No dia 16 de julho, às 21h, o Instituto de Cultura da PUCRS retoma, na modalidade online, a série Ato Criativo. O evento que inaugura a versão digital é um bate-papo em homenagem ao escritor paraibano Ariano Suassuna (1927-2014), tendo como tema principal a obra Auto da Compadecida (1955). A transmissão ocorre através do perfil @pucrscultura no Facebook e do Canal da PUCRS no Youtube – onde o vídeo fica disponível para acesso posterior.
O objetivo do projeto Ato Criativo é aproximar o público de pessoas que criam em diversas áreas da cultura, proporcionando espaços de troca com artistas. Nessa edição, a conversa será mediada pelo diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, e contará com os seguintes convidados: Matheus Nachtergaele, ator que fez o papel de João Grilo na versão televisiva e cinematográfica de Auto da Compadecida; Carlos Newton, escritor e professor da Universidade Federal de Pernambuco; Manuel Dantas Suassuna, artista plástico e filho de Ariano Suassuna, e João Suassuna, advogado, professor e neto do escritor homenageado.
Escrito em 1955, Auto da Compadecida é a peça teatral que projetou nacionalmente o escritor Ariano Suassuna. Baseada em romances e histórias populares do Nordeste brasileiro, a obra traz elementos da literatura de cordel, da tradição religiosa, do barroco católico brasileiro, da oralidade e da cultura popular. Assim, há uma fusão das tradições culturais do Nordeste com a longa tradição do teatro popular – retomada através forma medieval do “auto”. Além disso, Suassuna vale-se do humor e da ironia para a realização de críticas sociais.
A peça foi encenada pela primeira vez no ano de 1956, no Teatro Santa Isabel, pelo Teatro Adolescente do Recife, sob direção de Clênio Wanderley. No ano de 1999, foi adaptada para uma minissérie televisiva, produzida pela Rede Globo. Devido ao grande sucesso, ganhou uma versão em filme, chegando aos cinemas nos anos 2000.
Matheus Nachtergaele nasceu em São Paulo, em 1968. Iniciou sua carreira artística aos 20 anos, ingressando na companhia do diretor teatral Antunes Filho. Em 1991, formou-se pela Escola de Arte Dramática da USP. Estreou na televisão com a minissérie da Rede Globo Hilda Furacão, com o personagem Cintura Fina. Atuou no papel de João Grilo na minissérie e filme O Auto da Compadecida, baseado na obra de Ariano Suassuna. Com esse trabalho, ganhou o Grande Prêmio do Cinema Nacional na categoria Melhor Ator. Realizou inúmeras outras participações no cinema nacional, no teatro e na televisão e, no ano de 2008, estreou como diretor, com o longa-metragem A Festa da Menina Morta.
Carlos Newton Júnior nasceu em Recife, em 1966. É poeta, ficcionista, ensaísta e professor da Universidade Federal de Pernambuco. Formou-se em Arquitetura (UFPE, 1988) e História (UNICAP, 1989), é mestre em Literatura Comparada (UFRN, 1996) e doutor em Literatura Brasileira (UFPE, 2002). É autor, entre outros, dos livros O homem só e outros poemas (edição do autor, 1993), O pai, o exílio e o reino: a poesia armorial de Ariano Suassuna (Recife, UFPE, 1999), O Circo da Onça Malhada: Iniciação à obra de Ariano Suassuna (Artelivro, 2000) e Ofício de Sapateiro (7 Letras, 2011).
Manuel Dantas Suassuna é artista plástico, nascido em Recife no ano de 1960. Além de outros trabalhos na área do cinema e da televisão, fez parte do processo de concepção do especial da Globo A Farsa da Boa Preguiça, baseado na obra de Ariano Suassuna, e foi assistente de direção da versão televisiva de A Pedra do Reino, dirigida por Luiz Fernando Carvalho.
João Suassuna tem 34 anos, é professor e advogado. Com formação acadêmica em História (UFPE) e em Direito, recebeu o convite, em 2015, para assumir a Secretaria Executiva de Criança e Juventude do Governo de Pernambuco, exercendo a função até 2018. Entre 2019 e 2020, foi Vice Presidente da Pernambuco Participações e Investimentos S/A – Perpart. É palestrante nas áreas de Cultura e Educação.
