Cesmar e Tecnopuc lançam curso para jovens em situação de vulnerabilidade social

Foto: Christina Morillo/Pexels

Em parceria com o Parque Científico e Tecnológico da PUCRS (Tecnopuc), o Centro Social Marista (Cesmar) lançou o curso Full Stack Social (“pilha cheia” em inglês). O curso, que é vinculado ao programa Jovem Aprendiz, é destinado a jovens de 16 a 22 anos em situação de vulnerabilidade social e que moram em regiões próximas à PUCRS. A pré-inscrição deve ser realizada pelo formulário eletrônico até o final de fevereiro.  

As aulas iniciam em 17 de maio e serão ministradas no Tecnopuc, por meio do Centro de Inovação e do Hub Social, com o objetivo de promover o contato com empresas parceiras em potencial. “Os alunos e alunas ingressam como Jovens Aprendizes, já com o apoio de alguma empresa parceira. Assim, se espera que ao final do programa o grupo esteja capacitado e já iniciando suas carreiras nas áreas”, explica Michael Mora, coordenador do Centro. 

A expressão Full Stack é muito utilizada na área de tecnologia e se refere à formação de profissionais com habilidades para atuar no processo de desenvolvimento de uma aplicação web, que são sistemas de informática projetados para utilização através de um navegador. 

Mudando vidas por meio da tecnologia 

Márcia Broc, responsável do Cesmar pela gestão do projeto, relembra de jovens que já passaram pelos cursos do Centro e conta como surgiu a ideia do projeto. “Ofertamos o curso de Programação de Software por mais de cinco anos. Formamos mais de 100 jovens nesse curso, muitos deles estão trabalhando e ganhando a vida nessa área, com aquilo que aprenderam conosco. A última turma que formamos foi em setembro de 2020. Nós paramos para reformular o projeto e foi aí que nasceu a ideia de fazermos um curso de desenvolvimento web, mais focado nos produtos digitais”, conta.  

Segundo Márcia, a capital gaúcha mantém boas oportunidades na área de TI. “Hoje nós temos pelo menos 170 vagas nessa área em aberto em Porto Alegre. As empresas de desenvolvimento de sistemas têm muita dificuldade para encontrar profissionais, justamente pela carência que se tem de pessoas formadas. Motivados por esse contexto, por essa missão de incluir jovens no mundo do trabalho, nós resolvemos lançar esse curso. Queremos alianças e parceiros que estejam interessados em desenvolver seu papel social”, comenta.   

PUCRS oferece disciplinas voltadas para formação cidadã e inclusiva

Foto: Envato Elements

Além de ajudar a gerar oportunidades, o Full Stack contribui para o aumento da diversidade em ambientes corporativos, com o apoio de empresas que estejam comprometidas em compartilhar suas expertises organizacionais em prol do desenvolvimento humano e social. Em tempos tão desafiantes, as oportunidades na área da tecnologia vêm se mostrando promissoras e, a partir de capacitações como esta, evidenciam que podem contribuir para desenvolver, incluir e impactar positivamente a comunidade”, destaca Ana Lúcia Maciel, líder na área de impacto social do Tecnopuc. 

Saiba como participar do programa 

O curso tem a duração prevista de 14 meses, com 30 vagas. Os/as estudantes serão divididos em duas turmas nos turnos da manhã e tarde. Pela manhã, as aulas acontecerão das 8h às 12h e, pela tarde, das 13h30 às 17h30, de segunda a sexta-feira. Quem estiver estudando deverá fazer o curso no turno inverso às aulas da escola. 

O programa incluiu: carteira assinada por alguma empresa parceira desde o primeiro dia, além de receber todos os benefícios como trabalhador/a com vínculo especial de trabalho. Confira os requisitos necessários: 

As empresas que tiverem interesse em participar do projeto como parceiras, ou colaborar de outro modo, podem fazer isso de duas maneiras:

As organizações podem registrar o interesse em colaborar com o projeto neste formulário ou pelo e-mail [email protected] e aguardar o retorno.

Publicação internacional discute a crescente tensão social e o respeito à diversidade

Foto: Envato Elements

Contribuir para discussão e aprimoramento de políticas públicas e da atuação no campo social exige conhecer a realidade das pessoas e suas experiências. Esse é o objetivo da revista acadêmica alemã Soziale Passagen, voltada para temas relevantes emergentes na área do Serviço Social. Coorganizada por Emil Sobottka, professor e pesquisador da Escola de Humanidades da PUCRS, a edição mais recente discute temas referentes à crescente tensão social a nível global, respeito à diversidade, sustentabilidade e meio ambiente no Brasil e na Alemanha, entre outros. 

