Lucas Barbosa Fantinel, é estudante de Ciências Econômicas na PUCRS. / Foto Giordano Toldo

Os/as profissionais de Ciências Econômicas transitam entre as áreas das exatas (com cálculos matemáticos e estatísticos) e as sociais (entendendo o contexto social e político), para assim proporem estratégias de desenvolvimento que gerem impacto na sociedade. Lucas Barbosa Fantinel, aluno de Ciências Econômicas da PUCRS, escolheu o curso porque quer fazer a diferença e ser um agente da transformação.   

“A escolha pela PUCRS veio de forma natural, uma vez que não bastava escolher apenas um curso, mas sim uma Universidade que comportasse o meu sonho, minha gana, minha vontade em querer conhecer, descobrir e realizar”, explica o estudante.  

No curso de Ciências Econômica da PUCRS, alunos/as são preparados para se tornarem protagonistas completos de um mundo em constante mudança. A graduação possibilita que os/as estudantes atuem em diversos segmentos, como projetos de desenvolvimento com impacto social, político e ambiental. No curso, eles/as também saem capacitados para entender sobre o mercado financeiro e política econômica, além de viabilidade de projetos; avaliar as fusões, aquisições, incorporações, consultoria e assessoria econômica de empresas e organizações; lidar com a perícia e auditoria econômica e financeira, e também podem se dedicar a pesquisa acadêmica na área de negócios.  

A graduação da PUCRS tem como diferencial duas linhas de formação, que possibilitam aprendizado completo da ciência econômica – desde fundamentos teóricos e matemáticos até modelos complexos para análises: socioeconômica, financeira, de conjuntura, entre outras. Além da sólida base teórica, os/as alunos/as desenvolvem ao longo do curso um portfólio de experiências por meio de desafios do mercado, que possibilitam aliar a teoria e a prática em situações reais.   

Graduação focada em negócios de impacto   

Lucas Barbosa tem o Estúdio de Finanças como um dos seus espaços preferidos na Escola de Negócios. O local aproxima as disciplinas curriculares ao campo de prática profissional, e a experiência se dá por meio da participação em projetos que buscam soluções aos desafios trazidos por empresas, parceiros e comunidade em geral. Os/as alunos/as tem a oportunidade se capacitar e atuar com educação financeira, aprender com a rotina do mercado financeiro e com operações na Bolsa de Valores e fazer parte de iniciativas que apoiam a pesquisa e o desenvolvimento econômico regional.  

“Estúdio de Finanças certamente é um palco para sonhos mais elaborados. Ali conseguimos ver tantas referências do curso de Ciências Econômicas e, por termos uma vista privilegiada de uma avenida tão importante para o desenvolvimento econômico de Porto Alegre, conseguimos imaginar todas as possibilidades ainda não exploradas no desenvolvimento da cidade e do país.”  

Na Escola de Negócios da PUCRS, os/as estudantes têm o acesso a um ecossistema completo pensado em negócios e empreendedorismo, podendo vivenciar espaços de aprendizagem que fazem toda a diferença para a formação. Exemplo disso é o Labex, espaço simula uma locação comercial, com vitrines, expositores e até balcão de atendimento, e a Agência Experiencial, um núcleo articulador entre estudantes, empresas e sociedade para promover o ensino baseado na prática profissional.  

A Universidade também conta com dois espaços importantes não apenas para o ensino dos/as estudantes, mas também para o desenvolvimento econômico do país. O Parque Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), que abriga empresas e startups de todo Brasil, completou 20 anos em 2023 e vem sendo um celeiro de inovação. A Universidade também conta com o Tecnopuc Bussiness: criado para conectar a educação de qualidade da PUCRS com o mundo dos negócios, oferecendo um universo empreendedor que gere impacto real na sociedade.   

Formando profissionais capacitados para qualquer situação  

Para formar profissionais completos, a coordenadora e professora do curso de Ciências Econômicas da PUCRS, Kellen Fraga, explica que a graduação na Universidade busca alinhar teoria e prática. Devido às transformações e incertezas que o mundo apresenta, a docente acredita que a formação acadêmica precisa ser capaz de capacitar os/as novos/as profissionais para lidar com o inesperado e ter agilidade na aplicação do conhecimento teórico às situações do ambiente de trabalho.   

“Desta forma, a capacidade de agir de forma proativa, com inovação, aliada a uma atitude empreendedora, exige uma formação pautada por sólidos conhecimentos teóricos e consistente aplicação prática dos conceitos norteadores da área do conhecimento. Assim sendo, visando oferecer formação profissional atualizada e qualificada alinhada às necessidades do mercado de trabalho no segmento do curso, adotam-se estratégias pedagógicas diversificadas, que possibilitam a construção do conhecimento através do desenvolvimento de práticas imersivas de mercado, fundamentadas em uma base conceitual abrangente e sólida.”  

