda durante a graduação, adiantando o processo da obtenção do título de mestre em um ano. Ele optou por estudar na PUCRS devido à infraestrutura e às oportunidades oferecidas ao longo da graduação:
“Após três anos de curso, me sinto excelente em poder dizer que foi a melhor opção a que escolhi. O curso de Engenharia Química possui uma organização muito completa e conta com um grupo de docentes fenomenal, tanto dentro de sala como fora dela, sempre estão disponíveis para sanar dúvidas referentes ao curso e conversar sobre o que é ser engenheiro. As oportunidades oferecidas durante a graduação são vastas”, destaca o estudante.
Ele também elogia a estrutura da Escola Politécnica: “é completa e conta com diferentes prédios, o principal deles sendo o prédio 30, que possui laboratórios de diversas áreas voltados para o ensino. Há também laboratórios de pesquisa, como o Laboratório de Operações Unitárias (LOPE), dos qual tenho orgulho em dizer que faço parte e onde passo grande parte do meu tempo aqui na PUCRS.”
O estudante conta que um dos espaços que mais gosta no campus é o Living 360°, por proporcionar um espaço amplo para refeições, aulas, descanso e estudos individuais e em grupo. Mas seu lugar preferido é a Biblioteca Ir. José Otão, por conta de sua estrutura física (salas, computadores) e de seu extenso e diverso acervo de materiais físicos e digitais. A quem está em dúvida sobre qual instituição escolher para cursar seu curso de graduação, Juan deixa uma mensagem:
“Para aqueles que buscam cursar Engenharia Química ou quaisquer outros cursos, a PUCRS é o lugar certo, principalmente por valorizar o aluno e sempre se preocupar em manter a excelência do ensino, missão que tem sido cumprida em seus mais de 75 anos de história”, relata.
A iniciação científica é uma oportunidade de se conectar com a pesquisa ainda durante a graduação. O programa permite contato com professores de diferentes áreas, métodos de pesquisa e conexão com grandes questões da atualidade. Em 2022, aconteceu a 23ª edição do Salão de Iniciação Científica, que contou com mais de 600 trabalhos apresentados na modalidade de comunicação oral e mais de 100 bancas avaliativas com a presença de professores avaliadores da PUCRS e de outras instituições.
O evento visa proporcionar o intercâmbio de conhecimentos e dos resultados das pesquisas desenvolvidas por bolsistas e voluntários/as de Iniciação Científica em projetos orientados por pesquisadores/as da Universidade e de outras instituições. Nesta edição, 75 trabalhos obtiveram nota máxima, sendo, portanto, considerados trabalhos destaque. Além destes, seis estudantes saíram vencedores, um em cada grande área do conhecimento, além de três trabalhos agraciados com menção honrosa.
Com a pesquisa intitulada Filogeografia das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, a aluna de Ciências Biológicas Bruna Boizonave Andriola estudou os princípios e processos que governam a distribuição geográfica das linhagens genéticas das tartarugas-marinhas do gênero Lepidochelys, com orientação do professor e pesquisador da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Sandro Luis Bonatto.
A estudante conta que tentou ingressar em laboratórios diversas vezes até conseguir atuar no Laboratório de Biologia Genômica e Molecular do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia e Evolução da Biodiversidade da PUCRS. Seu contato com a prática científica permitiu elaborar projetos de pesquisa e conhecer sua área de vocação dentro da Biologia.
“A partir da iniciação científica pude conhecer mais sobre evolução e genética e aprender como fazer ciência. Atualmente me vejo seguindo na área de pesquisa e ser reconhecida nisso é um impulso muito incentivador. Trabalhar com bioinformática e genética é o que me cativa, é como estudar para entender a história do mundo”, destaca a aluna.
A estudante de Psicologia Eduarda Baldissera Rospide foi reconhecida por sua pesquisa sobre Padrões Inflexíveis em Indivíduos com Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), com orientação da professora e pesquisadora da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Margareth da Silva Oliveira. O estudo teve como objetivo ver a prevalência dos padrões inflexíveis na população com TOC, no qual é a crença de que o indivíduo deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões internalizados de comportamento e desempenho.
A aluna descobriu sua paixão em Terapia dos Esquemas ao ingressar no Grupo Avaliação e Atendimento em Psicoterapia Cognitivo e Comportamental (GAAPCC) do PPG em Psicologia como bolsista de Iniciação Científica. Desde então, desenvolveu projetos de pesquisa com foco em abordar diversos transtornos de personalidade, mudando a forma de encarar, interpretar e reagir aos esquemas. Além do contato com mestrandos, doutorandos e professores do grupo de pesquisa, Eduarda participou de congressos, seminários e outras edições do SIC da PUCRS, onde pode se conectar com outros pesquisadores.
“Com a convivência do grupo pude conhecer a área que eu amo e entender que quero seguir trabalhando com pesquisa por um bom tempo. Se a gente não busca conhecer as outras áreas a gente acaba não usufruindo de tudo, além de poder ouvir e ter outras visões e conceitos em conjunto é muito bom. Foi ótimo poder encerrar esse ciclo conquistando nas Grandes áreas das Ciências Humanas”, celebrou a estudante.
Com o projeto sobre Modelagem Matemática e Desenvolvimento de Simulador do Processo de Extração Supercrítica, o estudante de Engenharia Mecânica Otávio Augusto Fonseca de Oliveira foi destaque das Grandes Áreas e alcançou nota máxima. Sua pesquisa é fruto de sua atuação no Laboratório de Operações Unitárias (Lope), onde estagiou e foi responsável na parte de manutenção e modulação de equipamentos.