Sobottka conta que, apesar dos diferentes contextos de cada País, Brasil e Alemanha têm um grande desafio de conciliar a diversidade interna com a necessidade de encontrar aquilo que dá unidade e coesão à sociedade. Ou seja, pensar no bem comum levando em consideração as particularidades sociais. E dessa parceria, também surgiram aprendizados: “Entre os pontos que a equipe editorial destacou para a publicação estão as experiências positivas do Brasil com escolas rurais e em áreas indígenas”, comenta. Benjamin Bunk, expós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais PUCRS, também participou da elaboração da publicação. 

As tensões sociais emergentes no mundo 

Para o professor, o Brasil vive um momento de choque cultural, polarização política e conflitos causados pelo grande contraste econômico. Enquanto na Alemanha, ainda que a desigualdade social também esteja crescendo, a unidade da sociedade está muito mais ameaçada pelo nacionalismo radicalizado, que por vezes se expressa até como neonazismo”, como reflexo da intensificação dos movimentos conservadores. 

“Outro fio condutor da discussão foi sobre as lógicas culturais e políticas de coesão social, a relação tensa entre diferença (afirmação de identidades) e desigualdade, com o objetivo de impulsionar um diálogo internacional sobre questões sociais ardentemente discutidas lá e aqui”, explica Bunk sobre a publicação. 

Na Alemanha, apesar do disseminado e profundo senso de solidariedade, por vezes, essa tensão se soma às questões sobre imigrantes e refugiados. Por não ter conseguido acolher adequadamente esses grupos que chegaram para trabalhar no País nas décadas de 1960-70, hoje existem, territorialmente, pequenas sociedades à parte em muitas cidades. 

“Parte da população alemã vê esses novos conterrâneos como uma ameaça. E o medo é um péssimo conselheiro: leva a irracionalidades, hostilidades e até à xenofobia, que ameaçam a coesão social – não por quem vem em busca de socorro, mas pela reação de quem se sente equivocadamente ameaçado no seu conforto, EMIL SOBOTTKA.  

Já no Brasil, segundo Sobottka, é necessário o surgimento de uma sociedade mais humana, atenta às vidas das pessoas, com sensibilidade para perceber a conexão que meio ambiente, educação e os problemas sociais têm entre si, impactando também em áreas como a economia. 

Impactos sociais de um passado recente 

Publicação internacional discute a crescente tensão social e o respeito à diversidade

Foto: LuisQuintero/Pexels

Ambos os países lidam com fantasmas do passado: “No Brasil temos a pesada herança colonial e escravocrata que dificulta na promoção da igualdade, tanto no cotidiano como perante a lei. Mas temos uma leveza no modo de viver, a qual desperta a curiosidade e até inveja em muitos. Por sua vez, os alemães carregam consigo a marca de seu militarismo histórico, que culminou no regime nazista: Esse fantasma fomenta a solidariedade e a coesão interna, ao mesmo tempo em que se teme o seu retorno”, explica. 

Parafraseando o sociólogo Jürgen Habermas, o professor afirma que “não podemos deixar a racionalidade da economia colonizar nossas vidas”, a economia deveria ser apenas um auxílio na busca da melhor forma de gerar e alocar o que é necessário para que todas as pessoas possam viver bem. 

“Valeu muito a pena organizar este diálogo entre mundos diferentes. Está se tornando raro – dentro de um processo de renacionalização mundial dinamizado pela pandemia – abrir espaços tão ricos para articular e escutar outras vozes. Minha estadia no Brasil foi gratificante como pesquisador e como pessoa”, relembra Bunk. 

Mobilização global pelo meio ambiente 

Com os seculares problemas ambientais, como grilagem de terra e formação de latifúndios territoriais, o Brasil desperta a atenção de pesquisadores e pesquisadoras de muitos outros países. A pauta é uma preocupação em quase todo mundo, como os problemas relacionados ao aquecimento global, desequilíbrios ecológicos e ameaças à sobrevivência no nosso planeta, destaca o professor. 