Para oferecer aos/as estudantes uma graduação completa, os/as professoras do curso de Ciências Econômicas estão em constante processo de aprendizado e atualização. Kellen Fraga explica que os/as docentes estão sendo sempre desafiados a inserir práticas imersivas de mercado dentro do ambiente acadêmico. Dessa forma, os/as alunos/as tem uma experiência que vai além da sala de aula, tendo sempre o mercado como uma referência. 

“É a junção de conhecimento teórico e prático em um mesmo local: aprender e praticar”, finaliza.   

GRADUAÇÃO PRESENCIAL

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ESCOLA DE NEGÓCIOS

Cursos da Escola de Negócios estão com processos seletivos abertos para ingresso ainda em 2024. / Foto: Giordano Toldo

Não há dúvidas de que as aulas práticas são fundamentais para o aprendizado na Universidade. Com elas, estudantes conseguem visualizar de maneira efetiva conceitos que podem parecer muito abstratos na teoria. Na Escola de Negócios, os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas percebem essa importância e aplicam de diferentes formas o conteúdo teórico junto aos estudantes. Conheça, a seguir, como funcionam as práticas nesses cursos que estão com inscrições via Ingresso de Diplomado, Reingresso ou Reopção, e Transferência, que contam com descontos exclusivos 

Administração: solucionando problemas reais 

O curso possui diferentes possibilidades de atuação. O profissional de administração não precisa, necessariamente, ser alguém de terno e gravata que trabalha em uma empresa.

“O/a profissional formado em Administração pode atuar em áreas muito diversas, como de produção e operações, setor industrial, em organizações, no marketing, no desenvolvimento e capacitação de pessoas, em recrutamento e seleção e na área financeira, por exemplo”, explica a coordenadora do curso, Naira Libermann. É por essa diversidade de possibilidades que o curso possui, ao todo, cinco linhas de formação 

Uma delas é a de Inovação e Empreendedorismo. Nela, há quatro disciplinas práticas nas quais os/as alunos/as realizam seus próprios projetos inovadores. Além disso, os/as estudantes conseguem utilizar toda a estrutura do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) para auxiliá-los nesse desenvolvimento de projetos.  

Já nas demais linhas de formação (Administração de EmpresasLiderança e Gestão de PessoasMarketing e Negócios Internacionais) possuem as disciplinas Projeto Integrador I e II, que procuram resgatar conteúdos por meio de projetos práticos.  

Programa de Pós-Graduação em Economia

Foto: Camila Cunha

Na primeira disciplina, a temática é Cidades Inteligentes e Sustentáveis, em que a proposta é que as turmas pensem uma cidade real específica que possa ser melhorada por meio de diferentes projetos. “Antes da pandemia, por exemplo, foram trabalhadas Picada Café e Ivoti. Esses municípios foram visitados pelas turmas para que pudessem ser conhecidos em sua integralidade. Dessa forma, os grupos puderam compreender quais eram os problemas enfrentados pela população e moldar seus projetos a partir dessa análise. Durante o momento de pandemia, que tornou o ensino online necessário, a ideia foi pensar em bairros de Porto Alegre”, relembra Naira. Já em Projeto Integrador II, a ideia é atuar junto a empresas parceiras da Escola de Negócios. Nessa disciplina, são montados projetos até mesmo para empresas internacionais.  

Ciências contábeis: decifrando a linguagem dos negócios 

O contador é o elo entre os fatos contábeis das organizações, dando vida aos números registrados, demonstrando suas interpretações a sócios, gestores e interessados. O mercado de trabalho oferece grandes oportunidades, tanto no setor privado, quanto como funcionário ou autônomo, ou ainda em órgãos públicos. A presença de um contador é imprescindível na composição da equipe técnica de qualquer organização, considerando a complexidade da legislação tributária e fiscal, assim como as necessidades econômicas e financeiras das empresas. 

A atividade profissional do contador está intimamente relacionada ao desenvolvimento socioeconômico. Ou seja, às expectativas da sociedade em relação à necessidade de sustentar o bem comum diante da complexidade crescente que envolve as questões sociais e econômicas. 