Ricardo Barberena (mediador) nasceu em Porto Alegre, em 1978. Possui Graduação (2000), Doutorado (2005) e Pós-Doutorado (2009) na área de Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É Diretor do Instituto de Cultura da PUCRS, Coordenador Executivo do DELFOS/Espaço de Documentação e Memória Cultural e professor do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS. Coordena o Grupo de Pesquisa Limiares Comparatistas e Diásporas Disciplinares: Estudo de Paisagens Identitárias na Contemporaneidade” e é membro do “Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea (GELBC).
A música sacra ocidental está repleta de composições que marcaram a história. Desde o período medieval, com a monodia litúrgica do primeiro milênio, passando pela Ars Antiqua, Ars Nova, Renascimento, Barroco, Clássico e assim por diante nos séculos 19, 20, e 21. Tem seu lugar não somente dentro das igrejas, mas também nas salas de concertos.
Esse lado religioso da música se tornou uma parte importante do repertório das orquestras, dos coros e dos solistas do mundo todo. Aperte o cinto e se prepare para um percurso cheio de obras monumentais, mestres da música e uma força espiritual característica da música sacra, aflorando a sensibilidade e provocando profundas reflexões narradas pelo maestro da PUCRS Marcio Buzatto. Confira a playlist no Spotify ou no YouTube.
Composta em 1741, a obra é dividida em 51 movimentos, agrupados em três partes. O trecho mais conhecido é o Hallelujah, muito tocado em eventos. A “sinfonia”, a parte instrumental que funciona como uma abertura, sem texto, já incita uma reflexão sobre a vida de Jesus, o Messias, história amplamente conhecida. Nesta parte, dois momentos contrastantes podem ser observados facilmente: um primeiro com blocos de acordes ao estilo francês, e um segundo mostrando a facilidade com que Händel manipula a técnica do contraponto em música. Ao término desta introdução, o público percebe que uma história importante está iniciando, que uma jornada histórica será contada através da música que recém inicia.
Por volta de 1727 foi composta a Paixão segundo Mateus, que conta a história de vida, sofrimento e morte de Jesus na forma de um oratório. A música é muito utilizada durante a semana santa e se baseia no Evangelho de Mateus. Na playlist você encontra a parte inicial desta gigantesca obra, com o texto Kommt, ihr Töchter, helft mir klagen, que significa: “Venham, filhas, ajudem-me a lamentar… Vejam-no, por amor e clemência, no tronco da cruz sacrificado, sempre sereno, mesmo quando foi desprezado, suportou todos os nossos pecados, sem ti teríamos nos desesperado. Tem piedade de nós, oh Jesus!”.
Do Magníficat, composto pelo britânico John Rutter, o Esurientes, para soprano solo, coro e orquestra, é uma melodia delicada e confortante, de uma sensível leveza. A composição de 1990 baseada no Evangelho de Lucas (I, 46-55) conta o que aconteceu logo após o anúncio do Arcanjo Gabriel à Maria, que foi visitar Isabel, também grávida. Sendo recebida por Isabel, Maria respondeu: “Senhor, a minha alma engrandece. E meu espírito exulta a Deus, Meu Salvador. Porque olhou para a humildade de sua serva…”.
Voltando alguns séculos, visitamos o canto gregoriano ou cantochão, como é conhecido. Sua melodia está muito próxima da fala, da reza e, portanto, da explícita compreensão do texto. Dentre eles, está Salve Regina, a mais importante melodia dedicada à Maria, que traz em seu texto um pouco da expressão da piedade medieval: “Salve, Rainha, mãe de misericórdia. Vida, doçura, e esperança nossa, salve… Ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.
Agora, imagine-se entrando numa grande catedral na Europa, no século 16, pouca luz, vitrais impressionantes, arquitetura imponente e você começa a ouvir uma combinação de vozes, daquelas que tem um poder hipnotizante, encantador. O compositor, neste contexto, trouxe ao mundo a obra em homenagem ao Papa Marcelo II, que governou a Igreja Católica por alguns dias somente, antes de falecer. Com esta composição Palestrina teria reorganizando a polifonia da época, dando mais clareza às palavras e resolvendo uma discussão sobre compositores que estariam prejudicando o entendimento dos textos. Desta peça histórica, Kyrie significa: “Senhor, tem piedade de nós”.
