A internet mal existia e algumas mulheres já pavimentavam o caminho da educação a distância
As docentes foram precursoras na modalidade. / Foto: Giordano Toldo
A educação a distância (EaD) está consolidada no Brasil. De acordo com o último Censo da Educação Superior, elaborado com base nos dados de 2022, a oferta de cursos EaD cresceu 700% em dez anos. Por consequência, o número de matrículas também aumentou. Dos 4,7 milhões que começaram cursos de graduação, cerca de 3,1 milhões optaram pela modalidade virtual – quase dois terços (65%) do total. Na PUCRS, são aproximadamente 67 mil estudantes matriculados em cursos a distância. Um cenário que não seria possível sem o árduo trabalho da pesquisa.
Antes mesmo de a internet existir, vários profissionais da PUCRS desenvolviam estudos na área da educação mediada por tecnologia. E, ao longo dessa jornada, as mulheres sempre tiveram papel de destaque. A seguir, você vai conhecer as histórias de algumas dessas pioneiras da educação online. Elas falam sobre a evolução da informática na educação, o desenvolvimento da EaD e os desafios que enfrentaram na carreira pelo simples fato de serem mulheres.
Débora Conforto foi responsável por implementar a Coordenadoria de Disciplinas Online da Graduação Presencial. / Foto: Giordano Toldo
Formada em Ciências Biológicas, a professora Débora Conforto mudou de área quando, em 1995, leu um cartaz que divulgava uma especialização em Informática na Educação na PUCRS. Esse passou a ser seu campo de pesquisa, com duas especializações e um mestrado (com passagem direta para doutorado). “Tenho esse momento muito presente na memória”, diz a educadora de 62 anos.
“Percebi que os computadores poderiam possibilitar a construção de algumas respostas para o descompasso que já se percebia entre as propostas pedagógicas e o mundo, cada vez mais complexo e desafiante. Eu estava certa.”
Em 2019, Débora foi responsável por implementar a Coordenadoria de Disciplinas Online da Graduação Presencial, que atualmente conta com um portfólio de 55 disciplinas. Algo inimaginável em 1997, quando a internet recém começava a ganhar força nos espaços educacionais. Quase três décadas depois, a educação agora debate os impactos da Inteligência Artificial (IA), o que pode permitir processos mais personalizados de aprendizagem e qualificar a prática docente para além dos ambientes presenciais.
Com tantas possibilidades e recursos digitais à disposição, deslocar-se presencialmente para uma instituição de ensino superior deve ter como premissa a possibilidade de realizar práticas efetivamente autorais. Esses devem ser espaços coletivos de criação, de mão na massa. É hora da prática – já que, em tese, a pluralidade de conteúdos digitais libera o docente da tarefa de “fornecer” a informação exclusivamente em sala de aula.
“A web facilita o acesso a diferentes abordagens de um mesmo conteúdo, colocando para o professor o desafio da curadoria e da problematização dessa informação. Isso propicia uma otimização do tempo pedagógico para construções cognitivas mais desafiadoras”, acredita.
Cabe dizer que, em vez de “educação a distância”, a educadora prefere o termo “educação não presencial”. Ela defende:
“O uso da palavra ‘distância’ é problemático. Com os recursos tecnológicos que temos, podemos experienciar qualificadas práticas educacionais com distanciamento físico, mas com a garantia de comunicação e interação. Ou seja, com a efetiva presença humana”. Segundo Débora Conforto, o período de pandemia ensinou que a presencialidade assume novas configurações. “Não são piores ou melhores, e sim configurações mais efetivas.”
“A web facilita o acesso a diferentes abordagens de um mesmo conteúdo, colocando para o professor o desafio da curadoria e da problematização dessa informação.”
Lucia Maria Martins Giraffa atua como docente na Escola Politécnica da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo
Lucia Maria Martins Giraffa, 67, não só testemunhou as transformações na PUCRS como participou ativamente delas. Formada em Matemática e Ciências, teve uma breve passagem pela Universidade no início dos anos 1980, regressando em 1986 para atuar como pesquisadora e professora da Escola Politécnica. Começou na docência em EaD, em 1987, quando os sistemas não eram integrados. “Foi quando percebi o quanto poderia ser promissora esta abordagem, desde que pautada pela interação e presencialidade no virtual.” Em 2006, foi chamada pela Reitoria para coordenar a PUCRS Virtual.
“A experiência foi maravilhosa, construída a várias mãos. A PUCRS Virtual já tinha um nome e uma reputação de pioneirismo e prestava importantes serviços com seu sistema de satélite e arquitetura pedagógica”, destaca.
Especialista em Análise de Sistemas, mestra em Educação e doutora em Computação na área de Inteligência Artificial na Educação, a professora considera que a EaD evoluiu junto com as tecnologias digitais, a internet e as aprendizagens proporcionadas pelos diferentes modelos pedagógicos – exitosos ou não.
“Eu acredito na EaD do jeito como pensamos aqui na PUCRS: alicerçada em interação, materiais de qualidade, professores preparados e um cuidado para o estudante se sentir presente mesmo a distância”, sintetiza Lucia.