A importância da pesquisa no campo social 

Na área de edificações sustentáveis, o uso racional dos recursos naturais tem sido considerado um diferencial

Projetos nessa área consideram inúmeros fatores, que vão desde a localização até os materiais utilizados / Foto: Arun Thomas/Pexels

O Brasil tem uma contribuição única na esfera acadêmica: grande parte do conhecimento científico é divulgado em revistas de acesso aberto, democratizando a informação. A quem sonha em seguir carreira na área, Emil Sobottka deixa um recado: Ser pesquisador é nadar contra a correnteza. E, ao mesmo tempo, é contribuir para que mais pessoas conheçam melhor a sociedade em que vivem e possam, por meio do conhecimento, escolher como querem viver individualmente e em sociedade. 

“Ser pesquisador na área de Humanidades é ajudar a construir novos sonhos e encontrar caminhos para realizá-los com mais autenticidade e em conjunto com outros, solidariamente”, EMIL SOBOTTKA.  

Saiba mais sobre o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais, que conta com recursos teóricos e metodológicos relevantes para a investigação das organizações políticas e governamentais, empresariais, religiosas, educacionais, não-governamentais e internacionais. 

Mundo em transformação: participe da próxima edição do Ideação - Evento do Idear sobre empreendedorismo e inovação abordará a importância da capacidade de evoluir e se adaptarEm sua primeira versão totalmente online, a 4ª edição do Ideação, promovido pelo Idear, contou com mais de 1.100 inscrições e 450 participantes em cinco atividades. As três lives, abertas ao público e transmitidas pelo YouTube da PUCRS, somaram mais de 1.700 visualizações até o momento. Com o tema Mundo em Transformação, os debates abordaram educação, responsabilidade social, diversidade e muito mais. 

Durante o evento o Idear lançou o livro Eu Sou Uma Ideia a Empreender | Guia do Professor, material de suporte pedagógico para o desenvolvimento do aprendizado ativo e autônomo das competências empreendedoras em sala de aula. O download do livro pode ser feito aqui. 

“O Ideação foi completamente repensado para a situação atual enquanto estamos vivendo. Alinhado ao momento de transformações, o evento trouxe convidados e convidadas que exercitam seus propósitos nas diferentes áreas do empreendedorismo e inovação. O objetivo principal é sempre inspirar”, destaca a organizadora do evento e professora Gabriela Kurtz, da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS – Famecos 

O que mais rolou? 

As atividades realizadas pelo YouTube foram gravadas e, caso você queira assistir, basta acessar os links abaixo: 

Com Thalita Gelenske Cunha, CEO da Blend Edu | 1/9 

Falando de uma maneira didática e focada para a prática no cotidiano, Thalita trouxe vídeos, materiais, conteúdos e vivências pessoais que levaram ao desenvolvimento da Startup Blend Edu. Iniciativa tem como modelo de negócio a criação de soluções educacionais responsáveis por impulsionar a diversidade dentro das empresas. Link para o Youtube.  

Com Thais Gomes, da Casa Vege; e Lívia Nunes, da Castela Tattoo Shop | 2/9  

Thais começou falando sobre o conceito de restaurante que inicialmente estaria funcionando em março e as mudanças que levaram ao delivery durante a pandemia. Dando continuidade, Lívia contou sobre como criou um projeto de assinaturas recorrentes para tatuagens através da plataforma Catarse, para reduzir os custos com o Estúdio recém inaugurado, a Castela Tattoo Shop.  

Com Adriana Salles Gomes, diretora-editorial da Qura Editora; e João Souza, co-fundador e head de Futuros Inclusivos do FA.VELA | 3/9 

Adriana começou falando sobre a necessidade de gerar interesse genuíno no processo de aprendizagem, não tanto no resultado. Trata-se de permitir e oportunizar o crescimento individual de acordo com os potenciais de cada um. Em um segundo momento, João contou sobre como é trabalhar com o propósito e causar impacto em uma rede de pequenos empreendedores dentro de uma favela. Posteriormente rolou um bate papo em que ambos explicaram como é necessário ter planos de mentorias e trabalhar os projetos ao mesmo tempo que se permite autonomia aos empreendedores.   

No último dia também aconteceu um pocket show de encerramento, com o cantor Victor Todt, antes do painel com a Adriana e o João. 

Sobre o Idear  

O Idear, Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação da PUCRS, incentiva a atitude empreendedora interdisciplinar e a inovação com impacto positivo na sociedade por meio da formação de pessoas que proponham soluções que possam mudar o mundo. 

