Evilázio Teixeira, Reitor, Reitoria

Foto: Camila Cunha

Na próxima segunda-feira, dia 8 de novembro, às 14h30, o reitor da PUCRS, Ir. Evilázio Teixeira, estará na 67ª Feira do Livro de Porto Alegre para uma sessão de autógrafos do seu livro Dignidade da Pessoa Humana e o Direito das Crianças e Adolescentes, publicado pela ediPUCRS. Trinta anos após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a obra resgata o conceito de dignidade, um valor que norteia a pessoa humana e possibilita a convivência social, com profundidade filosófica e teológica. 

O autor ainda traça o árduo caminho para a conquista do artigo 227 da Constituição Federal de 1988, que garante a proteção integral e o reconhecimento de crianças e adolescentes como sujeitos de direito e responsabiliza pela concretização disso o Estado, as famílias e a sociedade. Focado tanto nas origens quanto nos desdobramentos do tema, o livro convida os leitores a percorrerem essa trajetória, sem esquecer da necessidade de novas conquistas para que aqueles que não são contemplados pelas políticas públicas tenham qualidade de vida no Brasil. 

Sobre o autor 

Irmão Evilázio Teixeira é doutor em Teologia e Filosofia, com ênfase em Hermenêutica, atuando principalmente nos temas de religião, educação, universidade, espiritualidade e pessoa. Desde dezembro de 2016 é reitor da Universidade. 

Para saber como adquirir a obra, visite o site da ediPUCRS. 

Confira a programação da ediPUCRS na Feira do Livro  

9 lançamentos da ediPUCRS para explorar diferentes áreas do saberediPUCRS está presente na banca de número 13 da 67ª Feira do Livro de Porto Alegre, na Rua 7 de Setembro, podendo ser visitada das 12h30 às 19h30. Além da sessão de autógrafos com o reitor, a editora irá promover o lançamento de outros livros inéditos na Praça de Autógrafos e no Memorial do RS, entre os dias 4 e 12 de novembro: 

Memorial do RS 

4/11 

15h30  Neoliberalismo e desigualdade social: reflexões a partir do Serviço Social 

8/11 

15h30 – Enciclopédia Brasileira de Educação Superior – EBES (Volume 1 e 2) 

9/11 

15h30 – Avaliação psicológica no contexto contemporâneo 

10/11 

15h30 – Empreendedorismo feminino: protagonistas em tempos de pandemia 

Praça de Autógrafos 

8/11 

14h30 – Contraeducação Histórica: a diagonal do agora e a utopia negativa Dignidade da pessoa humana e o direito das crianças e dos adolescentes 

16h – Primeiros socorros para pacientes com a doença de Parkinson 

17h30 – La indefinibilidad de ‘bueno’ en G. E. Moore: una introducción a la ética de G. E. Moore 

9/11 

16h – Os filmes pensam o mundo; Filhas e filhos no filho: a divindade de Jesus na cristologia de J. Sobrino Reconstruir-se: nada está escrito! 

17h30 – Como a economia muda a sua vida 2 

10/11 

14h30 – Só é velho quem quer 

16h – Crônicas da Inovação 

11/11 

16h – TXOW 

12/11 

14h30 – Diário de uma Pandemia: os primeiros 200 dias de vigília em prol da vida de todos nós 

16h – José de Alencar: entre o jornalismo e a ficção Crer e Saber: pilares da vida de Urbano Zilles 

17h30 – Pedro Geraldo Escosteguy: a poética que ultrapassa fronteiras Narrativas de gênero: as várias faces dos estudos de gênero 

Nesta terça-feira, 30 de março, às 17h, acontece a aula inaugural da Escola de Humanidades, como forma de dar boas-vindas aos alunos e às alunas. O encontro, que marca o início do semestre letivo, terá um momento de discussão inspirado no livro Dignidade da pessoa humana e o direito das crianças e dos adolescentes, de autoria do Irmão Evilázio Teixeira, reitor da PUCRS.
O evento será transmitido pelo canal da PUCRS no YouTube, com a mediação do professor Draiton Souza, decano da Escola.

 

Sobre o autor

Evilázio Teixeira é doutor em Teologia e Filosofia, com ênfase em Hermenêutica, atuando principalmente nos temas de religião, educação, universidade, espiritualidade e pessoa. Desde dezembro de 2016 é reitor da Universidade.

 

A dignidade humana

A dignidade é o ponto de partida da instigante obra de Evilázio Francisco Borges Teixeira, colocada à disposição da Rede Marista, da comunidade acadêmica, jurídica e social, 30 anos após a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Com profundidade filosófica e teológica, o autor faz um resgate histórico desse valor que norteia as atividades relacionadas à pessoa humana e se constitui em um dos viabilizadores da convivência social. Na sequência, traça o difícil e tortuoso caminho enfrentado para a conquista do artigo 227 da Constituição Federal de 1988.

Saiba mais sobre a inspiração do autor e como adquirir a obra no site da ediPUCRS.

Confira a programação completa das aulas abertas da PUCRS

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

Graça Machel é uma ativista reconhecida pela luta pelos direitos dos negros, mulheres e crianças. Foto: Luiz Munhoz

“Esqueçam que sou negra, africana e mulher. Lembrem que sou apenas um ser humano como vocês”, ressaltou Graça Machel ao dar início à primeira conferência do Fronteiras do Pensamento em 2019, evento com apoio cultural da PUCRS. A ativista moçambicana apresentou como tema do seu encontro O respeito pela dignidade humana, causa pela qual milita há décadas, defendendo a igualdade de raça, de gênero e o direito ao credo em diferentes religiões, reforçando que todos são iguais, independente das formas externas e diversas identidades. “Morremos e nascemos do mesmo jeito”, lembrou Graça, na noite desta segunda-feira, 13 de maio, no Salão de Atos da UFRGS.