Otávio conta que conheceu a oportunidade de estagiar no laboratório através do PUCRS Carreiras e com passar do tempo foi convidado a integrar o grupo como aluno de Iniciação Científica, pelo pesquisador da Escola Politécnica e coordenador do Lope Eduardo Cassel. Com isso, o estudante pode unir suas duas paixões, trabalhar com equipamentos e também desenvolver projetos de pesquisa na área de Engenharia Mecânica.
“Com a Iniciação Científica pude me desenvolver nas áreas de projetos, fazer simuladores e equipamentos de forma integrada com o aprendizado acadêmico e científico que estou tendo no laboratório. Fiquei mais motivado ainda quando falaram meu nome como destaque na área de Engenharias, justamente em meu primeiro Salão de Iniciação Científica. Estava bem nervoso e não esperava, foi uma surpresa muito legal”, contou.
Arthur Trein é estudante de Letras da UFRGS e foi premiado por sua pesquisa intitulada Percepção de Grau de Acento Estrangeiro em Contexto de Inglês como Língua Franca: Sobre o Papel de Falantes e Ouvintes. Orientado pelo professor Ubiratã Kichöfel Alves, o estudante atua na linha de pesquisa de linguística e desenvolvimento de segunda língua no Laboratório de Bilinguismo e Cognição (LABICO), da UFRGS e no grupo de pesquisa ProLinGue – Estudos relacionados ao processamento da linguagem por indivíduos bilíngues e multilíngues.
O contato com a área se deu pela proximidade com o professor orientador e com outros colegas através de sua participação em diversos congressos, eventos e salões. De acordo com Arthur, essa experiência como bolsista de Iniciação Científica auxilia muito sua construção enquanto estudante durante a graduação.
“A Iniciação Científica é além de uma forma de construir uma base sólida para ingressar na atuação acadêmica, mas também funciona para entender a importância de uma pesquisa científica séria e teórica na construção do conhecimento e desenvolvimento do país. Foi meu primeiro SIC da PUCRS e achei muito bom o sentimento de voltar para a presencialidade e o reconhecimento dá uma garantia e uma motivação para seguir produzindo e criando”, finalizou.
Na categoria de Grandes Áreas, também se destacaram os alunos Guilherme Schoeninger Vieira, em Ciências Sociais Aplicadas, e Isadora Nunes Erthal, na área de Ciências da Saúde. Guilherme foi orientado pelo professor Eugênio Facchini Neto e Isadora pela professora Gabriela Heiden Teló.
Reconhecida no SIC 2022, a estudante de Engenharia Química Vitória Garcia La Porta desenvolveu o estudo nomeado como Apoio Técnico para o Laboratório de Processos Ambientais (LAPA/PUCRS): Manutenção das Rotinas do Laboratório de Bioprocessos, com orientação do professor e pesquisador da Escola Politécnica Cláudio Luis Frankenberg. Com o projeto, a aluna pode unir suas duas paixões: as áreas de Engenharia Química e Bioengenharia.
Vitória entrou no LAPA como voluntária de Iniciação Científica, e conta que pode realizar projetos científicas com a maioria dos professores de seu curso, além de poder entender na prática qual é o papel do engenheiro químico na pesquisa.
“As pesquisas influenciam e seus resultados podem ser usados em várias áreas do conhecimento. E isso, a gente percebe atuando em um grupo multidisciplinar e nas discussões em conjunto entre professores, mestrandos e colegas de laboratório. O Salão é um momento fundamental que permite essa possibilidade de conhecer pessoas, fazer contatos, trocar conhecimento e aprender com as bancas”, destaca Vitória.
Os alunos João Vitor Boeira Monteiro e Júlia Geitens Valente também foram reconhecidos na categoria de Menção Honrosa. João se destacou no tema de Pet Saúde e Júlia em Extensão Universitária. Orientados pelos professores Samuel Greggio e Ivan Carlos Ferreira Antonello respectivamente.
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As estudantes do curso de Engenharia Química da PUCRS, Marina Vicente Wizer, Myriam Bernaud Maghous e Ana Carolina Corso Minotto, formam o time Tech Girls e foram as ganhadoras da etapa brasileira do L’Oreal Brandstorm 2022. A competição universitária possibilita que estudantes proponham soluções inovadoras, ganhem visibilidade e tenham contato com especialistas de uma das maiores referências do universo dos cosméticos: a L’Oreal.
Elas criaram o Beauty Stabilizer, um pincel de maquiagem desenvolvido para pessoas com Parkinson ou Tremores Essenciais que conta com uma tecnologia de estabilização capaz de detectar e neutralizar tremores das mãos. “Acreditamos que o poder da beleza deve ser acessível para todas as mulheres e queremos trazer a visibilidade que essas mulheres merecem”, comenta uma das integrantes. Conheça mais detalhes da proposta.
Todos os anos é lançado um desafio e, nesta edição, podem participar candidatos com até 30 anos. As estudantes da PUCRS estão entre os dois times da trilha de inclusão escolhidos para seguir para a próxima etapa: a semifinal Internacional. Para celebrar as três décadas do programa, os universitários agora podem escolher entre uma das 3 trilhas:
A última etapa será em Paris, na qual apenas 9 equipes do mundo todo (três de cada trilha) apresentarão suas propostas. Para avançar no programa e ir para a final internacional, as alunas precisam do apoio da comunidade acadêmica para votar no seu projeto, neste link, até o dia 15 de maio. Para registrar o voto, basta preencher com um e-mail e confirmar.
“Já é incrível ter chegado até aqui e é agora que precisamos de vocês mais que nunca. Não seria incrível se três gurias estudantes da PUCRS realizassem o sonho de ir para Paris defender sua ideia representando o seu País?”, comentam as alunas.
O programa Brandstorm existe há 30 anos e já contou com a participação de mais de 40 mil estudantes de 65 países e regiões.