Se ainda há resistência à modalidade, diz ela, é pelo oportunismo de grupos interessados apenas nos ganhos financeiros. “Na PUCRS, buscamos ofertar algo que acompanhe os valores da Universidade. É um desafio, pois a pressão do mercado é enorme – e oferecer educação de qualidade tem custo.”
Terezinha Pereira Claudio de 76 anos é professora emérita da PUCRS. / Foto: Giordano Toldo
No final da década de 1960, internet era coisa de ficção científica. Mesmo no ambiente acadêmico, um simples computador individual era artigo de luxo. “Foi só em 1974 que a universidade recebeu um IBM 1130, que tinha apenas 64 kilobytes”, relembra Iára Terezinha Pereira Claudio, 76 anos, professora emérita da PUCRS. A título de comparação, a memória de um smartphone atual tem dezenas de gigabytes.
A educadora testemunhou os primeiros passos da Universidade rumo à informatização – e também ajudou a estabelecer os parâmetros do que seria o ensino conectado às novas tecnologias. Sua trajetória, no entanto, começou na Matemática.
Iára se graduou na instituição em 1969 e, a partir do ano seguinte, já lecionava em diversos cursos. Certo dia, ao encerrar uma aula, foi avisada pelo então superintendente acadêmico, Alfredo Steinbruch, que seu nome havia sido indicado para o mestrado em Ciência da Computação na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). “Mas eu sou da Matemática”, respondeu. Steinbruch argumentou: “Vamos iniciar uma formação na área, e a universidade precisa de pesquisadores”.
Desde 1971, a Informática da PUCRS era um dos departamentos do Instituto de Matemática. O objetivo era ampliar esse escopo de atuação para atender à crescente demanda do setor produtivo. Um convênio com a gigante IBM estava a caminho para viabilizar a tecnologia. Faltava capacitar docentes para a nova graduação. Iára não hesitou e assentiu ao convite.
Em 1976, defendeu a dissertação no campo da Informática na Educação. No ano seguinte, a Informática da PUCRS ganhou um instituto próprio, posteriormente transformado em faculdade (Facin), sempre com atuação ativa de Iára, inclusive como diretora. “Trabalhamos com diversos projetos, incluindo a universidade virtual junto à IBM, sementeira do Tecnopuc”, diz a professora.
A PUCRS, de fato, tornou-se um polo promotor de novas iniciativas, o que fundamentou todo um projeto de pós-graduação, com laboratórios e bolsas de pesquisa para centenas de alunos.
“É característico da PUCRS estar na vanguarda, porque sempre investiu na capacitação dos professores e em tecnologia”, explica Iára.
Ela lembra que, no princípio da EaD, havia muita desconfiança no setor, mas a pandemia revelou o potencial do formato. “E a universidade, sempre um passo à frente, já estava preparada.”
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Além do amor pelo que fazem, as pesquisadoras ouvidas nesta reportagem compartilham o desafio de atuar em ambientes onde os homens predominam.
A professora Iára Claudio lembra que, ao prestar vestibular, sua mãe ficou orgulhosa pelo fato de a filha ser a primeira mulher da família a fazer faculdade. “Ela me dizia: ‘Uma mulher precisa ser independente, e a chave para a independência é o conhecimento’”, recorda, emocionada.
Anos depois, precisou conciliar a maternidade com a jornada profissional. O cuidado dos quatro filhos foi dividido com o marido, mas ela reconhece que isso não é regra.
“Apesar de a minha caminhada ter sido suave, o julgamento é pesado. Você tem que provar [que é capaz] o tempo todo. Se o seu trabalho for excelente, o gênero não importa. Mas se for mediano, vão dizer que é porque você é mulher.”
Também conciliando o papel de mãe e pesquisadora, Lucia Giraffa percebe muito mais respeito ao protagonismo feminino hoje em dia. Quando estava na graduação, havia bastante preconceito.
“Lembro de várias situações ruins com alguns (poucos) professores machistas e abusivos que desafiavam a gente para desistir da área exata. No entanto, na PUCRS nunca senti isso”, diz.
Débora Conforto também se vê em situação de privilégio em relação às gerações que a antecederam. Mas acredita que ser mulher, mãe, trabalhadora e pesquisadora continua sendo “um difícil quebra-cabeça”. Para completá-lo, diz, é preciso uma rede de apoio – o que fez toda diferença para a professora Adriana Kampff. “Fiz o doutorado com meus filhos ainda pequenos, trabalhando e sem bolsa. Felizmente, tive apoio familiar para seguir minha carreira profissional”, conta ela.
A pesquisadora busca estender isso para as mulheres de sua equipe, mostrando empatia e dando suporte.
“Na área da computação, ainda somos minoria. E geralmente a mulher se preocupa quando vai ter filhos ou eles ainda são pequenos e requerem cuidados especiais. É preciso compreender esse contexto laboral, inclusive para termos melhor produtividade”, argumenta Kampff.
Adriana Justin Cerveira Kampff é Pro-Reitora de Graduação e Educação Continuada. / Foto: Giordano Toldo
De outra geração, Adriana Justin Cerveira Kampff, 49, concluiu a graduação em Informática pela PUCRS em 1995.