O imponente Réquiem estreou em 1874, no aniversário da morte de Alessandro Manzoni, poeta e romancista italiano admirado por Verdi. É uma obra vigorosa e cheia de contrastes que causa um grande impacto em quem a ouve pela primeira vez ao vivo. O estilo operístico do autor é percebido também nesta missa, com força orquestral a favor do texto. Sanctus já começa empolgante: com trompetes. O texto que significa: “Santo, Santo, Santo sois Vós. Senhor Deus dos exércitos… Hosana nas alturas”.
A obra é uma das partes de um Réquiem de 1791 não concluído pelo autor. Envolta em mistérios, a história desta composição desperta curiosidade até hoje, sendo retratada inclusive em filmes como Amadeus, ganhador do Oscar em 1985. A música toda é repleta de energia e densidade, provocando um misto de sensações e reflexões. Lacrimosa é uma das partes mais conhecidas desta Missa de Réquiem. Seu texto significa: “Dias de lágrimas, naqueles dias nos quais ressurgirá das cinzas um homem para ser julgado. Portanto, poupe-o, ó Deus. Ó, misericordioso, Senhor Jesus, Repouso eterno dá-lhes. Amém”.
De 1992, Mass para coro, piano e cordas, incluindo alguns elementos do jazz, dentre uma série de características modernas. Kyrie quebra um pouco a sequência da sonoridade das demais músicas desta playlist. Como se trata de um passeio pela música sacra, esta visita aos Estados Unidos traz um ambiente diferente e apresenta Dobrogosz a quem ainda não o conhecia. Novos ares, novas sonoridades.
O compositor argentino criou essa obra em 1964, em parceria com o Padre Jesús Gabriel Segade. Não demorou muito para a música circular o mundo em diversas igrejas e teatros. Com ritmos e instrumentos regionais da Argentina, além do coro e solista, e o texto é retirado da liturgia tradicional da Igreja Católica, desta vez recebendo a tradução adaptada para o espanhol. O trecho Credo, ou Creio em Deus pai todo poderoso, foi adaptado para um ritmo popular conhecido como chacarera trunca, característico da região de Santiago del Estero.
Foi estreada em 1824 e se tornou um dos grandes monumentos da música sacra na cultura ocidental, uma obra grande também em complexidade, ao lado da Missa em Sí Menor, de Bach. Para o fechamento da playlist de forma vibrante, acompanhe o imponente Gloria in excelsis Deo (Glória a Deus nas Alturas) e a habilidade composicional singular de Beethoven.
“A música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia”, Ludwig Van Beethoven.
Uma vez por semana, nas quintas-feiras, vai ao ar um novo episódio do Contracast, o projeto que traz diferentes grupos de estudantes para falar sobre temas do universo literário. Com acesso livre e gratuito, os podcasts estão disponíveis nas plataformas Spotify e YouTube.
Segundo seus idealizadores, “o Contracast é filho do isolamento”. Todo semestre, na disciplina de Empreendedorismo Criativo do curso de Escrita Criativa da PUCRS, o projeto Contracapa promove um ciclo de conversas com convidados e temas variados, sempre orbitando em torno da literatura. A partir de uma provocação ao professor Cristiano Baldi, responsável pela disciplina, e aos seus alunos, a turma se adaptou para poder dar continuidade ao trabalho durante a quarentena causada pela Covid-19.
Assim nasceu o Contracast, o podcast do Contracapa, como uma recusa ao fracasso e uma aposta certeira na arte, na literatura, na cultura e no coletivo. Uma forma encontrada pela turma para seguir pensando, criando, escrevendo e partilhando, juntos, sem abrir mão da segurança de todos os envolvidos no processo.
Humor, agenciamento literário, produção de games, literatura infantil, horror, criatividade e pandemia são os temas tratados pelo Contracast até agora. Além dos conteúdos diversos, a abordagem feita por cada grupo é variável. A conversa pode girar em torno de uma obra, do compartilhamento de processos criativos, ou mesmo de referências que vão de Aristóteles a Kafka, sem que os apresentadores percam o tom de bate-papo ou cansem o ouvinte.
Alguns dos episódios também trazem convidados da área para conversar sobre o assunto. As escritoras Paula Febbe e Julia Dantas; a livreira e proprietária da Livraria Baleia, Nanni Rios; e os profissionais de criação de jogos e suas narrativas, Arthur Protásio e Rodrigo Oliveira, são alguns nomes que já participaram do projeto nesta edição.
