A International Data Corporation (IDC) prevê um crescimento de 10,6% no setor de TI no Brasil em 2022. Além disso, entre as tendências para o ano está o aumento na busca por Inteligência Artificial (IA), ambientes híbridos, IoT (Internet of Things) e atração e retenção de talentos. Não é novidade que as tecnologias estão em ascensão e cursar curso de TI pode ser a chance de ingressar em uma área em constante crescimento.
Conheça os cursos de Ciência de Dados e Inteligência Artificial e de Ciência da Computação da PUCRS, que estão com inscrições abertas até o dia 6 de junho para o Vestibular de Inverno 2022. Também é possível ingressar via Transferência e Ingresso Diplomado que estarão com inscrições abertas a partir de 16 de maio.
Além de ser um curso novo na Universidade, também é o primeiro bacharelado presencial da Região Sul. Ele surge do crescimento da demanda por profissionais especializados em Ciência de Dados ou em Inteligência Artificial. “Nós começamos a analisar o cenário da computação e das áreas afins e percebemos que existia uma lacuna entre mercado de trabalho e formação de profissionais”, comenta Daniel Callegari, coordenador do curso.
A ideia é formar profissionais que possam atuar nas mais variadas áreas. Muitas vezes, o imaginário criado em torno de quem trabalha com tecnologia é de alguém reservado, que trabalha isolado junto a um computador ou demais tecnologias. No entanto, isso não condiz com a realidade: a interdisciplinaridade é cada vez mais promovida no mercado de trabalho e diferentes profissões vão necessitar de um profissional especialista em TI, em uma atuação transversal. A resolução de problemas é uma das competências que estarão em alta no mercado nos próximos anos e ela é extremamente abordada no curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial.
“Análise de mídias sociais, de sentimentos (como uma marca está sendo percebida pelo público), de imagens para diagnósticos médicos e processamento de textos na área jurídica são algumas atuações possíveis para os graduados em Ciência de Dados e Inteligência Artificial, além disso, o profissional dessa área pode atuar em conjunto a setores que vêm crescendo muito no mercado de trabalho, como o agronegócio e a saúde”, exemplifica Callegari, que complementa:
“A ideia principal é ‘desvende os dados, transforme a humanidade’, que compreende em conseguir analisar dados de maneira aprofundada e compreender em que sentido eles podem auxiliar na tomada de decisões”
O curso tem uma base em matemática e estatística, aliado aos fundamentos da computação. No entanto, não se restringe a isso: “nós acreditamos na trajetória aberta, os estudantes podem escolher estudar nas áreas de domínio em que querem atuar, até mesmo pelas disciplinas eletivas ou através das certificações de estudo, que permitem o aluno a cursar matérias em diferentes áreas”, explica o professor.
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A HP e a PUCRS ofereceram este ano seis bolsas integrais para o curso de Ciência de Dados e Inteligência Artificial através do Projeto Gladys.
O Projeto auxilia pessoas com renda familiar inferior a três salários mínimos brutos por pessoa e que tenham cursado o Ensino Médio em instituições públicas ou privadas com bolsa integral.
Para conhecer mais sobre a iniciativa, visite o site do Projeto Gladys.
“Com um currículo moderno, renovado recentemente, o curso de Ciência da Computação é o mais tradicional na área e, também, o mais abrangente. O curso aborda desde os fundamentos teóricos da Computação até o desenvolvimento de inovações em campos como robótica, visão computacional, sistemas inteligentes, bioinformática, visualização de dados, criptografia e jogos”, explica o coordenador Alexandre Agustini, falando sobre essa outra possibilidade de curso em TI.
