Estão abertas as inscrições para a primeira edição da certificação Prácticas y Perspectivas Sostenibles en Iberoamérica, certificação internacional ministrada em língua espanhola, desenvolvido pela Escola Politécnica em parceria com cinco universidades estrangeiras, três da América Latina e duas da Europa. Direcionado às áreas de Arquitetura, Engenharia e Design, o curso tem como público-alvo alunos de graduação e pós-graduação com interesse na temática de sustentabilidade, profissionais das áreas de gestão ambiental, arquitetura e urbanismo, engenharias e demais áreas afins. As aulas começam no dia 22 de setembro e vão até o dia 28 de outubro.
A certificação foi idealizada pela professora Cibele Figueira, do curso de Arquitetura e Urbanismo, e pelo professor Jacinto Almeida, do curso de Engenharia Civil. Além deles, o curso conta com a participação de professores das outras cinco instituições participantes: a professora Rocio Hidalgo, da Pontifícia Universidade Católica do Chile; o professor José Alayon, da Universidade Javeriana, na Colômbia; os professores Reina Loredo e Miguel Bartorila, da Universidade Autônoma de Querétaro, no México; o professor Antônio Antunes, da Universidade de Coimbra, em Portugal; e a professora Miriam Germeno, da Universidade Politécnica da Catalunha, na Espanha. Cada instituição tem a cota máxima de 15 inscrições, com o objetivo de garantir a presença de estudantes de diferentes nacionalidades.
A certificação será ministrada na modalidade online ao vivo, utilizando a metodologia Collaborative Online International Learning (COIL), “Aprendizagem Internacional Colaborativa Online” em português. Desenvolvido originalmente pela Universidade de Nova York, o COIL é adotado por instituições de ensino desde 2016. “Essa modalidade tem unido docentes de diferentes partes do mundo e conectado estudantes em uma proposta internacional em formato remoto”, comenta a professora Cibele.
Ela explica que o COIL já foi testado anteriormente pela Escola Politécnica, na área de Engenharia Química: o curso “Engineering the Future” foi coordenado do professor Allan Morcelli, juntamente com a Catholic University of America, nos Estados Unidos, durante o período da pandemia. A primeira edição teve enfoque em aplicações da biotecnologia na mitigação da fome no mundo, e a segunda edição abordou a bioengenharia na nova fase de exploração espacial, contando com participação de astrofísicos da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA).
Já o novo curso, “Prácticas y Perspectivas Sostenibles en Iberoamérica”, terá como foco principal a sustentabilidade. A proposta do curso se baseia nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), especificamente na meta número 11: cidades e comunidades sustentáveis.
“Serão apresentadas soluções urbanas para reduzir os impactos ambientais causados pela atividade humana no mundo. Os participantes terão a oportunidade de conhecer inovações em projetos e ações sustentáveis aplicadas nas comunidades, com o objetivo de promover a harmonia entre os pilares ambiental, social, cultural e econômico. O curso reúne profissionais de diferentes países e formações que apresentarão e discutirão práticas e perspectivas sustentáveis nas cidades ibero-americanas”, explica Cibele.
A certificação será oferecida de forma online, por meio da plataforma Zoom, tendo um total de 12 encontros ao longo de seis semanas, totalizando uma carga horária de 30 horas. As aulas serão ministradas em espanhol com suporte de monitores brasileiros e cada encontro será realizado de forma simultânea, na hora local dos países de cada instituição.
A professora Cibele conta que a ideia de criar um curso com a temática da sustentabilidade em uma colaboração internacional veio de sua própria experiência no exterior. Ela viveu durante 12 anos na Espanha, onde, além de atuar profissionalmente, fez sua pós-graduação e participou ativamente da redIALA (Investigaciones Arquitetônicas para Latinoamérica). O professor Jacinto, também criador do curso, fez o caminho inverso: natural de Portugal, ele veio para o Brasil fazer pós-graduação e também atuou profissionalmente.
“Estas vivências nos conectaram a profissionais de distintas nacionalidades e o tema das cidades e da sustentabilidade, nos permitiu sonhar com uma maior integração entre nossas áreas de conhecimento em uma busca por vislumbrar soluções para demandas urbanas e socioambientais”, diz a professora.
