Empreender e fazer o bem. Foram essas as principais premissas do 2º Ideação – Encontro de Empreendedorismo e Inovação, promovido pelo Idear e pelo Escritório de Carreiras de 14 a 16 de maio. Com o tema Qual o mundo que você quer construir?, o evento explorou iniciativas empreendedoras e sociais através de oficinas e painéis com profissionais de diferentes corporações, organizações e iniciativas. Com o apoio do Programa de Voluntariado Marista e do Sebrae/RS, participaram as empresas Sistema B, Natura, Meu Copo Eco, Tremarin, Tecnopuc, Dobra, Projeto Camaleão, Mobis, Loop Bike Sharing, Klavo, Volunteer Vacations, Aiesec e Câmera Causa.
Um dos destaques da programação foi o painel Quero fazer a diferença: oportunidades e desafios de projetos sociais, que encerrou o Ideação. A atividade fez parte do 6º Salão da Graduação, organizado pelo Grupo PET Psicologia. As iniciativas apresentadas no último painel tinham em comum a responsabilidade social. Além da vontade de fazer a diferença, o que levou todos os convidados a iniciarem negócios foi o sentimento de inércia frente aos problemas sociais.
Mariana Serra, Volunteers Vacation
A criadora do Volunteers Vacation, Mariana Serra, defende que quatro perguntas devem nortear o processo de inovação: Qual é meu sonho? Posso mudar o mundo? O que me move? O que eu sei fazer? Formada em Relações Internacionais, o cargo que ocupava em uma empresa grande não era o suficiente para a mudança que sonhava em fazer. “Lia notícias sobre guerras e países em condições precárias e me perguntava: o que estou fazendo sentada aqui?”. Decidiu, então, passar um período em um dos lugares afetados. Sem encontrar uma empresa de viagens que permitisse a realização de trabalhos voluntários aliados a férias, Mariana resolveu oferecer o serviço por conta própria. Aos 27 anos, saiu do emprego formal, foi para o Iêmen e desenvolveu a Volunteers Vacation. Hoje com 32 anos, ela avalia a decisão com entusiasmo. “Para empreender, tem que fazer”, aconselha.
Monique Furlan, AIESEC
Monique Furlan, de 24 anos, passou pelos mesmos questionamentos. No que denomina “crise dos 20”, a então estudante de Relações Públicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) passou a se questionar a respeito dos rumos que a vida estava tomando. Foi aí que encontrou o intercâmbio voluntário da Aiesec, organização não-governamental que possibilita o desenvolvimento pessoal e profissional de estudantes através de programas de trabalho em equipe, liderança e intercâmbio. Em 2014, resolveu ir para Poznan, na Polônia. Em meio ao trabalho voluntário, encontrou pequenas maneiras de inovar, embarcando em “micro missões” de acordo com as dificuldades que encontrava. “Minha função era dar aulas de inglês para turmas de educação infantil em escolas públicas. Mas, na segunda semana, percebi que, mais do que isto, precisava falar com elas sobre a realidade em que elas viviam. Os sonhos de vida delas eram muito pequenos em relação ao que poderiam conquistar”, relembra. Depois disso, foi para Mendoza, na Argentina, onde trabalhou com pessoas em situação de rua. Acabou embarcando na missão de ajudar a empoderar as mulheres que encontrava pelo caminho. Hoje, Monique é voluntária na AIESEC em Porto Alegre.
Gustavo Spolidoro, Câmera Causa
O professor do curso de Produção Audiovisual da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Gustavo Spolidoro apresentou a terceira iniciativa. “Eu também enfrentei uma crise, a crise dos 40”, brincou. “A questão é como nos relacionamos com esta fase”. Assim surgiu o Câmera Causa. Voltado a escolas municipais, o projeto visa apresentar ferramentas para o desenvolvimento de produções audiovisuais com celulares. Já foram 7 edições no primeiro semestre de 2018: em Canoas, Viamão, Alegrete, Caxias, Uruguaiana, Passo Fundo e Bento Gonçalves. Ao todo, participaram cerca de 100 alunos. São 16 horas de aula em que teoria e prática se misturam – os voluntários apresentam técnicas de filmagem e edição e incentivam os alunos a desenvolverem seus próprios vídeos. “É o celular contando histórias de vida. Foram 40 vídeos produzidos na primeira etapa do projeto, e estimulamos que eles publiquem nas redes sociais. Todos podem ter acesso às histórias deles”, conclui.