As disciplinas no curso são voltadas, principalmente, aos conhecimentos sobre as demonstrações financeiras, custos, legislação comercial, planejamento tributário, auditoria, perícia, controladoria, governança corporativa e gestão de riscos. Há, ainda, um Laboratório de tributos, no qual todas as questões tributárias e contábeis de empresas são realizadas pelos estudantes, como:

Escola de Negócios

Foto: Camila Cunha

A contabilidade é a linguagem dos negócios, ela é necessária para a comunicação com os acionistas e as pessoas interessadas nos resultados das empresas. As empresas querem contratar pessoas que conheçam essa linguagem, por isso o curso de Ciências Contábeis se mostra tão importante na sociedade e tem uma grande empregabilidade”, comenta a coordenadora Sandra de Vargas. 

Ciências Econômicas: auxiliando a comunidade mesmo na pandemia 

Esse curso da Escola de Negócios é voltado àqueles que gostam de matemática e história, e desejam compreender os atuais fenômenos sociais e econômicos do mundo. A formação em Ciências Econômicas prepara os/as estudantes para realizar análises e projeções de cenários aos setores público e privado, desenvolve a capacidade de tomar decisões e utiliza métodos quantitativos para a resolução de problemas econômicos. 

Há duas linhas de formação no curso: Economia e Finanças. Na primeira, além de teoria econômica, os/as alunos/as aprendem métodos e técnicas de estimação de fenômenos socioeconômicos por meio de três disciplinas: econometria I, II e III. Já em Finanças, a teoria econômica é aplicada juntamente aos fundamentos do mercado financeiro, realizando análises dos mercados de renda fixa e renda variável, como o da Bolsa de Valores.   

O curso conta com grupo estudantil que conecta estudantes com o mercado de trabalho no setor financeiro, o PUCRS Finance. A iniciativa, por meio da Liga de Mercado Financeiro, também proporciona que alunos e alunas atuem em desafios e competições nacionais e internacionais.  

“Diante dessas oportunidades, os/as estudantes são incentivados/as a exercer atividades durante a sua graduação, ampliando seus conhecimentos e habilidades na prática, o que os torna protagonistas da sua formação”, afirma Kellen Fraga, coordenadora do curso de Ciências Econômicas.

ingresse na ESCOLA DE NEGÓCIOS ainda em 2024

Escola de Negócios

Cursos da Escola de Negócios estão com processos seletivos abertos para ingresso ainda em 2023 / Foto: Igor Bandera

Não há dúvidas de que as aulas práticas são fundamentais para o aprendizado na Universidade. Com elas, estudantes conseguem visualizar de maneira efetiva conceitos que podem parecer muito abstratos na teoria. Na Escola de Negócios, os cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas percebem essa importância e aplicam de diferentes formas o conteúdo teórico junto aos estudantes. Conheça, a seguir, como funcionam as práticas nesses cursos que estão com inscrições via Ingresso de Diplomado, Reingresso ou Reopção, e Transferência, que contam com descontos exclusivos 

Administração: solucionando problemas reais 

O curso possui diferentes possibilidades de atuação. O profissional de administração não precisa, necessariamente, ser alguém de terno e gravata que trabalha em uma empresa. “Algumas áreas que um profissional formado em Administração pode atuar são produção e operações, setor industrial, em organizações, no marketing, no desenvolvimento e capacitação de pessoas, em recrutamento e seleção e na área financeira”, explica a coordenadora do curso, Ionara Rech. É por essa diversidade de possibilidades que o curso possui, ao todo, cinco linhas de formação 

Uma delas é a de Inovação e Empreendedorismo. Nela, há quatro disciplinas práticas nas quais os/as alunos/as realizam seus próprios projetos inovadores. Além disso, os/as estudantes conseguem utilizar toda a estrutura do Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc) para auxiliá-los nesse desenvolvimento de projetos.  

Já nas demais linhas de formação (Administração de EmpresasLiderança e Gestão de PessoasMarketing e Negócios Internacionais) possuem as disciplinas Projeto Integrador I e II, que procuram resgatar conteúdos por meio de projetos práticos.  

Programa de Pós-Graduação em Economia

Foto: Camila Cunha

Na primeira disciplina, a temática é Cidades Inteligentes e Sustentáveis e a proposta é que as turmas pensem uma cidade real específica que possa ser melhorada através de diferentes projetos. “Antes da pandemia, por exemplo, foram trabalhadas Picada Café e Ivoti. Esses municípios foram visitados pelas turmas para que pudessem ser conhecidos em sua integralidade. Dessa forma, os grupos puderam compreender quais eram os problemas enfrentados pela população e moldar seus projetos a partir dessa análise. Durante o momento de pandemia, que tornou o ensino online necessário, a ideia foi pensar em bairros de Porto Alegre”, relembra Ionara. Já em Projeto Integrador II, a ideia é atuar junto a empresas parceiras da Escola de Negócios. Nessa disciplina, são montados projetos até mesmo para empresas internacionais.  