De acordo com o professor, a computação está extremamente presente na vida das pessoas, apesar de muitas vezes não percebemos o quanto utilizamos essas tecnologias. “A tendência é que cada vez mais a nossa vida seja impactada pelas tecnologias e a gente sequer perceba isso. As ligações telefônicas estão se tornando raras, mas utilizamos aplicativos de mensagens que envolvem um complexo sistema computacional. Na Medicina, a mesma coisa, temos diferentes aparelhos diagnósticos, ou seja, os utilizados na realização de exames, que utilizam complexos algoritmos computacionais. O profissional de Ciência da Computação é o que está na base dessas tecnologias, dando suporte a toda essa infraestrutura”, complementa.
Além disso, como conta Agustini, a pandemia expôs uma carência conhecida no mundo todo há anos, que é a demanda por profissionais de computação e expôs a necessidade de avanços na área de segurança na internet, a qual pode ser ampliada por esses trabalhadores. Isso tudo fez com que a sociedade percebesse sua vida é impactada por essas ferramentas, como os aplicativos de videochamadas para o trabalho remoto.
“Isso faz com que a sociedade perceba mais claramente o que é a computação e sua importância, o que é um muito bom para a área de TI”
Além desses dois, estão com as inscrições abertas para ingresso na graduação os cursos de Engenharia de Computação, Engenharia de Software e Sistemas de Informação. Todos também fazem parte do futuro da tecnologia e, como o professor Alexandre Agustini explica, trabalham em conjunto com os cursos aqui mencionados.
Essa é sua chance de entrar na Universidade ainda em 2022, manifestando interesse no Vestibular. Esses e os demais cursos da Escola Politécnica aceitam ainda transferência e ingresso de diplomado.
Conheça os processos de ingresso para 2022/2 e inscreva-se!
Nestes tempos de transformação, afetados fortemente pela crise sanitária na qual vivemos, acompanhamos uma aceleração sem precedentes de mudanças – seja nas nossas vidas, nas organizações e na sociedade. Estamos imersos em tempos mais digitais, mais online, mais em redes. Novos desafios e oportunidades. Muitos segmentos de negócios estão frente ao desafio de se reinventarem, em alguns casos, completamente. Na educação, no varejo, na saúde, em diversas áreas.
Temos transformações em curso nas nossas vidas, nas novas formas de nos relacionarmos com os outros, nos nossos espaços, na ressignificação dos ambientes de vida pessoal e de trabalho, bem como nos mecanismos de mobilidade e de convívio social. No mundo dos negócios nenhuma transformação é mais forte que a Transformação Digital (TD).
Ao contrário do senso comum, Transformação Digital não tem a ver com tecnologia diretamente, tem a ver com estratégias e novas formas de pensar. Envolve Inovação Digital, mas mais ainda Transformação Estratégica.
Neste sentido, apesar do Digital no nome, TD não tem a ver diretamente com tecnologia. Tem a ver com a transformação dos modelos de negócios na era digital, ou seja, está mais relacionado com a cultura organizacional do que com o uso de tecnologias, sejam mais antigas ou mais modernas, como IA (Inteligência Artificial), IoT (Internet das Coisas) e Data Science (Ciência de Dados). O processo de transformação digital se dá pela definição de novos modelos de negócio e, principalmente, pela necessidade das organizações compreenderem o que significa e o impacto da revolução digital.
A partir daí pode-se identificar três fatores críticos de sucesso para o processo: as pessoas, a visão de futuro e as lideranças do processo de transformação. A caminhada se dá pelo uso de abordagens próprias da área de inovação, como uso intensivo de técnicas de design thinking e abordagens transdisciplinares no processo. O resultado se expressa em estratégias para o processo de transformação organizacional.
As áreas foco de mudança, uma vez definida a visão de futuro, a metodologia de condução do processo e as estratégias de transformação envolvem, entre outros aspectos, a definição dos referenciais de planejamento (pois estes processos de TD ocorrem neste contexto de desenvolvimento de planos estratégicos), o novo desenho organizacional (como a adoção da estrutura de redes, no modelo de grafos), as funções e perfis dos profissionais (das equipes e lideranças) e as estratégias para o processo de mudança organizacional decorrente.