O próximo episódio é sempre uma boa surpresa. Além disso, se alguém quiser estender a conversa, a turma está a postos para dialogar no Instagram e no Facebook do projeto – nadando contra a corrente, como a arte lhes ensinou.
A PUCRS é o principal polo de Escrita Criativa em ambiente acadêmico no Brasil, com docentes renomados na área, como o professor e escritor Assis Brasil. Tendo a literatura como base, o estudante desenvolve, durante o curso, habilidades de criação de conteúdo para as mais diferentes plataformas, além de pensar o empreendedorismo no ramo literário. O curso está com inscrições abertas para as últimas vagas para o próximo semestre. Confira clicando aqui!
Saiba mais: Era uma vez, um Assis Brasil e a Escrita Criativa
O projeto Ensaios de Morar, promovido pelo Instituto de Cultura da PUCRS e o Projeto Concha apresentam as duas primeiras criações em música e vídeo, concebidas pelas artistas Kaya Rodrigues e Nina Nicolaiewsky a partir de poemas de Ana Martins Marques. Os vídeos marcam o início de uma série de publicações semanais que ocorrem até o dia 9 de julho.
O vídeo de estreia do projeto é de Kaya Rodrigues, artista que há dez anos desenvolve pesquisa voltada à cultura popular, atuando como intérprete e cantora. Foi fundadora e atua nos coletivos artísticos Bloco da Laje, Criadoras Negras-RS e Bloco Não mexe comigo que eu não ando só. Kaya musicou poema de Ana Martins do livro A vida submarina. A criação, publicada nesta terça-feira, dia 26 de maio, pode ser conferido pelos canais @pucrscultura e @projetoconcha, além do canal oficial da PUCRS no YouTube.
A segunda artista apresentada pelo projeto é Nina Nicolaiewsky, que musicou poema do livro Como se fosse a casa, escrito por Ana Martins Marques em parceria com Eduardo Jorge. Nina é cantora, compositora e educadora musical, já participou de diversos grupos artísticos, entre eles, o UPA e a Orquestra de Brinquedos, e atualmente dedica-se ao seu trabalho autoral e à banda Enxame. Seu vídeo poderá ser conferido nesta quinta-feira, dia 28 de maio.
Em A Vida Submarina (Editora Scriptum) – Interpretado por Kaya Rodrigues
a porta
como toda fronteira
é apenas para se atravessar
rapidamente ela já não serve mais
um corpo a corpo
e já se está do outro lado
dela nascem o fora e o dentro
ela que é seu vazio.
Em Como Se Fosse a Casa (Relicário Edições) – Interpretado por Nina Nicolaiewsky
Aqui se está
o mais longe do cavalo
o mais longe da árvore
saber que o concreto enlouquece
que as pessoas se desgastam
racham, acumulam
sombra que o cimento sonha, as pessoas
trincam
por solidão
saber que nem sempre se pode
puxar pelos cabelos o pensamento
Ao final da publicação dos 14 poemas audiovisuais, no início de julho, ocorre o lançamento de um site desenvolvido especialmente para o projeto, com artes criadas por Clara Trevisan. A plataforma vai reunir os poemas escritos por Ana Martins Marques com os vídeos produzidos pelas artistas, acrescidos de um ensaio da escritora, poeta e professora de Escrita Criativa na PUCRS Moema Vilela.
A construção do site vem da intenção de montar uma espécie de livro virtual que reúna todas as artes e artistas envolvidas. Num momento em que todas participantes que colaboram com o projeto trabalham individualmente em suas casas, o site também é uma forma de aproximar todas as pessoas que participam dessa criação coletiva.
As demais artistas participantes do projeto que em breve terão suas participações publicadas são: Aline Araujo, Bel Medula, B.art, Carina Levitan, Clarissa Ferreira, Dessa Ferreira, Gutcha Ramil, Posada, Rita Zart, Saskia, Thayan Martins e Thays Prado
No final de março, o Instituto de Cultura da PUCRS iniciou uma série de lives com artistas gaúchos que acontecem todas as quintas-feiras, às 21h, pelo perfil @pucrscultura no Instagram. Desde então, uma diversidade de vozes e estilos musicais passou a fazer parte da programação cultural da Universidade.