Ciências contábeis: decifrando a linguagem dos negócios 

O contador é o elo entre os fatos contábeis das organizações, dando vida aos números registrados, demonstrando suas interpretações a sócios, gestores e interessados. O mercado de trabalho oferece grandes oportunidades, tanto no setor privado, quanto como funcionário ou autônomo, ou ainda em órgãos públicos. A presença de um contador é imprescindível na composição da equipe técnica de qualquer organização, considerando a complexidade da legislação tributária e fiscal, assim como as necessidades econômicas e financeiras das empresas. 

A atividade profissional do contador está intimamente relacionada ao desenvolvimento socioeconômico. Ou seja, às expectativas da sociedade em relação à necessidade de sustentar o bem comum diante da complexidade crescente que envolve as questões sociais e econômicas. 

As disciplinas no curso são voltadas, principalmente aos conhecimentos sobre as demonstrações financeiras, custos, legislação comercial, planejamento tributário, auditoria, perícia, controladoria, governança corporativa e gestão de riscos. Há, ainda, um Laboratório de tributos, no qual todas as questões tributárias e contábeis de empresas são realizadas pelos estudantes. Mais especificamente, nessa prática são realizados: 

Escola de Negócios

Foto: Camila Cunha

A contabilidade é a linguagem dos negócios, ela é necessária para a comunicação com os acionistas e as pessoas interessadas nos resultados das empresas. As empresas querem contratar pessoas que conheçam essa linguagem, por isso o curso de Ciências Contábeis se mostra tão importante na sociedade e tem uma grande empregabilidade”, comenta o coordenador Luís Carlos Pertile. 

Ciências Econômicas: auxiliando a comunidade mesmo na pandemia 

Esse curso da Escola de Negócios é voltado àqueles que gostam de matemática e história, e que desejam compreender os atuais fenômenos sociais e econômicos do mundo. A formação em Ciências Econômicas prepara os/as estudantes para realizar análises e projeções de cenários aos setores público e privado, desenvolve a capacidade do/das estudantes de tomar decisões e utiliza métodos quantitativos para a resolução de problemas econômicos. 

Há duas linhas de formação no curso: Economia e Finanças. Na primeira, além de teoria econômica, os estudantes aprendem métodos e técnicas de estimação de fenômenos socioeconômicos por meio de três disciplinas: econometria I, II e III. Já em Finanças, a teoria econômica é aplicada juntamente aos fundamentos do mercado financeiro, realizando análises dos mercados de renda fixa e renda variável, como o da Bolsa de Valores.   

O curso conta com grupo estudantil que busca conectar estudantes com o mercado de trabalho no setor financeiro, o PUCRS Finance. A iniciativa, por meio da Liga de Mercado Financeiro, também proporciona que alunos e alunas atuem em desafios e competições nacionais e internacionais.  

“Diante dessas oportunidades, os/as estudantes são incentivados/as a exercer atividades durante a sua graduação, ampliando seus conhecimentos e habilidades na prática, o que os torna protagonistas da sua formação”, afirma Kellen Fraga, coordenadora do curso de Ciências Econômicas.

ingresse na pucrs ainda em 2023

Foto: Pexels

O início do mês de março foi marcado pelo movimento do governo brasileiro em aumentar em 9,2% das tarifas de exportação do petróleo cru, com o objetivo de aumentar a arrecadação ao longo dos próximos 4 meses, sem interferir nas políticas de preços da Petrobras. O Ministério da Fazenda estimou a redução de 1% no lucro da Petrobras, mas de que forma estas medidas influenciam os consumidores e impactam na Economia brasileira? 

Para entender melhor essa iniciativa, conversamos com o pesquisador e coordenador do Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento da PUCRS Augusto Mussi Alvim.  

Fatores que influenciam o preço da gasolina 

São muitos os fatores que compõe o preço final da gasolina no Brasil, como: preço do petróleo; política de preços da Petrobras; refino, distribuição e revenda; preço do etanol e impostos. Dito isso, fatores internacionais como a guerra entre Rússia e Ucrânia influenciam os valores do barril de petróleo e, consequentemente, o preço da gasolina brasileira. Além disso, especialistas explicam que o país é autossuficiente na extração de petróleo, porém falta capacidade produtiva de refino no volume que a demanda brasileira exige, por conta disso, é necessário importar combustível.  

A carga tributária é outra questão de preocupação para o governo que afeta no preço da gasolina. Os principais impostos que participam da composição do preço da gasolina são o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o tributo federal Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), o Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) e o Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Os dois últimos são programas que incidem sobre a gasolina e visam promover os direitos dos trabalhadores e distribuir melhor a renda nacional e, da mesma forma, beneficiar áreas como a previdência social, a saúde e a assistência social. 