A partir do tema do Sentido da Vida, proposto pelo Fronteiras, Graça trouxe questões relacionadas com a natureza do corpo e como todos os seres humanos estão ligados pela “faísca da vida”, criada no momento do nascimento. Ela destacou a importância da diversidade, ainda que diferenciação na “fabricação” não deva estabelecer caráter de valor. Além disso, apontou que ainda não foi possível esclarecer todos os mistérios do universo, por isso acredita na existência de uma força superior, fruto das religiões.

A normalização da estratificação social

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

Graça defendeu a importância de ouvirmos a natureza. Foto: Luiz Munhoz

Um dos pontos enfatizados por Graça foi a aceitação mútua entre os seres humanos. Na sua leitura, lamentou a guerra contra pobres, mulheres, regiões em desenvolvimento e contra a natureza, argumentando que isso cria barreiras psicológicas e estratificação. Para ela, quando outro ser humano é privado da sua dignidade, é a dignidade de todos que está em jogo.

Graça também declarou que não há país no mundo que possa dizer que trata as mulheres como seres humanos completos. “É motivo de celebração quando se tem 30% ou 40% de mulheres no senado. Mas por que não pode ser 50%? Até para as mulheres já se tornou normal aceitar essa condição”, pontuou. Ainda, lembrou que os negros são desconsiderados na hora de criar leis que afetam a sociedade, mas que essa população é de extrema importância e tem muito a acrescentar no desenvolvimento, e instigou a plateia ao questionar: “Nós aceitamos ou provocamos essas diferenciações? ”.

“A natureza está zangada e nos manda sinais”

Ao longo de sua fala, Graça conceituou a Natureza como uma entidade que criou o ser humano e os recursos para que ele possa viver em harmonia. Em relação às catástrofes climáticas, disse que “a natureza está zangada e nos manda sinais”. Enfatizou a necessidade de viver em equilíbrio, afirmando que a Natureza fez a “máquina tão perfeita, que é o corpo humano”. A ativista colocou em questão a relevância dos itens básicos à sobrevivência e ao conforto em relação à ganância que tem destruído os recursos naturais. “A família humana decidiu que ter o necessário não era o suficiente. Com isso, nasceram os excessos e a acumulação. Instituímos relações de poder em que uns podem se impor sobre os outros, julgando-se superiores”, refletiu.

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

Graça atentou para a importância de valorizar o lado humano. Foto: Luiz Munhoz

Próximas gerações e movimentos sociais

Graça afirmou que todas as gerações têm seus desafios, e que “as próximas precisam redefinir agora o seu objetivo e o porquê de nós, seres humanos, existirmos”. Ela acredita que, apesar das facilidades promovidas pelas novas tecnologias, as pessoas necessitam de uma comunicação olho no olho, para lembrarem-se da “faísca da vida”, termo mencionado diversas vezes em seu discurso.

Um de seus temas preferidos também foi abordado: o ativismo dos movimentos sociais, lançando algumas perguntas ao público: “O que enriquece a nossa estadia (na Terra)? Como tocamos o coração uns dos outros? Como compartilhar? Quais as nossas causas? ”. Trazendo seu exemplo de vida, recordou: “Foram os movimentos sociais que permitiram ao meu país, Moçambique, ser livre, porque tínhamos uma causa pela qual lutar”.

Tolerar versus aceitar

Ao final da conferência, Graça foi questionada pelo jornalista Tulio Milman sobre a diferença entre tolerar e aceitar, conceitos que elaborou ao longo da apresentação. A moçambicana argumentou que tolerar cria um elemento de tensão e implica em juízo de valor sobre a outra pessoa, diferentemente de aceitar, quando se reconhece o direito e escolha do outro. “Temos papéis, mas nenhum é superior ao outro”, explicou Graça, sob os aplausos da plateia.

Histórico

Fronteiras do Pensamento, Graça Machel

O Fronteiras do Pensamento de 2019 aborda o tema Sentidos da Vida. Foto: Luiz Munhoz

Graça Machel tem uma longa história de luta pelos direitos internacionais dos negros, das crianças e das mulheres. Esteve presente na Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e durante a Luta Armada da Libertação Nacional. Em 1976, ao lado do então marido e presidente de Moçambique, Samora Machel (1933 – 1986), foi ministra da educação e da cultura. A ativista foi nomeada pela Organização das Nações Unidas (ONU), na década de 1990, para o Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância, trabalho reconhecido com a Medalha Nansen, concedida pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em 1995. Sua atuação aproximou-a do seu segundo marido, Nelson Mandela, com quem viveu de 1998 até o falecimento líder sul-africano, em 2013.

Professor Christoph Horn

Foto: Josef Wabinski

Na próxima segunda-feira, 15 de agosto, ocorre a palestra Como Compreender Corretamente a Dignidade Humana?, ministrada pelo professor Christoph Horn, da Universidade de Bonn, na Alemanha. Também participam do debate o decano da Escola de Humanidades, Draiton Gonzaga de Souza, e o professor da Faculdade de Direito Ingo Wolfgang Sarlet. O evento ocorre às 10h, na sala 1035 do prédio 11 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). A palestra será em alemão, com tradução simultânea. A atividade é aberta ao público, tem entrada franca e não é necessário realizar inscrição previamente. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3554. A promoção é dos programas de Pós-Graduação em Direito e em Filosofia da PUCRS.