Jaquelini Debastiani, Voluntariado Marista
Jaquelini Debastiani, agente de pastoral do Centro de Pastoral e Solidariedade PUCRS, apresentou o Programa de Voluntariado da Universidade para a plateia. Formada em Produção Audiovisual, ela conta que também enfrentou um dilema: como unir causas sociais com a comunicação e com o cinema? Foi assim que, durante a graduação, entrou em contato com o programa e se tornou voluntária. “Experiência é aquilo que nos atravessa e modifica. Os alunos que participam do Voluntariado acabam desenvolvendo seus próprios projetos de empreendedorismo dentro das instituições”, conta. Ela também elenca questões cruciais na hora de definir os tipos de voluntariados que podem ser feitos em diferentes regiões: Por que a comunidade existe dessa forma? Qual o meu impacto? O que vai/não vai mudar? Interessados em participar do Programa de Voluntariado Marista podem conferir mais informações neste link.
Dialogar com o setor produtivo e a sociedade é a busca da PUCRS. Para isto, a Universidade implantou o movimento de transformação PUCRS 360º, que incentiva o desenvolvimento completo, integrado e interdisciplinar dos alunos diante do dinâmico mercado de trabalho. Os detalhes dessa iniciativa foram abordados pelo Reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, no Tá na Mesa desta quarta-feira, no dia 16 de maio, na Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul).
Segundo o Reitor, as universidades precisam estar em contato com o ambiente profissional para entender suas reais necessidades para bem preparar os estudantes para as futuras demandas. “Nós queremos impactar no desenvolvimento da sociedade, criando uma interface produtiva entre Universidade e mercado”, ressaltou.
Nos próximos seis anos, a PUCRS vai investir em modificações práticas e estruturais para preparar os estudantes a serem “futuros empregadores e não empregados”. As novidades abordam quatro eixos: percursos formativos, que permite aos estudantes participação em atividades de outros cursos; educação integral, que visa a formação de cidadãos, além de profissionais; o campus repensado, com incentivo à inovação e ao empreendedorismo; e o aprender diferente, com novas formas de ensino e oportunidades de aprendizado.
Empreendedorismo e novas profissões
Entre as metas desse modelo está a criação de 1000 startups em 10 anos e o incentivo ao retorno de alumni para novos cursos, através da proposta de continuidade do estudo. “Precisamos ir além e oferecer um ensino integral para que os futuros profissionais sejam capazes de desenvolver suas atividades dentro de parâmetros de excelência humana”, disse Teixeira.
Ao falar sobre formas de ensino, o Reitor ressaltou que a modalidade à distância vai crescer exponencialmente, dependendo apenas de investimentos por parte das instituições. Reforçou também que ensino técnico ainda não é valorizado da forma como deveria, principalmente olhando para o futuro, quando as profissões básicas serão fundamentais.
A presidente da Federasul, Simone Leite, aproveitou para reforçar a importância da parceria entre a PUCRS, a Ufrgs e a Unisinos, para promover ações de inovação de alto impacto na sociedade. “É uma satisfação ver a interação entre as universidades, principalmente diante da real necessidade de pensarmos e agirmos coletivamente em busca de soluções comuns”, reforçou.
Nos dias 14, 15 e 16 de maio, será realizado o 2º Ideação. A iniciativa promove oficinas e painéis que abordam temas ligados ao empreendedorismo e à inovação. Nesta edição, o tema é empreender e fazer o bem. Entre os participantes estarão profissionais de empresas, organizações e iniciativas como Sistema B, Natura, Meu Copo Eco, Tremarin, Tecnopuc, Dobra, Projeto Camaleão, Mobis, Loop Bike Sharing, Klavo, Volunteer Vacations, Aiesec e Câmera Causa. Você pode conferir a programação completa no site do evento.
As vagas são limitadas e as inscrições acontecem através do link. A atividade é gratuita, aberta ao público, e vale horas complementares para alunos PUCRS. É promovida pelo Idear – Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS e pelo Escritório de Carreiras. Mais informações no telefone (51) 3353.7754 ou na página no Facebook.
No próximo sábado, 12 de maio, a Universidade recebe o Arduino Day, evento realizado pelo Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) e pela Central Multiusuário para Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Ideia), em parceria com a Escola Politécnica. A iniciativa acontece no Global Tecnopuc, prédio 97 do Campus (Av. Ipiranda, 6681 – Porto Alegre), das 9h às 17h, e consiste na realização de palestras e oficinas que tenham o Arduino, uma plataforma de prototipagem eletrônica, como foco principal. É possível se inscrever como participante, palestrante ou expositor, e as inscrições devem ser realizadas através do site. Mais informações podem ser obtidas neste link.