“Ainda era uma época em que precisávamos estar na universidade para estudar. Só no último ano da graduação fizemos um investimento para ter computador em casa, pois era caro”, lembra ela, que depois fez mestrado em Ciência da Computação e doutorado em Informática na Educação.
Adriana atua como professora na universidade desde 2017 e, há três anos, é pró-reitora de Graduação e Educação Continuada. Antes disso, tinha trabalhado na Rede Marista, com vários projetos ligados à área de tecnologia educacional.
“Entendi que a internet tinha o potencial de nos estimular a aprender mais, por meio das ferramentas digitais. Para mim, virou uma meta oferecer essa oportunidade para mais pessoas.”
Por isso, a pró-reitora defende o papel da EaD na democratização do ensino, alicerçada em bons parâmetros de qualidade, materiais pedagógicos adequados, ferramentas de comunicação eficazes e, claro, um quadro docente capacitado. “A interação com nossos professores é um elemento essencial para a eficácia desse processo”, ressalta.
A PUCRS oferece diferentes modelos de educação EaD, incluindo presencial com disciplinas online, graduação virtual e educação continuada.
“A Universidade sempre foi pioneira nessa área. E, graças a uma série de experiências anteriores, conseguimos alcançar o grau de maturidade que temos hoje”, conclui Adriana Kampff.
*Texto originalmente publicado na edição 194 da Revista da PUCRS, lançada no mês de março de 2024. A produção foi cocriada com a República Conteúdo e a edição completa está disponível para download neste link.
GRADUAÇÃO PRESENCIAL
Fortalecer a educação é fortalecer o nosso futuro. E para continuar promovendo ainda mais a profissionalização da área, a PUCRS oferece, conforme previsto no edital 66/2021, do Ministério da Educação, bolsas integrais remanescentes para cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras – Língua Portuguesa e Ciências Biológicas, incentivando o desenvolvimento de novos talentos e ampliando as oportunidades.
No ato da matrícula, é preciso comprovar o vínculo com uma instituição. As bolsas previstas no Edital são válidas somente para ingresso no curso no primeiro semestre de 2024, conforme calendário acadêmico da PUCRS.
A PUCRS, por meio de uma rede formada com Universidade La Salle (Unilasalle) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), está entre as selecionadas por meio do edital 66, do Ministério da Educação (MEC). Os currículos contemporâneos, com forte caráter interdisciplinar e com inserção no ambiente escolar do primeiro ao último semestre dos cursos oferecidos pelas Instituições foram significativos para a escolha das universidades.
O projeto, aprovado pelo MEC, contou com o incentivo das Secretarias de Educação do Estado do Rio Grande do Sul e dos municípios de Porto Alegre e Guaíba, por meio de cartas de apoio, estabelecendo o compromisso de estimular seus docentes, sem formação superior, a participarem do processo.
Os cursos de licenciaturas são presenciais, contando também com disciplinas online e práticas desde o início do curso, que devem ser realizadas na rede pública ou conveniada. Todos os/as candidatos/as ao edital, no momento da matrícula, devem se comprometer a completar o curso em 4 anos.
A PUCRS também disponibiliza aos estudantes consultoria de carreira, orientação psicossocial, escuta e acompanhamento gratuitos. Além disso, a Universidade conta com programas de pesquisa e internacionalização. Conheça todos os diferenciais.
Bolsas para licenciaturas na PUCRS:
As bolsas de licenciatura PUCRS 2024 estão previstas no edital número 66/2021 do Ministério da Educação que visa a implementação do Programa Institucional de Fomento e Indução da Inovação da Formação Inicial Continuada de Professores e Diretores Escolares.
SAIBA MAIS SOBRE AS BOLSAS LICENCIATURA
Fortalecer a educação é fortalecer o nosso futuro. E para continuar promovendo ainda mais a profissionalização da área, a PUCRS oferece, conforme previsto no edital 66/2021, do Ministério da Educação, bolsas integrais remanescentes para cursos de licenciatura em Pedagogia, Letras – Língua Portuguesa e Ciências Biológicas, incentivando o desenvolvimento de novos talentos e ampliando as oportunidades.
No ato da matrícula, é preciso comprovar o vínculo com uma instituição. As bolsas previstas no Edital são válidas somente para ingresso no curso no primeiro semestre de 2024, conforme calendário acadêmico da PUCRS.
As inscrições são gratuitas e deverão ser realizadas somente de forma presencial, mediante entrega dos documentos exigidos no Edital, junto ao Núcleo de Serviços da Coordenadoria de Registro Acadêmico, localizado no térreo do prédio 15, na Central de Atendimento ao Aluno da PUCRS, até o 19 de janeiro de 2024, das 8h às 20h.
O processo de ingresso será exclusivamente via transferência. Os documentos referentes às normas para os cursos de bolsas licenciaturas podem ser conferidos no edital.
