Silvio Meira abriu o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017

Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Com o Centro de Eventos lotado, o professor emérito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Silvio Meira abriu o Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017 da PUCRS nesta quarta-feira, 1º de março, palestrando sobre Inovação na Educação Superior. Antes de iniciar a sua fala, recebeu as boas vindas do Reitor, Ir. Evilázio Teixeira, e da Pró-Reitora Acadêmica, Mágda Cunha. O Reitor também saudou todos os presentes e celebrou a chegada de 24 novos docentes à Universidade.

Ir. Evilázio lembrou que a educação não permite apatia, pois é um trabalho que lida com o ser humano, que é um ser capaz de crescer, se desafiar e de transformar a si mesmo e a natureza. Durante seu discurso, propôs que todos colocassem no horizonte três princípios para praticar durante o ano: coerência (ser aquilo que se fala), simplicidade (relações genuínas, e não de poder) e consistência (terminar aquilo que começou). “Tudo é negociável, menos os valores. Precisamos cada vez mais ser uma comunidade efetiva, que aprende. Que junto com nossos estudantes possamos abrir essa maravilha chamada conhecimento”, disse.

Durante a palestra, Meira recordou que em 2018 a PUCRS completará 70 anos. Para ele, a preocupação principal é o futuro, o que seria um problema para qualquer instituição, principalmente se projetado a longo prazo. “O que podemos fazer hoje para que em 2148 possamos comemorar os 200 anos da instituição? ”, questionou. Para responder, Meira resgatou o significado de devoção citado pelo Reitor no início do evento. “Quando o Irmão Evilázio cita a devoção, ele está falando de comunidades com membros compartilhando o mesmo propósito”, afirmou.

 

Futuro do ensino

Para Meira, o mais difícil é fazer os alunos se engajarem no processo de aprender. Como exemplo de aprendizado bem-sucedido e completamente diferente do da sala de aula tradicional, ele citou um vídeo no Youtube que mostra um laboratório de física móvel (uma van, um pêndulo e um balão), onde um homem ensina como funciona o movimento do balão de acordo com o movimento do carro. O vídeo tem mais de 6 milhões de visualizações. “Esse é o fim da sala de aula, fazer coisas criativas e diferentes. Não tem um garoto que eu tenha mostrado esse vídeo que não compartilhou com outros 10 amigos que mostraram para os pais. Esse é o processo de aprendizagem”, analisa. O palestrante ainda complementou que é preciso se envolver em outro ritmo de descoberta e se relacionar com tutores e mentores e não professores. “Existem 41 milhões de artigos no Wikipedia e eu preciso de um professor lendo algo no quadro? Tem alguma coisa completamente errada com isso do ponto de vista da eficiência”, acredita.

 

Saiba mais:

Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017

Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Docentes e técnicos administrativos da Universidade participaram nesta quinta-feira, 2 de março, das diversas mesas redondas que integram as atividades do Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017. Dentre as atividades, o tema O Futuro do Trabalho: Formando Jovens Protagonistas para Inovação foi foco de debate no auditório do prédio 5.

A mesa foi apresentada pela coordenadora acadêmica do Idear, Ana Cecília Nunes, e contou com a presença do professor adjunto da Fundação Getúlio Vargas Newton Monteiro de Campos Neto e do consultor de empresas Alejandro Olchik. “A criatividade e o potencial de criação dos alunos são essenciais para a formação de protagonistas dentro da universidade”, afirmou Olchik, que também defendeu a adoção de modelos colaborativos de ensino através da criação de turmas multidisciplinares e de avaliação entre os próprios estudantes, por exemplo. Na opinião do professor da Faculdade de Comunicação Social, Ilton Teitelbaum, o debate foi essencial para fomentar a discussão sobre a reformulação do ensino em sala de aula, especialmente às vésperas do início de um novo semestre.