3ª Edição Arduino Day PUCRS
O formato da atividade vem ao encontro de uma das principais prerrogativas do Arduino: o hardware e software livre. Chama-se assim, pois é permitido que qualquer pessoa com o conhecimento necessário possa criar seu projeto ou uma própria versão alternativa da plataforma. O professor Felipe Kühne, que atua na Escola Politécnica e é o principal organizador do Arduino Day na PUCRS, destaca a importância de uma postura democrática como essa: “A comunidade do Arduino pensa em compartilhar. Cada vez que alguém utiliza um projeto, tem a chance de aprimorá-lo e devolvê-lo melhorado para a comunidade”, diz.
Sendo assim, nada mais justo do que deixar os próprios makers – como se denominam os aficcionados por prototipação e eletrônica – organizarem os eventos sobre o Arduino. Neste ano, serão mais de 500 celebrações realizadas simultaneamente em 94 países. Essa é a terceira edição realizada na PUCRS. As anteriores ocorreram nos anos de 2016 e 2017.
Kühne também afirma que o evento representa uma oportunidade para que os que não possuem contato direto com a tecnologia possam adentrar a área. “O Arduino facilita a adoção da tecnologia por pessoas que não convivem com programação ou eletrônica. A plataforma permite que elas utilizem e desenvolvam os projetos da mesma forma que alguém que passa anos estudando”, acrescenta.
Estamos em plena transformação do modelo de sociedade que vivemos. Não estamos mais falando sobre o que acontecerá e, sim, o que já está acontecendo. O futuro chegou, os desafios estão postos e muitos países, como o Brasil, não se prepararam minimamente para essa realidade. Agora, correm atrás do prejuízo. O susto, a preocupação, as dúvidas com relação ao emprego e ao trabalho são fruto da falta de planejamento, de uma visão de futuro de lideranças que não souberam ler as dinâmicas que estavam transformando a sociedade desde o final do século passado.
Neste ano, quando milhões de jovens iniciarem seus cursos de graduação em todo o mundo, teremos a primeira geração de estudantes universitários que nasceram neste milênio. Estudos mostram que mais de 60% deles trabalharão em áreas que não existem hoje. Atuarão sob os paradigmas da quarta revolução industrial, na qual as tecnologias em diferentes áreas criam um novo modo de viver e trabalhar, rompendo as barreiras entre os mundos físicos e virtuais.
Evento no Tecnopuc debate o futuro do trabalho
Esse processo de mudança potencializa um crescimento exponencial das tecnologias e suas aplicações, que envolve a interação entre as tecnologias, as novas abordagens de sistemas inteligentes (smart systems) e o uso intensivo de inteligência artificial e machine learning. É essa conjunção de fatores que está mudando a forma de trabalho que conhecemos. Muitas tarefas, pessoais e profissionais, repetitivas e previsíveis, serão substituídas por artefatos e processos gerados por tecnologias. Isso representa milhões de vagas de trabalho que seguirão desaparecendo em ritmo crescente, mesmo que de forma assimétrica no mundo todo.
“Muitas tarefas, pessoais e profissionais, repetitivas e previsíveis, serão substituídas por artefatos e processos gerados por tecnologias. Por outro lado, milhões de novas oportunidades surgirão, envolvendo a criação e o avanço dessas mesmas tecnologias.”
Por outro lado, milhões de novas oportunidades surgirão, envolvendo a criação e o avanço dessas mesmas tecnologias. E aí está a grande oportunidade. Oportunidade para pessoas talentosas e qualificadas. Para os profissionais da sociedade do conhecimento do século 21. Pessoas que desenvolvam continuamente suas capacidades de aprender a aprender e suas habilidades e atitudes empreendedoras. Se o que marca a sociedade moderna é o conhecimento, cada vez mais a capacidade de aprender se tornará um diferencial competitivo relevante, tanto para as pessoas como para as organizações.
As habilidades que emergem nesse cenário envolvem mais do que conhecimentos técnicos e específicos. Os soft skills tornam-se fatores determinantes do desenvolvimento profissional. Habilidades como resolução de problemas complexos, visão sistêmica, trabalho em equipe, inteligência emocional, negociação, aprendizagem ativa, expressão oral e escrita, pensamento crítico, flexibilidade cognitiva, criatividade e pensamento lógico e matemático despontam como algumas habilidades importantes a serem desenvolvidas e aprimoradas. A educação continuada se torna um imperativo.