Onde estão as mulheres negras à sua volta? - Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha marca o combate ao racismo e ao machismo e a reinvindicação por equidade

Foto: Unsplash

No Brasil, elas são 55,6 milhões, chefiam 41,1% das famílias negras e recebem, em média, apenas 58,2% da renda das mulheres brancas, segundo dados divulgados pelo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na PUCRS, o Núcleo de Estudos em Cultura Afro-Brasileira e Indígena (Neabi), o qual professora Leunice de Oliveira faz parte, dedica-se a aprofundar o debate sobre a negritude, a diversidade e uma possível reparação histórica.

Enquanto mulher negra e acadêmica, Leunice comenta sobre os desafios e os avanços em relação à quebra de paradigmas e a luta constante por espaços na sociedade. “Com a organização dos movimentos sociais foi possível evoluir em algumas pautas e no diálogo sobre o feminismo negro, por exemplo, com um maior engajamento em cessar com a invisibilidade”, comenta a professora da Escola de Humanidades da PUCRS.

É preciso falar sobre interseccionalidade

“É necessária a compreensão de que a mulher negra experimenta um conjunto de desvantagens sociais que resultam em uma posição social considerada inferior à da mulher branca. As nossas necessidades são muito peculiares e, sem que seja feita uma profunda análise do racismo, do machismo e colonialismo brasileiro, é impossível atender às urgências deste grupo” enfatiza.

Segundo a escritora Alice Walker, referência no movimento, existem diferenças entre o feminismo, o mulherismo e o mulherismo africano. “Ser uma mulherista africana significa que temos controle de nossa nomeação e nossa definição. É lidar com a tripla dificuldade das mulheres negras: raça, classe e sexo, mas com sua própria ordem. E, para mim, vem a noção de priorizar a raça, porque é isso que nos ameaça mais do que tudo, eu acredito”, explica.

Representatividade é coisa séria

Onde estão as mulheres negras à sua volta? - Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha marca o combate ao racismo e ao machismo e a reinvindicação por equidade

Foto: Nappy

As desigualdades étnico-raciais são evidentes tanto no mercado de trabalho, quanto nas competições de espaços de poder, como cargos de gestão, liderança e políticos. Mesmo com a melhora da universalização do ensino, essas ações não têm sido suficientes para reduzir significativamente as desigualdades da pirâmide educacional e “isto deve ainda implicar na persistência da concentração de brancos nas principais posições de poder do País”, segundo o Dossiê Mulheres Negras: retrato das condições de vida das mulheres negras no Brasil.

“Tenho na Universidade um lugar de fala, de direito à voz.” LEUNICE DE OLIVEIRA. 

Apesar dos desafios, a professora Leunice diz ter obtido avanços na pauta de empoderamento de mulheres negras. Para ela, o ativismo foi fundamental para a conquista de espaços, rompendo com a não representação e ajudando a mudar a história.

Ela conta que sua história de vida não é diferente da maioria de negros e negras no Brasil. “Reconheço que o espaço em que ocupo como professora universitária, poucos negros tiveram acesso por falta de oportunidades educacionais e profissionais. Nós que pertencemos a estes grupos, podemos e devemos falar por nós, para que nossas vozes sejam ouvidas, estabelecendo rupturas com o que nos fora destinado e buscando caminhos para a superação”, destaca.

Sobre as políticas públicas

O Brasil implementou algumas Políticas de Ações Afirmativas, com o objetivo de tentar corrigir a longo prazo os efeitos das discriminações e da escravidão, baseadas na igualdade de acesso a bens fundamentais e direitos de cidadania plena. Entre elas, a Lei de Cotas para universidades públicas para negros/as, indígenas, alunos/as de escolas públicas, entre outros grupos.

A lei Maria da Penha, de 2006, também representa um marco na garantia de proteção social das mulheres, considerando os índices crescentes de violência doméstica e feminicídio que crescem anualmente. O Brasil tem 13 homicídios de mulheres por dia, e maioria das vítimas (66%) é negra, segundo o Atlas da Violência de 2019 do Ipea.