A PUCRS, por meio de uma rede formada com Universidade La Salle (Unilasalle) e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), está entre as selecionadas por meio do edital 66, do Ministério da Educação (MEC). Os currículos contemporâneos, com forte caráter interdisciplinar e com inserção no ambiente escolar do primeiro ao último semestre dos cursos oferecidos pelas Instituições foram significativos para a escolha das universidades.
O projeto, aprovado pelo MEC, contou com o incentivo das Secretarias de Educação do Estado do Rio Grande do Sul e dos municípios de Porto Alegre e Guaíba, por meio de cartas de apoio, estabelecendo o compromisso de estimular seus docentes, sem formação superior, a participarem do processo.
Os cursos de licenciaturas são presenciais, contando também com disciplinas online e práticas desde o início do curso, que devem ser realizadas na rede pública ou conveniada. Todos os/as candidatos/as ao edital, no momento da matrícula, devem se comprometer a completar o curso em 4 anos.
A PUCRS também disponibiliza aos estudantes consultoria de carreira, orientação psicossocial, escuta e acompanhamento gratuitos. Além disso, a Universidade conta com programas de pesquisa e internacionalização. Conheça todos os diferenciais.
As bolsas de licenciatura PUCRS 2024 estão previstas no edital número 66/2021 do Ministério da Educação que visa a implementação do Programa Institucional de Fomento e Indução da Inovação da Formação Inicial Continuada de Professores e Diretores Escolares.
Saiba mais sobre as bolsas licenciatura
O professor e pesquisador da Escola de Humanidades da PUCRS, Alexandre Anselmo Guilherme, organizou o livro Formação de Professores ao redor do mundo: desafios e oportunidades, publicado recentemente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco-Brasil) e pela Cátedra Unesco de Juventude, Educação e Sociedade da Universidade Católica de Brasília (UCB). O docente foi editor em conjunto com o professor Renato de Oliveira Brito, da UCB, no projeto que envolveu 13 países para discutir a formação, condições de trabalho e carreira dos professores em escala global.
A obra debate o contexto educacional, político, social e cultural mundial, apresentando experiências de pesquisadores vinculados às universidades de liderança mundial do Brasil, Chile, Canadá, Noruega, Suécia, Finlândia, Reino Unido, Índia, Singapura, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Israel. O objetivo do livro é demonstrar os desafios e oportunidades de desenvolvimento desses respectivos sistemas de educação, ampliando as discussões de forma acessível, com distribuição gratuita em português e inglês. A obra pode ser conferida aqui.
Alexandre conta que a oportunidade de construir a publicação surgiu através de sua atuação no Ministério da Educação, onde trabalhou com o professor Renato. A partir desta relação, eles se uniram para construir o projeto em rede com contatos internacionais e com o incentivo da Unesco e da Cátedra em Brasília.
Bernardete Gatti, pesquisadora de Educação da Fundação Carlos Chagas Instituto de Estudos Avançados (Universidade de São Paulo), foi responsável pela apresentação do livro, onde destacou a importância da escolarização básica de grandes parcelas das populações em diferentes países. Conforme a docente explica na introdução, os profissionais da educação cumprem papéis importantes no processo de formação das novas gerações, proporcionando a participação social e cidadã efetiva destes jovens em uma vida em comunidade.
“Compreender e discutir a formação, as condições de trabalho e carreira dos professores, e, em decorrência sua configuração identitária profissional, se torna importante para políticas e ações formativas que aportam qualidade aos processos educacionais que se realizam nos cotidianos escolares, nos seus diversos contextos e níveis”, destaca Bernardete.
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O poeta gaúcho Carlos Nejar diz que “o ser só morre quando já morreram todas as suas palavras”. Talvez, por isso, alguns professores permaneçam sempre presentes em nossas lembranças, não importando quanto tempo já tenha se passado desde a última aula. Há educadores que marcam profundamente seus alunos: seres que nunca morrem, ganham vida a cada história que contamos e recontamos “do tempo da escola”, da universidade, de uma circunstância privilegiada em que um mestre tenha nos alcançado a mente e o coração.
O momento feliz, em educação, acontece quando professores e estudantes se encontram. Quando carregado de sentido para ambos, esse instante privilegiado se transforma em um momento feliz. Corações no mesmo compasso, mentes conectadas, vidas entrelaçadas pela experiência do compartilhamento de ideias e sensações. O saber se conjuga com o sabor e a sabedoria tem campo aberto para ser cultivada.
É o sublime encontro humano entre professor e estudante que dá sentido aos dois ofícios: de educador e educando. Encontro feliz, carregado de intencionalidades, de desejo, curiosidade e confiança. Nas palavras de Rubem Alves, juntam-se as caixas de ferramentas e de brinquedos; há tempo para o saber aplicado (útil) e aquele voltado para o prazer. Ambas as formas de conhecimento são válidas e necessárias. O professor apaixonado por seu ofício e feliz na vocação não abre mão do prazer dos conhecimentos inúteis e dos conteúdos aplicados.