“Esse mundo das startups e da alta tecnologia se desenvolve, no mundo todo, em ecossistemas de inovação em que a qualidade do trabalho é parte de uma visão mais ampla de qualidade de vida, preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade.”
O presente do trabalho (não o futuro) já mostra com clareza que estamos vivendo uma transição no mundo empresarial com consequências imediatas e crescentes no mercado de trabalho. São novas dinâmicas geradas por um novo contexto das empresas em processo de transformação. As grandes companhias estão sendo desafiadas e superadas por menores, muitas delas startups de alto impacto, atuando em rede em projetos compartilhados.
Esse mundo das startups e da alta tecnologia se desenvolve, no mundo todo, em ecossistemas de inovação em que a qualidade do trabalho é parte de uma visão mais ampla de qualidade de vida, preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade, com a necessária diversidade que gera a criatividade que os profissionais do século 21 incorporam como valores relevantes nas suas vidas. Basta observar atentamente: são pessoas talentosas, cidadãs de um mundo global e colaborativo.
Esse mundo existe em segmentos da sociedade brasileira, em nichos de desenvolvimento pleno em todos os rincões de nosso país. Mas são exceções, são a expressão mais clara da assimetria gerada por uma sociedade que mantém 16% de seus jovens entre 18 e 25 anos na educação superior, que demostra pouca ou nenhuma preocupação efetiva em propiciar uma educação básica de qualidade à totalidade dos jovens. Mudar essa realidade está nas nossas mãos, investir em educação de qualidade e excelência, para formar jovens autônomos e globais, que tragam o país diretamente do século 19, onde aparentemente estamos hoje, para o século 21. Jovens preparados para uma nova sociedade, global, conectada e repleta de oportunidades. Que possam oferecer mais sentido, propósito, para as pessoas e redefina não só o conceito de trabalho, mas também o de vida e o papel de todos em um processo de desenvolvimento menos assimétrico e mais justo a todos.
Esse artigo integra o projeto Ideias para o Futuro, do portal Gaúcha ZH. No dia 24 de abril, a PUCRS e o Grupo RBS promovem evento sobre o futuro do trabalho, no Tecnopuc Crialab.
Ingrid Vanderveldt é fundadora e presidente do projeto Empowering a Billion Women (EBW) by 2020 (Empoderando um bilhão de mulheres até 2020) e foi a primeira Entrepreneur-in-Residence da Dell, onde supervisionava iniciativas de empreendedorismo ao redor do mundo. Em passagem pelo Brasil, a norte-americana visitou o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) no dia 11 de abril, quando realizou uma palestra com foco nas mulheres, empreendedorismo e o futuro da inovação.
Hoje uma empreendedora e investidora de sucesso, Ingrid dividiu com o público o momento mais difícil de sua vida profissional para assegurar, especialmente às mulheres, que falhar faz parte do processo. “Se você não falhar fazendo cosias que não funcionam e tentando descobrir o que funciona, você provavelmente não está inovando o suficiente. Investidores gostam de ver pessoas que não desistem, tentam de novo, seguem em frente.”
Sua vinda à PUCRS foi promovida pelo Consulado dos EUA em Porto Alegre. Ingrid estava acompanhada da cônsul Julia Harlan, do chefe da Seção de Imprensa, Educação e Cultura, John Jacobs, e da relações públicas do Consulado, Kerley Tolpolar.
Falhar faz parte do processo
Líder da área de Impacto Social do Tecnopuc, Gabriela Ferreira (esquerda), e Ingrid Vanderveldt | Foto: Camila Cunha
Para um público maioritariamente feminino, Ingrid iniciou a fala contando sua trajetória. “Enquanto eu construía minha terceira empresa, certa de que encontraria investidores, eu colocava todo o dinheiro que fiz nas minhas empresas anteriores e chegou um momento em que eu não tinha renda para mantê-la aberta. Perdi tudo o que construí, até a casa que eu havia comprado, com tudo dentro. Fui morar no meu carro com meu gato e as poucas roupas que consegui levar. Foi o momento mais sombrio e também o mais extraordinário da minha vida”, revelou.
Ingrid destacou a importância de termos um grande mentor e um bom sistema de suporte. “Se você está com falta de confiança e não acredita em você mesma, ajuda ter alguém que a conheça dizendo que você tem o que é preciso e que vai conseguir. Parte do meu suporte foi uma amiga que hoje trabalha para mim. Ela me viu morando no carro e me disse para morar com ela até me reerguer, que eu poderia fazer de conta que estava tudo bem e que ninguém precisaria saber. Por duas semanas só quis beber vinho e dormir. Então, me forcei a sair da cama, me arrumar e sair para buscar contratos”, continuou.
