O pesquisador e empresário chileno Pablo Zamora esteve na PUCRS, no dia 16 de agosto, para falar sobre Inovação em Alimentos: Como transformar pesquisas em produtos inovadores para o mercado. Encantou a plateia de alunos e professores ao contar sua experiência com a The Not Company. Há quatro meses, a companhia lançou no mercado chileno a Notmayo, uma maionese com 100% de ingredientes vegetais e sem lactose, sem transgênicos, sem glúten, sem colesterol, sem ovo e sem soja. Mantém a mesma associação sensorial do produto original, mas inova ao permitir o acesso dos consumidores a uma alimentação saudável, independentemente do poder aquisitivo. O Ciclo de Conferências em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia foi promovido pelo Escritório de Transferência de Tecnologia da PUCRS.
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Em 2018, a The Not Company pretende chegar a países sul-americanos, como Argentina, Colômbia e Brasil, com a exportação e instalação de plantas de produção. Também no início do próximo ano, começará a comercializar produtos não lácteos (Notmilk, Notcheese e Notyogurt). E que tal versões vegetais de salsicha, linguiça e mousse de chocolate? Também estão no rol dos 12 itens que a empresa vai lançar no mercado.
Zamora também é cofundador e diretor associado da University of California Davis – Life Science Inovattion Center no Chile. Universidade pública dos EUA com foco no desenvolvimento territorial, tem um papel importante na transferência de tecnologia e na geração de conhecimentos, em especial no ramo da produção de alimentos. Está há dois anos e meio no Chile.
IDEAR – Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS
Em entrevista, Zamora conta como transformar projetos de pesquisa em produtos inovadores e relata um pouco da experiência da The Not Company.
O que o levou a não apenas seguir carreira acadêmica, mas também desenvolver pesquisa aplicada e fazer inovação, com a criação de produtos?
Considero que vou contribuir como cientista não necessariamente na sala de aula. Há pessoas que têm vocação para isso e fazem muito bem. Porém, acredito que quem conta com a capacidade de propor à sociedade soluções precisa se encarregar disso. Dou palestras e me dedico 100% a pesquisar a fim de desenvolver produtos de impacto social. É o motivo do meu trabalho. Isso se mede levando o produto ao mercado ou licenciando a tecnologia para que empresas façam uso dela.
O que foi importante na sua formação?
Sou bioquímico e fiz um doutorado em Biotecnologia, que me permitiu mesclar visões científicas e comerciais. Tenho muita relação com a Escola de Negócios da universidade onde fiz a pós-graduação. O desenvolvimento de uma ciência de impacto, em que o usuário use realmente a tecnologia, era parte da carreira acadêmica que estava seguindo. Em meu caso, também tinha interesse em trabalhar com pessoas. Desenvolvi projetos com comunidades indígenas e me dei conta do valor de levar em conta as comunidades durante a investigação. Mudei minha mentalidade e me propus a não fazer nada à parte da sociedade.
Quais os requisitos para um produto ser considerado inovador?
Primeiro, deve ter um diferencial em relação aos demais. Para mim, os produtos inovadores são os capazes de romper com o que existe. Se produzo vinho e antes chegava a 5 litros por um quilo de uva e agora consigo mais 5 litros porque aumentei a eficiência no processo, isso não é inovador. E sim porque gerei uma uva diferente, um produto novo da mesma fruta ou um vinho de outra fonte. É preciso mudar a forma como vemos o produto. Em geral, isso resulta da causalidade, a menor parte das vezes, ou da aplicação de conhecimentos de ciência e tecnologia. Um produto pode ser inovador e não servir a ninguém. Se for mais caro que o da concorrência, acaba não se viabilizando comercialmente. Na minha concepção, há poucos inovadores.
Como transformar pesquisa em produtos inovadores para o mercado? O que a experiência com a The Not Company o ensinou, com a criação de alimentos inteligentes?