Quais foram as mudanças 

Na gasolina comum, as medidas irão modificar a cobrança do PIS/Cofins para R$ 0,47 por litro. Já o etanol será reonerado, ou seja, tributado novamente, em R$ 0,02 por litro e o impacto para a gasolina será de R$ 0,34 por litro, considerando a redução de R$ 0,13 sobre o combustível, divulgada pela Petrobras. Enquanto isso, a Cide segue zerada, e o gás de cozinha, o óleo diesel e o querosene de aviação ficam isentos por pelo menos quatro meses. 

A expectativa do Ministério da Fazenda com estas mudanças é arrecadar R$ 6,6 bilhões. De acordo com Alvim, a iniciativa do governo em aumentar os tributos sobre a exportação deve reduzir o total de exportações e aumentar a oferta de petróleo cru nos meses de vigência desta medida.  

Foto: Pexels

Porém, o docente explica que, mesmo com estas ações, não deverá ocorrer a atração de novas empresas para o refino de petróleo, conforme pelo Ministério de Minas e Energia. Em sua previsão para os próximos meses, o pesquisador destaca que os efeitos líquidos sobre os Investimentos Diretos Estrangeiros neste segmento de mercado devem ser negativos.   

Vantagens e desvantagens 

Neste cenário, o professor destaca que as vantagens são (1) maior arrecadação do governo federal nos próximos meses, sem interferir na política de preços da Petrobrás e (2) menor preço de petróleo cru no mercado brasileiro devido ao imposto.  

Já as desvantagens são (1) mudança nos preços das ações das empresas do setor devido à queda esperada no lucro das empresas; (2) reduz a confiança de investidores estrangeiros no mercado brasileiro, na medida que o governo altera as regras do jogo de forma inesperada.   

Ainda sobre o tema, Alvim destaca que as medidas impactam a Petrobras nos seguintes pontos: (1) queda temporária no lucro da empresa; (2) redução temporária no preço das ações; (3) aumento dos estoques de petróleo cru. 

Impacto no consumidor 

O pesquisador esclarece que os consumidores de gasolina e diesel não devem ser afetados especificamente por essas medidas. Esse fator ocorre basicamente porque não existem perspectivas de aumento/redução da oferta ou das importações de combustíveis. De qualquer maneira, os consumidores terão maiores preços de combustíveis devido ao retorno da cobrança de PIS e Cofins, os quais não eram aplicados desde o início de 2022.  

“Essa medida de retorno dos impostos federais (PIS e Cofins) segue a mesma linha dos tributos sobre a exportação, e tem por objetivo aumentar a arrecadação federal ainda em 2023”, finaliza Alvim.

Cenário da inflação em 2022 não deve ser tão diferente do deste ano, dizem especialistas

Aumento da inflação no Brasil é resultado de uma série de fatores / Foto: Envato Elements

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que mede a inflação oficial do País, atingiu 1,25%, no mês de outubro, o maior número desde 2002. Com isso, o IPCA atingiu 10,67% nos últimos 12 meses, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Coordenador do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Economia do Desenvolvimento, o professor Augusto Mussi Alvim explica que a política econômica brasileira no século 21 sempre esteve marcada por uma orientação pelo controle da inflação através das metas definidas pelo Banco Central 

“De uma maneira geral, independentemente da legenda partidária no governo federal brasileiro, a política de metas de inflação tem sido fundamental para seu controle. Em 2021, a meta é de 3,75% e a expectativa para inflação supera os dois dígitos, o que contribui para que boa parte dos agentes já apostem em maiores reajustes de preços. Se consideramos desde o plano Real, o IPCA somente superou os dois dígitos em 1995, com 22,41% a.a.; em 2002, com 10% a.a.; e em 2015, com 10,67% a.a.”, destaca.  

Atual cenário brasileiro  

Analisando inicialmente cenário global, a pandemia da Covid-19 contribuiu para mudanças significativas e estruturais em diversas instâncias, como na organização das cadeias de valor globais e regionais, na organização do mercado e do espaço de trabalho, na forma de fazer negócios e no consumo e investimentos na maior parte dos países do mundo. Essas alterações têm desencadeado oscilações generalizadas nos preços, que no curto e médio prazo se apresentam como um desalinhamento entre o poder de compra e os preços dos produtos.  