Ele desenvolve em seus alunos competências nas múltiplas dimensões do saber e do sabor. Num tempo em que tanto se pergunta “para que serve isso?”, o professor-educador tem a coragem de responder: “não serve para nada”. É justamente essa inutilidade que faz toda a diferença para o gostar de aprender e de ensinar, pois, em educação, saber e sabor andam juntos, independentemente da ordem em que apareçam. Nessa frágil liberdade de encaixe e desencaixe reside a felicidade do encontro entre professor e estudante, cada qual tecendo o seu jeito de aprender a ser feliz.
Alexander Goulart
Professor e jornalista
*Conteúdo publicado originalmente no Correio do Povo.
A PUCRS está lançando uma nova pós-graduação lato sensu criada especialmente para quem quer se aprofundar na temática esportiva e no universo Olímpico: a especialização Esporte, Educação e Olimpismo, promovida pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O curso é indicado principalmente para profissionais das áreas de Educação Física, Esporte, Ciências da Educação, Ciências Humanas e Ciências Sociais.
A proposta abrange aspectos educacionais, formativos, sociais, ecológicos e operacionais do esporte, e visa conhecer, refletir e agir sobre essa realidade, promovendo também reflexões e ações acerca do movimento Olímpico atual.
Outro diferencial da especialização é o seu caráter internacional. Com um corpo docente composto por professores de várias partes da América Latina e também da Europa, o curso conta com dupla coordenação: o professor Nelson Todt, do Brasil, e Daniel Gustavo de la Cueva, da Argentina. Conversamos com os coordenadores para entender tudo sobre a proposta. Confira:
O Olimpismo se trata de uma filosofia olímpica de vida, que se utiliza do esporte como base para promover valores como a paz, a união, o respeito às regras e a adversários e o respeito às diferenças étnicas, culturais e religiosas. Para Nelson, a filosofia do Olimpismo vem a calhar em um contexto de crise de valores globais:
“O Olimpismo tem se mostrado uma importante ferramenta para oferecer contrapontos a este contexto, utilizando-se do Esporte e da Educação como principais elementos. O curso caminha na direção de oferecer uma formação para profissionais destas áreas (e outras afins) a partir de temas atuais e que, de alguma forma, se apresentam em escala global”, pontua.
O curso é dividido em três eixos temáticos de aprendizagem: História Olímpica, Pedagogia Olímpica e Filosofia Olímpica. Esses eixos, segundo Todt, se intercalam criando uma base sólida para discussões de grande relevância para a sociedade moderna, oferecendo elementos para o desenvolvimento de propostas voltadas para um desenvolvimento humano harmonioso e uma sociedade mais justa e fraterna.
Já na visão de Daniel, os três eixos são pontos de vista diferentes sobre uma força sociológica que pode ser a mais notável dos últimos dois séculos. Ele explica que o conceito que une o conhecimento da história e da filosofia olímpica está em desenvolvimento desde a Grécia clássica.
Nelson, que coordena o Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos da Escola de Ciências da Saúde e da Vida, explica que o Olimpismo é não apenas uma filosofia esportiva, mas uma filosofia de vida. “A ideia é que a prática destes valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie a vida de todos em ambientes educacionais, coorporativos e esportivos.”
Conectados aos desafios globais, os ensinamentos do curso têm um alto grau de importância na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e princípios ESG (Environmental, Social and Governance) da Organização das Nações Unidas (ONU), que há muito tempo reconhece a importância do esporte para o desenvolvimento da paz. A colaboração entre a ONU e o Comitê Olímpico Internacional (COI) vem promovendo a difusão da aceitação do esporte como meio de promover objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente.
Em 2015, em um momento histórico para o esporte e para o Movimento Olímpico, o esporte foi oficialmente reconhecido como um “importante facilitador” do desenvolvimento sustentável e incluído na Agenda 2030 da ONU. A Agenda estabeleceu onze princípios de desenvolvimento sustentável, entre eles estão: garantir educação inclusiva e de qualidade para todos; tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis; e promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável. “Boa parte dos temas nortearão as discussões propostas neste curso”, destaca o professor Todt.
Com a aproximação dos Jogos Olímpicos de Paris, que ocorrem em 2024, é de se esperar que surjam novos temas para o debate sobre o Olimpismo. Entre eles, Daniel de la Cueva destaca alguns assuntos, como a perspectiva de gênero:
“Isso deve fazer parte de uma perspectiva integral de alto desempenho, gerando um tratamento mais profundo e equitativo e lidando em particular com as questões de intersexualidade e transexualidade. Protegendo a perspectiva de gênero, por um lado, mas não prejudicando o esporte para as mulheres”, comenta o coordenador.
Ele também chama a atenção para consequências do conflito entre Rússia e Ucrânia:
“Pode significar um problema real que já é anunciado desde o seio do movimento olímpico. Todos os atletas russos e da Bielorrússia estão suspensos de competições esportivas olímpicas, embora os períodos de classificação para os jogos de 2024 Paris já tenham começado. Uma equipe de atletas olímpicos de refugiados participará novamente, que será protegida pelo COI”, explica.