Primeiro, é uma questão de vontade. Os cientistas devem ter o interesse de desenvolver um produto. Mas, sem a infraestrutura institucional, como um setor de transferência de tecnologia e uma equipe expert em patenteamento e em comercialização de tecnologia na universidade, um cientista talentoso fará um esforço estéril. Ele deve ter também a sabedoria de se associar a pessoas das áreas de direito, marketing e comercial, senão fará apenas um exercício de laboratório com vistas ao mercado, mas não necessariamente com impacto. Os investigadores tradicionais chegam a uma solução que imaginam ser valiosa e nunca foram ao mercado ver se o que estavam fazendo é relevante para a sociedade ou não. Projetos financiados por 40 anos, 30 anos, 15 anos com fundos públicos. Por exemplo, alguém faz um detergente com uma nova tecnologia. Se o mercado não for receptivo a ele, todo o investimento em tempo, pessoas e recursos acabará desperdiçado. O projeto nunca identificou qual era a lacuna que havia na indústria. Isso é que chamamos de technology push versus technology pull. A primeira ocorre quando empurro minha solução e quero que alguém a adote. Não necessariamente o que eu faço servirá ao resto. Enquanto technology pull é quando vou buscar a necessidade. O pesquisador deve parar frente a um público especializado e ver se o que propõe é viável ou não do ponto de vista social.
Conte o exemplo da The Not Company.
É uma companhia inovadora. Cria produtos que antes não existiam. Usa a ciência e a tecnologia a serviço das pessoas independentemente de gênero, poder aquisitivo. É um exercício para democratizar o acesso à alimentação saudável. Nós, fundadores, somos dois cientistas de laboratório, com um engenheiro comercial, que sabia como posicionar o produto no mercado. Foi interessante conjugar as disciplinas, ter a visão de construir infraestrutura para posicionar o produto no mercado. A companhia nos tirou da zona de conforto. Falta-nos infraestrutura, pois somos uma empresa pequena, mas precisamos ser criativos para resolver os problemas e nos sentimos responsáveis pelo êxito comercial. Cada investigação está orientada à melhora das propriedades nutricionais e da vida útil. Colocamos diferentes expertises à disposição para levar o produto ao consumidor, não para à sua patente, ao seu artigo. Fazemos uso de inteligência artificial para chegar a produtos com a mesma associação sensorial do original.
Entrar para a Universidade, fazer estágio em uma grande empresa, ser efetivado, promovido, virar gestor e, por fim, se aposentar. A trajetória que definia o sucesso profissional – comum a muitas gerações – pode estar com os dias contados. O mundo do trabalho passa por mudanças. É o que afirmam Alexandre Pellaes, fundador da consultoria EXBOSS e sócio da startup 99jobs.com; Éder Henriqson, diretor de Graduação da PUCRS; Ana Cecília Nunes, coordenadora do Idear – Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS e Andressa Urbim, consultora em gestão e marketing. O emprego, no formato tradicional que conhecemos, sofre transformações.
Confira o que pensam estes profissionais e o que esperar do mercado no futuro na Revista PUCRS nº 184.
Na próxima quinta-feira, 24 de agosto, das 10h às 18h, será realizada a segunda edição do Tecnopuc Experience. O evento é gratuito e tem como foco proporcionar experiências para a comunidade acadêmica e para o público em geral, a partir de bate-papos, workshops, mostras e atividades ao ar livre propostas por empresas do Tecnopuc, comunidade acadêmica e do mercado.
Neste ano, o Experience terá evento do capítulo Porto Alegre da Singularity University, na parte da manhã e, à tarde, ocorre o Innovation Tour da Innoscience com o presidente do banco Agiplan, Marciano Testa, e com Marcelo Maisonnave, fundador da XP Investimentos. Todas as atrações do evento estão divididas em três experiências: Exchange, que concentra bate-papos, workshops e oficinas relacionadas à negócios; Life, que conta com atividades voltadas à saúde, à qualidade de vida e ao bem-estar; Street, que terá atividades ao ar livre como slackline, tabelas de basquete, quadras de vôlei e foodtrucks e apresentação do PUCRS Live, com performances de violino, piano e DJ. A programação completa do Tecnopuc Experience e links para inscrição podem ser encontradas clicando aqui.