A novidade é que, a partir de maio, artistas de outros estados do Brasil passam a integrar a programação, juntamente com músicos gaúchos. A mistura de nomes que fazem parte da agenda se destaca pelas diferentes origens e trajetórias, enquanto alguns dos artistas estão em início de carreira outros têm trajetórias consagradas. É o caso do paraibano Chico Cesar, que se apresenta no projeto no dia 21 de maio. A programação também conta com a carioca Ana Franco Elétrico e as artistas gaúchas Thays Prado e Valéria Barcellos.
Ana Frango Elétrico é cantora, compositora, pintora e poeta. Possui dois discos lançados: Mormaço Queima, de 2018, que reúne composições produzidas durante a adolescência da artista; e Little Electric Chicken Heart, lançado em 2019, que preserva a essência caótica do disco anterior e transita entre gêneros como samba, jazz caribenho e rock clássico. Por esse trabalho, Ana recebeu o prêmio de artista revelação do ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte e o disco ficou entre os 25 melhores discos brasileiros do segundo semestre de 2019.
Thays Prado é cantora e compositora. Nessa live, apresenta músicas do seu primeiro disco, Falta de Jeito, com lançamento previsto para 2021. Seu trabalho traz canções originais, que vão do samba ao jazz, passando pelo bolero e pelo funk, trabalhadas em arranjos que se valem do hibridismo de gêneros. As letras abordam questões sentimentais com pitadas de humor, num tom ao mesmo tempo confessional e de diálogo.
Chico César é cantor, compositor, jornalista e escritor. Ao longo de sua carreira, marcada pela irreverência, criatividade e poesia, lançou nove álbuns: Aos Vivos (1995), Cuscuz Clã (1996), Beleza Mano (1997), Mama Mundi (2000), Respeitem os meus cabelos brancos (2002), De uns tempos pra cá (2005), Francisco, Forró Y Frevo (2008), Estado de Poesia (2015) e O Amor é um Ato Revolucionário (2019). Autor de sucessos consagrados pelo público, como Mama África e À primeira vista, Chico já teve suas composições gravadas por vários intérpretes da música brasileira
Valéria Barcellos é cantora e atriz. Iniciou sua carreira profissional como crooner da banda Balança Brasil e foi lançada como cantora pelo projeto Roda de Viola. Com apresentações recheadas de bom humor, raciocínio rápido e, claro, uma impressionante potência vocal e performance, Valéria já viajou o Brasil e o mundo com seus shows ou dividindo o palco com diversos artistas consagrados. Seu trabalho lhe rendeu diversos prêmios, entre eles, Festival Brasil de Cinema Internacional, Melhor Atriz Coadjuvante (2018), 1º lugar no Festival da Canção Francesa (2012) e Troféu Mulher Cidadã da Assembleia Legislativa Rio Grande do Sul, na categoria Mulher na Cultura (2016). Recentemente, lançou um novo canal no YouTube, chamado de Notas Pretas, onde pretende produzir vídeos com as temáticas que fazem parte da sua vida e do seu dia-a-dia.
O músico Daniel Drexler escolheu o Tecna para a gravação dos videoclipes do seu novo disco AIRE. As filmagens, realizadas pela Estação Filmes, com direção do Rene Goya Filho, ocorreram no mês de janeiro no centro de produção audiovisual localizado em Viamão. Nesta quinta, dia 16 de abril, está disponibilizado no YouTube o primeiro clipe, de uma série de cinco vídeos, do single ¿Por qué la infancia es tan corta?, que já está no Spotify, Deezer e Apple Music.
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Após as gravações de janeiro, Drexler viria novamente a Porto Alegre para trabalhar com Goya na pós-produção. Porém, o cenário da Covid-19 obrigou a uma mudança de planos, o processo criativo de montagem e finalização do material audiovisual precisou ser feito totalmente de maneira virtual pelos diversos profissionais envolvidos.
“Eu tenho a sensação de que a pandemia acelerou processos relacionados ao uso da tecnologia, coisas que já estavam acontecendo como shows ao vivo, aulas e encontros virtuais. Já tem anos que eu faço aulas de composição por Skype. Essa é uma das maravilhas da tecnologia, descobrimos uma maneira de trabalhar de forma remota em algo complexo. É um processo que pede muito foco e concentração de todos que estão participando”, comenta Drexler.