Em uma especialização que debate temas tão plurais e internacionais como esporte e Olimpismo, um corpo docente composto por professores internacionais é um ponto forte. O curso vai contar com a participação não só de professores da América Latina, mas também da Europa. Nelson destaca a importância da presença desses especialistas no curso, que, por ser online, facilitará a integração e proporcionará um raro ambiente internacional de especialistas e estudantes.
“A PUCRS hoje é uma referência no âmbito dos Estudos Olímpicos. A rede criada pelas ações do Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos e do Comitê Brasileiro Pierre de Coubertin, ambos com sede na Universidade, para além do prestígio global, gerou um importante protagonismo na América Latina”, comenta.
Daniel, que coordena o curso juntamente com Nelson, conta como surgiu a vontade de montar um curso com especialistas internacionais.
“Compartilho com Nelson o interesse, a dedicação especial e a vocação acadêmica para estudos olímpicos, mas em particular para a educação olímpica e o olimpismo, a filosofia da ideologia de Pierre de Coubertin. Seguindo a proposta acadêmica de outras universidades, decidimos formalizar e dar status formal a essa especialização.”
Presidente do Comitê Pierre de Coubertin da Argentina, de la Cueva destaca as contribuições de sua trajetória à frente da organização aos temas presentes no curso. Como colega de Nelson, ambos geraram espaços de trabalho conjunto harmoniosos, cooperaram e ocuparam constantemente o local do membro correspondente para América Latina do Comitê. “Cuidamos de espalhar e viralizar a figura, o trabalho e o legado de Pierre de Coubertin na América Latina. Atividades regionais constantes são geradas e participamos ativamente de outros centros internacionais, sejam acadêmicos ou institucionais.”
INSCREVA-SE NA ESPECIALIZAÇÃO EM Olimpismo, ESPORTE, EDUCAÇÃO
Como principal evento de economia criativa e inovação do mundo, o South by Southwest (SXSW) teve sua primeira edição em 1987 e, desde então, vem influenciando o futuro de negócios, das profissões e da educação. Além da participação do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), já tradicional no evento realizado anualmente em Austin, capital do Texas, neste ano o vice-reitor da Universidade, Ir. Manuir Mentges, também integra a missão da Associação Brasileira das Instituições Comunitárias de Educação Superior (ABRUC).
Além de participar da conferência, os integrantes da missão visitarão universidades locais para conhecer práticas e experiências em diferentes áreas, o que possibilita firmar ações de cooperação internacional. Enfrentar o que está no horizonte da educação e do ensino superior requer definir intenções para o futuro enquanto se faz o melhor também no presente. Na edição 2023, o Festival SXSW EDU, do qual o vice-reitor participará mais ativamente, terá cerca de 400 plenárias e sessões sobre temas diversos, pensados por e para educadores, empreendedores, e pessoas que atuam com inovação na área de educação em todo o mundo.
“Participar de SXSW EDU é uma oportunidade única para acessar as últimas tendências em educação, além de conhecer outras e novas perspectivas. Isso nos conecta com ainda mais universidades mundo afora e nos inspira para novas ações que possam contribuir com nosso novo ciclo de Planejamento Estratégico, pois buscamos ser uma nova universidade para uma nova sociedade, reconhecida pelo seu impacto e relevância”, destaca Ir. Manuir Mentges.
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A educação – o aprendizado de forma mais ampla – é uma experiência humana impulsionada pela comunidade em que se está inserido/a e por todas as partes envolvidas no desenvolvimento de uma pessoa. Tem o poder de moldar as gerações futuras e é essencial para a sociedade como um todo. Com essa visão, a programação do SXSW EDU reúne uma comunidade ansiosa para construir entendimento e buscar soluções para a próxima geração de alunos/as e na curadoria de temas desse ano estão: audácia/coragem, imaginação, convergência e evolução.
SXSW EDU 2022: sinais de um futuro que já chegou
Em dezembro, o Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), lançou os Parâmetros Nacionais para a Internacionalização na Educação Básica no Brasil, o guia de Internacionalização na Educação Básica: Práticas no Contexto Brasileiro e apresentou o aplicativo Escolas pelo Mundo, que busca reunir as práticas de internacionalização já implementadas nas escolas de todo o país. As ações partiram da Diretoria de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação (DIFOR) do MEC, coordenada pelo professor dos cursos de pós-graduação da PUCRS Online Renato de Oliveira Brito.
As iniciativas passaram também pela Coordenação-Geral de Formação Professores da Educação Básica, que tem como coordenador geral o professor da Escola de Humanidades da PUCRS Alexandre Anselmo Guilherme, que contribuiu com a elaboração dos documentos para a educação brasileira. A equipe responsável contou com a coordenação da pesquisadora da Escola Marilia Morosini, com a atuação da doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Vanessa Gabrielle Woicolesco e da professora da Universidade Federal de Santa Catarina Luciane Stallivieri.
O objetivo era construir uma proposta de ações de internacionalização da Educação Básica brasileira, originada a partir de um ciclo de discussões globais sobre a importância do intercâmbio educacional de boas práticas na formação inicial dos estudantes. O desenvolvimento dos Parâmetros Nacionais busca auxiliar na reflexão e na construção de novas práticas pedagógicas, novas trilhas de ensino e de aprendizagem que busquem o desenvolvimento de competências internacionais e interculturais para interação e integração de estudantes, professores, demais profissionais da educação e da comunidade escolar em uma sociedade plurilíngue e multicultural.