Uma carreira dedicada a abrir portas

Onde estão as mulheres negras à sua volta? - Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha marca o combate ao racismo e ao machismo e a reinvindicação por equidade

Professora Leunice de Oliveira / Foto: Arquivo pessoal

Formada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Leunice Martins de Oliveira é mestre em Educação pela PUCRS, e possui doutorado e pós-doutorado em Educação pela UFRGS. Atua principalmente com temas sobre educação, currículo, cultura, políticas públicas, educação intercultural, estudos afro-brasileiros e educomunicação. É coordenadora do curso de especialização em Gestão da Educação e professora da Escola de Humanidades da PUCRS.

Uma causa coletiva

Com a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, o dia 25 de julho é considerado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, desde 1992. O dia representa o enfrentamento ao sexismo, racismo, machismo e a busca da mulher negra por igualdade de direitos e oportunidades.

Leia também: Elas estão alcançando cada vez mais espaços na área de Ciência e Tecnologia

Evento do curso de Jornalismo debaterá sobre esporte, inclusão e democracia - Mais de 20 convidados participarão de seis horas de bate-papos online com professores da FamecosMuito além do entretenimento, o futebol é um esporte com significados importantes para grande parte da população brasileira e a sua representatividade ascende o debate sobre diferentes causas. Pensando nissoa equipe dEscola de Comunicação, Artes e Design – Famecos da PUCRS promove o evento online: Jornalismo: Esporte, inclusão e democracia, no dia 23 de julho, das 16h às 22h. live contará com mais de 20 convidados e convidadas de diferentes áreas e será transmitido ao vivo pelo Facebook da Eu Sou Famecos. 

Para Fábian Chelkanoff Thier, coordenador do curso de Jornalismo, o tema é de extrema relevância. “Muitas pessoas têm o esporte como algo fundamental na vida e por isso ele não pode ser tratado apenas como divertimento. E nada melhor do que debater isso na Universidade com pessoas que fazem esse dia a dia acontecer. Afinal, o esporte consegue ou não representar toda uma sociedade?. Para participar da conversa não é necessário se inscrever. Quem precisar receber o atestado de participação pode solicitar neste formulário. 

Programação completa 

Com lives durante a tarde e à noite, ninguém precisa ficar de fora. Confira: 

16h | É Tudo com elas 

Medicação de Fábian Chelkanoff. 

17h | Racismo e preconceito 

Mediação de Juan Domingues.  

Evento do curso de Jornalismo debaterá sobre esporte, inclusão e democracia - Mais de 20 convidados participarão de seis horas de bate-papos online com professores da Famecos18h | O Jornalismo como arma na luta contra o racismo 

Mediação de Felipe Gamba. 

19h | A democracia no esporte 

Mediação de Fábio Canatta. 

20h | Inclusão e diversidade 

21h | Jornalismo, Esporte, Inclusão e Democracia 

Mediação de Felipe Gamba. 

Seja parte do futuro do Jornalismo 

Na PUCRS, os/as estudantes circulam durante sua formação paralelamente na sala de aula e nos laboratórios, em um currículo moderno que se utiliza de metodologias dinâmicas. O curso de Jornalismo prepara profissionais com as competências necessárias, incentivando a capacidade reflexiva, a agilidade e o domínio tecnológico, em condições de atuar nas mais diversas áreas e está com inscrições abertas. Confira aqui!

Promover a inclusão no seu aspecto mais amplo é o objetivo da plataforma IncluiTec, idealizado pelo aluno do curso de Psicologia Robson Souza. Inicialmente lançada com o nome TchêInclui em 2018, a plataforma reúne serviços que podem ser utilizados por escolas, empresas e pessoas que procuram informações relacionadas ao tema, conectando quem tem essas demandas com estudantes, grupos de pesquisa e profissionais interessados em propor soluções.

A ideia surgiu no primeiro semestre de 2018, na disciplina Psicologia Escolar e Educacional I, ministrada pelo professor Alexandre Guilherme na Escola de Ciências da Saúde e da Vida. O docente utiliza a metodologia Problem Based Learning (PBL), em que a aprendizagem é baseada na busca de soluções para determinados problemas. Os estudantes deveriam visitar uma escola para entender a função de um psicólogo escolar e as possibilidades de se trabalhar em uma instituição de ensino como psicólogo. Posteriormente, iriam cria um website informativo, tendo como temática a inclusão. Robson, porém, quis fazer algo diferente: apresentou um aplicativo.