Como tornar o impossível possível
Um fator crítico para ter sucesso ao seguir em frente é criar um plano, estabelecer prazos e cumpri-los. “Finalmente consegui o primeiro contrato, depois o segundo, o terceiro e logo eu estava de volta. Demorou um pouco, mas consegui.” Nessa tônica, Ingrid falou sobre como tornar o impossível no mundo dos negócios, possível.
Com a visão de colocar um bilhão de telefones nas mãos de mulheres mundo afora para que tivessem acesso à tecnologia e, assim, empoderá-las, procurou a Dell. “Quando você conseguir 15 minutos para vender a sua grande ideia, precisa estar munida de informações quantificadas, números que mostrem como o seu negócio dará certo e que fará os investidores dizerem sim. Esteja preparada para a proposta do investidor e para dizer sim”, indica.
Ingrid ressalta a importância de entender o que é importante para o investidor, o que a empresa precisa, conhecer suas metas. “O que você pode fazer para impulsionar a ideia pela qual você é apaixonada? Pense como a sua inovação pode ajudar uma empresa, um investidor a alcançar seus objetivos”, aponta.
Minther
A EBW constrói inovações tecnológicas que oferecem educação, mentoria, comunidade, parcerias na prestação de contas para mulheres. Uma das ferramentas é a recém-lançada Minther, uma rede de recursos financeiros para mulheres empreendedoras, para ajudá-las a tocar seus negócios. “74% de pequenas e médias empresas falha por falta de educação financeira”, frisou Ingrid. A plataforma gera relatórios que permitem otimizar como o negócio está indo financeiramente, além de conectar empresas, investidores, oportunidades de negócios.
Entrevista
– Quais são os maiores desafios das mulheres no empreendedorismo?
Há três coisas com as quais as mulheres lutam: a primeira é a falta de confiança. A segunda é a falta de acesso a mentores – 80% das mulheres preferem uma mulher como mentora, mas há ainda poucas mulheres que já fizeram o que elas querem fazer. A terceira é a falta de acesso a oportunidades e capital. Temos trabalhado para resolver essas questões na EBW: construir confiança com educação e mentoria; ter grandes mentores que ensinem usando tecnologia; e com a plataforma Minther, oferecer acesso a oportunidades e capital.
– Além do conhecimento formal, que ferramentas podem ajudar as mulheres a vencer essas barreiras no empreendedorismo?
Há muitas mulheres nos EUA, por exemplo, que adorariam a oportunidade de trabalhar com mulheres do Brasil, aprender com elas e ajudá-las com mentoria. Seria um benefício para as mulheres daqui e dos EUA. Ao formar relações, se abrem novas oportunidades de mercado. Então a dica é estar on-line e construir conexões. Venham ao EBW 2020, temos comunidades on-line onde mulheres interagem.
– De que forma as mulheres empreendedoras brasileiras podem colaborar globalmente?
Uma das razões do consulado americano me trazer foi para abrir oportunidades para mulheres brasileiras e ver como podemos colaborar juntas. Temos escritórios em todo o mundo; a tecnologia nos possibilitou isso. Quando as mulheres perceberem as estratégias que podem usar internacionalmente, isso vai trazer ideias de como crescer.
– Quais são as principais diferenças entre homens e mulheres no empreendedorismo?
São totalmente diferentes. Se os homens veem uma oportunidade que vai melhorar a vida deles, com a qual vão fazer mais dinheiro, eles vão atrás. As mulheres se certificam de que tudo está certo, de que estão com as pessoas certas, se sabem o que estão fazendo. Pode ser mais seguro, mas o que acaba acontecendo é que elas se dissuadem do próprio negócio por não acreditarem. Eu digo: não desistam, vão adiante. Os homens não sabem o que fazem na maior parte do tempo, eles apenas não falam sobre isso.
– Qual o papel da mulher no futuro da inovação?
As mulheres não apenas lideram as inovações do futuro, são a inovação do futuro. Elas tentam novas coisas pela primeira vez. Quer ver inovação? Veja o que as mulheres estão fazendo.
– Qual a importância de universidades terem espaços de desenvolvimento de startups como a Raiar da PUCRS?
Esse é um espaço seguro para começar a tentar ideias. Você faz sob o guarda-chuva de um local que oferece mentoria e como acessar recursos. É uma ótima forma de tentar novas ideias e escalonar.