Somente após esse momento entra a questão das tecnologias ou aspectos tecnológicos do processo. Não que não sejam importantes, mas eles são consequência de uma nova forma de entender e organizar o negócio (e o modelo de negócio) no mundo digital, com foco nos clientes, na cooperação com os parceiros, nos dados vistos como ativos organizacionais, na inovação por experimentação (foco no learnig by doing approach) e geração de uma proposta de valor ao cliente e ao mercado que diferencie e posicione estrategicamente a organização no novo cenário dos negócios.
Do ponto de vista tecnológico, após estas etapas que realmente caracterizam a Transformação Digital, emergem conceitos e abordagens importantes no campo das tecnologias e sua implementação, como o conceito de Plataformas Digitais, para sustentar o novo modelo de negócio desenhado no processo de TD.
Um dos grandes desafios na Transformação Digital é a questão que envolve as organizações tradicionais e, como consequência, mais conservadoras em termos de organização, estrutura organizacional, lideranças e cultura. Existem muitas abordagem e textos sobre inovação e estratégia em empresas nascentes (startups ou não).
Os desafios e abordagens para atuar em negócios nascentes, já nativos digitais, são completamente diferentes em relação ao desafio de transformar uma organização tradicional, analógica, em uma organização digital, preparada para enfrentar os novos entrantes digitais (empresas nascentes e startups) e as novas oportunidades que o ambiente do século XXI (mais digital, mais conectado, mais em rede) oferece.
E a grande transformação não é, de novo, tecnológica, e sim de estratégia e de cultura organizacional. O grande desafio destas organizações, é mudar a cultura analógica para a cultura digital. Esta cultura analógica está presente não só nas infraestruturas muitas vezes ultrapassadas, mas, principalmente, nas pessoas, nos líderes, no modelo de negócio e na forma como se relaciona com seus clientes, com o mercado e com os concorrentes.
Como transformar uma cultura analógica em uma cultura digital, do mundo que vivemos hoje, é o grande desafio da TD nas organizações tradicionais. Um desafio de vida e morte. Aquelas que não fizerem esta transição simplesmente perderão mercado paulatinamente e tenderão a seguir o rumo de tantas outras organizações que foram líderes de seus segmentos no passado e hoje simplesmente não existem mais. Ou se tornarão irrelevantes.
Como em todo processo de inovação, na Transformação Digital, os principais fatores críticos de sucesso são (a) as pessoas, qualificadas e motivadas; (b) uma liderança inspiradora e, (c) a capacidade da organização construir uma visão de futuro poderosa e compartilhada.
Para construir as bases para um novo ciclo de crescimento. Para se transformar e inovar para se manter relevante e competitiva, fazendo a transição da cultura analógica para a digital. Em um mundo cada vez mais conectado e em rede. Onde a colaboração entre todos os envolvidos no processo de transformação paute a caminhada. Onde a tecnologia não é mais que a necessária ferramenta para que as pessoas e as organizações alcancem seu potencial de realizações.
A partir desta semana a PUCRS passa a integrar a Rede-IES, criada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com o objetivo de construir conexões para uso e compartilhamento de dados sobre a pós-graduação brasileira. Outras 12 instituições de ensino superior (IES) participam do projeto-piloto, que vai estruturar procedimentos para criar uma rede de informações acadêmicas.
O compartilhamento permitirá o estabelecimento de cinco níveis – política pública, organizacional, legal, semântico e técnico – para a integração conjunta com as instituições. O projeto soma-se aos esforços da CAPES e à demanda de pesquisadores para diminuir o preenchimento de informações repetidas em diversos sistemas.
Para a pró-reitora de pesquisa e pós-graduação Carla Bonan, a criação da Rede-IES será muito importante para facilitar a integração de informações entre as Instituições de Ensino Superior e a CAPES. “Portanto, a participação da PUCRS no projeto poderá trazer contribuições importantes para que estes processos se desenvolvam com eficiência, considerando a qualidade da pesquisa e dos nossos programas de pós-graduação”, completa.