No Brasil, uma série de fatores contribuem para o aumento da inflação. De acordo com a professora do PPG em Economia do Desenvolvimento, Izete Pengo Bagolin, alguns exemplos são os aumentos nas taxas de juros e nos preços dos combustíveis – que afetam tanto os gastos das famílias quanto os custos de produção de diversos produtos. Além disso, há um aspecto que ainda é herança do histórico inflacionário pré-regime de metas de inflação que reajusta diversos preços com base na inflação. 

Efeitos da inflação 

O principal efeito da inflação está no poder de compra imediato das pessoas, afetando o planejamento e a capacidade de investimento da população. “Além de conseguir comprar menos no supermercado, as pessoas pagarão mais juros em prestações, terão mais dificuldade de pagar dívidas, enfrentarão maiores reajustes de mensalidades das escolas e diversos outros problemas”, explica a professora Izete.  

Este impacto é ainda mais intenso nas classes mais pobres da sociedade, que dependem da renda para necessidades básicas, como explica o professor Augusto. Ele pontua que a elevação dos preços também contribui para o aumento da desigualdade social brasileira, intensificada neste tempo de pandemia.  

“Como não foram realizadas mudanças estruturais no País como, por exemplo, a reforma tributária e fortes investimentos em educação, para alcançar níveis de excelência no ensino básico e médio público, nos momentos de crise (pandemia) o País tende a voltar a mostrar alguns problemas antigos, como elevado custo de produção, elevada desigualdade social e inflação”, observa. 

Perspectivas para 2022 

As medidas para evitar a inflação no País a curto prazo são restritas e nada fáceis no atual contexto, em função das causas estarem ligadas a fatores externos ou legais, como explicam os especialistas da Escola de Negócios. A professora Izete Bagolin acredita que a situação no próximo ano não deve se alterar de forma muito significativa em relação ao cenário de 2021 

“Apesar da melhoria do quadro sanitário do País, o próximo ano será difícil em função do ambiente político e incertezas eleitorais. Possivelmente, uma retomada mais consistente, com investimentos de longo prazo, atração de investimento estrangeiro e crescimento econômico mais expressivo só serão possíveis ocorrer quando o ambiente institucional interno melhorar”, sugere.  

Já o professor Augusto Alvim pondera as grandes lições que a pandemia trouxe para a população brasileira. “Independentemente das ações do setor público, a sociedade do nosso País mostrou a capacidade de se organizar e cooperar em momentos de extrema dificuldade. E, em tempos de estagflação, torna-se ainda mais importante relembrar como é importante criar novas formas de trabalho, de negócios e de ações colaborativas. Por isso, acredito que 2022 seja um ano de readaptação e de busca por novas oportunidades de negócios e trabalhos, com mudanças positivas para o povo brasileiro”, anseia. 

Pesquisas na área no PPG em Economia do Desenvolvimento 

No Programa de Pós-Graduação em Economia do Desenvolvimento da Escola de Negócios da PUCRS, o assunto é tema de diversas pesquisas. A tese de doutorado de Marívia de Aguiar Nunes, com orientação do professor Augusto Mussi Alvim, abordou a política monetária brasileira no período pós-metas de inflação, realizando uma avaliação da regra de Taylor, uma estimação da taxa de juros real neutra e uma análise dos impactos do crédito direcionado. 

Já a tese de doutorado de Eduardo Rodrigues Sanguinet analisou a geografia da integração nas cadeias globais de valor e as oportunidades de desenvolvimento na América Latina, contou com orientação do professor Augusto Mussi Alvim e do professor Miguel Atienza, da Universidade Católica do Norte, do Chile.  

Sanguinet, orientado pelos professores Miguel Atienza, Augusto Mussi Alvim e também Adelar Fochezatto, ainda publicou um estudo neste ano no qual foram realizadas simulações hipotéticas das decisões da política de mitigação da Covid-19 para compreender os impactos regionais na integração nas cadeias de abastecimento, considerando as cadeias de valor nacionais e globais.

Leia também: Escola de Negócios cria projeto focado em gestão da inovação e transformação digital

Síntese do estudo sobre atividade econômica do RS feito pelo professor Adelar Fochezatto

Síntese do estudo sobre atividade econômica do RS feito pelo professor Adelar Fochezatto

Mensurar ou prever os reais impactos da pandemia na atividade econômica tem sido um desafio em todos os cantos do mundo. No Rio Grande do Sul, um estudo desenvolvido pelo Comitê de Dados do Governo do Estado no enfrentamento da Covid-19 prevê que os efeitos sejam superiores ao pico da recessão vivida em 2015.

O professor da Escola NegóciosAdelar Fochezatto, é um dos colaboradores deste Comitê, órgão responsável por elaborar análises e reunir dados para embasar decisões. Ele atua junto ao grupo de trabalho (GT) de Atividade Econômica, coordenado pela economista Vanessa Neumann Sulzbach, do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Rio Grande do Sul (Seplag).