Durante a graduação em Agronomia, o atual estudante do MBA em Gestão, Empreendedorismo e Marketing da PUCRS Daniel Henrique Strassburger se mobilizou com a informação de que os atuais sistemas de irrigação e pulverização esmagam as plantas e desperdiçam água e agrotóxico. Em parceria com o irmão e estudante do segundo semestre do curso de Ciências Aeronáuticas, Vinícius Mateus Strassburger, desenvolveu o Sistema Flor de Lótus, que garantiu o primeiro lugar na categoria Desafio Livre do Torneio Empreendedor. Foi a primeira experiência empreendedora de ambos.
O produto é um dispositivo pulverizador e irrigador inteligente, que aplica somente as quantidades necessárias de água e agrotóxico em plantações de hortifrútis. A utilização do sistema acaba contribuindo tanto para a melhoria da saúde da população – pela produção de alimentos mais saudáveis – quanto para a qualidade de vida e sustentabilidade do meio ambiente.
A decisão de participar do Torneio Empreendedor partiu do interesse em tirar as ideias do papel e transformá-las em realidade. “Conforme fomos passando as etapas, descobrimos características do nosso projeto que nem fazíamos ideia de que existiam. Não buscávamos apenas vencer o Torneio, mas sim aproveitar toda essa experiência da melhor maneira possível”, conta Daniel.
Os irmãos contam que, durante o Torneio, focaram mais em desenvolver a ideia do sistema. Agora, o objetivo é desenvolver o produto. Para isto, pretendem participar do Startup Garagem, que se encaminha para uma 5ª edição. “Nossas expectativas estão bem altas, pois, até agora, o projeto se mostrou mais eficiente do que os outros produtos do mercado”, compara Vinícius.
A maior motivação do diplomado em Administração de Empresas Raimundo Noro para desenvolver a startup BeerX, segunda colocada do Desafio Livre, veio da observação do mercado de cerveja artesanal no Brasil. “É um mercado ainda regionalizado, com distribuição limitada. Quero fomentar o desenvolvimento desta área no país”, afirma. A BeerX é uma startup que busca trazer sinergia entre as cervejarias artesanais, os estabelecimentos que revendem e o consumidor, oferecendo uma plataforma multilateral de conexão.
Sendo sua primeira experiência empreendedora, Noro decidiu participar do Torneio para tirar a ideia do papel, se aprofundar no mercado e avaliar as possibilidades de produtos ou serviços que poderiam ser implementados. Para ele, um dos pontos mais importantes no desenvolvimento do espírito empreendedor é a criação de oportunidades para os cidadãos brasileiros. “As startups geralmente têm por objetivo resolver alguma carência existente em determinado mercado. Este cenário traz um alto impacto no desenvolvimento econômico e social do país”, conclui.
Na 11ª edição, realizada entre agosto e novembro de 2017, a atividade focou na interdisciplinaridade e na busca de soluções e ideias de impacto social. A coordenadora do Torneio, professora Katine Fasolo, conta que os organizadores buscaram incentivar a participação de áreas acadêmicas que não costumavam se envolver nessas iniciativas, assim como focar no desenvolvimento criativo dos projetos, baseado na cooperação interdisciplinar entre alunos e professores de diferentes áreas. Com esses e outros fins, o Torneio estruturou-se em uma série de etapas, como palestras, workshops e mentorias, e também foi dividido em quatro desafios temáticos: Cidades Inteligentes, Era da Informação, Saúde e Bem-Estar e o Desafio Livre. “A ideia foi incentivar os participantes a pensarem em problemas socialmente relevantes e atuais, dos mais variados tipos, nas diferentes áreas de conhecimento, e, assim, buscarem soluções inovadoras, contudo, sem deixar de se preocuparem com o impacto social dos seus projetos”, explica Katine.
Confira os vencedores da categoria Desafio Saúde e Bem-Estar do Torneio Empreendedor neste link.
As equipes classificadas em primeiro lugar nos desafios ganharam uma viagem para São Paulo para participar do Festival Path. Além disso, aquelas que ficaram em primeiro e segundo lugar também garantiram uma vaga no Programa Startup Garagem – Programa Equivalente de Pré-Incubação da Incubadora Raiar. Todos os finalistas tiveram Participação exclusiva no Programa Rocket – Programa de Empreendedorismo avançado do Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação – Idear.
Criado pelo Núcleo Empreendedor em 2007, O Torneio Empreendedor foi inicialmente realizado como um concurso de Plano de Negócios para alunos da PUCRS, evoluindo para uma disputa de projetos de empreendedorismo entre estudantes de diversas áreas do conhecimento. Atualmente, o Torneio, realizado pelo Idear, aborda técnicas de desenvolvimento de ideias de negócios, como Design Thinking, Golden Circle, Modelages, Pitch, entre outras, em busca de ensinar aos participantes a aplicar e testar seus projetos, que recebem mentorias e avaliações de profissionais do mercado e empreendedores renomados.