Segundo Goya, a pós-produção feita à distância, compartilhando telas, ideias, música e muita criação, tem sido um grande experimento. Ao todo, foram mais de 40 pessoas envolvidas e os espaços utilizados no Tecna foram o Estúdio A, com camarins e sala de produção, e novos ambientes recentemente inaugurados como o catering e a sala de receptivo.
“Sempre sonhei com a possibilidade de filmar um filme, de estar em um set de gravação com o diretor gritando: ação! Adorei a ideia de gravar tudo com uma única câmera montada sobre uma dolly e com planos longos, com movimentos harmoniosos e com muitas transições de foco”, destaca Drexler. Foram dias de preparação e gravação como se fosse um sonho transformado em realidade, “Estou muito agradecido com a enorme quantidade de pessoas que participaram deste projeto e, sobretudo, feliz com o resultado que será entregue ao público”, ressalva o músico uruguaio.
O Tecna é um Centro de Produção Audiovisual que nasceu para apoiar a produção audiovisual brasileira. Conta com uma infraestrutura de padrão internacional, equipada com tecnologia de ponta, em amplos espaços para o trabalho de produção e finalização. Por aqui já passaram cenas de cinema, filmes publicitários, séries, conteúdos para internet, games e muitas outras histórias.
Consagrada nos palcos e na TV, a atriz Cássia Kis vem à PUCRS para o segundo encontro da série Ato Criativo em 2020. Em uma conversa com o poeta e professor Diego Grando e a atriz e doutoranda de Escrita Criativa Gisela Rodriguez, Cássia fala sobre sua trajetória profissional e o espetáculo Meu Quintal é Maior do que o Mundo, em cartaz no Theatro São Pedro. A atividade acontece nesta quinta-feira, dia 12 de março, às 19h30min, no auditório da Escola de Humanidades, no prédio 9 do Campus da Universidade. Com entrada gratuita, os ingressos podem emitidos pelo site da Uhuu a partir do dia 5 de março.
Formada pela Fundação das Artes, a atriz recebeu diversos prêmios por suas atuações. Participou de séries e novelas e atuou em muitas peças de teatro, tendo realizado, no ano de 2009, o seu último espetáculo, O Zoológico de Vidro. Depois de 10 anos longe dos palcos, Cássia Kiss optou por retornar através da literatura, com uma produção que tem como base 18 poemas do livro Memórias inventadas, de Manoel de Barros. A montagem se passa em um quintal, representado por um tapete, no qual Cássia interpreta quatro diferentes personagens: um menino de cinco anos, um jovem de 15, um homem de 40 e um idoso de 85.
Neste bate-papo, a atriz compartilha com o público um pouco da experiência de dar corpo e voz à poesia do escritor mato-grossense, em um processo de transformação e movimentação da palavra escrita.
Na televisão, Cássia ficou nacionalmente conhecida como Leila, a assassina de Odete Roitman, na novela Vale Tudo. Também se destacou com as atuações como: Ilka, em Fera Ferida; a protagonista Ana Lúcia, em Barriga de Aluguel; a vilã assassina Adma, em Porto dos Milagres; Dulce, em Morde & Assopra, entre outras.
O QUÊ? Série Ato Criativo com Atriz Cássia Kis
QUANDO? Dia 12 de março, quinta-feira, 19h30min
ONDE? Auditório da Escola de Humanidades (prédio 9 do Campus – Av. Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Mais informações e ingressos neste link.
O acervo do Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS agora conta com itens inéditos de grandes artistas. A atualização do Delfos Digital faz parte da iniciativa de aumentar a documentação histórica e cultural disponível online. A mais recente é a de Lara de Lemos (1923-2010), poetisa, jornalista e professora porto-alegrense. A coleção, que já está com 354 materiais disponíveis, segue sendo atualizada com textos manuscritos e datiloscritos, crônicas, contos, poesias e recortes de jornais. Em breve, serão adicionadas fotografias e correspondências.
Até agora, foram criadas coleções online para três artistas. A primeira delas foi a do escritor Moacyr Scliar (1937-2011), que voltou a ser atualizada recentemente, após a doação de mais materiais do autor para o acervo físico. A coleção, já com 1028 documentos, recebeu novas crônicas escritas para jornais e revistas. A segunda coleção criada foi a de Caio Fernando de Abreu (1948-1996), concluída com 543 documentos.