No auditório do prédio 9, o tema foi a Educação Socialmente Responsável: Desafios de Um Mundo em Transformação. A professora da Escola de Humanidades Inês Amaro defendeu os valores essenciais para a formação acadêmica, como cidadania, ética e aspectos relacionais que envolvam a participação do aluno em projetos de extensão comunitária. Já a aluna de estágio pós-doutoral em Educação da PUCRS Pricila Kohls dos Santos abordou os motivos de permanência e evasão de acadêmicos das universidades, apontando estratégias para solução dos problemas identificados. Um dos espectadores da atividade, o coordenador de projetos especiais do Tecnopuc Carlson Aquistapasse, lembrou que é importante que se discuta com os colegas assuntos ligados à interação social e políticas integradas. “Na Universidade, devemos dar mais atenção aos objetivos sociais que podem trazer benefícios à comunidade”.

O Seminário de Desenvolvimento Acadêmico 2017 encerra nesta sexta-feira, 3 de março, com a realização de oficinas que envolvem áreas de formação diversas. A lista completa das oficinas pode ser conferida neste link. Informações complementares podem ser obtidas no site www.pucrs.br/eventos/inst/desenvolvimentoacademico2017. Dúvidas podem ser solucionadas pelo e-mail [email protected] e por meio dos telefones (51) 3320-3630 ou (51) 3353-4306.

Fórum de Interdisciplinaridade

Foto: Bruno Todeschini – Ascom/PUCRS

A quinta palestra da edição de 2016 do Fórum de Interdisciplinaridade abordará, nesta quarta-feira, 24 de agosto, o tema Interdisciplinaridade e Grandes Projetos de Desenvolvimento. A atividade, que terá como palestrante o geógrafo Guillaume Leturcq, ocorre das 17h30min às 19h, no auditório térreo do prédio 40 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Leturcq é doutor em Geografia Social e Regional pela Université du Maine, na França, e pós-doutorando da Universidade de Campinas. O evento debaterá um olhar interdisciplinar específico sobre os impactos do crescimento econômico brasileiro, que passa por grandes obras de desenvolvimento com efeitos na sociedade.  A palestra é aberta ao público. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.pucrs.br/foruminterdisciplinaridade. Informações adicionais pelo telefone (51) 3353-4431.

Foto: Camila Cunha - Ascom/PUCRS

Foto: Camila Cunha – Ascom/PUCRS

Os dados da 3ª edição do Índice de Desenvolvimento Estadual (iRS) foram apresentados na manhã desta segunda-feira, 25 de julho. O relatório foi elaborado por meio de uma parceria entre a Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS (Face) da PUCRS e o jornal Zero Hora, com apoio da Celulose Riograndense. O índice mede o desempenho de todos os Estados e Distrito Federal a partir de três dimensões – padrão de vida, educação e, juntos, longevidade e segurança, analisando dados de 2014 (informações mais recentes disponíveis para todas as variáveis). Para isso, é utilizado o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

No índice geral o RS está em quarto lugar no País, atrás apenas de São Paulo, Distrito Federal e Santa Catarina. O destaque desta edição é a leve queda na qualidade de vida – de 0,675 em 2013 para 0,672 em 2014. O principal motivo é a diminuição da segurança, com um avanço de 17,1% no número de homicídios em comparação ao ano anterior. “Os números mostram o que as pessoas sentem. A insegurança aumentou muito nos últimos anos”, afirma Ely José de Mattos, coordenador do estudo e professor da Face. Na dimensão longevidade e segurança, o Estado fica em terceiro lugar, atrás de SP e SC. Além da taxa de homicídios, também são utilizadas como variáveis os índices de mortalidade infantil e no trânsito.

No quesito padrão de vida – que mede a qualidade de vida relacionada aos bens materiais, e tem a renda como parâmetro- ocorreu um avanço no resultado, deixando o RS em quinto lugar no Brasil. Já em educação, o Estado se mantém em sétimo colocado. Nesta dimensão, é avaliado o desempenho dos alunos nas séries iniciais e o grau de distorção entre a idade real e efetiva no Ensino Médio. Os resultados estão disponíveis no site http://artezh.rbs.com.br/artezh/iRS/irs.html.