A próxima edição está prevista para o segundo semestre deste ano. Fique atento ao site e ao Facebook do Idear.
Um dos principais objetivos do Torneio Empreendedor, em sua mais recente edição, foi incentivar os participantes a proporem soluções de impacto social a partir da cooperação interdisciplinar, e, dentre suas categorias, o Desafio Saúde e Bem-estar traduziu muito bem essa proposta. Decididos a contribuir para a garantia da segurança alimentar e ajudar pessoas com alergias a determinados alimentos, a estudante de Educação Física da PUCRS Beatriz Rodrigues Nunes, a graduanda em Administração da UFRGS Gabriela Presser Vacaro e o profissional de Relações Públicas formado pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos Francisco Martí Barros conquistaram o primeiro lugar. O objetivo do projeto, chamado BFG, é facilitar a busca e a categorização de produtos e serviços seguros para pessoas com restrições alimentares por meio de uma plataforma digital que oferece participação ativa de seus usuários na sua certificação.
Dentre os grupos que sofrem com esse tipo de patologia, escolheram atender os celíacos, pessoas alérgicas ao glúten, que encontram dificuldades em alimentar-se com segurança em restaurantes ou mesmo ao adquirir produtos no supermercado. “Mesmo que nenhum de nós tenha restrições alimentares relacionadas ao consumo de glúten, a temática nos sensibilizou”, explica Barros. A equipe viu na situação o potencial para elaborar um projeto em torno de uma demanda real e ainda não compreendida pela sociedade, e ainda atender ao público crescente do mundo fitness, formado por praticantes de esporte e adeptos da vida saudável que cada vez mais consomem produtos sem glúten e sem lactose, entre outros, como conta Beatriz.
Porém, não foi apenas através da empatia que o projeto se desenvolveu. De acordo com Gabriela, o plano de negócios mostrou-se consistente por ter se baseado em muita pesquisa e traçado mapas de empatia, que permitiram entender as necessidades do público. Outro ponto-chave destacado por Barros foi a soma das diferentes competências de cada formação dos integrantes, que, de acordo com ele, “proporcionou a formatação da empresa com uma gama de ferramentas, setores e fluxos processuais relevantes e diferenciados”.
Apesar de ainda não saberem se continuarão com o projeto, os participantes afirmam que a experiência e o aprendizado adquirido trazem muito benefícios para a carreira e futuros negócios. “Oportunidades como o Torneio Empreendedor são valiosas para testar possibilidades, ampliar a rede de relacionamentos, aprimorar habilidades e aprender que apenas ideias não bastam”, afirma Beatriz. Além disso, finaliza Barros, “desenvolver o espírito empreendedor, com a visão aguçada e lúcida ao cenário, o domínio metodológico de habilidades executivas e criativas e saber vender são os elementos-chave dos profissionais do século 21”.
Em cidades como Porto Alegre, em que não há praias, muitas pessoas utilizam parques e praças como espaço de lazer e contato com a natureza, para ter um momento de descanso ou mesmo praticar esportes. Com o objetivo de incentivar o uso desses espaços públicos e trazer mais qualidade de vida aos habitantes, a dupla formada pela pós-graduada em Segurança do Trabalho pela PUCRS, Fabiana Rodrigues Guerra, e a graduanda em Direito Karla Beatriz Silva Mendes, desenvolveu a plataforma Liberdade e Saúde. O aplicativo traz informações sobre esses locais, incluindo os aspectos ambientais de fauna e flora, sua história e características físicas. De acordo Fabiana, além de movimentar as praças e parques, a startup irá tornar as pessoas mais conscientes sobre o seu papel na sociedade e incentivá-las a cuidar da natureza através da informação confiável.
Tanto o projeto BFG quanto a plataforma Liberdade e Saúde estão em fase de análise para futura implantação, podendo ser colocados à disposição do público quando as equipes vencedoras decidirem evoluir nas suas iniciativas.
Na 11ª edição, realizada em entre agosto e novembro de 2017, a atividade focou na interdisciplinaridade e na busca de soluções e ideias de impacto social. A coordenadora do Torneio, professora Katine Fasolo, conta que os organizadores buscaram incentivar a participação de áreas acadêmicas que não costumavam se envolver nessas iniciativas, assim como focar no desenvolvimento criativo dos projetos, baseado na cooperação interdisciplinar entre alunos e professores de diferentes áreas.