A ideia, a longo prazo, é que a atualização do Delfos Digital contenha todos os acervos disponíveis no catálogo, com consulta online para os itens mais relevantes. Apenas uma parte dos acervos é selecionada para o Delfos Digital, sendo possível consultar o material completo no espaço físico do Delfos (mediante agendamento prévio).
O processo de disponibilização online de conteúdo do Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS teve início no ano de 2015. A criação da plataforma digital, que hoje conta com um total de 6.333 visitas, foi realizada com objetivo de ampliar a visibilidade dos acervos, facilitando o acesso por meio de ferramentas de busca e bases de dados, aumentando as possibilidades de citação e utilização por pesquisadores.
Localizado no 7º andar da Biblioteca Central (Prédio 16), junto ao Instituto de Cultura da PUCRS, o Espaço de Documentação e Memória Cultural é aberto para visitação. Apesar de o nome remeter à Grécia Antiga, ao Oráculo de Delfos, as estantes e os armários do acervo abrigam raridades de um passado muito mais próximo: originais de livros, correspondências, fotografias, objetos pessoais, anotações de artistas, entidades e autoridades representativas do Rio Grande do Sul.
Mediante agendamento (realizado por e-mail com pelo menos sete dias de antecedência), é possível realizar consulta local dos documentos catalogados, que se relacionam com áreas como Letras, Artes, Jornalismo, Cinema, História e Arquitetura. Apenas no ano de 2019 foram atendidos 718 pesquisadores – internos e externos à Universidade e de diferentes regiões do país.
A peça de teatro Tango para homens velhos, totalmente produzida pela PUCRS, está prestes a ser lançada. Escrito pelo professor da Escola de Humanidades Altair Martins, o espetáculo põe em cena as questões mais gratuitas — e por isso mesmo brutais — do feminicídio. Encenada pelo dramaturgo e pelo ator Charles Dall’Agnol, diretor do Grupo de Teatro Universitário (GTU), vinculado ao Instituto de Cultura, a produção apresenta dois personagens que, enquanto costuram uma bandeira, escondem-se atrás de uma tragédia cuja culpa não querem expiar: projetam um para o outro ratos que entraram em suas casas e assassinaram suas mulheres. A estreia acontece no dia 24 de março, às 19h30min, no Teatro do prédio 40 (Av. Ipiranga, 6681) e é aberta ao público (mais informações sobre a distribuição de ingressos serão divulgadas em breve).
“Na primeira vez em que li a peça Tango para homens velhos senti uma espécie de desconforto por estar diante de um assunto tão importante para nós, mulheres, mas sendo ali mostrado através de homens”, confessa Gisela Rodriguez, doutoranda em Escrita Criativa e diretora da peça. No entanto, segundo ela, essa sensação de estranhamento foi positiva, porque “estava na hora dos homens se reinventarem” nas questões que envolvem manifestações artísticas. Gisela conta que, durante os ensaios, o fato de dois homens falarem sobre o feminismo é bastante debatido. Além disso, a montagem foi construída em conjunto pelos membros do GTU, que conta com a participação de várias mulheres.
Os ensaios de Tango para homens velhos se iniciaram em setembro de 2019. Sobre a origem do espetáculo, Martins conta que começou a escrever o texto ouvindo a trilha sonora de tango que agora faz parte da encenação. No dia da estreia, após o espetáculo, haverá um debate sobre a peça com a diretora e os dois atores.
Peça de teatro Tango para homens velhos
24 de março, às 19h30min
Teatro do prédio 40 da PUCRS (Av. Ipiranga, 6681)
Entrada gratuita, com data de distribuição de ingressos a definir
Montagem: GTU (Grupo de Teatro Universitário da PUCRS)
Direção: Gisela Rodriguez
Dramaturgia: Altair Martins
Elenco: Charles Dall’Agnol (Sérgio) e Altair Martins (Alcides)
Sonoplastia: Felipe Durli
Iluminação e assistência de direção: Clenir Santos
Assistência de produção e contrarregragem: Marina Nogara
Cenografia, objetos e concepção sonora: Altair Martins
Figurino: Iara Fülber Sander
Pelo menos 50 mil pessoas participaram das mais de 100 atividades promovidas pelo Instituto de Cultura da PUCRS, ao longo deste ano, com a coordenação da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários. Grandes nomes como Maria Bethânia, Zezé Motta, Andrea Beltrão, Lázaro Ramos, Taís Araújo, Monja Coen, entre outras personalidades de projeção nacional, estiveram envolvidos em palestras, shows e eventos no Campus da Universidade. A PUCRS também abrigou espetáculos do Porto Alegre em Cena, o Festival Internacional de Artes Cênicas. Atrações musicais, artísticas, literárias, exposições e rodas de conversa integraram da mesma forma a programação cultural de 2019.