Ela destaca o papel fundamental que o Brasil exerce no contexto global para atingir metas sustentáveis no futuro, devido às suas características físicas naturais, além da importância de formar profissionais que saibam agir de forma consciente e consequente no presente. Além disso, há um grande benefício na troca de conhecimentos entre os países envolvidos no projeto: os países latino-americanos de língua espanhola são parceiros fundamentais do Brasil nesse debate, em razão da similaridade de seus contextos ambientais e problemáticas urbanas. A ideia é trazer práticas e experiências a fim de aprender com casos implementados nas cidades latino-americanas.
“As perspectivas serão apresentadas no que se refere ao planejamento urbano e ao futuro da mobilidade almejados para o contexto ibero-americano. O curso buscará, além das aulas ministradas pelos professores, promover atividades que integrem os alunos das distintas nacionalidades. Uma das metas é aprender com experiências significativas e estabelecer conexões com profissionais e futuros profissionais interessados em projetos de impacto para o desenvolvimento sustentável”, finaliza.
De estruturas e fundações às linhas de código e sistemas, Gabriela Zorzo encontrou a realização profissional em uma escolha não tão óbvia no contexto da sua área de formação. Com a trajetória acadêmica aberta da PUCRS, que, de acordo com ela é como a educação para o futuro deve ser, Gabriela se apaixonou pela área de Ciência da Computação quando ainda estava cursando Engenharia Civil.
Hoje, quase na metade da sua segunda graduação, ela conta que se interessou pela computação quando cursou algumas disciplinas eletivas na área. Foi assim que a estudante decidiu unir os conhecimentos de ambos os campos de atuação para se tornar uma profissional mais completa:
“Eu acredito que cada vez mais o mercado esteja procurando profissionais multidisciplinares, com atuação em mais de uma área do conhecimento. As coisas estão avançando muito rápido, as áreas cada vez mais se comunicam entre si, e por isso é importante ter um conhecimento amplo”.
Gabriela também comenta que, se no seu trabalho alguém precisar desenvolver um programa para a Engenharia Civil, ela seria alguém com capacidade para isso, por ter ambos os conhecimentos: “Saber a parte técnica da programação, mas também entender o lado do usuário que vai utilizar esse serviço, é só um dos exemplos de como essa formação personalizada pode me ajudar profissionalmente”.
“Muita gente tem essa ideia de que a vida profissional começa depois que a gente sai da Universidade, mas não é bem assim”, conta a engenheira, sobre o porquê procura diversificar as suas experiências e vivenciar o mercado de trabalho ainda na formação. Para isso, ela explora diferentes opções, como as Certificações de Estudo, as disciplinas eletivas e a oportunidade de viver experiências internacionais.
A estudante conta que sempre quis estudar em outro país e a ideia ainda está nos seus planos. “Eu me inscrevi na Mobilidade Acadêmica no ano passado, fui selecionada para bolsa do Santander, e iria estudar na Alemanha, mas em função da pandemia da Covid-19 eu acabei não indo. Já estava tudo pronto, mas é algo que eu pretendo realizar durante essa graduação, pois quero ir até lá pessoalmente”, comenta.
Além disso, Gabriela diz que quer fazer alguma das Certificações na área da computação, como forma de complementar o currículo com temas de seu interesse, aproveitar como disciplinas eletivas e ainda ganhar mais um diferencial no currículo.
Leia também: Mobilidade Virtual: viva uma experiência internacional sem sair de casa
A PUCRS vem implementando inovações curriculares progressivas, na perspectiva da Trajetória Acadêmica Aberta, explica Adriana Kampff, pró-reitora de Graduação e Educação Continuada. Além de uma formação sólida na área escolhida, os/as estudantes constroem caminhos únicos e autorais, como protagonistas da sua passagem pela Universidade, com frutos que serão colhidos para a vida pessoal e profissional:
“Formamos profissionais com um amplo repertório de competências técnicas e humanas, no jeito de compor suas escolhas formativas e, especialmente, nas atividades acadêmicas desenvolvidas. Essa formação é tecnicamente atualizada e, sobretudo, socialmente relevante e contextualizada, contribuindo para o entendimento dos desafios locais e globais, possibilitando a proposição de soluções inovadoras”.
Nesse sentido, Gabriela reforça que a graduação é momento ideal para aproveitar todas as oportunidades. “Para mim a PUCRS vai além de ser onde você vai para assistir às aulas. Conviver nesse Campus incrível, que não é apenas um espaço acadêmico, mas também nos conecta a startups e empresas, é um grande diferencial”, salienta.
Leia também: Quero fazer a segunda graduação ou mudar de área, e agora?