Espaço de coworking para startups e selo poa.hub
Em paralelo à programação, será inaugurado o Espaço de Coworking da Raiar, que fica no Tecnopuc e já conta com empresas das mais diversas áreas. Segundo a Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Carla Bonan, o Coworking consiste em um espaço no ecossistema de inovação, que representa muito mais do que uma nova forma de se relacionar com o ambiente de trabalho. “Além do compartilhamento de recursos, um ambiente desta natureza se caracteriza pela sinergia que se desenvolve quando pessoas de diferentes áreas interagem no mesmo espaço, gerando um fluxo intenso de troca de ideias, colaboração e networking”, diz.
A diretora de Inovação e Desenvolvimento da Universidade, Gabriela Ferreira, complementa, lembrando que o Coworking se constitui em mais uma peça do ecossistema de inovação da PUCRS que vem sendo construído ao longo dos últimos 15 anos. “Ele faz parte de uma visão moderna de desenvolvimento de startups que tem na colaboração um elemento fundamental. Mais que um espaço físico diferenciado, ele é um novo conceito de trabalho fundamental para criar um ambiente vibrante como queremos”, pondera.
Para o gerente da Raiar, Leandro Pompermaier, o Coworking passa a ser também a porta de entrada no Tecnopuc para empresas nascentes, cujo objetivo é fazer com que os empreendedores tornem a interação e a colaboração entre seus negócios evidente, interagindo ainda mais com os diferentes agentes do ecossistema do Parque. Pompermaier acrescenta que, além do layout contemporâneo, o espaço colaborativo criado dentro de um ecossistema de inovação, proporcionando networking, participação em eventos, internacionalização, softlanding nacional e maker space tornam o ambiente único. “A ausência de paredes faz com que os empresários possam se auxiliar diante de dificuldades diárias, já que cada empresa possui expertise diferente em áreas como tecnologia, comunicação, fintech, desenvolvimento de sistemas, educação para cidadania, relacionamento entre empresas e desenvolvimento de líderes e empreendedores”, diz.
O lançamento oficial do Espaço de Coworking marca ainda a adesão do Tecnopuc ao selo poa.hub, que visa unir o conhecimento da Universidade e do Parque à infraestrutura da Capital, a fim de evoluir o aspecto de inovação na cidade gaúcha. De acordo com o diretor do Tecnopuc, Rafael Prikladnicki, Porto Alegre conta hoje com diversos ambientes de inovação e mecanismos de apoio ao empreendedorismo e a prefeitura “foi muito feliz” em propor uma forma de conectar esses espaços por meio da rede poa.hub. “Aderir ao programa é um caminho natural para o Tecnopuc, através do seu ambiente de coworking. Com isso acreditamos estar contribuindo para uma cidade mais abundante em termos de empreendedorismo e inovação, com colaboração, troca e geração de valor”, ressalta.
Prikladnicki acrescenta ainda que o Coworking completa o conjunto de espaços do Global Tecnopuc, um prédio construído com foco em colaboração e networking e que reforça o conceito e a importância de continuamente desenvolver o ecossistema.
Estão abertas as inscrições para a primeira edição do MBA em Gestão, Empreendedorismo e Marketing da PUCRS. As aulas são voltadas a profissionais com interesse gerencial ou com perfil empreendedor que tenham assumido ou venham a assumir funções de liderança em empresas ou em novos negócios. O curso está disponível em duas modalidades: presencial e online. As inscrições para as duas modalidades podem ser realizadas no site gem.pucrs.br/.
O curso é dividido em três módulos: gestão, empreendedorismo e marketing. No primeiro, o propósito é discutir temas como gestão de pessoas, orçamento empresarial, qualidade em serviços, consolidação de negócios, relacionamento com clientes e desenvolvimento de fornecedores. O módulo de empreendedorismo aborda assuntos ligados aos ambientes de inovação, novas tecnologias, criatividade, captação de recursos e indústria criativa. Por último, as aulas sobre marketing tratam de temas relacionados ao marketing digital, branding, e-commerce, franchising, internacionalização de empresas e economia compartilhada. A metodologia de ensino do curso é interativa, utilizando atividades presenciais e a distância e estudos de caso práticos apresentados por professores convidados.