O estudo, que já foi apresentado ao Gabinete de Crise com a presença do governador Eduardo Leite, reuniu, a partir de uma série de indicadores sobre o consumo e a circulação das pessoas, dois modelos distintos, mas complementares, para fazer projeções de crescimento da economia gaúcha em 2020. Um deles foi conduzido por Fochezatto e o outro pelo professor Régis Augusto Ely, do Departamento de Economia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

O trabalho iniciou em março e, segundo Fochezatto, o maior desafio foi reunir informações e dados estatísticos para a realização das análises. “Os próprios estudos fazem projeções sobre um futuro que não sabemos bem como será. Até que ponto o novo normal será diferente do anterior? A pesquisa científica, assim como a participação da Universidade, é crucial em momentos como este. O trabalho de pesquisa tem sido fundamental para a tomada de decisões em todas as áreas”, ressalta.

Mesmo em cenários menos pessimistas, os modelos utilizados mostram que 2020 será pior do que 2015, quando o País viveu o pico de uma recessão. Em uma das análises de curto prazo, a retração do IBCR-RS (Índice de Atividade Econômica do Banco Central para o RS) seria na ordem de 10%, isso na hipótese de se retomar gradativamente os índices de atividade pré-pandemia. 

Projeções pautadas pelo desempenho dos principais segmentos produtivos 

O modelo de estudo utilizado por Fochezatto desenvolveu estimativas sobre os impactos da pandemia se valendo de projeções de cenários agregados e setoriais para o Valor Adicionado Bruto (VAB) e em termos de arrecadação do ICMS. Ele avaliou o desempenho dos principais segmentos produtivos do RS por meio de indicadores como o choque de demanda de energia em cada setor, os níveis de recolhimento do principal imposto estadual e a queda de oferta de produtos primários por conta da forte estiagem que atingiu o Estado.

A partir disso, o modelo trabalhou em dois cenários: um deles com a crise perdurando quatro meses e o segundo, se prolongando por nove meses. Mesmo quando sofre por menos tempo, a economia gaúcha pode variar negativamente entre 6,5% e 8,1%. As perdas, em termos de arrecadação do ICMS, devem ficar entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,3 bilhões e entre R$ 21,7 bilhões e R$ 27,1 bilhões em termos de VAB.

Na situação mais extrema, a queda na cobrança do imposto ficaria entre R$ 4,1 bilhões e R$ 5,1 bilhões (variação negativa entre 14,6% e 18,2%), no mínimo o dobro do volume de repasses com o socorro que o Estado receberá da União em quatro parcelas. Nessa situação mais extrema, as perdas de VAB ficariam entre R$ 48,8 bilhões e R$ 61,1 bilhões. Nos cenários analisados, o setor automobilístico, a agropecuária, a indústria metalúrgica e a fabricação de aço são os que apresentam maiores variações negativas, tanto no VAB como na arrecadação de ICMS.

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Foto: Divulgação

A Mobis, organização de impacto social sem fins lucrativos instalada no Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), promove um programa gratuito de formação de educadores: o Multiplicadores da Cidadania. O propósito é levar experiências de aprendizagem em cidadania ao maior número de estudantes da educação básica. Como? Formando, conectando e apoiando uma rede de educadores, os principais agentes de transformação na área. Para realizar a inscrição, basta acessar o site https://www.mobis.org.br/multiplicadores.

Com o Programa, o participante terá uma formação gratuita com especialistas em Ciência Política e Economia; receberá um kit com todas as peças e materiais de apoio do Jogo Ágora, certificados de participação na oficina e o título de Multiplicador da Cidadania da Mobis. As inscrições ocorrem até o dia 8 de novembro de 2019. A equipe da Mobis conta com Pedro Martins, diplomado em Publicidade e Propaganda pela Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, atuando na área de Comunicação e Marketing, e Paula Lopes, aluna da especialização de Finanças, Investimentos e Banking (FIB), no setor administrativo-financeiro.

Podcast Escola de negóciosbanner)A Escola de Negócios lança nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, a série Conversa de Fundamento, com conteúdos voltados às áreas de economia e negócios. Em formato de podcasts, os episódios terão bate-papos conduzidos pelo professor Ely Jose de Mattos e participação dos professores Lelis Balestrin Espartel, Stefania Almeida e Osmar de Souza debatendo assuntos como felicidade e consumo, economia compartilhada, empreendedorismo feminino, negócios de impacto social e conjuntura econômica, entre outros. Os arquivos serão disponibilizados todas as quintas-feiras nas principais plataformas de streaming, Spotify, Deezer e Soundcloud. O teaser está disponível no link.