O dia 5 de novembro foi uma data especial tanto para a cultura de Porto Alegre, bem como para a Universidade. Maria Bethânia foi agraciada com o Mérito Cultural PUCRS 2019, em uma apresentação, em dois atos, que brindou a plateia com músicas de todos os tempos da carreira cinquentenária da cantora baiana. Esse espetáculo marcou com grande estilo a reinauguração do Salão de Atos da Universidade, uma moderna casa de eventos com capacidade para 1,6 mil espectadores. Essas ações integraram as comemorações dos 71 anos da PUCRS.
As Artes Cênicas também tiveram grande público na PUCRS. A atriz Andrea Beltrão é uma força no palco. Na noite de 6 de agosto, a artista apresentou uma versão contemporânea da tragédia Antígona, do grego Sófocles, no teatro do prédio 40 e foi aplaudida de pé por uma plateia lotada. Durante o mês de setembro, a Universidade recebeu o espetáculo francês, Happi – A Tristeza do Rei, que faz parte da programação da 26º edição do Porto Alegre em Cena. Com produção brasileira, A ira de Narciso também passou pela PUCRS. Em 2019, o Porto Alegre em Cena propôs nos palcos discussões sobre o Brasil, sua identidade e o futuro da humanidade, abrangendo mais temáticas e aprofundando relações entre a natureza e o humano.
Outras áreas da cultura também tiveram destaque em 2019. Nas artes gráficas, o artista gaúcho Kelvin Koubik foi o responsável pelo grafite desenhado na parte leste do prédio 6, em frente à Rua da Cultura da PUCRS. Com mais de 18 metros de altura e 11 de largura, a obra levou nove dias para ficar pronta. Na música, a Igreja Universitária Cristo Mestre acolheu receitais e concertos, como os recitais dos pianistas Raphael Lustchevsky, Olinda Alessandrini e o espanhol José Luis Neto.
Com uma proposta multicultural, a primeira edição do PUCRS Festival reuniu milhares de pessoas, que puderam desfrutar de muita música, entretenimento e conhecimento durante o dia 4 de outubro. Foram vários shows e, no encerramento, houve a apresentação do cantor Criolo, que empolgou a multidão com muita energia (com direito a uma mensagem de valorização aos professores), numa apresentação com os principais sucessos dos seus 15 anos de carreira, com muito hip hop e samba-rap.
Na área de Responsabilidade Social, diversas atividades foram promovidas, entre elas, o projeto Ônibus do Bem. No dia 23 de novembro, o veículo partiu do Campus da Universidade, com 56 voluntários, para um destino surpresa e uma missão: fazer o bem sem olhar a quem, literalmente. O local escolhido foi o Centro Social De Cultura e Arte Padre Irineu, em Porto Alegre, que ficou pequeno devido à tamanha solidariedade recebida. A equipe fez a revitalização da área externa, organizando o jardim e uma horta de temperos, bem como realizou a pintura externa do Centro.
Uma das oportunidades mais intensas e gratificantes do meio acadêmico, de acordo com os próprios estudantes, é o Projeto Rondon. Universitários de diversas partes do Brasil, neste ano, oferecerem suas habilidades e conhecimentos em benefício dos moradores de São José do Piauí (PI). Além de acumular novos aprendizados por meio das interações com os moradores, os estudantes e professores buscam promover transformações sociais e auxiliar no desenvolvimento da comunidade.
Outras atividades importantes de impacto social foi o Dia Nacional do Voluntariado, com atividades gratuitas para a comunidade; a Campanha do Agasalho, que proporcionou um inverno mais quente para diversas famílias; as aulas de pré-vestibular para estudantes em situação de vulnerabilidade social; a troca solidária que arrecadou uma tonelada de alimentos; a promoção do acolhimento de imigrantes no Brasil; e as boas práticas em inovação social da Tecnopuc.