Os Parâmetros Nacionais foram desenvolvidos com base em reflexões sobre o momento educacional brasileiro e mundial, nas experiências de Internacionalização existentes em escolas brasileiras e no conhecimento de especialistas e pesquisadores que trabalharam de forma colaborativa para apresentar propostas e propor formas de internacionalizar a Educação Básica do país. A metodologia se deu por meio das parcerias com pesquisadores responsáveis pela elaboração de políticas brasileiras para a Educação Básica, agências de fomento, organismos nacionais e internacionais, representantes de escolas de Educação Básica, entre outros.
Desta forma, a equipe responsável organizou quatro seminários temáticos, que trataram respectivamente do Conceito da Internacionalização na Educação Básica, Contexto educacional brasileiro e a formação de professores, Estratégias para a Internacionalização na Educação Básica e da Avaliação e monitoramento da Internacionalização na Educação Básica. Neste último participaram as professoras da Escola de Ciências da Saúde e da Vida Carla Bonan e Monica Ryff Vianna que contribuíram com as reflexões que subsidiaram a elaboração do documento com estratégias e resultados do Projeto Institucional de Internacionalização da PUCRS (PUCRS-PrInt) e suas possíveis aplicabilidades.
A concepção de cada parâmetro considerou as diferentes realidades e contextos educacionais brasileiros, os diferentes repertórios linguísticos e manifestações culturais, valorizando o plurilinguismo e a multiculturalidade tão presentes na formação da sociedade brasileira. Foram levadas em contas nos Parâmetros Nacionais as escolas de fronteira, escolas indígenas, escolas ribeirinhas, escolas rurais, escolas quilombolas, educação de jovens e adultos, escolas regulares, escolas internacionais, escolas bilíngues, escolas com currículos internacionalizados, entre outras.
De acordo com a professora Marília Morosini a relevância da Internacionalização na Educação Básica está no olhar atento para a formação, oportunizando que todos os seus estudantes, professores e demais profissionais estejam expostos a situações em que os conhecimentos internacionais e interculturais sejam aplicados. A docente complementa destacando que os Parâmetros Nacionais buscam valorizar os ambientes educacionais internacionalizados já existentes e para subsidiar a construção de novos, fomentar a reflexão sobre práticas pedagógicas que observem os critérios necessários para o desenvolvimento das competências internacionais e interculturais e para a formação de cidadãos globais.
“Dessa forma, a escola cumpre com o seu papel fundamental de formar para o exercício da cidadania global e qualificação para o trabalho, preparando cidadãos conscientes da sua responsabilidade no desenvolvimento de uma sociedade crítica, mas acolhedora para todos os repertórios linguísticos e culturais apresentados por aqueles que nela convivem”, finaliza a pesquisadora.
A cerimônia de lançamento dos Parâmetros para a Internacionalização na Educação Básica, do guia Internacionalização na Educação Básica: práticas no contexto brasileiro e do app Escolas pelo mundo foi realizada no dia 13 de dezembro de 2022 na Sede do Ministério da Educação em Brasília e está disponível no Youtube do Ministério da Educação.
No dia 2 de janeiro de 1817, Marcelino Champagnat dava início à Missão Marista no mundo, acolhendo os primeiros discípulos na pequena casa da Paróquia em La Valla. Natural do interior da França, Champagnat passou por uma série de desafios nos estudos durante a infância. Ao perceber que a realidade da Educação era precária para muitos, sentiu a urgente necessidade de transformar esse cenário. Foi a partir desse desejo de mudança e de proporcionar, mesmo com pouco dinheiro, uma educação de qualidade para as zonas rurais e para os mais necessitados, que fundou o Instituto Marista.
Em sua biografia, escrita por João Batista Furet, é possível perceber que a educação integral já estava pautada na proposta educativa marista desde a sua origem.
“Ao fundar o Instituto, o Padre Champagnat não tencionava dar aos meninos apenas a instrução primária, nem apenas ensinar-lhes as verdades da fé. Dizia: ‘nosso objetivo, contudo, é mais abrangente. Queremos educar as crianças, isto é, instruí-las sobre seus deveres, ensinar-lhes a praticá-los, infundir-lhes o espírito e os sentimentos do cristianismo, os hábitos religiosos, as virtudes do cristão e do bom cidadão”, descreve João Batista, em 1999.
Celebrar esse legado bicentenário nos impulsiona a renovar o compromisso com o sonho de Champagnat. Ser marista no mundo atual é continuar essa missão com sensibilidade, audácia e esperança, fazendo do seu serviço um testemunho para a construção de um mundo melhor.
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Desde 1988, a Editora Universitária da PUCRS (ediPUCRS) apresenta publicações de excelência científica, cultural, social, literária ou didática em diferentes áreas do conhecimento. Dentre seus títulos estão 20 periódicos científicos, em mídia eletrônica, que seguem os princípios recomendados pela Committee on Publication Ethics (COPE) e são de livre acesso à sociedade através do Portal de Periódicos da PUCRS.