“Foi uma grande ousadia. Eu adorei a ideia e percebi que a gente poderia desenvolver mais, pois vi muito potencial”, conta o professor Alexandre. O docente convidou Robson para seu Grupo de Pesquisa em Educação e Violência (Grupev) e o aluno inscreveu o projeto para participar do Ideias do Bem, evento promovido pelo Laboratório Interdisciplinar de Empreendedorismo e Inovação (Idear) e pela Escola de Ciências da Saúde e da Vida, que propôs soluções criativas e inovadoras para problemas relacionados à saúde. Durante as atividades, Robson ganhou a companhia dos alunos Flavio Cordeiro e Nicolle Cernicchiaro, da Gastronomia; Stéphanie Medeiros, da Farmácia; e Eduarda Racky, da Psicologia. Eles ficaram em primeiro lugar e, com isso, contaram com todo o apoio e a estrutura do Tecnopuc para aprimorar a plataforma.

De cara nova e novos horizontes, mas com o mesmo propósito

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar

“Remodelamos o negócio, vimos a parte de marketing e financeira, começamos a trabalhar algumas ferramentas – sempre testando com diretores, escolas e alunos”, lembra Robson. Foi nessa época que a plataforma recebeu uma demanda de São Paulo, motivando a troca do nome.

O estudante de Psicologia diz que a ideia sempre foi criar uma ferramenta prática e funcional. “Queríamos oferecer uma ferramenta para auxiliar gestores, professores, psicólogos. Se uma escola receber um aluno com dislexia, por exemplo, os educadores podem consultar os últimos artigos sobre o assunto ou algum grupo de pesquisa que trabalhe com o tema para poderem se atualizar através da plataforma”, explica.

Desde então, o app esteve presente em eventos e Robson ministrou capacitações. A iniciativa também ficou entre as finalistas do edital Centelha de fomento, realizado em uma parceria entre Fapergs e Fapesp, que tem como objetivo dar um impulso inicial para startups.

Para ter acesso ao IncluiTec, é preciso acessar o site da plataforma e se cadastrar para receber um link. A partir desse endereço, a pessoa poderá acessar informações gerais, o cadastro de solucionadores ou o cadastro de instituições que precisam de soluções, dependendo do usuário. Cada perfil recebe informações e notificações personalizadas.

Assistente virtual conecta demandas com soluções

Para poder fazer a conexão entre demandas e soluções, Robson recorreu à inteligência artificial, através da Helena, assistente virtual do IncluiTec. Ela reúne as solicitações e, dentro de seu banco de dados, procura as opções de resolução disponíveis. A plataforma oferece informação e apoio sobre diversidade e inclusão, com foco em PCDs, imigrantes, LGBTQI+, pessoas com Down, autismo, entre outros; consultoria online; análise e desenvolvimento de censo de Recursos Humanos para empresas, com encaminhamento e acompanhamento de pessoal; palestras, cursos e oficinas de sensibilização; entre outros serviços.

O conceito utilizado é o modelo social de inclusão, aprendido nas aulas do professor Alexandre, que é mais amplo que o modelo médico. “Esse modelo não entende inclusão nas escolas como integrando apenas os estudantes com necessidades especiais. Ele considera, questões de gênero e sexualidade, racismo e questões sociais”, explica o docente. Até o momento, mais de 400 pessoas já foram atendidas de maneira direta pelo app.

Atualmente, a equipe do IncluiTec é composta por Robson, Eduarda (já formada em Psicologia) e a estudante de Publicidade e Propaganda, Mariana Ruiz. Para esse ano, uma das metas é desenvolver ainda mais a plataforma, contando com o apoio da Agência Experimental de Engenharia de Software (Ages) da PUCRS, além da Escola de Ciências da Saúde e da Vida e do Idear. Além disso, o estudante conta que pretende participar mais de feiras, divulgar mais a plataforma, cadastrar mais pessoas e captar recursos. “Nosso lema é unir pessoas e construir soluções”, destaca.

Primeiras demandas surgiram na fase experimental

Uma das ações oferecidas pelo IncluiTec são oficinas e palestras sobre os mais diversos assuntos relacionados à inclusão e diversidade. Ainda em 2018, quando a plataforma estava em fase experimental, Robson recebeu uma demanda: desenvolver uma atividade que trabalhasse os temas violência de gênero, bullying na escola e empoderamento feminino com meninas de 15 anos atendidas pela ONG Suve (Sociedade União Vila dos Eucaliptos), localizada no bairro Mario Quintana.