Foi em Exeter, a sudoeste de Londres, que Marcello Sowka resolveu empreender. Antes, o então estudante de Engenharia de Produção planejava seguir o que chama de “caminho seguro”: concluir a graduação, entrar em uma empresa e trabalhar lá por toda a vida. Mas as novidades que encontrou na Inglaterra, em 2014, o inspiraram a fazer parte do time de empreendedores que transformam ideias em realidade. Em novembro de 2016, lançou a empresa AlfaClub, que, atualmente, conta com um público de cerca de 10 mil pessoas.
Em seu intercâmbio pelo Ciência Sem Fronteiras, continuou a graduação. Ao voltar ao Brasil, no 9º semestre, deparou-se com o desafio do trabalho de conclusão de curso: a proposta era desenvolver um artigo científico com aplicação prática. Na mesma época, um amigo – hoje seu sócio, Rodrigo Pelaipe – estava desenvolvendo um aplicativo. A ideia não vingou, mas, tendo em mente o projeto do TCC, Sowka sugeriu que algo direcionado aos estudantes fosse feito. O trabalho acompanhou todo o processo de desenvolvimento, o estudo de viabilidade econômica e de riscos do projeto.
A empresa tem como objetivo facilitar o acesso de estudantes a benefícios. Eles podem acessar exclusivamente diversas ofertas de empresas conveniadas com a AlfaClub. Ao efetuar as compras nos locais indicados, o usuário utiliza seu AlfaCode (um registro disponível no app do telefone) para receber o desconto.
O principal diferencial da Carteirinha Virtual AlfaClub é ser totalmente gratuita. Além disso, enquanto a lei vigente de meia-entrada só funciona para eventos culturais, a AlfaClub inclui outros serviços, como academia, lojas de carro, clínicas de vacina e agências de intercâmbio.
Leia a reportagem completa, parte da edição 183 da Revista PUCRS, aqui.
Imaginar um projeto e não saber como tirá-lo do papel é muito comum. O Torneio Empreendedor da PUCRS é a oportunidade perfeita para quem quer testar e aplicar as ideias no mundo real, recebendo mentoria de profissionais do mercado, com a avaliação de empreendedores renomados. Nesta edição o evento será ainda mais interdisciplinar e dinâmico, com etapas presenciais e outras a distância. As inscrições estão abertas até 17 de agosto e as atividades ocorrem de 19 de agosto a 13 de novembro. Podem participar a comunidade em geral, alunos e ex-alunos da PUCRS. Alunos da PUCRS têm inscrição gratuita, para os outros públicos, há uma taxa para inscrição. O Torneio é promovido pelo Idear- Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS.
A coordenadora do Idear, professora Ana Cecília Nunes, destaca o novo formato do evento. Ao se inscrever, o participante escolhe um desafio temático, que pode ser Cidades Inteligentes, Bem-Estar e Saúde, Era da Informação e Desafio Livre. “O Torneio desse ano terá uma visão interdisciplinar para entender os temas com os quais os projetos e os alunos mais se identificam”, afirma Ana Cecília. Por isso, além da mentoria na área de negócios, os participantes terão acesso também ao auxílio de professores das áreas específicas de cada desafio: “Quem tiver uma ideia na área de bem-estar e saúde vai ter o acompanhamento de professores de cursos dessa área também”, completa Ana.
As atividades buscam proporcionar aprendizagens de trabalho em equipe e liderança na elaboração de projetos de empreendedorismo e inovação, através do planejamento, análise e tomada de decisões de forma sistêmica. Além de uma competição, a ideia é que o Torneio seja um aprendizado para os participantes, que vão conhecer técnicas de desenvolvimento de ideias de negócios, como Design Thinking, Golden Circle, Modelagem e Pitch, entre outras. É possível se inscrever sozinho ou em grupos entre 2 a 5 pessoas, e também com ou sem alguma ideia já pré-definida.
Os vencedores ganharão uma viagem para participar do Festival Path, evento de inovação e criatividade que ocorre em São Paulo; terão apoio para a construção da base de seu negócio no Programa de Empreendedorismo Rocket e também no Startup Garagem, programa de modelagem de negócios da Raiar, o ambiente de desenvolvimento de startups da PUCRS. Para participação no Startup, é preciso que o grupo tenha pelo menos um aluno da Universidade, conforme orientações do regulamento. Informações pelo telefone (51) 3320-3727 ou no site www.pucrs.br/eventos/unidades/torneio-empreendedor-2017. O Torneio Empreendedor está na sua 11ª edição.