A ediPUCRS tem como objetivo publicar obras sobre temas contemporâneos e/ou resultantes de pesquisas acadêmicas, com caráter de divulgação científica, de todas as áreas do conhecimento. Como o livro “Comunicação, infância e imaginário”, da professora Juliana Tonin, apresentado durante a 68ª Feira do Livro de Porto Alegre. Os periódicos contam com o Digital Object Identifier (DOI), código identificador importante para maior inserção, disseminação e divulgação dos periódicos.
Conheça alguns dos periódicos nas áreas de Filosofia, História, Ciências Sociais, Serviços Sociais e Educação:
Caderno Marista de Educação: O Caderno Marista de Educação é um periódico científico da Gerência Educacional e está vinculado à Escola de Humanidades da PUCRS. Tem como principal foco promover a discussão de temáticas relacionadas à Educação Básica, a saber: formação de professores, currículo, aprendizagem, gestão escolar, tecnologias, inclusão, metodologias e políticas educacionais, bem como outras temáticas que envolvam a educação básica. Editor(a): Ederson Luiz Locatelli.
Civitas: revista de Ciências Sociais: é um periódico do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, editado sob a direção da Edipucrs. A Revista publica artigos inéditos em Ciências Sociais que contribuam para o aprimoramento teórico, metodológico e/ou empírico da área. Editor(a): André Ricardo Salata e Fernanda Bittencourt Ribeiro.
Conversas & Controvérsias: Conversas e Controvérsias é um periódico semestral do curso de graduação e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da PUCRS, editado sob a direção da Edipucrs. Voltada para a produção científica discente, a revista publica artigos inéditos em Ciências Sociais de autoria de graduandos que contribuam para o aprimoramento teórico, metodológico e/ou empírico da área. Editor(a): Augusto Neftali C. de Oliveira.
Educação: A Revista Educação veicula textos relativos à área da Educação, sendo publicados artigos originais, resenhas de artigos, relatos de casos e entrevistas nos idiomas português, espanhol e inglês, do Programa de Pós-Graduação em Educação. Editora: Andréia Mendes dos Santos.
Educação Por Escrito: A revista Educação por Escrito, criada em 2010, é a revista científica discente do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUCRS. Nela constam artigos originais, resenhas de artigos, relatos de casos, relatos de experiências e entrevistas na área de Educação. Editor: Alexandre Anselmo Guilherme.
Estudos Ibero-Americanos: A revista Estudos Ibero-Americanos (EIA) publica textos relativos à área de História, mas a publicação também aceita contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas, como Filosofia, Ciências Sociais e História da Educação. Editores: Luciana Murari e Tatyana de Amaral Maia.
Intuitio: A Intuitio é uma revista científica discente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Escola de Humanidades da PUCRS. São publicados textos relativos à área de Filosofia, abordando como principais temáticas Ética e Filosofia Política, bem como Metafísica e Epistemologia. Editor: Fabio Caprio Leite de Castro.
Oficina do Historiador: A Oficina do Historiador, instituída em 2009, é a revista discente do Programa de Pós-Graduação em História da Escola de Humanidades da PUCRS. São publicados textos originais relativos à área de História, estando aberta também para contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas, produzidos por pesquisadoras/es graduadas/os e pós-graduadas/os, na forma de artigos, resenhas de livros e entrevistas. Editora: Marlise Regina Meyrer.
Revista FAMECOS: A Revista Famecos: Mídia, Cultura e Tecnologia, criada em 1994, é a revista científica oficial do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Escola de Comunicação, Arte e Design da PUCRS. Publica textos relativos à área de Comunicação Social, nos temas do Jornalismo, Cinema, Imaginário, Cibercultura, Audiovisual, Mídia e Cultura, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Comunicação Social, Comunicação Empresarial e Design. EditorA: Beatriz Corrêa Pires Dornelles.
Teocomunicação: A Teocomunicação, instituída em 1970, é a revista científica do Programa de Pós-Graduação em Teologia da Escola de Humanidades da PUCRS. A revista apresenta textos relativos à área de Teologia e outras produções científicas relevantes para essa área do conhecimento, sendo publicados artigos originais, resenhas e recensões de livros. Editor(a): Tiago de Fraga Gomes.
Textos & Contextos (Porto Alegre): A Textos & Contextos, instituída em 2002, é uma revista científica do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS) da Escola de Humanidades da PUCRS. Suas publicações contêm textos relativos à área de Serviço Social, mas também está aberta para contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas e Sociais, sendo publicados artigos originais e relatos de casos. Editora: Jane Cruz Prates.
Veritas (Porto Alegre): A Veritas, criada em 1955, é o periódico científico oficial do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Escola de Humanidades da PUCRS. O escopo do periódico consiste em publicar artigos científicos relativos à área de Filosofia, segundo a temática do respectivo número, e conteúdos interdisciplinares, recebendo artigos originais, resenhas, traduções e entrevistas. Editor(a): Nythamar Fernandes de Oliveira.