Ilson Renato Marques, presidente da Suve, conta que conheceu Robson durante o 1º Hackathon Social de Porto Alegre, realizado pela Prefeitura Municipal. O evento tinha como proposta encontrar soluções para a prevenção da violência contra a mulher, diversidade sexual e identidade de gênero e, para isso, contou com o apoio da Aliança pela Inovação, da qual a PUCRS faz parte. “Na ocasião, apresentamos o projeto, pedimos apoio e logo nasceu a parceria”, conta.

Uma parceria entre IncluiTec e Suve pelo empoderamento

A Suve realiza um projeto com meninas da comunidade, trabalhando questões relacionadas ao empoderamento feminino e promovendo, anualmente, um baile de debutantes, que chegará a sua 10ª edição em 2020. Para a oficina solicitada via IncluiTec, Robson contou com o apoio do Grupev e a supervisão do professor Alexandre. “Durante a atividade, as participantes confeccionaram uma cartilha com contatos de emergência e dicas para denunciar a violência contra a mulher”, relata Robson. Segundo ele, as meninas saíram da oficina com a missão de ser multiplicadoras em suas escolas. “Além disso, foi a primeira vez em que estiveram em uma universidade. Elas ficaram maravilhadas e motivadas para estudarem e, um dia, voltarem como alunas”, conclui.

Para Ilson Renato, através desse projeto, é possível mostrar outras perspectivas a essas jovens: “Neste ano, queremos ir ainda mais longe, e certamente esperamos fazer outras parcerias através do IncluiTec”. O baile de debutantes acontece sempre na Semana do Bairro Mario Quintana, de 14 a 22 de dezembro, e a organização começa em maio. Além dessa iniciativa, a Suve, fundada há mais de 30 anos, realiza outros projetos via governo federal e estadual, e conta com uma escola municipal de educação infantil.

Saiba mais em O que se faz na Universidade?

Projeto investiga novos aditivos e materiais para construção de poços de petróleo

Português como língua de acolhimento e a formação de educadores

ciclo_diversidade_escola_direito(907x550)Com o propósito de fomentar o debate sobre temas atuais do Direito, o 9º Ciclo de Debates Jurídicos Sobre Diversidade acontece entre os dias 4 e 6 de novembro, das 17h30min às 19h30min, no auditório do prédio 11 da Universidade (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre/RS). O evento é promovido pela Escola de Direito da PUCRS em parceria com o Grupo de Pesquisa Gestão Integrada da Segurança Pública. A programação é gratuita e aberta ao público. As inscrições podem ser feitas no link.

Entre os temas dos debates estão: Migrações forçadas e acesso à moradia: ausência de políticas de acolhimento em Porto Alegre, A inclusão das mulheres no mercado de trabalho: obstáculos e conquistas, Da despatologização ao acesso à saúde pela população trans: causas e efeitos. A participação é válida como seis horas de Atividade Complementar para alunos do curso de Direito da PUCRS.

 

 

card_sobre_semana_acadêmica_escola_negociosPara entender as mudanças presentes hoje, a Escola de Negócios da PUCRS promove a 2ª Semana Acadêmica – Sociedade em Metamorfose. Neste ano, o evento abrangerá temas voltados para a diversidade, o desenvolvimento pessoal e a sustentabilidade. A programação conta com 65 iniciativas, distribuídas em palestras, workshops, visitas técnicas, soft skills, desafios e atividades culturais.  O evento acontecerá entre 23 e 27 de setembro, em diversos espaços da Universidade (Av. Ipiranga, 6.681 – Porto Alegre), como o Prédio 50, o Living 360°e a Rua da Cultura.

A palestra É Sobre Todos Nós: diversidade como fator estratégico para o engajamento e crescimento, abordará o case de inclusão e diversidade da Diageo, maior fabricante de bebidas destiladas no mundo, com marcas como Johnnie Walker, Smirnoff, Tanqueray, Baileys & Ciroc. A atividade acontece no dia 24, das 21h às 22h45min, no auditório do 9º andar do Prédio 50.

No dia 25, ocorre o workshop Pensando Cidades Inteligentes e Sustentáveis. A proposta é debater de forma dinâmica os conceitos necessários para a construção de cidades mais integradas com os avanços tecnológicos, sem deixar de lado a sustentabilidade. A discussão será na sala 405 do Prédio 50, das 19h30min às 22h45min.