9º encontro de economia gaúcha, ppg ciências econômicas, economica, professores, pesquisadores, feeNos dias 24 e 25 de maio, a PUCRS recebe o 9º Encontro de Economia Gaúcha(EEG), organizado e promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Economia da PUCRS e pela Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE). A ação tem como público alvo professores, pesquisadores, alunos da área de Ciências Econômicas, e áreas afins, profissionais da área de economia e público em geral. Interessados na apresentação de trabalhos devem enviar o arquivo para o e-mail [email protected] até o dia 22 de abril. Inscrições e mais informações no site.

O evento, realizado bienalmente desde 2002 e consolidado como o mais importante encontro acadêmico sobre o assunto no Estado, tem como objetivo propiciar a discussão dos problemas econômicos do Rio Grande do Sul. Sob uma perspectiva metodologicamente pluralista e tematicamente variada. Serão abordadas 11 áreas temáticas, buscando um painel abrangente de discussões sobre a realidade socioeconômica estadual.  O 9º EEG ainda busca favorecer a discussão sobre as questões econômicas do Rio Grande do Sul e sua inserção nacional e internacional. Também irá possibilitar que os melhores trabalhos apresentados possam ser agregados para posterior publicação em livro, ampliando a visibilidade e o alcance das problemáticas discutidas. Mais informações pelo telefone (51)3320-3680 ou do e-mail [email protected].

Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul

Foto:Tiago Francisco/Divulgação Sistema Farsul

O economista e doutorando no curso de Economia do Desenvolvimento da Escola de Negócios, Antônio da Luz, foi escolhido como o Economista do Ano de 2017 pelo Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul (Corecon-RS). A nomeação, feita na quinta-feira, 30 de novembro, é um reconhecimento aos profissionais do Rio Grande do Sul, dos mais distintos campos da economia, que contribuem para o desenvolvimento econômico regional ou nacional e se engajam em atividades dos setores privado ou público, na academia ou como autônomos. Para Antônio, que atua como economista-chefe do Sistema Farsul, o prêmio é muito prestigiado dado a relevância do Conselho e a comunidade formada pela categoria.

A indicação dos candidatos é feita por entidades públicas, privadas, universidades e entidades do meio, e a comissão julgadora é formada por nove economistas com atuação no Estado. “Trato como um divisor de águas na vida de qualquer profissional ser lembrado por aqueles que melhor podem avaliar o trabalho desenvolvido: os próprios colegas”, declara Da Luz. O doutorando acredita que “houve um reconhecimento à minha paixão pela profissão de economista, por levar a teoria econômica para prática, em especial no agronegócio e, quem sabe, por ter uma sede insaciável por aprender”, revela.

O Prêmio será entregue no dia 14 de dezembro, às 20h, no Hotel Continental. Na solenidade, também serão homenageados os vencedores do Prêmio Corecon-RS 2017, do Prêmio Corecon-RS de Reportagem de Economia 2017 e do Prêmio Jornalista de Economia do Ano/2017.

Projeto de doutorado

O orientando do professor Adelar Fochezatto está produzindo uma pesquisa sobre como é possível utilizar o agronegócio como eixo de crescimento e desenvolvimento econômico para países que têm vantagens comparativas para o campo.  “Estou desenvolvendo um índice que ranqueia os países ou regiões de países conforme o grau de aproveitamento do seu potencial no agronegócio que, ao mesmo tempo, oferece recomendações para melhor usar este setor no seu crescimento”, explica o economista-chefe do Sistema Farsul.

Sobre o doutorado na Escola de Negócios, o economista diz ter superado as suas expectativas, que já eram altas. Ele destacou o dinamismo do curso, que traz intenso aprendizado, e o preparo do corpo docente, com quem vem aprendendo muito. “Não tenho dúvidas de que quando terminar o curso serei um profissional muito melhor do que entrei, assim como tenho certeza que estar aqui me ajudou a receber esse generoso reconhecimento dos meus colegas economistas”, declara Da Luz.

Currículo

Antônio da Luz é formado em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestre em Economia pela UFRGS e doutorando em Economia do Desenvolvimento pela PUCRS. Atualmente, é economista-chefe do Sistema Farsul e um dos 89 economistas brasileiros e estrangeiros que são consultados pelo Banco Central para elaboração do Relatório Focus com as expectativas de mercado para PIB, Inflação, Juros, Câmbio, etc. Atuou como economista da Agenda 2020 e também como conselheiro do Corecon-RS.