Com esses e outros fins, o Torneio estruturou-se em uma série de etapas, como palestras, workshops e mentorias, e também foi dividido em quatro desafios temáticos: Cidades Inteligentes, Era da Informação, Saúde e Bem-Estar e o Desafio Livre. “A ideia foi incentivar os participantes a pensarem em problemas socialmente relevantes e atuais, dos mais variados tipos, nas diferentes áreas de conhecimento, e, assim, buscarem soluções inovadoras, contudo, sem deixar de se preocuparem com o impacto social dos seus projetos”, explica Katine.
Confira os vencedores da categoria Desafio Cidades Inteligentes do Torneio Empreendedor neste link e da categoria Desafio Era da Informação e Comunicação neste link.
As equipes classificadas em primeiro lugar nos desafios ganharam uma viagem para São Paulo para participar do Festival Path. Além disso, aquelas que ficaram em primeiro e segundo lugar também garantiram uma vaga no Programa Startup Garagem – Programa Equivalente de Pré-Incubação da Incubadora RAIAR. Todos os finalistas tiveram Participação exclusiva no Programa Rocket – Programa de Empreendedorismo avançado do IDEAR.
Criado pelo Núcleo Empreendedor em 2007, O Torneio Empreendedor foi inicialmente realizado como um concurso de Plano de Negócios para alunos da PUCRS, evoluindo para uma disputa de projetos de empreendedorismo entre estudantes de diversas áreas do conhecimento. Atualmente, o Torneio, realizado pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação – IDEAR, aborda técnicas de desenvolvimento de ideias de negócios, como Design Thinking, Golden Circle, Modelages, Pitch, entre outras, em busca de ensinar aos participantes a aplicar e testar seus projetos, que recebem mentorias e avaliações de profissionais do mercado e empreendedores renomados.
Cinco professores e pesquisadores da PUCRS ligados a ambientes de inovação e empreendedorismo da Universidade como Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc), o Idear – Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação, e o Crialab – Laboratório de Criatividade do Tecnopuc, participam, no dia 7 de dezembro, do lançamento do livro Ensino de Empreendedorismo no Brasil – Panorama, tendências e melhores práticas, publicado pela Alta Books Editora. Ana Cecília Nunes, Gabriela Ferreira, Luís Humberto Villwock, Naira Libermann e Vicente Zanella fazem parte da obra com o capítulo Inovação e Empreendedorismo na Formação Acadêmica da PUCRS: Construindo a Educação do Futuro. A sessão de autógrafos ocorre às 19h, na livraria FNAC do Barra Shopping Sul, em Porto Alegre.
O ensino de empreendedorismo desperta diversos debates sobre seus objetivos, abordagens, técnicas, impactos e resultados. Muitas universidades e faculdades percorreram trajetórias acumulando experiências, tanto no ensino formal, dentro do currículo escolar, quanto fora dele. Várias delas despontam com lições e resultados interessantes. O livro Ensino de Empreendedorismo no Brasil – Panorama, tendências e melhores práticas representa a oportunidade de oferecer a todos interessados na área um olhar sobre o que está sendo feito no Brasil, contribuindo para a discussão, o avanço e a disseminação do ensino de empreendedorismo.
A Pandorga, empresa de desenvolvimento de software graduada pela Raiar e instalada no Tecnopuc, lança em setembro seu reposicionamento mundial. Com escritório na Inglaterra desde 2012, a companhia inaugura agora uma nova unidade em Lyon, na França. A escolha do novo endereço visa manter a empresa no mercado europeu, já que o Reino Unido não faz mais parte do bloco. E para marcar a fase de mudanças estratégicas, a gaúcha lança também novo nome, codeHB. Fábio Krohn, um dos sócios da companhia, aposta no posicionamento global. “Acreditamos em um cenário de transformação digital sem fronteiras”, projeta Krohn. Atualmente, a codeHB conta com mais de 70 clientes, distribuídos entre o Brasil e a Europa.
A codeHB iniciou sua trajetória na Raiar, ainda com o nome Pandorga. Gradou-se e passou a integrar o time de empresas do Tecnopuc. Em 2012, protagonizou o primeiro case de empresa internacionalizada do Tecnopuc ao inaugurar escritório em Londres.
Há mais de 10 anos no mercado, orienta empresas locais e globais a maximizar investimentos em soluções Microsoft que aumentam a produtividade e a mobilidade das equipes de trabalho.