O último sábado, 1º de julho, marcou o encerramento do Programa de Empreendedorismo Rocket, realizado pelo Idear- Laboratório de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS. O programa tem o objetivo de capacitar os melhores colocados no Torneio Empreendedor para que continuem desenvolvendo seus projetos de negócio. Funciona assim: os interessados (aluno, ex-aluno ou público em geral) se inscrevem no Torneio, e, sendo classificados entre os melhores projetos, recebem como um dos prêmios a participação no programa para aprimorar a sua ideia, no semestre seguinte. Após concluir as atividades, terão projetos mais elaborados para participação no Startup Garagem, programa de modelagem de negócios da Raiar, ambiente de desenvolvimento de startups da PUCRS. Para participar do Startup, é necessário que pelo menos um dos participantes do grupo seja aluno da PUCRS.
Os encontros do Rocket ocorrem de março a julho, e a mentoria é dividia em três grandes áreas de conhecimento: tecnologia, finanças e assessoria de mercado. Os participantes recebem assessoria profissional para desenvolver o planejamento estratégico e operacional do negócio. “A ideia é amadurecer os projetos vindos do Torneio Empreendedor, para que possam crescer e virarem um negócio concreto”, lembra Katine Fasolo, coordenadora do Torneio. Na edição de 2017 do Rocket foram 120h de assessoria entre encontros presenciais e a distância, com a participação de doze equipes.
Realizado em parceria com a Klavo Gestão e Marketing, o programa utiliza a metodologia Red Canvas, que auxilia empreendedores a entender com profundidade o propósito da organização e como comunicá-lo, de forma que as pessoas entendam e se conectem com este propósito. Segundo Karin Keller, que ministra os encontros, a metodologia parte da premissa de que a criação de uma rede que se conecte e entenda o seu propósito como organização – o relacionamento – é a base fundamental para que ela tenha sucesso. “Aliada a isso, está a estratégia que o empreendedor precisa criar para entregar valor de forma progressiva. São estas duas “tarefas” (relacionamento + estratégia) que promovem o desenvolvimento da organização (por isso RED)”, complementa. A designer gráfica Helena Giacomazzi Nunes é uma das participantes do Rocket neste semestre e desenvolveu o projeto de um minitruck que vende café e biscoito italiano. Inicialmente, ainda no Torneio Empreendedor, pensou em vender brownies com os cafés, mas mudou de ideia durante o programa: “Um dia vi minha mãe fazendo biscoitos italianos e decidi que os venderia junto com o café, porque tem relação com as origens da minha família. Todas essas mudanças na ideia ocorreram no Rocket, o que foi muito bom para desenvolver o que eu estava pensando”, afirma. Atualmente, Helena está produzindo somente os biscoitos, mas no futuro pretende colocar em prática o minitruck. O projeto foi batizado de Beluno Sapore Artigianale.
A Raiar, ambiente de desenvolvimento de startups da PUCRS, promove a segunda edição do Raiar Itinerante nesta terça-feira, 13 de junho. O bate-papo sobre empreendedorismo ocorre na Faculdade de Informática, às 18h30min, no saguão do prédio 32 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). O gerente da Raiar, Leandro Pompermaier, irá mediar a conversa com os empresários Christian Lykawka, da Rockhead Games, e Felipe Foliatti, da Soha Soluções em Software e Hardware.
Durante o encontro, os empreendedores compartilharão suas experiências, falarão sobre o processo de desenvolvimento das suas empresas e dos seus produtos. A atividade é aberta ao público em geral, gratuita e não necessita de inscrições prévias. Mais informações pelo telefone (51) 3353-6216.
O Idear – Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS foi finalista do Prêmio de Educação Empreendedora, promoção nacional da Endeavor e Sebrae. Ficou entre as três melhores iniciativas entre mais de 100 inscritos de 78 instituições de ensino superior (IES) de 17 estados. A Universidade foi a única representante da região Sul entre os finalistas. A premiação busca ações inovadoras e bem-sucedidas de ensino de empreendedorismo em IES.