A concretização do Rede-IES deve ajudar em processos internos de avaliação, coleta de dados e concessão de fomentos. O projeto deve resultar na criação de padrões e gramáticas da Rede a serem compartilhadas entre os participantes.
Participantes da Rede-IES
Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Universidade de Pernambuco (UPE)
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade de São Paulo (USP)
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP)
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS)
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
Na última quinta-feira, dia 28 de novembro, a PUCRS recebeu a visita de uma comitiva de pesquisadores da Holanda com o objetivo principal de discutir a utilização de dados na área da saúde. A delegação está em uma missão a fim de entender como as principais organizações do Brasil estão trabalhando com big data nas ciências da vida e da saúde. Os visitantes participaram de uma mesa-redonda sobre o assunto com professores da Universidade.
A recepção e a conversa aconteceram no HealthPlus Innovation Center, no Tecnopuc. Os convidados receberam as boas-vindas do superintendente do Hospital São Lucas da PUCRS (HSL), Ir. Lauri Heck. Em seguida, o professor Rodrigo Grassi, da Escola de Medicina, apresentou aos visitantes o Instituto do Cérebro (InsCer) e seus diferentes grupos de pesquisa. Além disso, antecipou sobre a fase 2 do InsCer, que contará com laboratórios dedicados a pesquisas experimentais em neurociências.
O coordenador de projetos do BioHub, Carlos Klein, falou sobre a rede de hospitais de Porto Alegre e apresentou o Tecnopuc, contando um pouco a história do Parque e destacou a presença de empresas de ciências e da saúde no local. Antes de se iniciar a mesa-redonda, o professor Felipe Meneguzzi, da Escola Politécnica, apresentou alguns projetos que envolvem Inteligência Artifical em saúde e como os dados obtidos podem colaborar para a geração de melhores resultados.
Durante a mesa redonda, Grassi apresentou os tipos de dados que estão sendo gerados a partir dos projetos desenvolvidos no InsCer. A fim de explicar a realidade da saúde na Holanda, o consultor em pesquisa e desenvolvimento no setor de ciências da vida e da saúde na Netherlands Enterprise Agency, Niels van Leeuwen, apresentou informações sobre a infraestrutura da área no país – que possui um dos melhores sistemas de saúde da Europa – e as iniciativas público-privada realizadas. Van Leeuwen ainda ressaltou a importância de se conectar com o resto do mundo a fim de compreender o que está sendo feito em outros lugares e, assim, desenvolver cada vez mais os cuidados em saúde.
Encontro foi oportunidade para compartilhar experiências
Ao longo da conversa, os representantes da Holanda e da PUCRS comentaram sobre semelhanças entre o país e a região sul do Brasil, como o aumento da população idosa e a importância de ter um sistema de saúde preparado para atender esse público. O encontro foi uma oportunidade de conhecer pesquisas e projetos que envolvam a utilização de dados e de entender como pode haver uma colaboração entre os dois países futuramente.
A comitiva da Holanda integrou, além de van Leeuwen, o professor da Leiden University Fons Verbeek, o especialista em Tecnologia e Inovação Robert Thijssen, o professor associado da University Medical Center Groningen e coordenador do laboratório de Machine Learning no Data Science Center in Health (DASH) Peter Van Ooiijen, além de Petra Smits e Rick Breugelmans, do Consulado Geral de São Paulo; e de Richard Posma e Lucila Almeida, do Escritório Holandês de Apoio aos Negócios (NBSO) de Porto Alegre. Da PUCRS, também estava presente o professor da Escola Politécnica Marcio Pinho, além da coordenadora executiva do Escritório de Cooperação Internacional da PUCRS Carla Cassol e da assistente de Assuntos Internacionais, Thais Gonçalves.
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