Habilidades de inteligência emocional, chamadas de soft skills, são cada vez mais importantes para o desenvolvimento pessoal e profissional. Voltada para esse tema, a atividade Vivacidade: Desperte sua autenticidade e trabalhe com mais propósito – Pulsar, acontece no dia 26, das 19h30 às 22h30, na sala 110 do Living 360°.

Para todos acadêmicos da Escola de Negócios o evento substitui as aulas. Entre os dias 23 e 27, os estudantes devem participar de atividades conforme o número de créditos matriculados em 2019/2. Cada hora de participação corresponde a um crédito. Aos demais participantes, todas as iniciativas são válidas como horas complementares.

Para mais informações, programação completa e inscrições acesse o link.        

2018_03_15-seminario-defesa-garantia-direitos7(907x520)Gênero, Diversidades e Violências: Lutas e Resistência será o tema 6º Seminário de Defesa e Garantia de Direitos, uma ação do Programa de Assessoramento e Defesa e Garantia da Assistência Social da União Brasileira de Educação e Assistência (UBEA), em parceria com os cursos de Serviço Social e de Pedagogia da Escola de Humanidades, o Comitê ElesPorElas(HeForShe) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e a Comissão da Mulher Advogada da OAB/RS.

O evento acontece na terça-feira, 20 de março, no auditório térreo do prédio 50 Campus (Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). A programação tem início às 13h, com a realização das inscrições no local. Após, serão realizados o lançamento do Comitê de Educação em Direitos Humanos da PUCRS e o Comitê HeforShe, um cine debate mediado pela professora Leunice de Oliveira, da Escola de Humanidades, o lançamento do livro Gênero, sexualidade e sistemas de justiça e segurança pública, com a presença dos organizadores e autores, entre outras atividades. O evento é gratuito e aberto ao público em geral. Confira a programação completa abaixo.

Agenda ESCOLA DE HUMANIDADES

Ciclo de Debates Jurídicos sobre Diversidade

Comissão organizadora
Fotos: Camila Cunha/PUCRS

No primeiro semestre de 2015, como uma proposta para aproximar os temas sobre minorias sociais em debate na sociedade e os alunos do curso de Direito, Clarice Beatriz da Costa Söhngen, Decana Associada da Escola de Direito, teve a ideia da adição de um ciclo de debates ao calendário de eventos da Unidade. Hoje a professora é a coordenadora geral do Ciclo de Debates Jurídicos sobre a Diversidade, realizado semestralmente e que tem sua 5ª edição nessa semana. Na comissão organizadora também estão Marcelli Cipriani, mestranda em Ciências Sociais, e Marina Damasceno, mestranda em Direito.

Sempre alinhado a questões atuais sobre diversidades de raça, de gênero e de classes, o Ciclo de Debates traz pesquisadores e ativistas dessas pautas sociais e abre o microfone para perguntas e comentários do público. Nessa edição, compuseram as mesas pesquisadores da PUCRS, da UFRGS e da Univates, além de militantes de ONGs e associações que atuam sobre temas de gênero e direitos da comunidade LGBT.

Ciclo de Debates Jurídicos sobre Diversidade

Debate sobre demandas de transexuais

Desde o dia 29 de maio, os debates abordaram as políticas de enfrentamento ao feminicídio (assassinato de mulheres por motivações que envolvem a condição de sexo feminino; um termo reivindicado por movimentos feministas em detrimento de crime passional), o feminismo como questionador da criminologia crítica, os efeitos das reformas trabalhista e previdenciária na vida dos mais vulneráveis e as demandas e situações de invisibilidade das pessoas transexuais em sociedade e no sistema prisional.

Nessa sexta, o tema A Situação dos Imigrantes em Razão da Crise terá as falas de Gustavo Oliveira de Lima Pereira, professor da Escola de Direito da PUCRS, e Fernanda Pinheiro Brod, professora de curso de Direito da Univates, com mediação de Eliane Fontana, também professora do curso de Direito da Univates. O evento acontece das 17h30min às 19h15min no Auditório do prédio 11. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas na Secretaria da Escola de Direito da PUCRS, prédio 11, 8º andar. A participação é válida como horas de atividade complementar aos alunos do Curso de Direito da PUCRS. Não será fornecido certificado. Mais informações em www.pucrs.br/direito.