A coordenadora do Idear, Ana Cecília Bisso Nunes, destaca que o reconhecimento nacional valida o trabalho feito na PUCRS para formar uma trilha empreendedora. “Com menos de um ano de existência, o Idear nasce com o propósito de envolver diversas áreas do conhecimento no empreendedorismo e atitude empreendedora. Atuamos na etapa de sensibilização desta jornada, com ênfase na graduação e no pós, mas também com atividades abertas ao público externo”, afirma.
O Idear trabalha o empreendedorismo enquanto competência que envolve a mobilização de conhecimentos, habilidades e atitudes, o exercício da criatividade, do pensamento crítico e do exercício da autonomia. Busca desenvolver a atitude empreendedora dos alunos e comunidade em geral, os motivando a serem agentes de mudança e impacto social. Isso é feito por meio de palestras, bate-papos, cursos, seminários, encontros, disciplinas, consultorias, Torneio Empreendedor, entre outros. Contatos podem ser feitos pelo e-mail idear@pucrs.br.
A iniciativa vencedora do Prêmio de Educação Empreendedora foi o Ibmec, com o case Ibmec Social, que recebeu certificado, troféu e também participará do Simpósio para Educadores de Empreendedorismo da Babson College (EUA).
Futuro do trabalho, atitude empreendedora, desenvolvimento de startups e empreendedorismo social serão alguns dos assuntos abordados no Ideação – 1º Encontro de Empreendedorismo e Inovação, que ocorre de 23 a 25 de maio na PUCRS. Com entrada franca e aberto à comunidade, o evento tem como objetivo fomentar o debate sobre os temas, numa promoção do Idear e do Escritório de Carreiras, ambos da PUCRS. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site www.pucrs.br/eventos/unidades/ideacao, onde também está disponível a programação completa de painéis e oficinas.
A abertura do evento será no dia 23, às 19h, com o painel O Futuro do Trabalho Precisa de Empreendedores, realizado por Alexandre Pellaes, pesquisador de novos modelos de gestão, fundador da consultoria EXBOSS e sócio da startup 99jobs.com. A mediação será da diretora de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS, Gabriela Ferreira. No dia 24, às 11h, a oficina EU-Empresa: Autônomo e Empreendedor, será ministrada pela sócia-fundadora da Urbim Consultoria Empresarial, Andressa Urbim. No mesmo dia, às 17h30min, o professor da Escola de Negócios da PUCRS Lucas Roldan e os jornalistas Mauro Schneider e Roberta Fofonka, do Jornal do Comércio, apresentam a pesquisa Empreendedores – Perfil, Desafios e Tendências. Às 19h, o tema Como Inovar Dentro de Empresas? Carreiras Interdisciplinares, Inovação e Empreendedorismo será tema de painel mediado pelo professor da Faculdade de Informática da PUCRS Rafael Chanin.
No último dia, 25 de maio, às 11h, a professora da Escola de Negócios e assessora da Incubadora Raiar, Kellen Fraga ministra a oficina Startups: Como Desenvolvê-las? Às 13h30min, as jornalistas Gisele Ramos e Márcia Breda participam da oficina #mandajobs, que vai abordar o trabalho como freelancer. No mesmo dia, às 17h, será realizado um happy hour Endeavor com Tobias Chanan, fundador da marca de cosméticos Empório Body Store. Fechando o evento às 19h, ocorre o painel Um Problema para Chamar de Meu: Cases de Empreendedorismo Social, ministrado pela professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e integrante da equipe do Idear Isabel Benedetto.
As oficinas ocorrem no Idear (prédio 15) e os painéis no saguão da Biblioteca Central. Apenas a oficina Startups: Como Desenvolvê-las? será realizada na Raiar (prédio 96E, Tecnopuc). Durante o evento estarão pelo campus food-trucks, e nos dias 24 e 25 estão programados tours pelo Tecnopuc. Confira a programação completa pelo site www.pucrs.br/eventos/unidades/ideacao. Informações adicionais sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (51) 3353-7754, no site citado ou pelo e-mail idear@pucrs.br.